
“No Brasil, buscamos mais do que clientes, queremos parceiros”, disse ao Correio o diretor executivo da divisão de aviões da Saab, Håkan Buskhe. Ele está à frente de uma das propostas para a bilionária venda de 36 aviões caças-bombardeiros à Força Aérea Brasileira (FAB). Os seus Gripen NG disputam com os franceses Rafale, da Dassault, e com os Super Hornet F/A-18, da Boeing, dos Estados Unidos. Buskhe ressaltou que é muito importante vencer essa concorrência, mas que, tão relevante quanto isso, é firmar no país uma base adequada aos interesses da empresa. Segundo ele, o território brasileiro é uma excelente porta de entrada para a ampliação dos negócios na América Latina e em outros países emergentes.
Assim, mesmo sem contrato com a FAB, a Saab não só começou a buscar sócios para futuros trabalhos em alguma das áreas em que atua — segurança e defesa, radares e integração de sistemas para transferência de dados, por exemplo — como iniciou alguns projetos. “Fomos encarregados de desenvolver partes da fuselagem e das asas do Gripen NG, e participaremos na preparação do Sea Gripen (versão do jato para porta-aviões)”, revelou o diretor executivo da desenvolvedora brasileira de aeroestruturas Akaer, César Silva. Nos últimos três anos, as duas empresas investiram US$ 10 milhões em operações associadas, dos quais US$ 7,5 milhões dos suecos. Os recursos foram destinados à preparação da infraestrutura para a atividade conjunta na empresa localizada em São José dos Campos.
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