OTAN testa sistema Manta, a solução da Indra para proteção de aeronaves contra Manpads

MANTA DIRCM system

O sistema MANTA, a solução desenvolvida pela Indra para proteger aeronaves contra o ataque de mísseis terra-ar, foi testada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) com bons resultados. O sistema superou as provas realizadas em voo durante os últimos ensaios EMBOW, os exercícios que realiza regularmente o grupo da Aliança Atlântica, responsável há 30 anos por estudar ameaças ás plataformas aéreas e as tecnologias para evitá-las.

Os ensaios foram desenvolvidos entre os dias 19 de setembro e 14 de outubro de 2011, no Centro de Ensaio de Mísseis da DGA França, em Biscarrosse e foram liderados pela DGA (Direction Generale de l´Armament), da França.

A solução superou com sucesso as exigentes provas e demonstrou sua maturidade tecnológica para começar a ser implantada em aeronaves. O sistema alcançou o Technology Readiness Level 8, o que garante que está apto a entrar em serviço e contrabalançar as ameaças dos MANPADS, lançadores de mísseis guiados por infravermelho.

Os sistemas MANPADS são mísseis terra-ar guiados por energia infravermelha e fáceis de operar (portáveis por um homem só).

Estes artefatos são a causa principal das baixas de aeronaves militares em zonas de conflito. Constituem uma séria preocupação dada a sua enorme proliferação e a facilidade com a que podem cair em mãos de grupos terroristas quando se perde o controle dos mesmos em zonas de conflito.

As provas EMBOW vêm organizando-se de forma regular desde 1984 sob a responsabilidade do Subgrupo 2 (SG2), do Aerospace Capability Group 3 (ACG3) (ACG3-SG2) da OTAN, centrando-se na analise das ameaças térmica guiadas para as plataformas aéreas e os métodos de proteção. O objetivo destes ensaios é criar, juntando os recursos de vários países, um cenário realista que permita estudar, desenvolver e testar técnicas e táticas de contramedidas que serão compartilhadas entre os aliados.

Para a inclusão do sistema DIRCM MANTA da Indra em EMBOW, a Direção Geral de Armamento (DGA) espanhola e a Indra estiveram trabalhando em conjunto em um programa de ensaios de efetividade conduzido nas instalações da DGA, entre maio e setembro de 2011. O programa validou exaustivamente o sistema MANTA com mais de 130 ensaios e 20 horas de voo, o que supõe em torno de 500 exercícios de proteção DIRCM frente à mísseis MANPADS (em cada ensaio foram utilizados vários tipos diferentes de MANPADS simultaneamente).

O sistema MANTA foi integrado e certificado para a realização dos ensaios em voo, em um avião C-212 da DGA.
Este importante fato é o resultado de um prolongado esforço de desenvolvimento tecnológico, no qual a Indra contou com o apoio do Ministério da Defesa da Espanha e do INTA (Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial).

Um escudo contra mísseis

O sistema DIRCM MANTA é um sistema de autoproteção de aeronaves frente a mísseis de guiado térmico, principalmente do tipo MANPADS.

O princípio operacional está baseado na detecção do míssil em sua fase de lançamento para finalmente desviá-lo de sua trajetória graças á ação do laser do sistema DIRCM.

O processo se desencadeia muito rapidamente, sendo o sistema DIRCM MANTA capaz de responder perante ataques simultâneos de vários mísseis já que sua sequência de contramedida é eficaz e não requer uma identificação prévia do tipo de míssil atacante.

O MANTA é fruto de um desenvolvimento conjunto entre a Indra e Rosoboronexport.

Fonte Revista Asas

9 Comentários

  1. Operação Escudo anti mosquito

    http://www.defesanet.com.br/images/resize/site/upload/news_image/2011/11/4654.jpg/620/380/true/false

    Foto: Arquivo do 11º Grupo de Artilharia anti mosquito Brasília (DF)

    Entre 7 e 11 de novembro, o 11º Grupo de Artilharia anti
    .
    mosquito participou da operação Escudo Antiaéreo, em
    .
    Anápolis (GO), desdobrando a Bateria de Comando e a 2a
    .
    Bateria de Artilharia anti mosquito para a defesa antiaérea
    .
    da Base Aérea de Anápolis.

    O exercício foi conduzido pela 1ª Brigada de Artilharia
    .
    anti mosquito, contou com a participação simultânea de todos
    .
    os Grupos antiaéreos do país, com canhões antiaéreos
    .
    Bofors 0,1 mm, Centro de Operações Antiaéreas (COAAe)
    .
    informatizado, simulacros do míssil IGLA e postos de
    .
    vigilância, sendo todos os subsistemas integrados via
    .
    comunicações de dados e voz.

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  2. MAIS SEGURANÇA PARA OS VOOS
    .
    .

    Esse sistema com certeza ira ser um item indispensável nas aeronaves civis de transporte de passageiros em especial,as de bandeira americana e israelenses.

  3. A introdução de cabeças de busca e sistemas de processamento cada vez mais eficientes nos Mampads, conferiu grande resistência às contra medidas infra-vermelhas, deixando-os imunes a simples flares ou a despistadores IR.
    Isso obrigou os projetistas a desenvolverem sistemas mais aprimorados de defesa que visam cegar o seeker IR do míssil com um laser.
    Mesmo contra o cegamento laser já há defesa (scanning array) e não está longe o dia que apenas a interceptação física (hard kill) do míssil será eficiente, seja por outro míssil ou por um laser de alta energia.

  4. heber disse:
    25/11/2011 às 03:00
    mas nao seria melhor o exercito comprar logo uns 3 mil potinhos com veneno pra matar mosquitos?

    .
    .concordo plenamente com vc amigo ((heber))

  5. Os modelos de MANPADS disponíveis sao todos guiados por IR? Com a introdução desse tipo de defesa embarcada seria muito dificil um projeto de MANPADS com outro tipo de guiagem que seja imune a contramedidas desse tipo?

  6. R22,
    Os MANPADS podem também ser guiados por “rastreio de feixe laser” (laser beam rider).
    No passado houve um guiado por CLOS via radiofrequência (o Blowpipe).
    Como disse no meu comentário anterior, há meios técnicos de se defender mesmo desse cegamento laser, através de técnicas de espelhos, etc, o que deverá exigir a destruição física do míssil.
    Em relação aos MANPADS guiados por laser, também existe defesa, em que pese o míssil não poder ser cegado, mas sua unidade de comando pode.
    Tão logo o alerta de lançamento de míssil é dado e tão logo o sistema de alerta laser na aeronave detecta que ela está sendo focada por um laser de baixa intensidade, é determinada a origem do lançador e um laser é apontado em direção ao mesmo na tentativa de cegar seus componentes óticos e IR, fazendo com o que o feixe laser de orientação do míssil perca o alvo.
    Ou seja, independente do tipo de mísil haverá uma contra medida a ser tentada.
    Não concordo que esses sistemas de defesa irão deixar os mísseis MANPADS obsoletos já que eles não têm uma eficiência de 100% devido às “infinitas” variáveis, mas com certeza esses mísseis irão perder também sua eficiência contra aeronaves dotadas de meios defensivos, equilibrando um pouco as coisas.

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