Avião espacial
A era da exploração espacial privada está-se mostrando mais vibrante do que se esperava – pelo menos nos projetos.
Paul Allen e Burt Rutan, os homens por trás da Virgin Galactic e da Scaled Composites – e das simpáticas naves SpaceShipOne e SpaceShipTwo – acabam de anunciar seu mais novo empreendimento espacial.
A Stratolaunch Systems foi anunciada com o projeto de construir uma versão peso-pesado das suas irmãs menores, que já serviram para demonstrar a viabilidade do conceito, embora ainda não tenham cumprido as promessas de turismo espacial em larga escala.
A ideia é construir um super avião, com seis turbinas, capaz de elevar um foguete de grandes proporções até mais de 10 km de altitude, de onde ele será lançado.
Conceito
O conceito é diferente do adotado por todas as agências espaciais governamentais, e pelo menos um congressista norte-americano veio a público perguntar por que a NASA não pensou nisso antes.
Mas será preciso esperar pelo menos 10 anos para que o Stratolaunch faça seu primeiro voo e comprove na prática sua viabilidade técnica e sua capacidade real de carga.
Os dois investidores aproveitaram para reafirmar que a Virgin Galactic, cujas naves só conseguem atingir a órbita baixa, fará seus primeiros voos espaciais comerciais em 2013.
Super avião
O Stratolaunch, afirmaram, entrará no mercado para competir com os lançadores de satélites artificiais e com o abastecimento da Estação Espacial Internacional, se ela ainda estiver operacional quando o avião-foguete ficar pronto.
O avião gigantesco terá uma envergadura de asas de 117 metros, quase o dobro do já esguio avião solar Solar Impulse.
Ele e sua carga de até 550 toneladas – peso total de decolagem – serão levados o mais alto possível na atmosfera por seis turbinas similares às que equipam os aviões 747.
Mas a empresa está de olho também nos transportes aéreos – não-espaciais – já que o super avião terá uma flexibilidade de carga maior do que os aviões cargueiros comuns, podendo levar peças de formatos que não entram dentro de um avião.
Foguete privado
O foguete será construído pela também privada SpaceX, que saiu na frente e já tem agendado um voo até a Estação Espacial Internacional.
O lançamento da nave Dragon será feito por um foguete da própria empresa, o Falcon 9.
Já o foguete com lançamento aéreo deverá ser capaz de levar ao espaço cargas úteis de até 6 toneladas.
Mas a SpaceX já tinha planos de fazer voos mais altos, e já está construindo o Falcon Heavy, que deverá ser o foguete mais potente do mundo.
Os velhos Antonov An225 foram feitos para carregar o Buran, a versão soviética para o ônibus espacial. Não seria difícil adaptar para lançar naves tipo Clipper. O Brasil mesmo, se não estivesse tão atrelado ao velho modelo de foguetes lançadores e paralisado pela burocracia, poderia tentar um avião-lançador com a Embraer para lançamento de pequenos satélites.
Juca, foi isso que pensei nos aqui no Brasil tempos ha linha do Equador que consome menos combustível poderíamos fazer exatamente isso.
Muito interessante!
.
Juca disse:
15/12/2011 às 02:29
Juca,
O que você falou faz muito sentido! Poderíamos levar em aviões desde foguetes lançadores de satélites até alguns ICBMs “genéricos” e menores..
O peso do foguete seria menor, pois é o avião quem gastaria combustível para levá-lo a grandes altitudes.
Eu ja tinha visto sobre esse projeto num programa do discovery se não me engano, bem interessante mais sem duvida vai forçar um pouco a fisica, os materiais vão ter que ser bem resistentes. Concordo com os 3 primeiros comentarios, mas bom isso é Brasil né, não sei nem o porque do milagre de estarmos desenvolvendo o 14x e a tecnologia scramjet, talvez seja pra romper os bloqueios e acordos sobre alcançe de misseis. Aproposito o An225 ja carregou o onibus espacial da NASA uma vez.
Será q ele nos ajudam a “lançar ” o n amarrado VLS?Podemos pagar . Humilhante.sds.
Aliás, os ianks tbm usam essa técnica de lançamento no ar p o espaço, se ñ me e falhaa memória, lançaram um satélite nossoa assim…poderiamos fazer o mesmo; + sem esquecer do VLS q é n missil de amnhã. P POntem.
“É só ‘tacar’ pra cima!..”
Eu não acho um projeto interessante. Tem duas coisas a considerar. O mundo de variáveis de um foguete agora somado ao mundo de variáveis de uma aeronave, ainda mais de grande porte. O Brasil pode lançar da linha do equador.
Temos de aprender com os russos! Lembro da risada dos EUA quanto aos bombardeiros russos que ainda usavam de capacitores ultrapassados.. e da Soyus que não tem tecnologia ‘de ponta’. Mas quais bombardeiros da guerra fria que ainda estão em uso? Qual o foguete que os EUA está usando?.. Pois é! É o simples que funciona.. E MUITO BEM! OBRIGADO.
Eu,como engenheiro de materiais colega do EM Pinto,ficaria muito alegre se o Brasil entrasse nessa.Somos bons na área de materiais compostos e isso daria muitos empregos para uma penca de engenheiros que estão em outros ramos;principalmente no falido mercado financeiro.
Marco Aurelio, “falido mercado financeiro”?.. É justamente uma área que sempre recebe de braços abertos os engenheiros!.. E carece de mão-de-obra qualificada!..