Deliberações de círculo interno de ex-ditador são expostas em relatos capturados pelos EUA na invasão do país em 2003
MICHAEL R. GORDON, THE NEW YORK TIMES – O Estado de S.Paulo
NOVA YORK – Em 15 de novembro de 1986, Saddam Hussein convocou seus principais assessores para uma importante reunião estratégica. Dois dias antes, o presidente americano Ronald Reagan tinha reconhecido num discurso televisionado que o seu governo tinha enviado armas e peças sobressalentes ao Irã.
Mas Saddam não pôde ser convencido a deixar de lado sua teoria conspiratória. Ele mencionou a venda de armas novamente no seu fatídico encontro com April Glaspie, então embaixadora americana em Bagdá, no dia 25 de julho de 1990, quando ele mais uma vez interpretou equivocadamente os recados de Washington, supondo que os EUA permaneceriam impassíveis quando o seu Exército invadisse o Kuwait na semana seguinte.
“Isso só pode ser uma conspiração contra o Iraque”, disse Saddam, que inferiu do episódio que os EUA estariam tentando prolongar a guerra entre Irã e Iraque, que já chegava ao seu sexto ano, e aumentar o já imenso número de baixas iraquianas.
Na verdade, o governo Reagan tinha preparado o envio de armas ao Irã por uma série de motivos que pouco tinham a ver com o Iraque: para obter a libertação de reféns americanos no Líbano, para abrir um canal particular de comunicação com os novos governantes de Teerã e para obter um lucro secreto que poderia ser usado para financiar os rebeldes que lutavam contra o governo da Nicarágua.
As deliberações dentro do círculo interno de Saddam são relatadas num volumoso arquivo contendo documentos e registros de reuniões capturado pelas forças americanas depois da invasão do Iraque em 2003. Boa parte deste material ainda não chegou ao domínio público. Mas uma pequena parcela do arquivo foi aberta aos pesquisadores independentes, e 20 transcrições e documentos seriam divulgados ontem por ocasião de uma conferência a respeito da guerra entre Irã e Iraque a ser realizada em Washington.
Mesmo na era do WikiLeaks, este tipo de registro detalhado das ruminações particulares de um líder estrangeiro – registro que revela os cálculos do líder e as impressões do seu governo em relação à política externa americana – raramente vem a público. Trata-se da versão iraquiana das fitas do Salão Oval que ajudaram a derrubar o presidente Richard M. Nixon e proporcionaram aos historiadores um vislumbre do funcionamento interno da Casa Branca de 1940 até 1973, período em que um sistema de gravação foi mantido na sede do governo.
No caso de Saddam, as transcrições revelam um líder inclinado a enxergar inimigos por toda parte, demonstrando muitas vezes um entendimento superficial da diplomacia fora do Oriente Médio. Um líder que nutria grandes ambições para o seu país, mas que era dado a épicos erros de cálculo.
Saddam subestimou o poderio do Exército iraniano a ponto de acreditar equivocadamente que os ataques aéreos iniciais do Irã tinham sido na verdade realizados por aviões israelenses. Ele escolheu pessoalmente os foguetes que seriam usados num ataque contra uma cidade iraniana. Gabava-se de que os iraquianos teriam um arsenal de armas químicas que “exterminava aos milhares”. Sentiu-se ameaçado pela ascensão da Irmandade Muçulmana e outros grupos fundamentalistas a ponto de debater seu desejo de “tapeá-los” e fazê-los pensar que o seu governo também promovia valores islâmicos. A partir de uma perspectiva histórica, a decisão de Saddam de enfrentar o Irã e sua reação ao caso Irã-Contras são dois dos assuntos mais intrigantes tratados nos documentos.
Saddam preparou o terreno para a guerra ao repudiar o acordo estabelecido em 1975 com o Irã. De acordo com Amatzia Baram, especialista israelense no Iraque, a decisão parece ter sido tomada numa reunião realizada em 16 de setembro de 1980, quando Saddam decidiu acreditar na otimista perspectiva de que os iranianos, temendo as forças iraquianas reunidas perto da fronteira, se renderiam sem oferecer muita resistência.
Sobre esses tipos de erros eu li no livro A Arte da Guerra. Aonde Sun Tzu diz que o principe, ou governo vigente, não deve interferir nas taticas de seus generais, apenas este deve-se informar de ter sempre os mais leais e inteligentes em ação direta no conflito.
Se vocês gostarem de ler, leiam tamben A Arte de Amar de Ovídio rsrsrsrsrs não fala de guerra, fala de amor mais é mito legal tamben rsrsrsrssr
O POBLEMA NÃO É GOVERNAR e sim passar a se sentir o maximo o dono do mundo,aplausos puchasaquismo presentes quem não gosta,poder ai tudo sobe a cabeça e foi o boi com a corda o fim geralmente é na cadeia ou morto mizeravelmente igual cadaf,ugo chavez acorda.
Igual o Gadafi, errou feio no cálculo, idiota, e mandou 200 bi de US pra fora do país, se tivesse usado todo esse recursos pra construir uma guarda presidencial bem armada e equipada, inclusive com arma atomica, estaria agora reinando, ambos, os dois ditadores!O irã que se aposse logo de arma nuclear, senão, vai virar peixinho!Esse é o mundo dos homens, extremamente perigoso! Portanto, morda, não lata!
A matéria intenta apagar a imagem do Saddam Husseim agente americano. Mas não enganam ninguém, nem os roteiristas do pentágono nem essa “especialista israelense”.
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Saddam era agente americano, quando decidiu a guerra contra o Irã foi cumprindo uma ordem do pentágono ou como mínimo funcional aos desejos americanos.
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Quando invadiu Kuwait foi porque a embaixadora americana falou que os USA não se oporiam (confusão nada).
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Quando decidiu invadir Kw foi cumprindo uma ordem do pentágono ou como mínimo novamente funcional aos desejos americanos.
Ele, como o outro agente Osamba Bin Laden seguramente estão vivos nos USA vivendo uma identidade falsa.
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A mentira é a base do regime americano.
Goebbels disse: “os judeus repetem mil vezes a mesma mentira com o objetivo que essa mentira vire verdade na cabeça dos trabalhadores”.
Essa é a frase do cara, está no “Diário de JG”, além de ser explicada extensamente no livro Minha Luta.
Os sionistas tergiversam a frase, é parte das infinitas mentiras que difundem na mídia.
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Imagina, quem ousaria propor publicamente a mentira como base do seu governo? ridículo.
Nem os americanos que fazem da mentira o centro de seus argumentos para invadir países indefesos, afirmariam publicamente a frase que se atribue ao JG.
A base do regime americano é repetir uma mentira um milhão de vezes usando a mídia que controlam.
A maioria das materias de política internacional que circulam na mídia (como ésta matéria, a da primavera árabe contra Israel e muitas outras) não passam de propaganda americana.
O grande triunfo dos EUA não é saber mentir, porque nisso eles são péssimos, somente os proprios eleitores americanos e israelenses acreditam no seu discurso.
O grande trunfo do EUA é na verdade omitir detalhes, inverter a ordem dos fatos(deixando sempre aquela pitadinha de verdade), e conseguir fazer a sua mensagem chegar a todas a midias no mundo de maneira uniforme, alinhada. E além disso, eles tem um poder inegável em abafar certos assuntos…
Yêmem, Bharem e esses outros lambe-saco dos EUA, jaja serão novos iraques, sirias, libias..
..ou foi induzido a erros pelos vendilhões de sempre?sds.
Caro o Brás se não me engano, França e Alemanha garantiram a Saddam Hussein que não iriam interverir, fizeram o mesmo com Kadafi ao passar segurança, ao se mostrarem aliadas, deram uma noção respeito a autonomia nas decisões que eles estavam por assumir.
Nós estamos no mesmo caminho. Nós persistimos ainda a ideia da Guerra Fria – continuamos com a dualidade: vermelho e azul.
SDS
Bush pai foi acusado de não ter terminado o serviço …