Suíça: Eurofighter, Gripen, Rafale escolha antes do Natal!

Sugestão e Tradução: Justin Case para o Plano Brasil

29 de outubro de 2011

O Departamento Federal da Defesa, Proteção Civil e Esporte (DDPS) apresentará ao Conselho Federal, até o final deste ano, a proposta para a decisão sobre os novos aviões de combate.

Fase final:

A fase final da escolha da nova aeronave de combate está apenas começando, com o pedido do Departamento Federal da Defesa (DDPS) para que os fabricantes de aviões, a EADS/CASSIDIAN (Eurofighter), a Dassault Aviation (Rafale) e a SAAB (Gripen) atualizem suas propostas para o governo suíço, até o final de outubro, para que este possa fazer a escolha para a compra de novos caças. Esta atualização prevê uma atualização tecnológica e de preço para 22 aeronaves de combate com seu equipamento associado.

Então, a escolha da DDPS será submetida, no final do ano, ao Conselho Federal para ser aprovada e, em seguida, ratificada pelo Parlamento. O avião escolhido deve ser encomendado como parte do programa de armas em 2012 ou 2013.

A DDPS e seus requisitos:

Os três fabricantes europeus necessitam muito vender e se deparam com uma demanda clara da Suíça: 22 aeronaves para um orçamento máximo de 5 bilhões de francos suíços, com avanços específicos na tecnologia, em um cenário de parceria no que diz respeito à industrialização e treinamento!

Não há qualquer discussão em paralelo, como ocorre em outras competições, pois os três concorrentes conhecem perfeitamente as necessidades e limitações para a oferta. Para eles, é essencial, portanto, em todos os aspectos, atender às especificações com uma aeronave moderna, capaz de realizar superioridade aérea, ataque ao solo tático e com capacidade de reconhecimento (avião omnirole) até 2040. É buscada uma parceria industrial completa, de valor superior ao total da compra, além da parceria para o treinamento conjunto.

Parceria industrial – uma oportunidade:

A Armasuisse, que é o centro de competência da Confederação Helvética para a compra de armas, espera dos fornecedores estrangeiros contrapartidas, na Suíça, de 100% do valor dos contratos.

As operações de compensação são as participações industriais de qualquer natureza em conexão com a compra de armas no exterior para as nossas forças armadas. Essas transações também são chamadas “offset”. É através delas que as despesas com a aquisição de armas são equilibradas. Os “offsets” têm um grande impacto econômico, pois permitem continuidade da competitividade internacional da indústria suíça e contribuem para a manutenção do parque industrial na Suíça, permitindo a manutenção dos postos de trabalho.

Compensações diretas são as contrapartidas que estão relacionadas com a participação das empresas suíças na produção de bens militares encomendados no exterior. Habilidades e conhecimentos são adquiridos, o que garante autonomia para a manutenção dos equipamentos, permitindo manter a sua capacidade operacional, de modo a permitir melhorias futuras e manter o potencial industrial essencial para a defesa nacional.

Offsets indiretos são as compensações do fornecedor estrangeiro, os contratos com a indústria civil suíça, o acesso às tecnologias de ponta, os desenvolvimentos conjuntos relacionados à transferência de tecnologia, o acesso a novos mercados e assim por diante. Nossas universidades também se beneficiam, bem como seus alunos, com a transferência de know-how e com as oportunidades de estágio.

As operações de compensação são possíveis em doze áreas, incluindo máquinas industriais, metalurgia, eletrônica, relojoaria, automóveis, aviação leve e média, tecnologia da informação, bem como a cooperação com universidades e institutos de pesquisa.

Na fase de avaliação de uma aquisição de armas, os primeiros projetos de “offsets” são apresentados na oferta do fornecedor estrangeiro. Essas carteiras de “offsets” são então transmitidas para empresas suíças, complementados pela Armasuisse com respeito às regras de segurança e à política de aquisições.

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Os programas de compensação envolvem mais de 300 empresas em todos os cantões. Não beneficiarão apenas as indústrias de defesa, aeronáutica e espacial, mas também as empresas de muitos outros setores, inclusive na área civil.

Estas perspectivas vão também para os principais intervenientes no processo de inovação que estão à montante da fase de industrialização: institutos de pesquisa suíços, como o ETH Zurich, o EPF Lausanne e as universidades cantonais. A estrutura proposta contribuirá para reforçar o “Polo de Excelência Aeronáutica”, uma rede de empresas industriais e centros de pesquisa com nossos vizinhos; e irá reforçar os laços já existentes em matéria de desenvolvimento aeronáutico.

A importância da escolha – o valor do investimento:

Um avião de caça é caro, mas considerar essa aquisição como uma despesa desnecessária é um erro grave de julgamento! Um avião de caça é investimento sob vários aspectos: na segurança, para preencher a aposentadoria do venerável F-5; operando conjuntamente com os F/A-18; e para assegurar o futuro da Força Aérea, quando estes últimos se tornarem obsoletos.

É também uma oportunidade, graças a uma parceria excepcional em matéria de industrialização, no desenvolvimento de nossa indústria; e isso precisamente porque estamos em tempos de incerteza. Nosso país nunca teve, como hoje, a oportunidade de uma tão ampla parceria em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Tecnologia da Informação, optoeletrônica, comunicações, materiais compostos e mecânica são apenas a ponta do iceberg que esse contrato pode render, não apenas na área militar, mas também civil. Devemos nos lembrar que as patentes resultantes abrirão o caminho para novas tecnologias em variada gama de áreas.

A escolha dos aviões de combate será determinante para a segurança no futuro, mas também no que concerne à nossa indústria e aos postos de trabalho. O avião deverá ser tecnicamente o melhor, e a oferta do fabricante deve responder de maneira completa e abrangente aos requisitos de “offset”.

O DDPS e o Conselho Federal devem estar conscientes da responsabilidade de suas decisões e devem capacitar nosso país para avançar!

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Fonte: Airbuz31

18 Comentários

  1. “Um avião de caça é caro,mas considerar essa aquisição como uma despesa desnecessária é um erro grave de julgamento.Sábias palavras.

  2. Olha.. na minha opinião. Quanto à operacionabilidade. Que é chave! no final das contas para qualquer força aérea. O gripen decola até de estrada!.. Tem toda a estrutura feita pra isto. Isto já ao meu ver é mais que relevante, mas ainda tem o data-link deles que é de ponta, e ainda por cima os custos!.. que são os mais baixos. A suécia também, sempre inovando tecnologicamente.

  3. “operando conjuntamente com os F/A-18; e para assegurar o futuro da Força Aérea, quando estes últimos se tornarem obsoletos.”

  4. Se Gripen fosse bom e viável economicamente, muitas forcas aereas o escolheriam e compravam, mas não, poucas quantidades compradas e outras alugadas que serao devolvidas em 2015, tendo alcance inferior com uma ridicula capacidade de carga e nao ter versao naval operando.
    O Rafale é de longe o melhor, o ponto fraco do Super Hornet todos já sabem, que é versátil em Carriers, um bom caça de ataque ao solo e não um verdadeiro caça de combate aéreo, devido ao seu peso, ser lento e suas inumeras falhas aerodinamicas qndo voa, pois é um reprojeto horrivel do terrivel Hornet.
    Que o Rafale vença na Suiça e India, pra depois vir pro Brasil !!!

  5. YES

    Vão sobrar F-5 pra ” Nóis”..

    Jesus, isso ai esta muito perigoso pro Brasil.

    Já pensaram, FX-II morto e enterrado e de quebra “pegarmos” estes F-5 usadinhos para nossa FAB?

    Até a Bolivia vai invadir isso aqui. Retomar o Acre e fazer de Brasilia uma Latrina.

  6. O que é a inglaterra/alemanha e frança?.. no panorama visível digamos.. global. Perante a Suécia!.. Que representa cabeças chaves-ocultas porém.. São quase nada no panorama visível mundial atual. Isto conta. Se fosse só a opinião das FA’s que importasse seria diferente.

  7. Alexandre,
    O F18 da Suíça é o Hornet Não o Super Hornet,ou seja não é o mesmo caça .Vamos estudar um pouco antes de falar que um dos melhores caça da atualidade é obsoleto.Por mais que eles aqui do plano critiquem a falta de tecnologia dada pelo EUA ninguém critica a capacidade do caça

  8. Tirando as prefências de cada um, uma coisa é certa. O unico dos 3 concorrente do FX2, que em mais de 10 anos não vendeu nenhum caça para outra nação. E precisa ficar torcendo para vender algum é o Rafale, muito estranho isso.Mas,para mim a situação da FAB é tão desesperadora que qualquer um dos 3 serve, desde que não seja de segunda mão.

  9. Só uma observação, nesta competição a SAAB concorre com o Gripen JAS 39 pois os suíços não acreditam em folclore sueco de avião virtual.

    Considerando as 22 aeronaves solicitadas, o valor orçado de 5 bilhões de francos suícos alocados, a taxa de 1,95 Franco Suíço por Real e de 1,73 Real por Dólar…

    O preço unitário por aeronave tem o teto de pouco mais de 256 milhões de dólares…

    OU SEJA, o preço baixo do Gripen NÃO será determinante para uma vitória e os Suiços podem, se quiserem, comprar até o modelo mais caro que é supostamente o Typhoon…

  10. Os Rafales vao ganhar na Suiça e tbm na India.
    Podem apostar nisso, o caça frances eh melhor.
    To na torcida, e que venha pro Brasil.!

  11. Toninho
    Se pegarmos que o Gripen NG é mais uma versão da plataforma SAAB Gripen, nós temos um avião que não foi comprado só pelo seu país de origem, que vem sendo cotado como um dos melhores aviões de superioridade aérea do mundo. Não sendo tão poucas unidades assim, principalmente se pensarmos que é um caça de um país não alinhado, com pouco poder econômico e político internacional, que conta muito na hora da escolha política, foram comprados por países pequenos, isso tudo mostra como é incrível que tenha hoje 163 unidades em uso e mais 250 fabricadas. A plataforma Gripen é um ótimo caça principalmente se pensarmos que inicialmente foi projetado para proteção de um país espremido entre dois grandes blocos mundiais, o Gripen NG terá capacidade de carga de 6 toneladas e alcance de 1300 km, mais que o F-5, Mirage 2000C e F-16, sendo que o F-18 C/D tem alcance de 1400 Km sem o uso de pós-combustão, já o sueco tem capacidade de supercruise e radar AESA. É um caça de superioridade aérea e ninguém pode negar.
    Achei interessante, falou mal do Gripen por não possuir um comprador externo, mas se esqueceu que o Rafale não tem.
    Gilberto
    Um país que vai tomar uma decisão ainda este ano, tem pressa em comprar o caça, não pode esperar até 2015.

  12. Não gosto do Gripen e muito menos desse papo furado que o futuro NG terá isso terá aquilo…supercruise e Aesa, sem ter protótipos testando e provando todas essas fantasias. Já era pra Suécia estar fabricando NGs e até agora nadinha de contrato compra e financiar estes protótipos.
    No dia que isso acontecer, eu começo a acreditar em histórias suecas pro povo acreditar.
    Sou mais o Rafale.!
    Que o Rafale vença

  13. Abel
    O Gripen NG não passa de uma modificação da versão C/D, esse possui um demonstrador, que prova que é possível partir de uma arquitetura C/D para mais avançada, não fazendo muito sentido protótipo. O radar AESA é uma realidade e está sendo produzido por uma das empresas mais confiáveis do mundo Selex Galileo, quanto ao supercruise o Demo já demonstrou que isso é possível. Isso quer dizer, nem AESA nem supercruise são fantasias. Não era para Suécia já está o utilizando, desde quando foi lançado o programa NG estava previsto a adoção desses pela Força Aérea da Suécia em 2016-2018, o programa é todo financiado pelo governo sueco, leia a revista Força Aérea do bimestre passado.
    Agora já pode acreditar!

  14. Vou dar muita risada se o RAFALE, não ganhar na : India, Emirados Arabes Unidos e Suiça.
    DASSAULT RAFALE C´EST FINI DÉJÁ VU. Decadence avec elegance. Rafale, “le jake”.

  15. Discussão do mesmo. Gripen x Rafale x Hornet.
    O ponto é – dinheiro.
    Por economia, acho que não será tão simples assim.
    Já teve matéria aqui falando a respeito das restrições orçamentárias suiças para a aquisição, quando se recomendou a manutenção em uso dos F-5.
    Outras notícias a respeito circulam na Internet.

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