O colapso do regime Assad na Síria, há 40 anos no poder, mudaria radicalmente a política do Oriente Médio, reduzindo a influência do Irã e de seu representante islâmico Hezbollah no Líbano, disse o principal líder da oposição síria no exílio.
A Síria alinharia-se com a Liga Árabe e o Golfo, disse o líder do Conselho Nacional Sírio, Burhan Ghalioun, ao jornal Wall Street Journal em uma entrevista na França.
“Nosso futuro é realmente ligado ao mundo árabe e ao Golfo, em particular,” disse ele, segundo transcrição do WSJ.
Damasco não teria nenhuma relação especial com o Irã e o Hezbollah se o presidente, Bashar al-Assad, perder o poder, disse ele.
“A relação atual entre a Síria e o Irã é anormal”, disse Ghalioun ao jornal. “A Síria é o centro da Arábia Oriental. Ela não pode viver fora do seu relacionamento com a Península Arábica, os países do Golfo, Egito e outros.”
“Não haverá nenhuma relação especial com o Irã. Esta é a questão central – a aliança militar. Quebrando a relação excepcional significa quebrar a aliança militar estratégica. Nós não nos importamos com relações econômicas”.
A Síria tem laços estreitos com o Irã desde os primeiros anos da República Islâmica do Irã, fundada em 1979.
“À medida que nossas relações com o Irã mudarem, assim também mudarão nossas relações com o Hezbollah. O Hezbollah após a queda do regime sírio não será o mesmo. O Líbano não deve ser usado como foi usado na era Assad como uma arena para ajustar contas políticas”, disse Ghalioun ao jornal.
Ghalioun não quis entrar nas prováveis relações com o grupo islâmico palestino Hamas. Ele disse que o Conselho tem ligações com a Organização pela Libertação da Palestina, da qual o Hamas não é atualmente um membro.
Fontes regionais disseram à Reuters na sexta-feira que o movimento palestino, que é apoiado pelo Irã, está quietamente reduzindo a sua presença em sua sede de Damasco diante do futuro incerto de Assad.
Eles disseram que a delegação do Hamas na capital síria, que já foi de centenas de autoridades palestinas exiladas e seus familiares, ficou reduzida a algumas dezenas.
Em Beirute, um representante do Hamas disse que o grupo ainda está “empenhado em apoiar Assad”.
(Por Douglas Hamilton)
Burhan Ghalioun nem parece nascido na Síria tal o seu comprometimento com os interesses euro-americanos, visíveis nas suas entrevistas. Crente de que iria assumir sem eleição ou voto o poder no país, ele está esquecendo de combinar isso com os russos (que esta semana já mandaram umas “armazinhas” para garantir seus interesses) ou com o próprio povo sírio que pelo que eu saiba tem ódio profundo de americanos. Bem, só me resta concluir que esse “yuppie” pró-americano de Wal Street está delirando.
Estão tentando comer pelas beiradas, pois o “bicho é grande”(Irã) e vai dar trabalho pra matar..rs. Acho muito interessante esses “machões e valentes” que ficam com medo de atacar o Irã…pedindo desesperadamente ajuda dos EUA e da OTAN.
esse nem disfarca,ja vai falando logo de cara que e um lacaio dos eua,sem rodeios.isso e que e sinceridade.
Caraca.. que sórdido… o regime nem caiu e os “atores” já ensaiam como será o desfile em praça publica….
Na líbia a OTAN ja tá ficando preocupada com essa era pós gaddafi, no egito a mesma coisa.. eles viram que na era da informação os antigos beduínos já tem um senso crítico maios…
Vindo da UOL, a mais nova aquisição do bispo EDIR MACEDO… a fonte deve ser bem “totalmente independente”…