América do Sul discute 30 projetos de integração
Os países da América do Sul terão uma nova carteira de 30 projetos de infraestrutura, com investimentos que superam US$ 18 bilhões, para promover a integração física da região. Pelo menos dez empreendimentos envolvem o território brasileiro, como a implantação de um corredor ferroviário de Paranaguá ao litoral chileno, a recuperação da rodovia Manaus-Caracas, a construção da ponte internacional Jaguarão-Rio Branco e a reativação do transporte fluvial na Lagoa Mirim e na Lagoa dos Patos – os dois últimos compartilhados pelo Rio Grande do Sul e o Uruguai.
Essa carteira deverá ser aprovada por ministros de 12 países que compõem o Conselho de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan) da Unasul, em reunião na quarta-feira, em Brasília. Além de avaliar os 30 projetos, eles vão criar grupos de trabalho responsáveis pela implantação de um mega-anel de fibra óptica na América do Sul e pela análise do financiamento a essas obras. Até o Banco do Sul, com capital subscrito de US$ 7 bilhões e possível alavancagem de até US$ 20 bilhões, pode ter participação em projetos considerados “pilotos”.
“Estamos substituindo a lógica dos eixos de exportação pela dos eixos de desenvolvimento regional”, diz João Mendes Pereira, chefe da coordenação-geral de assuntos econômicos da América Latina e do Caribe no Ministério das Relações Exteriores. Ele lembra que na origem da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), nascida em 2000 em meio às negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), predominava a aposta em grandes corredores para facilitar as exportações.
A lista de obras escolhidas para a Agenda Prioritária de Projetos (API) demonstra esse enfoque. O segundo principal empreendimento em volume financeiro, orçado em US$ 3,3 bilhões, é o corredor viário Caracas-Bogotá-Quito. Projetos como a melhoria da navegabilidade na Bacia do Rio da Prata e a passagem de fronteira Infante Rivarola-Cañada Oruro, entre o Paraguai e a Bolívia, têm a mesma característica.
O desafio será tirar do papel obras que são anunciadas, só nos fóruns de presidentes sul-americanos, há mais de uma década. A IIRSA tinha uma lista original de 524 projetos. Em 2004, os presidentes da região decidiram criar uma “agenda de implementação consensual”, com 31 obras prioritárias. Mas poucas avançaram e agora vão ser redimensionadas.
“A IIRSA não ofereceu uma solução efetiva e de alto nível para a integração voltada ao desenvolvimento dos nossos países”, afirma João Mendes Pereira. “Ela deu suporte enorme a estudos e projetos, mas falhou para encontrar mecanismos de financiamento.”
Um exemplo é a ligação terrestre entre Boa Vista (Roraima) e Georgetown (Guiana). A ponte internacional sobre o rio Tacutu, na fronteira entre os dois países, foi construída com orçamento do Tesouro Nacional e inaugurada em 2009. Tem 230 metros de extensão e o projeto de iluminação da ponte coube ao governo estadual. Para completar a ligação, no entanto, é preciso pavimentar 450 quilômetros de rodovia no trecho guianês entre Linden e Lethem. O projeto é orçado em US$ 250 milhões, mais de 10% do PIB da Guiana, e o país não consegue financiamento.
Na IIRSA, o maior papel de agente financiador coube ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Para a nova carteira de projetos, entidades como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Corporação Andina de Fomento (CAF), o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) e até instituições nacionais de menor porte – o venezuelano Bandes e os argentinos Bice e La Nación – deverão ganhar mais peso.
O diretor da área internacional do BNDES, Luiz Eduardo Melin, avalia que é preciso “escaparmos da armadilha de submeter a agenda de integração da infraestrutura à lógica corporativa de apenas uma instituição financeira”. Até mesmo o Banco do Sul, que surgiu com a proposta venezuelana de funcionar como um emprestador de última instância para socorrer países em crises de balanço de pagamentos, mudou seu propósito e “pode ser importante para suprir lacunas, apesar do porte relativamente pequeno”.
Quatro países – Venezuela, Equador, Argentina e Uruguai – já ratificaram em seus parlamentos a adesão ao Banco do Sul, que se dedicará a complementar o financiamento de projetos de infraestrutura. Ele deve fazer seus primeiros desembolsos, provavelmente em 2013, em projetos-piloto. O orçamento para esses financiamentos pode não ultrapassar US$ 200 milhões a US$ 250 milhões, no início. Em 2012, os técnicos vão se debruçar sobre a estruturação do banco: tipos de obras elegíveis para financiamentos, critérios para a liberação de recursos e funcionamento administrativo. Já se sabe que a instituição terá sede em Caracas e uma subsede em La Paz, mas ela ainda não possui uma diretoria.
De acordo com Melin, a dificuldade que havia para financiar obras na América do Sul diminuiu, mas deve-se olhar com atenção a questão das garantias financeiras. “Hoje há mais facilidade de crédito disponível do que mecanismos de garantia desses projetos”, afirma o diretor do BNDES. “Vale a pena até explorarmos fontes privadas de financiamento, já que o horizonte de rentabilidade dos fundos de investimento estrangeiros caiu com a crise no hemisfério norte.”
Melin reconhece que os países sul-americanos vão analisar um leque amplo de possibilidades para emitir garantias, possivelmente até com novos fundos, que deverão ter alavancagem de seis a sete vezes. Isso significa que, para uma carteira de US$ 18 bilhões, os governos precisarão oferecer pelo menos US$ 3 bilhões de lastro para essas obras.
Fonte: ValorEconômico via PortoGente
Ferrovia interoceânica tem custo de US$ 3,7 bi
A obra de infraestrutura mais cara, entre os 30 projetos listados pelos governos da América do Sul como prioritários para a integração, é um corredor ferroviário que passará por quatro países e custará US$ 3,7 bilhões para ligar os oceanos Atlântico e Pacífico, entre Paranaguá e Antofagasta.
O projeto do corredor bioceânico tem 3.576 quilômetros de extensão, com bitola métrica, e aproveita trilhos existentes em 17 de seus 26 lotes. O principal trecho a ser construído está no Paraguai, com 608 quilômetros.
No Brasil, dois trechos precisarão ser construídos. O primeiro fica entre Cascavel (PR) e a fronteira com o Paraguai, com 173 quilômetros e orçamento de R$ 583 milhões, está em área de concessão da Ferroeste. O outro, entre Cascavel e Maracaju (MS), chega a 440 quilômetros e exige investimento de R$ 1,4 bilhão. Para viabilizar o projeto, há a necessidade ainda de intervenções como contornos ferroviários, para evitar a passagem por áreas urbanas de cidades como Joinville, Curitiba e Jaraguá do Sul. A maior parte dos trechos existentes é operada pela América Latina Logística (ALL).
“Tendo em vista a quantidade de recursos necessários, a atuação estatal será imprescindível para garantir aos agentes privados a atratividade financeira de negócios que possam ser gerados a partir do corredor”, diz o estudo técnico, contratado pelo BNDES, que será apresentado aos ministros de infraestrutura da América do Sul, na quarta-feira. O relatório, que engloba análises econômico-financeiras e jurídicas, foi elaborado por seis empresas: Ernst&Young, Empresa Brasileira de Engenharia de Infraestrutura, Enefer Consultoria e Projetos, Trends Engenharia e Infraestrutura, Vetec Engenharia e Siqueira Castro Advogados.
O projeto pode ser implantado até 2015. Nas projeções, a produção ferroviária aumentará de 145 bilhões para 375 bilhões de tku (toneladas transportadas vezes o número de quilômetros percorridos) em 2045. A economia aos produtores, nos custos de transporte, seria de US$ 195 milhões por ano quando o corredor entrar em operação e chegará a US$ 513 milhões anuais no fim do período.
O Paraguai, que hoje vê a hidrovia Paraná-Paraguai como sua principal artéria para escoamento de produtos, teria os ganhos logísticos mais importantes. Mas também arcaria com os maiores gastos, já que precisaria erguer sua infraestrutura ferroviária praticamente do zero. Na Argentina, os trechos novos somam apenas 63 quilômetros, enquanto o Chile não precisa de nenhuma expansão de sua malha.
O estudo indica que bens agrícolas representam hoje 77% da produção na área de influência do corredor bioceânico, mas essa proporção cairá para 58% em 2045, devido ao crescimento da produção do cobre e de bens industrializados. A carga geral de contêineres deverá significar cerca de 65% do transporte na ferrovia. “Em médio prazo”, segundo o relatório, “as unidades territoriais Paraguai Centro e Antofagasta tornam-se mais dinâmicas, enquanto as Sudoeste do Mato Grosso do Sul e Atacama ganham mais importância, dentre outras mudanças menos evidentes”.
Um grupo de trabalho estudará a implantação da ferrovia. Várias opções de financiamento são consideradas: BID, BNDES, Corporação Andina de Fomento (CAF), e o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata, além de recursos privados.
Fonte: Valor Econômico via Brasilianas.org
E o Lula mais uma vez responde ESA
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http://www.youtube.com/user/southoftheborderdoc?blend=22&ob=5#p/u/4/3hOdXCk1gwA
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Outro fator importantíssimo no desenvolvimento de um pais, transporte ou logística! O Brasil tem que investir pesado em malha ferroviária, pois até nisso os bebedores de chá junto com os estadunidenses nos bloquearam! Nossas estradas são um lixo, muito caminhão, mas enquanto as montadoras de caminhões estiverem com seus “representantes políticos” em brasília isso não vai mudar.
Nada passa pelos EUA sem um bisbilhoteiro da National Security Agency dar um peak(Uma olhadinha) nas informacoes, ou algum computador registrar palavras, frases, etc etc.
Bacana demais os 3 tópicos.
No primeiro, voltado para infraestrutura regional, nota-se que Venezuela e Colombia terão mesmo que se entender, por causa da ligação Caracas / Bogotá / Quito.
E nós teremos 2 grandes projetos – Manaus / Caracas (conclusão) e Roraima / Guiana (conclusão).
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Já no segundo tópico, seremos mesmo os grandes beneficiados.
A interligação ferroviária com o Chile, via Argentina e Paraguai, terá o maior contingente de obras no Brasil.
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O terceiro tópico, que trata do mega-anel de fibra óptica na América do Sul, a custo inferior a R$ 100 milhões, é o de resultado mais rápido e mais espetacular, pelo baixo custo e pela maior segurança nas comunicações regionais.
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Preocupações – onde o BNDES entrar, estamos tranquilos. Onde o BID entrar, idem. Preocupam o Banco do Sul, invenção do Chavez, com duas sedes – Caracas e La Paz, uma ainda sem diretoria.
E os recursos, já foram integralizados?
Preocupa também a CAF, que não tem muitos recursos e entra por vezes com o BID ou agencia os recursos do BID.
E o FONPLATA – Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata, que embora tenha recursos, não tem estrutura. Uma das diretorias é do Brasil. As demais são Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai.
Como se vê, muita pulverização de recursos, de estrutura burocrática e política, e área técnica sempre pequena.
Pode-se contratar consultorias, é claro, mas aí tem-se outro tipo de problema – as contratações nem sempre podem ser técnicas, ocorrem favorecimentos etc.
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No geral, gostei.
Enxerga-se um caminho de integração de fato.
Lula lava a alma do povo brasileiro !
Espero que ele não esteja com a sensação de dever cumprido !
tem gente que insiste que a unasul, apesar de prematura não está rendendo frutos….
isso é um tapa na cara deles..
pra frente unasul
Caro Cils Zayit, nos últimos anos o Brasil tem investido bastante no modal ferroviário e inclusive foi criada uma estatal pra isso (VALEC). Alguns exemplos em execução: Ferrovia Norte-Sul, FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste, Ferrovia Transnordestina). Outros em planejamento: extensão da Norte-Sul até o Rio Grande do Sul, FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste).
(continua..,)
Lógico, que como tudo no Brasil, é uma novela pra começar e outra pra terminar, além de toda corrupção envolvida (praxe), mas tem andando (devagar e sempre). Alguns vídeos interessantes:
FIOL – http://www.youtube.com/watch?v=_ULCpzZS4uo
Norte-SUL – vimeo.com/21197196
FICO – http://www.youtube.com/watch?v=ISRH_oRZmRI
Transnordestina – http://www.youtube.com/watch?v=DjkW4Lo2VZ4
Mas nós esperamos, David.
Não aguentaríamos outra carga de corrupção tão grande como nos últimos 08 anos.
E essa integração é fruto de décadas de trabalho, que só agora estão amadurecendo, não saiu da caramiola do Lula.
Os primeiros projetos de integração regional são de 1948, com a CEPLAC.
Depois, em 1961, com a ALADI, sucedida depois pela ALALC.
Os organismos financeiros regionais, como o BID, começaram na década de 60.
O FONPLATA começou na década de 70.
A CAF em meados da década de 80.
O MERCOSUL também na década de 80.
E essas coisas levaram anos para amadurecer.
E projetos são projetos, podem não ser executados.
nelore disse:
28/11/2011 às 22:37
Nada passa pelos EUA sem um bisbilhoteiro da National Security Agency dar um peak(Uma olhadinha) nas informacoes, ou algum computador registrar palavras, frases, etc etc.
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nelore disse:
28/11/2011 às 22:37
Nada passa pelos EUA sem um bisbilhoteiro da National Security Agency dar um peak(Uma olhadinha) nas informacoes, ou algum computador registrar palavras, frases, etc etc.
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nelore disse:
28/11/2011 às 22:37
Nada passa pelos EUA sem um bisbilhoteiro da National Security Agency dar um peak(Uma olhadinha) nas informacoes, ou algum computador registrar palavras, frases, etc etc.
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Eu me liguei o google earth, até na favela mandaram o caminhão filmando tudo, a cidade tem 40.000 habitantes meu, tem capital do mundo que esse recurso não funciona; muita coincidência.
Aqui ninguém se esconde, nada devemos, somos soldados, o juramento é a Bandeira do Brasil.
Trabalhem para seus países e não para seus líderes, isso é cumprir o juramento, não fazemos loby pra ninguém, apoiamos quem quer nos ajudar, a síntese :
Amamos quem nos ama.
MALHA ferroviaria,foi assim que os EUA creceram envestiram massisamente em ferrovias e idrovias barateia os custos e alivia a malha de rodovias,e um exercito,marinha e aéronautica forte para ter vóz.
E VIVI A UNASUL
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A UNASUL terá uma imensa seara pela frente,começa os primeiros contornos físicos da “grande-Pátria” sul-americana.
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A Colômbia e a Venezuela resolvendo as sua questões,deixando de lados as brigas paroquianos de Uribe e Chaves,a Bolívia e os seus problemas com o Chile sendo revistas,só falta resolver os problemas de narcotráficos nas fronteiras e nos países,más com seriedade e cooperação de todos,iremos resolvê-los fácil essa.
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OBS:
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O que tem de americanófilo aborrecido e endiabrados por essa união,é imensurável….chupa que é de Uva garotinho-Hahahah…..
David disse:
28/11/2011 às 23:39
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É mesmo David? Sei, lava a alma…
Principalmente do filhinho dele, que de inútil passou a mega empresário. Sem contar a corja que o acompanha. Isso que é distribuição de renda!
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Fazer o quê. Têm gente que acredita.
O problema é que o paraguai não quer ter trabalho nessa integração.
O único interesse do governo do paraguai é saber quanto $$$$ eles vão levar nessa empreitada.
É público e notório que em termos de corrupção o paraguai ainda é o campeão nas americas.
Correto, eu acho que o paraguai, muito mais que a bolívia ou venezuela, é o país determinante nessa integração…..
Ou ele se une a nós, e deixa seu revanchismo histórico de lado(para eles a culpa da pobreza deles somos nós). Ou entao ele corre o risco de se alinhar com os eua, que o armará assim como fez com a colômbia, e aí sim meu amigo… os ânimos vão esquentar…
Temos de nos manter-nos unidos e criar um exercito p n auto-defesa e c comando único , designado e aceito por td os presidentes do bloco, e c rotatividade. Sds.
StadeuR – Trabalhem para seus países e não para seus líderes. Grande, StadeuR. Atenção Plano Brasil, essa deveria ser a palavra de ordem do site.
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ccc – É mesmo David? Sei, lava a alma…
Principalmente do filhinho dele, que de inútil passou a mega empresário. Sem contar a corja que o acompanha. Isso que é distribuição de renda! Grande, ccc
Paraguai depende do Brasil em cada possivel sentido, no fundo são um estado pobre Brasileiro e nada mais. Eles são um criança birrenta, gosta de ganhar no grito mas na hora que toma um chega pra lá ficam pianinhos. Não podemos exigir que eles banquem essas obras, eles não tem capital, mas é so fazer um emprestimo, quanto mais os paises vizinhos se endividarem com a gente mais dependentes eles se tornam. E além do juros, ganhamos influencia la para garantirmos nossos interesses.
boa noticia o engraçado é que como alguns já falaram que isso e aquilo já existia antes do lula mas na verdade ele foi quem pois o oleo na maquina enferrujada morram de inveja vovozinhos.