Verdades e mentiras sobre a Síria

Jeremy Salt, Counterpunch Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu

Jeremy Salt é professor associado de história e política do Oriente Médio, na Universidade Bilkent, em Ankara, Turquia.


23 razões pelas quais devemos ver com desconfiança o ponto de vista ocidental sobre a insurreição na Síria.


A insurreição afunda-se em guerra civil na Síria, e é preciso pôr um freio na propaganda que escorre da imprensa-empresa ocidental, aceita sem qualquer crítica por muita gente que tem o dever de saber mais sobre o que diz. Aqui, um quadro geral de informações, a partir das quais se pode começar a discutir o que realmente está acontecendo nesse país criticamente importante do Oriente Médio.


1.
A Síria é estado-mukhabarat [serviço secreto] desde que o lastimável Abdel-Hamid comandava os serviços de inteligência, como segundo governo, nos anos 1950s. O estado autoritário que brotou ao tempo do ex-presidente Hafez Al-Assad chegou ao poder em 1970 e esmagou cruelmente todos os opositores. Várias vezes, foi ou ele ou eles. A presença ubíqua do mukhabarat é fato desagradável da vida dos sírios, mas, dado que a Síria é alvo perpétuo de assassinatos e subversão que vêm de Israel e das agências ocidentais de inteligência, e várias vezes foi atacada militarmente, tem hoje grandes porções de seu território ocupadas por Israel e os inimigos da Síria não perdem ocasião para tentar agredi-la, ninguém pode dizer, sem qualquer reflexão, que o mukhabarat não seja necessário.


2.
Não há dúvidas de que o núcleo inicial de manifestantes que se reuniram na Síria quer uma transição pacífica para forma democrática de governo. Tampouco pode haver qualquer dúvida de que grupos armados operando no subsolo das manifestações públicas não têm nenhum interesse em qualquer tipo de reforma. Querem, só, destruir o governo.


3.
Houve manifestações muito grandes de apoio ao governo. Detesta-se tanto a violência das gangues armadas quanto qualquer interferência externa e a exploração da situação, por governos de fora e pela imprensa. Aos olhos de muitos sírios, a Síria é hoje, outra vez, alvo de uma conspiração internacional.


4.
Por mais que sejam verdadeiras as acusações feitas contra as forças de segurança, as gangues armadas mataram centenas de policiais, soldados e civis, num total que se aproxima, agora, de 1.000 mortes. Os civis mortos incluem professores universitários, médicos e até, recentemente, o filho do Grande Mufti da república. As gangues armadas massacraram, emboscaram, assassinaram, atacaram prédios do governo e sabotaram linhas de trens.


5.
O presidente sírio Bashar Al-Assad tem base forte e alta popularidade pessoal. Embora seja parte do sistema, erra quem o definir como ditador. Na Síria, o verdadeiro ditador é o próprio sistema. O poder mais profundamente enraizado na Síria – lá entrincheirado há 50 anos – é o establishment militar e de inteligência e, em menor grau, a estrutura de governo do Partido Baath. Essas são as forças que realmente resistem à mudança. As manifestações foram a oportunidade, para Al-Assad, de dar seu recado, de que o sistema tem de mudar – o que ele fez.


6.
Confrontado às manifestações gigantes, esse ano, o governo afinal apresentou um programa de reformas. Essa evidência é descartada, sem qualquer consideração, pela oposição. Não houve sequer alguma tentativa de testar a boa fé do governo.


7.
A“notícia” de que a oposição armada contra Al-Assad só começou recentemente é total mentira. Praticamente desde o início, sempre houve soldados, policiais e civis assassinados, quase sempre sob as mais brutais circunstâncias.


8.
Os grupos armados são bem armados e bem organizados. Grandes quantidades de armas têm sido contrabandeadas e chegam à Síria, por mar, vindas do Líbano e da Turquia: armas automáticas, metralhadoras, Kalashnikovs, lança-granadas, granadas de fabricação israelense e inúmeros outros tipos de explosivos. Não se sabe exatamente quem vende essas armas, mas alguém as vende e alguém paga por elas. Informações obtidas de membros das gangues armadas capturados apontam na direção do Movimento Futuro, do primeiro-ministro libanês Saad Al-Hariri. Hariri é conhecido homem dos EUA e da Arábia Saudita, com influência que avança bem além das fronteiras do Líbano.


9.
Aoposição armada ao regime parece ser em larga medida patrocinada pela Fraternidade Muçulmana, ilegal na Síria. Em 1982, o governo sírio esmagou brutalmente um levante iniciado pela Fraternidade, na cidade de Hama. Houve milhares de mortos e parte da cidade foi destruída. A Fraternidade Muçulmana tem dois principais objetivos: destruir o governo Baathista e destruir o estado secular, para implantar sistema islâmico de governo. Está quase palpavelmente sedenta de vingança.


10.
As gangues armadas recebem forte apoio externo, além dos já conhecidos ou indicados. Um ex-presidente e ministro das Relações Exteriores da Síria, hoje exilado, Abdel-Halim Khaddam, que vive em Paris, há anos faz campanha para derrubar o governo de Al-Assad. Recebe recursos simultaneamente da União Europeia e dos EUA. Outros ativistas exilados, dentre os quais Burhan Ghalioun, apoiado pelo Qatar como líder do “Conselho Nacional”, tem base em Istanbul. Ambos, Ghalioun e Khaddam, vivem em Paris; e ambos fazem ativo lobby contra o governo de Al-Assad na Europa e em Washington. Como Mohamed Riyad Al-Shaqfa, líder da Fraternidade Muçulmana na Síria, Ghalioun é altamente receptivo a “intervenção humanitária” do exterior à Síria, no modelo líbio (outros são contrários a qualquer intervenção). Promover os exilados como governo alternativo é tática que faz lembrar o modo como os EUA usaram os exilados iraquianos (o chamado “Congresso Nacional Iraquiano”) antes da invasão do Iraque.


11.
Acobertura que se vê na imprensa-empresa ocidental sobre os acontecimentos na Líbia e na Síria tem sido aterradora. A intervenção da OTAN na Líbia é causa de destruição massiva e de milhares de mortes. A guerra, depois da invasão do Iraque, ainda é dos maiores crimes internacionais da história, cometido pelos governos de EUA, Grã-Bretanha e França. A cidade líbia de Sirte tem sido bombardeada dia e noite há duas semanas, sem que a imprensa-empresa ocidental dê qualquer atenção à destruição descomunal e ao número de mortos que, sem dúvida, é altíssimo. A imprensa-empresa ocidental não fez qualquer esforço para confirmar relatos que chegam de Sirte, de prédios civis bombardeados e da matança de centenas de pessoas. A única explicação para isso é que a verdade, horrenda, condenaria toda a operação da OTAN.


12.
Na Síria, a mesma imprensa-empresa seguiu o mesmo padrão de mal noticiar e desinformar. Ignorou ou reduziu todas as evidências dos crimes praticados pelas gangues armadas. Induziu o público a não acreditar no que o governo sírio diz e a acreditar cegamente no que dizem os “rebeldes”, que falam, muitas vezes, por intermédio de organizações de direitos humanos com sede na Europa ou nos EUA. Noticiaram-se como fatos inumeráveis mentiras, como se noticiaram sobre a Líbia e como, antes da invasão, se noticiaram sobre o Iraque. Algumas dessas mentiras, pelo menos, já foram desmascaradas. Pessoas cuja morte foi noticiada, como assassinadas por forças de segurança, reapareceram vivas. Os irmãos de Zainab Al-Hosni disseram que ela havia sido seqüestrada por forças de segurança, assassinada e esquartejada. Esse trágico relato, repetido pelos canais de TV Al-Jazeera e Al-Arabiya dentre vários outros, sempre foi absolutamente falso. A mulher continua viva até hoje, enquanto a propaganda diz que não é ela, a viva, mas uma “dublê”. Al-Jazeera, o Guardian britânico e a BBC têm-se destacado pelo apoio cego a qualquer um que apareça para desacreditar o governo sírio. E as principais empresas de imprensa e comunicação nos EUA seguem o mesmo padrão. Al-Jazeera, em particular, que se destacou ao cobrir a revolução egípcia, perdeu toda a credibilidade como canal de notícias independente no mundo árabe.


13.
No empenho para destruir o governo sírio, a Fraternidade Muçulmana tem objetivos em comum com EUA, Israel e a Arábia Saudita, cuja paranóia contra o islã xiita chegou ao auge no levante do Bahrain. WikiLeaks revelou o quanto os EUA estavam impacientes para atacar o Irã. Alvo substituto é destruir o relacionamento estratégico que une Irã, Síria e o grupo libanês xiita Hizbullah. EUA e os sauditas querem destruir o regime Baathista dos alawitas em Damasco por razões apenas ligeiramente diferentes, mas o que conta é que querem destruí-lo.


14.
Os EUA estão fazendo o máximo que podem para prender a Síria nas cordas. Estão oferecendo apoio financeiro a políticos exilados da oposição. Já tentaram (e falharam, pelo menos até aqui, graça à oposição de russos e chineses) introduzir um vasto programa de sanções, usando para isso o Conselho de Segurança da ONU. Não há dúvidas de que voltarão a tentar novamente e, dependendo do rumo que a situação tome, podem tentar, com o apoio de britânicos e franceses, impor Resolução para que se crie uma zona aérea de exclusão que abriria caminho para ataque militar. A situação é fluida e não há dúvida de que se preparam os mais diferentes planos de contingência. A Casa Branca e o Departamento de Estado fazem, dia sim, dia não, declarações sempre mais agressivas. Em ato de provocação aberta contra o governo sírio, o embaixador dos EUA, acompanhado do embaixador francês, viajou a Hama, antes das orações da 6ª-feira. Contra tudo que já se viu do que já fizeram no passado em termos de interferência em países do Oriente Médio, é absolutamente inconcebível que EUA e Israel, com França e Grã-Bretanha, não estejam envolvidos no levante sírio, muito mais profundamente do que já é sabido.


15.
Ao mesmo tempo em que dão atenção máxima à violência do regime sírio, os governos de EUA e de países europeus (especialmente a Grã-Bretanha) têm ignorado completamente a violência dirigida contra aquele regime. E a violência desses governos, é claro, contra Líbia, Iraque, Afeganistão e outros países, de tão vasta, nem cabe nesse quadro. A Turquia uniu-se a essa campanha contra o governo da Síria com grande empenho, e já foi muito mais longe do que nunca antes, contra o regime sírio. No espaço de poucos meses, a política regional turca de “nenhum problema” com os vizinhos regionais, mudou, da forma mais incoerente. A Turquia já apoiou até o ataque da OTAN à Líbia, depois de, inicialmente, ter-se mantido à parte. Antagonizou o Irã, por sua política de apoio à Síria e ao aceitar, contra forte oposição doméstica, a instalação, em território turco, de uma base norte americana de radares e mísseis, claramente direcionada contra o Irã. Os EUA dizem que os dados recolhidos nessa base serão partilhados com Israel, que se recusa a desculpar-se pelo ataque contra o barco turco Mavi Marmara, questão que levou à beira de grave crise as relações entre Israel e Turquia. Assim, depois da política de “nenhum problema”, a Turquia abraça hoje uma política cheia de problemas com Israel, Síria e Irã simultaneamente.


16.
Enquanto alguns membros da oposição síria falaram contra qualquer intervenção estrangeira, o “Exército Sírio Livre” disse que seu objetivo declarado é implantar uma zona aérea de exclusão sobre o norte da Síria. Zona aérea de exclusão não se implanta sem força, e já se viu a que resultado levou na Líbia – destruição massiva de infraestrutura, matança de milhares de civis e portas abertas a um novo período de dominação ocidental.


17.
Se o governo sírio cair, todos os baathistas e todos os alawitas serão caçados até o último sobrevivente. Em governo dominado pela Fraternidade Muçulmana, regredirá o status de todas as minorias e das mulheres.


18.
Mediante à “Lei [norte-americana] da Transparência na Síria” e mediante as sanções já impostas pela União Europeia, os EUA tentam destruir a Síria há 20 anos. Destroçar qualquer unidade entre estados árabes unificados e criar linhas de separação etno-religiosas são objetivos de Israel há décadas. Onde vai Israel, os EUA naturalmente seguem. Os frutos dessa política podem ser vistos no Iraque, onde se criou estado que só é independente no nome para os curdos, e onde a constituição, escrita pelos EUA, separa o povo iraquiano em curdos, sunitas, xiitas e cristãos, destruindo o laço lógico do nacionalismo árabe. O Iraque nunca mais conheceu um momento de paz, desde que os britânicos entraram em Bagdá em 1917. Na Síria, divisões etno-religiosas (árabes muçulmanos sunitas, curdos muçulmanos sunitas, druzos, alawitas e várias seitas cristãs) tornam o país vulnerável. É o mesmo plano para enfraquecer o país e promover a discórdia sectária com eventual desintegração como estado árabe unificado, que os franceses tentaram originalmente impedir que se formasse nos anos 1920s.


19.
Destruir o governo baathista na Síria seria vitória estratégica de valor inestimável para EUA e Israel. O arco central do relacionamento estratégico entre Irã, Síria e o Hezbullah estaria destruído; o Hezbullah ficaria geograficamente isolado, com um governo muçulmano sunita hostil, ao pé da porta; e o Hezbullah e o Irã estariam mais expostos a ataque militar pelos EUA e Israel. Por acaso ou não, a “Primavera Árabe”, do modo como evoluiu na Síria, pôs nas mãos de EUA e Israel uma alavanca que pode levá-los a conseguir o que querem.


20.
Um governo da Fraternidade Muçulmana no Egito ou na Síria não será necessariamente hostil aos interesses dos EUA. Desejoso de mostrar-se membro respeitável da comunidade internacional e outro bom exemplo de “islamismo moderado’, o mais provável é que um eventual governo egípcio dominado pela Fraternidade concorde com manter o acordo de paz com Israel, enquanto possa (quer dizer, até que outro ataque massivo de Israel contra Gaza ou contra o Líbano torne o tal acordo absolutamente insustentável).


21.
Um governo da Fraternidade Muçulmana na Síria seria aliado da Arábia Saudita e hostil ao Irã, ao Hezbullah e aos xiitas do Iraque, sobretudo aos aliados do líder xiita Muqtada Al-Sadr. Falaria muito a favor da causa palestina e da libertação das Colinas de Golan, mas, na prática, suas políticas dificilmente seriam diferentes das do governo que a Fraternidade luta hoje para destruir.


22.
O povo sírio tem todo o direito de exigir e ter democracia, mas desse modo e a esse preço? Mesmo hoje, o caminho a seguir é o fim da matança e o início de negociações para reformas, não violência e ameaças de dividir o país. Infelizmente, a violência, não qualquer acordo negociado, é o que muita gente deseja dentro da Síria, e muitos governos que assistem e esperam pela melhor oportunidade também querem mais violência. Nenhum sírio tem qualquer coisa a ganhar nesse quadro, pensem hoje o que pensarem. A Síria está sendo arrastada para uma guerra civil sectária, talvez com intervenção estrangeira, e com certeza para o caos, em escala ainda maior do que hoje se vê. Não haverá rápida recuperação, se o estado entrar em colapso ou for destroçado. Como o Iraque, e provavelmente também como a Líbia, olhando a situação presente, a Síria mergulharia em um torvelinho de sangue que se poderia arrastar por muitos anos. Também como o Iraque, seria atirada para fora do ring, como estado incapaz de defender interesses árabes, o que significa, claro, que só seria capaz de defender interesses dos EUA e de Israel.


23.
Assim, tudo considerado, que interesses esse tipo de resultado atenderia?

Fonte:  Rede Castor Photo

14 Comentários

  1. ATENÇÃO BRASIL – ESTA MESMA POLITICA DE DIVISÃO SECTARIA ESTA SENDO IMPLEMENTADA NO BRASIL SOB O MANTO DE ONG`s ESTRANGEIRAS

    Observamos este mesmo tipo de incentivo a divisão da unidade nacional ser implementada por diversas ONG´s e apoiada por entreguistas, onde vemos a criação em solo brasileiro de imensas reservas indigenas como a Raposa Serra do Sol e a Ianomami, que são verdadeiras invenções e descalabros, que contrariam claramente nossa constituição e, são claros crimes de lesa patria.
    Os indios são brasileiros e como tal devem ser respeitados e integrados a nossa sociedade e não mantidos como uma sociedade a parte, como querem aqueles que desejam a divisão de nossa nação.
    Outro ponto que observamos são os incentivos de criação de areas quilombolas, que é outro absurdo para dividir a nação brasileira e, sempre em posições estrategicas para o Brasil; vide o caso de Alcantara.
    O Brasil é um país soberano e seu governo deve atender aos anseios de sua população para mantermos a nossa unidade e defender nossos interesses contra qualquer objetivo estrangeiro de desestabilização nacional, como vemos acontecer em outros países. Não podemos aceitar em hipotese alguma a manipulação de nossa sociedade por entidades de interesses obscuros a nossa nação.
    País respeitado é um país que possui capacidade dissuassória contra toda e qualquer ameaça e, seja capaz se ncessário, em ultimo caso de desferir contra-ataques contra o inimigo não somente se defendendo em seu próprio território, mas sendo capaz de alcançar em seus contra-ataques de defesa, também o território de qualquer inimigo que porventura venha a atacar a soberania de nossa nação; Portanto o Brasil deve sim possuir armamentos de ultima geração e desenvolvidos por empresas nacionais com nossa própria tecnologia e, a bomba atomica brasileira é um direito do Brasil, não para atacar, mas para ser um vetor de dissuassão.
    Acorda Brasil.

  2. Cada dia inventam um número de mortes na Síria. Um dia é 2mil mortos, outro dia é 3mil e outro dia é 5mil mortos. Mesmo sem a imprensa entrar no país, ficam dando um número fictício para desmoralizar o governo Sírio.

    Outra coisa também : a imprensa internacional patrocinada nunca nunca tentou investigação quem são esse tal de oposição pacífico Sírios que enfrentam o exército Sírio em combate com metralhadoras e fuzil nas rua. Isso é oposição pacífica?
    Com certeza tem os EUA e Israel estão enviando armas para a oposição na Síria afim de provocar a queda do governo de lá. Só quem é cego que não vê isso.

  3. isso ai nunca seria publicado em qualquer jornal brasileiro ²
    Concordo! Fadrini
    A mídia brasileira fica nessa de disneylandia emburrecendo e alienando cada vez mais a população.
    SEUS COMPRADOS!!

  4. e ainda existe pessoas troxas que apenas por olhar as noticias na televisão acham que ja entendem muito do assunto e começão a criticar o governo libio.

  5. Estão tentando!.. Síria e Irã. Porque a vertente vencedora nos ‘finalmente da NWO’ seria a cúpula da OTAN. Ou seja, Russia, China, ficaria de fora!. Brasil Também!.. A NWO é maior que isto, só está escolhendo qual país vencerá, e é nisto que os ‘ditos’ nao escolhidos da % dos antes ‘não aceitos’ serão aceitos para fazer parte dos que sobreviverão com algo de direitos humanos.

  6. Um verdadeiro rol de idiotices.

    1 – Mas afinal uma polícia secreta que prende e tortura indiscriminadamente é desculpável?

    2 – E que tal as pessoas estarem já tão fartas que querem agir?

    3 – Trata-se de uma afirmação que carece de fontes, ou trata-se de afirmação que quer ser a fonte?

    4 – Provas disso? Não há imagens em plena época da informação?? Há crianças que tiram fotos nos momentos felizes que passam no recreio…

    5 – Boa, a desculpa esfarrapada do Sindrome de Estocolmo… O problema é do sistema… Tanto jeito que isso teria dado a Pol Pot…

    6 – Ora bem, uma ditadura em fim de linha que promete reformas… onde é que já se viu isto??? Ora deixa cá ver, começando pela letra A: Argentina de Galtieri, Afeganistão Talibã, Angola de Eduardo dos Santos, Cuba, Coreia do Norte… ETC… ETC…

    7 – Esta “mentira” é de facto um sacrilégio…

    8 – Portanto, o assassinato do Presidente Libanês HAriri patrocinado pelos Sírios e as tropas que ocupavam o país foram um abraço fraterno?? Ainda assim, carece de provas, factos.

    9 – Então mas afinal a oposição armada é de cariz Ocidental ou Muçulmana Radical?? Em que é que ficamos?

    10 – Hummm exilados políticos que tentam regressar ao país… onde é que já vimos isto??… humm… já sei, normalmente vão a Estocolmo receber “Nóbeis” da Paz…

    11 – Então mas o tema era… a Líbia??? Ainda assim, viu-se a triteza dos líbios com a morte de Kadhafi.

    12 – A Al-Jazeera a tentar derrubar ditadores árabes?? Hummm..isto é capaz de ser mau para o negócio (para meio entendedor… consultea wikipedia e veja quantas ditaduras há no médio oriente)

    13 – Band of Brothers… Síria, Irão e Hezbolah… de facto não há que tentar afastá-los… diminui-los…

    14 – De facto metralhar as pessoas que se manifestam é bastante mais nobre… quem sabe daria uma resolução do CS patrocinado pela China, Rússia… e Brasil…

    15 – ??????????????? WTF???????????? What The Fuck???? AHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHA

    16 – Zona de exclusão aérea é o primeiro passo para uma intervenção militar… e portanto vetar sanções é o primeiro passo para quê??? mais mortes e perseguições… falsos moralistas do c……

    17 – Portanto, devem-se deixar os torturadores em Paz… E é certo que a Irmandade Muçulmana chegue ao Poder???…

    18 – Primeiro o inimigo externo, depois o inimigo interno (Hitler teria tanto para dizer sobre isto) e mas… então mas a Síria não era Secular??? Agora, no ponto 18 essa tolerância religiosa é perigosa??

    19 – Novamente eixo Síria-Irão-Hezbolah… e a tentativa de os desastabilizar… hummm assim de repente não me parece má ideia para os direitos humanos e paz mundial…

    20 – Realmente manter o acordo de Paz co Israel seria uma catástrofe…

    21 – Portanto, o que interessa hoje é não reconhecer a existência de Israel e manter-se hostil a este mesmo país. Mas estas pessoas que escrevem isto não são da Paz??…

    22 – Dividir para reinar… Assim de repente é mesmo assim que a Democracia funciona. E como aquela gente a quer.

    A 23ª razão não existe, é apenas uma pergunta.

    PS – Aos “editores”. Sem defender cores políticas, penso que colocar outras visões/colunas de opinião menos radicais também daria boas discuções e acabaria por desembaciar isto por aqui. Os ares andam muito turvos. Cheira a bafio soviético…

  7. não entendo os pruridos do autor do texto com “as minorias e das mulheres.”
    será que um estado aliado do (actual) Irão é defensor destes valores???
    tresanda a anti-ocidente, este texto, apesar de dizer coisa pertinentes.

  8. Afonso de Portugal,
    Você que critica “polícia secreta síria”, por favor me diga: o que é a CIA, que faz bem pior? Sequestra qualquer um em qualquer lugar do mundo, mantem em prisões secretas, sem direito a advogados, juízes, promotores, nem “ongs” de direitos humanos. O que é Guantanamo, Abu Graibe, etc. À luz do Direito Internacional o que são os assassinatos praticados com aviões não tripulados? E parodiando o vizinho de vocês: “Em que cláusula do testamento de Adão foi dado aos USA o direito de vida e de morte sobre a população mundial?”

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