Chanceler alemã, Angela Merkel
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta sexta-feira que a UE (União Europeia) continuará avançando para conseguir uma unidade política para combater a crise da dívida que assola os países da zona do euro e disse que a situação atual é uma oportunidade para um recomeço nas relações.
“A administração da crise e a prevenção de um maior contágio andam de mãos dadas”, disse. “Devemos ter mais responsabilidade com as instituições europeias”.
Merkel afirmou que entende a necessidade urgente de ajuda para países como Portugal, Espanha e Itália, e lamentou que o Reino Unido não tenha se unido a um acordo “vital” para que isso acontecesse. “Ainda não discutimos o papel do BCE (Banco Central Europeu) porque respeitamos a independência da entidade”.
“Estamos passando por fases diferentes durante a crise”, ressaltou ela. “Há países que tomaram passos importantes para conter a situação. Espanha e Grécia estão fazendo esforços enormes para reforçar sua credibilidade”.
Em uma declaração divulgada hoje, a secretaria do Conselho Europeu informou que todos os países da União Europeia, salvo o Reino Unido, devem aderir ao pacto fiscal acordado nesta sexta-feira na reunião de cúpula em Bruxelas para prevenir novas crises.
A chanceler lamentou que os britânicos não participem do novo acordo. “Todos sabiam que estávamos discutindo algo importante, eram decisões muito importantes. Lamentamos que o Reino Unido não possa seguir os mesmos passos que nós, mas [o premiê britânico] David Cameron reiterou que tem grande interesse no sucesso da Europa”.
Antes de Merkel discursar, o presidente da Comissão Europeia, José Durão Barroso, expressou satisfação com o acordo que ficou acertado “Conseguimos um consenso muito sólido”.
“O novo tratado vai ser muito mais sólido em relação à austeridade fiscal e a sanções automáticas, estando aberto a todos os países da UE, com exceção de um. Estou otimista sobre o futuro da UE, uma vez que 26 dos 27 membros concordaram com o acordo”, reforçou o belga Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu.
A nota divulgada mais cedo com um novo conjunto de esboços de conclusões da reunião de cúpula parecia isolar o Reino Unido como o único dos dez países de fora da zona do euro na UE a não concordar em aderir à mudança no tratado.
“Os chefes de Estado ou de governo de Bulgária, República Checa, Dinamarca, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia e Suécia indicaram a possibilidade de tomar parte neste processo depois consultar seus parlamentos onde apropriado”, dizia o documento.
NEGOCIAÇÕES
Os líderes dos 27 países membros da UE fracassaram durante a madrugada em sua tentativa de chegar a um acordo para reformar os tratados europeus para impor uma disciplina fiscal na zona do euro, bloqueada, em especial, pelo veto do Reino Unido.
Os britânicos se negaram a participar das reformas dos tratados, dizendo que poderiam prejudicar seu próprio sistema financeiro.
Depois de dez horas de negociações, a cúpula considerada decisiva para frear o avanço da crise da dívida na zona do euro foi suspensa às 5h (horário local) com poucos acordos.
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Foi acertado que os países da UE fornecerão ao FMI (Fundo Monetário Internacional) 200 bilhões de euros adicionais para ajudar na estabilização da zona do euro, mas não se chegou a um acordo para ampliar o fundo de resgate, dotado atualmente com 500 bilhões de euros.
A Alemanha se negou a fornecer mais recursos e não quis que o fundo se transformasse em uma entidade financeira que injete capital diretamente nos bancos com problemas.
“Não chegamos a um acordo sobre a reforma dos tratados aos 27 porque os amigos britânicos não quiseram”, afirmou o presidente francês, Nicolas Sarkozy. De acordo com ele, o Reino Unido pediu algo “inaceitável, um protocolo que o exonerava de regular seus serviços financeiros”, medida considerada “indispensável” pela França.
David Cameron, premiê do Reino Unido, afirmou que as condições do acordo proposto eram “inaceitáveis” para Londres, ressaltando que estava “contente por não fazer parte do euro”, moeda comum que, segundo ele, seu país “nunca” irá adotar.
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O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, reiterou o Reino Unido “não ficou de fora de nenhum clube” europeu ao se negar a apoiar o tratado de reforma tributária para solucionar a crise na zona do euro.
“Esses países aceitaram renunciar a alguns elementos de sua soberania nacional, do controle sobre seus próprios orçamentos, para que a zona do euro funcione de maneira mais satisfatória”, defendeu Hague. “O Reino Unido não está na zona do euro, não vamos ceder mais soberania nesta matéria e nenhuma outra”.
Ela só pode estar delirando… a propria Alemanha foi quem amis colocou empecilhos pra ajudar a Grecia
A Inglaterra,Suécia e acho que Noruega e Dinamarca,(esses dois não tenho certeza),não quiseram sair de suas moedas e parecem estar com a economia um pouco mais saudavel que a dos que aderiram ao euro e eu acho que isso foi correto.Más tbm dá pra notar como esses ingleses são frios e crueis,falam na cara dura que não vão ajudar ninguém e que o resto da europa que se afunde,um país europeu que não está nem ai para os seus irmão regionais,eles poderiam não ser bonzinhos a ponto de salvar a europa e nem têm força pra isso,más tbm poderiam ajudar mais.Ingles tá louco quem é que mexe com esses caras,valem nada!
Nao ha duvida que o euro vai explodir. Creio que para Alemanha nao resta outra alternativa mas tentar criar um bloco economico entre os paises nordicos, com moeda propria. Ja li alguns articulistas dizer que secretamente o Banco Central da Alemanha ja esta reimprimindo o Marco, para em caso de emergencia estar tudo preparado para um mundo pos euro. Quem esta rindo com isto sao os norte americanos, que estavam meios aflitos com a possibilidade do euro emergir como moeda internacional alternativa. Agora so resta uma verdadeira moeda alternativa o Ouro, com todas as consequencia que isso trara. E guerra, revolucao e contra revolucao minha gente!