Celso Amorim visita estaleiro na França

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Ana Carolina Peliz

Imagens Mer et Marine

O ministro da defesa, Celso Amorim, visitou, na tarde desta quarta-feira, as instalações do estaleiro da DCNS, em Cherbourg, no norte da França, onde estão sendo construídas as primeiras partes de um dos quatro submarinos que o Brasil comprou da França, dentro do acordo de parceria estratégica entre os dois países.

Celso Amorim está na França para uma visita de dois dias. Ele foi recebido hoje pelo presidente francês Nicolas Sarkozy para discutir a cooperação entre Brasil e França na área da defesa.

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Na noite de terça-feira ele participou, como palestrante, da conferência comemorativa dos 30 anos da revista de geopolítica e economia “L’état du monde” (O estado do mundo), na Biblioteca Nacional da França, onde falou sobre o novo papel dos emergentes no cenário mundial, afirmando que o mundo ainda resiste aos países em desenvolvimento. Entre os palestrantes, estavam a jornalista da Tunísia e militante dos direitos humanos, Sihem Bensedrine, e o correspondente do jornal Le Monde nos Estados Unidos, Sylvain Cypel.

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Depois da conferência, ele falou em exclusividade para a Radio França Internacional e afirmou que a construção do primeiro submarino evolui bem, mas não precisou datas. “Isso é um projeto de longo prazo”, afirmou o ministro. “Nós continuamos trabalhando na parte nuclear, que é feita no Brasil”, completou.

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O acordo assinado entre a Marinha brasileira e a empresa DCNS, prevê a fabricação da parte dianteira do submarino, em Cherbourg, na França, e a formação de engenheiros e técnicos brasileiros para a produção dos outros quatro submarinos, de propulsão comum (diesel), e um nuclear, no Brasil. O contrato também prevê a construção de um estaleiro em Itaguaí, no Rio de Janeiro. Atualmente, somente Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, China, França e Índia dominam a tecnologia de construção de submarinos nucleares. Mas a construção de um submarino desse tipo pode demorar 10 anos.

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Durante a entrevista, Amorim afirmou que todas as operações feitas com a França envolvem transferência de tecnologia. “Passou o tempo, pelo menos no caso do Brasil, em que você vendia material, para a defesa ou para qualquer outra coisa, sem tranferir tecnologia”, completou.

Compra dos Rafale

Sobre a compra dos Rafale, Celso Amorim voltou a afirmar que o Brasil necessita de novos caças, mas que em tempos de crise econômica, é preciso ter cautela. Durante entrevista coletiva, na terça-feira de manhã, em Paris, o ministro afirmou que a decisão sobre a compra dos caças de combate será condicionada ao impacto que a crise econômica terá no país. A declaração foi feita após uma reunião de Amorim com o ministro da Defesa francês, Gérard Longuet.

Ele não exclui a possibilidade de a decisão ser tomada durante o ano de 2012 e acrescentou que os aviões Mirage da força aérea brasileira têm que ser substituídos até o final de 2013, porque a manutenção dos aparelhos, cuja vida util chega ao fim, vai custar caro para o governo brasileiro.

Depois da visita do estaleiro da DCNS, Celso Amorim volta ao Brasil.

Fonte: RFI

13 Comentários

  1. Mais uma atitude do Governo petralha e esquerdalha … olhos “AZUIS” daqui a pouco aparecerá com raiva pq nós não compramos nada de prateleira dos EUA

  2. Ta com medo Rafael? Se ficarem com raiva que se lixem! Eles terão que cumprir os acordos que firmaram e pronto. São negócios e não relações pessoais de casais de novelas da Globo. Se liga!
    Temos que fazer o que for melhor para nós, seja lá o que for, e passando por cima de quem tenhamos que passar! Até mesmo de beicinhos estrangeiros que te causam tanto incômodo.

  3. olhos azuis, sangue azul, defensores da “democracia unilateral”… essa gente torce o nariz com essas visitas a frança, china, russia… f-18 ja rodou, virou passado.

  4. “Ele não exclui a possibilidade de a decisão ser tomada durante o ano de 2012”
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    Quer dizer que ainda se tem o risco dessa decisão ficar pra 2013???
    É vergonhoso o modo como as Forças Armadas são tratadas por esse governo, detalhe, comandado por uma economista. Agora, o engraçado é que com uma economista na presidência, a economia brasileira está em desaceleração, nossa indústria está praticamente estagnada, no qual em setembro criou menos empregos que em 2006!!! E ainda iremos crescer mízeros 3,5 a 4% este ano.
    Em relação a compra dos caças, quem dá o veredito é o Ministro Mantega que no mínimo é hostil as FAs.
    Bem que o Lula ainda avisou a Dilma antes de sair da presidência: “Não dê muito ouvidos ao Mantega, se não vocÊ não conseguirá fazer nada no seu governo”.

  5. rafael disse:
    os olhos azuis vão aparecer com raiva,mas que aparecem mano eles estão vendo a posição do brasil,e depois que o brasil pagou a divida com o fmi,comprou parte da divida interna deles e emprestou dinheiro a eles,o brasil parou de baixar a cabeça a eles,o brasil converça de igual para igual,discorda e concorda e que o brasil achar melhor.muita coisa mudou rafael,o brasil não é mais saco de pancada de nimguem e não vai mais deixar ninguem pisar em cima,tu lembra aquela nitiçia em que o ministro das relações esteriores falou para os eua que eles nos mostraram em muitos negocios que não tem palavra e não cumprem os contratos?pois eu me lembro e deixou a bancada dos eua de boca aberta.abraços mano.

  6. Ae está um bom exemplo de ToT com a França:

    Não simplesmente comprar Subs de prateleira, e sim uma versão modificada, em que engenheiros brasileiros estão participando ativamente nessas modificações.

    []’s

  7. Meus amigos podem ficar tranquilos nós estamos aprendendo a fazer o ciclo completo de projeto e produção de um dos melhores submarinos convencionais do mundo,eu destaco o processo de usinagem,o estaleiro,e principalmente o acesso aos códigos do subtics um dos melhores sistemas do mundo para submarinos,ter o acesso aos códigos fontes vai nos poupar anos e milhoes de dólares em trabalho de programação,hoje um equipamento sem tecnologia embarcada e software não é nada,já há um especialista da nossa marinha trabalhando junto aos programadores franceses desenvolvendo a nossa versão do subtics,esse sistema pode ser a base para futuras versões BR para nossos subs,é o que eu falo meus amigos quando saimos pelo mundo querendo comprar os Russos Chineses,ingleses negaram,os americanos fizeram piada chamando de baleia branca e disseream que duvidam se teriamos recursos,a Boenig diz que ofereceu uma proposta equivalente aos maiores aliados dos E.U.A,mas não é verdade pois ao brasil eles disseram que os caças seria montados aqui,já para o japão ofereceram produção licenciada.

    OBS:Só os trapaceiros franceses segundo alguns,nos ofereceu as tecnologias que a marinha necessitava,eu cansei de defender esses acordo com a frança mas o tempo está encarregado de mostra que eu e muitos outros estavamos certos,vejam na índia qual dos três concorrentes do FX-2 está na final,vejam o progresso da marinha,e o famoso caça maravilha tando defendido em alguns lugares não foi classificado,um ministro suceco soltou que o caça não é bom para ataques em solo,só a fab mesmo para escolher um trem desses,talvez seja pelo fato dele lembrar um pouco o F-5.

  8. Até agora os franceses tem honrado seus compromissos. o fato é, confiar em quem? no mundo de interesses os acordos poderão continuar ou ser interropidos conforme as
    conveniencias de cada país, transferir tecnologia faz parte dos negócios mesmo os americanos não querendo,portanto, sou defensor da compra de tecnologia do RAFALE, urgente, depois veremos o que fazer com os novos conhecimentos, esperar é conviver na ensegurança!

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