Dilma apoia transição líbia, mas não comemora morte de Kadafi

Presidente do Brasil, Dilma Rousseff

A presidente Dilma Rousseff reagiu nesta quinta-feira às informações sobre a morte de Muammar Kadafi na Líbia dizendo que o mundo deve apoiar e incentivar o processo de transição democrática no país, mas ressaltando que uma morte não deve ser “comemorada”.

“A Líbia está passando por um processo de transformação democrática. Agora isso não significa que a gente comemore a morte de qualquer líder que seja”, disse a presidente.

A declaração foi feita pela presidente à imprensa em Angola, durante seu giro pela África, após ser questionada sobre a captura e morte de Muammar Kadafi.

Dilma havia sido informada pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, da captura do ex-líder líbio e das imagens mostrando-o aparentemente morto.

“O fato de ela (a Líbia) estar em um processo democrático é algo que todo mundo deve – eu não acho que comemorar é a palavra – apoiar e incentivar. De fato o que nós queremos é que os países tenham essa capacidade de viver em paz e democracia.”

Reconstrução
A presidente enfatizou a necessidade de reconstruir a Líbia e traçou paralelos entre a nação e Angola. Último país de seu giro de quatro dias pela África, Angola passou por uma guerra civil que durou décadas e só terminou em 2002.

“O Brasil vem dizendo que a grande questão é justamente a reconstrução. O Brasil tem feito todos os esforços para que haja uma reconstrução dentro de um clima de paz”, afirmou a presidente.

“Esse país que nós estamos (Angola) ficou 40 anos em guerra. O nível de efeito negativo de 40 anos de guerra não só pode ser medido pela quantidade de minas que estão enterradas, mas também na destruição de infraestrutura, perda de oportunidades, e sobretudo, perdas de vidas humanas”, completou, antes de embarcar para Brasília.

Pouco antes, Patriota disse que o Brasil espera que a violência na Líbia cesse, ao comentar a notícia da captura de Kadafi. “O Brasil espera que a violência na Líbia cesse, que as operações militares se encerrem e que o povo líbio siga nas suas aspirações e anseios, no espírito de diálogo e de reconstrução”, disse.

Fonte: Terra

21 Comentários

  1. Carlos Argus, nao e que Gaddafi pediu para morrer. Preferiu a morte a ter de viver de se arrastando sem dignidade. E o destino de qualquer pessoa que assuma a direcao de um povo que quer ser independente. Se perde a guerra paga com a cabeca, como diria Nego Antao num dos filmes de Glauber Rocha. E um pais as vezes tem de ir a guerra para manter sua independencia. Maior dignidade nessa morte do que a de Sadam Hussein. Gaddafi nao sera esquecido na Africa, sera sempre um heroi daquele continente e tenho certeza tambem das massas arabes. Sua tragedia e ter sido um politico burgues em um pais da periferia com a ambicao de faze-lo independente. Pagou caro.

  2. ^^ Os libaneses antes da queda do governo interino tiveram O CÉU! comparado á o que o brasileiro tem agora.
    bom… é algo a se pensar. Tal atitude de governo é estratégica mas só será benéfica a um grau satisfatório se os experts de grau Ímpar dos que.. somente.. ‘lêem a escrituras’.. começarem a meter o bedelho! volumosamente!.. o que duvido!.. de fato.. mas enfim…

  3. Não tem nada de transição democrática na Libia. Invasão, pilhagem das riquezas naturais, e assassinato pelos traidores a serviço do estrangeiro. Agora se nossa presidenta por razões obvias não quis dizer, o que estou dizendo, pelo menos deveria tirar a palavra “democratica”, haja vista que esta palavra juntamente com a palavra “liberdade” tem sido usada para assassinar.

  4. Deve-se e lamentar a morte dele. Morreu como prometeu, lutando pela Libia, como um mártir, sendo que teve inúmeras chances de fugir do pais inclusive aqui pra Venezuela convidado pelo Chavez. Agora os paises colonialistas da OTAN tem passe livre pra fazer a festa e tirar tudo que quiserem de lá. Provavelmente o petróleo deles vai acabar antes que o pais volte a ser como era na época de Kadafi. Vide Afeganistão e Iraque. Ainda em ruínas. Isso se pra nao piorar ainda estorar uma guerra civil entre as diferentes tribos. Como dizem: Ruim com ele, pior sem ele.

  5. Qualquer um que pense um pouco sobre a forma com que ocorreram as coisas na Líbia nada tem a comemorar…
    Foi um movimento claramente neo-colonialista, e, mesmo sendo um ditador nada ‘bonzinho’, Kadafi melhorou a condição de vida na Líbia. Sua deposição por um bando armado, que vai promover uma luta interna nada pacifica pelo poder, apoiado por nações neo-colonialistas em crise econômica é deveras preocupante.
    Todos sabem que os motivos dessa ‘intervenção humanitária’ deve-se apenas à interesses em recursos e posicionamento estratégico no Mediterrâneo, nenhuma preocupação com o povo líbio.
    Quem já foi colonia, e tem recursos abundantes, tem muitos motivos para se preocupar seriamente.
    Mushrooms seeds já…

  6. Parece contraditório esse meu comentário com alguns que já postei, mas não é.
    Claro que acho que devemos nos armar, apenas que devemos nos orientar para auto suficiência, não apenas comprar.
    E temos algum tempo (algum, não todo…) para nos prepararmos, e devemos fazê-lo ‘quetim’, sem amarrar o ‘burro’ com ninguém, de modo realista (também não dispomos de recursos ilimitados).

  7. ESSA É A NOVA LEI, ESTUPRE MÁS NÃO MATE!
    .
    .

    Vocês já reparam que todos os ditadores daquela região que não apoiaram e nem se submeteram em adorar o Tio Sam estão indo pro saco?!!!!
    .
    Vocês já perceberam que só as ditaduras ante americanas estão em evidência na mídia ocidental?!!!!
    .
    Vocês já reparam que ninguém fala dos déspotas similares que apoiam e adoram o grande satã(Tio Sam) estão todos ai no anonimado e godos e corados,andando e frequentado os palácios governamentais na Europa e na casa branca!!!
    .
    Muitos aqui,motivados pela estupidez e da completa ignorância dos fatos,chegam despudoradamente redigir sentimentos ardorosos de paixão as ditaduras pró-americanas,como se as ditaduras são perversas não na sua essência e sim pela sua opção política,ou seja;essa ditadura é nociva porque não está alinhada as minhas convicções política ou não diz amém quando o Tio Sam fala….que coerência não é mesmo.
    .
    Estamos em um momento que as ditaduras estão sendo mudadas e o pior,os amantes delas,com mentiras e astucias malévolas,jogam para a opinião pública que isso tudo é em nome da democracia,em defesa dos direitos humanos e amanhã serão bandeira da ecologia que será hasteadas,e novamente os incautos honorários estarão fazendo o seu papel ridículo,como sempre fizeram com maestria.
    .
    E assim a nova lei que fora formulada por desses parvos tem uma nova roupagem aqui;ditadores matem,esfolem seu povo(Exemplo:Arábia Saudita);más não pode é dá às costas ao tio Sam.
    .
    O ditador Kadafe morreu foi por que fez isso,deu as costas ao tio Sam e ganhou uma punhalada nas costas!
    .
    Ditador matar e tolher os direitos humanos é o que mais acontecem naquela região,os palestinos e as mulheres sauditas é um bom exemplo disso tudo.
    .
    “MATEM MÁS BEIJEM ÀS MÃOS DO MEU SENHOR”

  8. Sr.Felipe Rodrigo,
    .
    Eles estão tendo só que a imprensa ocidental patrocina pelo ditador ilustra as botas do Tio Sam,abafa.
    .
    Más ela(A primavera árabe saudita) só se vê na internet….aproveita enquanto as “democracia ocidentais” não a controle em nome da “ordem social” ou que rotule tais informação como coisa de terrorista,comunista ou seja qual for a nova mentira….uma espécie de pega besta_Rsrsrs….
    .
    .
    abraços.

  9. A OTAN levou a democracia… Das bombas.
    Quando chegaram à Líbia, viram um povo oprimido… E também viram bastante petróleo.
    Tiraram um tirano do poder… E vão colocar um governo fantoche alinhado com o ocidente.

  10. À partir de agora a bola da vez será a Síria,só que sem o apoio da OTAN ,pelo menos é o que se imagina.A Síria é um país muito menor que a Líbia,mas possui um tremendo poderio militar composto basicamente por armamento russo.É tido como único inimigo de Israel,capaz de desafiar o poderio militar daquele estado.Acho que para derrubar esse ASSAD,só com golpe militar ou uma grande divisão nas forças armadas para se juntar ao povo sírio.Vou dar o meu palpite,a Turquia que almeja ser a grande nação líder na região,está preparando uma grande ajuda ou até mesmo uma invasão à Síria para ajudar o povo sírio a se libertar desse ditador sanguinário,e ao mesmo tempo mostrar o seu poderio militar.

  11. Manao diz Siria possui tremendo poderio militar, como unico inimigo de Israel capaz de desafia-lo. Vamos aos fatos. Num combate aereo em territorio libio entre Forca aerea siria e israelita, os sirios perderam 25 avioes os de caca enquanto enquanto os israelitas perderam 1. Nao sei se 25 contra 1 pode ser considerado um bom resultado. Uns dois ou tres anos atras avioes israelitas invadiram o territorio sirio e destruiram uma fabrica perto da fronteira siria com Turquia. Isto e os avioes de Israel praticamente sobrevoou todo o territorio sirio antes de soltar as bombas e misseis. Tome nota, do que vou dizer: A burguesia nacionalista siria e incapaz de criar uma forca armada capaz de defender o pais contra um ataque israelita. O regime de Assad pai sobreviveu gracas ao apoio militar sovietico. O Assad filho nao tem esse apoio, ja que Russia nao tem o mesmo poderio militar que tinha os sovieticos. Sadan, Hussein, Gaddafi, Assad, regime teologico do Iran estao com os dias contados. O plano dos neoconservadores norte americano de recriar um novo mapa na Asia e oriente medio em particular esta sendo posto em pratica, devagar na verdade mas esta sendo realizados. Turquia esta fazendo o papel sujo que os Estados Unidos nao querem sujar as proprias maos deixam eles fazer, mas uma vez Siria e controlada, a vez da Turquia nao estara muito longe. E plano norte americano criar o Kurdistan, e isto so pode ocorrer as custas nao so do territorio, sirio, iraquiano, iraniano mas tambem turco. Estados Unidos nao tem amizade tem interesses e por causa disso nao tem sentimentos de gratitudes. Pergunte Saddan Hussein, pergunte Colonel Gaddafi.

Comentários não permitidos.