Foguete russo Soyuz decola da Guiana Francesa

http://i0.ig.com/bancodeimagens/70/gi/ln/70gilnj2llm3cioyvsondqzhh.jpgSatélites do sistema Galileo são lançados da Guiana Francesa

O foguete russo Soyuz decolou da Guiana Francesa nesta sexta-feira levando os primeiros dois satélites do sistema europeu de posicionamento global, o Galileo.

A missão, muito aguardada, deve redesenhar a competição comercial no espaço.

Quando estiver plenamente operacional ainda nesta década, o sistema Galileo tem como objetivo dar autonomia aos europeus em relação ao GPS (Sistema de Posicionamento Global) controlado pelo governo dos EUA.

O lançamento realizado da base espacial europeia na América do Sul foi o primeiro do Soyuz a partir de uma base fora do território da ex-União Soviética. O foguete viajou pela primeira vez em 1966 e tem suas raízes no período dos primeiros mísseis balísticos intercontinentais.

O foguete decolou às 7h30 (8h30 no horário de Brasília) de uma base próximo de Kourou, na Guiana Francesa, na costa nordeste da América do Sul.

De acordo com os planos, os satélites do Galileo se separariam do foguete quatro horas depois. Fortes chuvas não tiveram impacto na operação.

“Tudo correu bem”, disse Jean-Yves Le Gall, presidente da empresa de lançamento de foguetes Arianespace, em comunicado após o lançamento.

A decolagem, conclusão de mais de uma década de planejamento, estava prevista para quinta-feira, mas foi adiada em 24 horas depois que um vazamento em uma válvula foi detectado no sistema de abastecimento de combustível.

O comissário da UE responsável pela política industrial e espacial, Antonio Tajani, disse que uma nova proposta seria anunciada nesta sexta-feira para seis ou oito satélites do grupo Galileo.

Ao invés de construir um novo foguete, a Europa decidiu erguer uma plataforma de lançamento de US$ 467 milhões (cerca de R$ 825,5 milhões) para o Soyuz na base da Guiana Francesa, de onde já lança seus foguetes da família Ariane.

A França cobriu mais de 80% dos custos de construção e todos os 70 milhões de euros em custos adicionais.

Em troca, a Roscomos (agência espacial russa receberá dezenas de milhões de euros por cada foguete que for construído e enviado ao Centro Espacial Samara.

Fonte Folha de S.Paulo

Lançados primeiros satélites do sistema de navegação europeu Galileo

O lançamento do foguete Soyuz com os dois primeiros satélites do sistema de navegação europeu Galileo ocorreu nesta sexta-feira (21/10), às 8h30, horário de Brasília, na base espacial europeia de Kourou, na Guiana Francesa. A operação aconteceria nesta quinta-feira, mas foi cancelada depois que foi detectada uma anomalia durante o abastecimento de combustível do foguete.

A operação, considerada um marco na história espacial europeia, é o primeiro passo para que, em 2014, o sistema de navegação Galileo esteja apto a competir com o sistema de navegação GPS, que é norte-americano.

O projeto, que é da Comissão Europeia e da Agência Espacial Europeia (ESA), prevê a construção de um sistema civil de navegação por satélite com cobertura mundial. Em 2014, ele deverá contar com 18 satélites. Até 2020, será ampliado para 30. Os próximos dois satélites da “constelação” Galileo deverão ser lançados em 2012.

O foguete russo Soyuz ST-B será responsável por colocar os dois primeiros satélites em órbita, a aproximadamente 23.600 quilômetros de altitude. É a primeira vez que este foguete será lançado fora de suas antigas bases soviéticas. Ele voou pela primeira vez em 1966 e era para ter sido usado pela antiga União Soviética para vencer os EUA na corrida espacial à Lua, nos anos 1960.

A participação do Soyuz nesta operação marca também um novo capítulo na cooperação espacial entre a Europa e a Rússia, já que é a primeira vez que o foguete russo é usado pelos europeus.

Autonomia europeia

No final da década, quando estiver plenamente operacional, o Galileo dará autonomia aos europeus em relação ao sistema norte-americano GPS. A Rússia diz ter concluído um sistema semelhante no início deste mês.

O foguete Soyuz foi adaptado para permitir que a empresa europeia de lançamentos Arianespace, que também opera o Ariane-5, leve para a órbita terrestre uma carga de 3,2 toneladas, considerada média.

A Rússia deve receber dezenas de milhões de dólares por cada lançamento, dinheiro que ajudará a financiar suas atividades espaciais. Ao mesmo tempo, a presença dos foguetes russos na base espacial europeia de Kurou ajudará a Arianespace a reduzir custos.

“Estamos no final de um episódio e no início de outro”, comentou o executivo-chefe da Arianespace, Jean-Yves Le Gall, em entrevista à Reuters. “O Soyuz vai lançar satélites de tamanho médio, que não poderiam ser lançados pelo Ariane-5, e vai nos permitir lançar com mais frequência da Guiana Francesa, diminuindo os custos para a empresa, já que os custos fixos no local de lançamento na Guiana serão divididos por um maior número de lançamentos”, disse Le Gall.

O sistema de navegação Galileo deu os primeiros passos em 1999 e chegou a ficar seriamente ameaçado devido ao fracasso das negociações com o setor privado, em 2007. Os diversos atrasos fizeram disparar o custo total do programa, que já superou os 5 bilhões de euros.

Fonte: dw-world.de

11 Comentários



  1. comentario bobo… a posição geografica da “colonia” favorece e muito tais eventos…

    o mais interessante é a constante aproximação França x Russia… seja na area tecnologica..militar…política …

    Seria uma jogada de mestre russa … visando uma futura ruptura da OTAN… o tempo dira….

    os chineses tentam a todo custo “invadir” a europa … aproveitando a crise economica por lá… despejando $$$

    ja a abordagem russa é mais complexa…e com maiores chances de se concretizar….

  2. Logo aqui em cima ,um dos melhores lugares para se lançar um foguete .Russo não é e nunca foi bobo .França tem dinheiro e russo sabe tudo de foguete .França se diz nosso amigo e Russia também e nós temos os melhores lugares para lançamentos de foguetes ,vamos nos dar as mãos !

  3. Vejam só até os Europeus pegando carona no foguetão russo em detrimento a qualquer apoio que os EUA poderiam dar,até pq os EUA não querem concorrencia más pelos laços EUA e Europa os EUA poderiam ter dado apoio no lançamento dos satelites do sistema europeu e não o fizeram,logo os russos não rejeitam parceria desde que essa traga dindin e olha que os russos tbm querem esse mercado com o seu Glonass….então se o Brasil quer um parceiro para o espaço esse é a Rússia!

  4. Estamos dormindo de touca!Se deixamos de fazer aquilo que deveriamos ter feito não podemos reclamar dos avanços dos outros!Vejam que a França investiu milhões de euros nesse projeto!Ou seja, não pensaram duas vezes em investir, aqui estamos usando engodos da crise pra não investir em avanços tecnológicos!Nesse compaço vamos ver sempre os avanços dos outros com sentimento de inveja, que é lamentavel!

  5. Se os russo estão encotrando alternativas pra se financiarem, cada vez mais os espaços ficam fechados pra nós, que quase sempre, chegamos tarde!

  6. E o Brasil perdeu a oportunidade de lançar esse foguete em Alcântara. O acordo com os ucranianos foi um tiro no pé!

  7. Esse lançamento é uma ducha fria em Alcantara.
    Apesar de confirmar a tese da localização próxima a linha do Equador, “mata” nossa base, pela existencia de duas outras próximas – afinal, são 2 plataformas – já modernizadas e em pleno uso.
    Precisamos ser mais eficientes em nossos projetos essenciais.

  8. Carlos Argus disse:
    22/10/2011 às 11:40
    >”Logo logo vão descobrir q alcantara e perfeita p lançamentos, basta melhorar a infraestrutura da base.E ter-mos exito em n lançamento do n VLS.P Ontem.”<
    —————–

    Caro Carlos Angus, infelizmente enquanto os Quilombolas mandarem e desmandarem por lá; os russos não vão perder o tempo deles investindo em Alcântara.

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