Sistemas defensivos consomem recursos – para cada míssil de defesa a solução seria construir dois de ataque

Sugestão:Lucena

Os Estados Unidos iniciaram desde os anos 90, programas de desenvolvimento de armas destinadas não a atacar os seus potenciais inimigos, mas sim a garantir aos Estados Unidos a capacidade para destruir ou reduzir ao mínimo a possibilidade do efeito catastrófico de um ataque nuclear.

O programa ‘Guerra das Estrelas’, que começou por ser pouco mais que ficção científica, resultou em alguns dos sistemas de armas defensivas mais eficientes que existem, mas a sua eficácia contra ataques nucleares em grande escala tem sido posta em causa.

O problema é o mesmo que se colocava durante a Guerra Fria:

Para cada míssil anti-míssil que os Estados Unidos construírem, a solução é construir dois mísseis nucleares de ataque.

Como cada míssil anti-míssil é muito mais caro que dois ou três mísseis balísticos convencionais, a estratégia ofensiva da Rússia e da China é muito mais barata que a estratégia defensiva dos Estados Unidos, que baseia a sua estratégia à volta da capacidade de se defender de um ataque e não na capacidade de destruir o adversário.

No entanto, os sistemas anti-míssil também são vistos pelos regimes de Moscow e de Pequim como ofensivos.

O argumento, é o de que ao impedir as armas ofensivas russas e chinesas de atingir os Estados Unidos, o país está a alterar o equilibro entre potências nucleares, pois no dia em que as armas atómicas puderem ser destruídas antes de atingir os Estados Unidos, todo o paradigma do equilíbrio do terror estará em causa.

Russos e chineses temem que no dia em que os Estados Unidos tenham capacidade para se defender dos mísseis balísticos, os seus arsenais passem a ser completamente irrelevantes do ponto de vista estratégico.

As afirmações de Robert Gates, vêm no sentido de lembrar a Washington e a Pequim, que embora os Estados Unidos tenham optado por investir pesadamente em sistemas de armas defensivos, continuam a dispor de armamento nuclear ofensivo que não deixarão de utilizar se forem forçados a isso.

Fonte:  Dinâmica Global

29 Comentários

  1. É incrivel o como as políticas estadunidenses tendem sempre ao desequilibrio. Esta certo criar sistemas de defesa mas junto deveria ter os desmantelamentos nucleares de todos.

  2. É tipo de guerra que jamais deverá ser travada, salvo se decidiram acabar com a humanidade!Então o caminho mais barato é o da diplomacia e inspeções mutuas entre as partes; senão, essa irracionalidade vai continuar imperando, que mostra que estamos muito longe de sermos civilizados ou evoluidos enqto espécie!

  3. Eu discordo dessa matemática.
    Duvido muito que um míssil defensivo custe mais que um ICBM.
    A matemática não é essa.
    O problema não é de míssil para míssil, e sim que um ICBM pode levar várias ogivas, além de iscas, o que em teoria obriga que mais “mísseis defensivos” sejam lançados para cada míssil “ofensivo”.
    Sem falar que para cada míssil atacante são lançados em geral 2 mísseis defensivos como garantia, pelo menos é assim no caso de interceptação endoatmosférica (PAC-3, THAAD, SM-2 Block IV, S-400, ASTER 30, etc ).
    Só que a defesa também evolui.
    Os sistemas atuais e futuros são e serão muito mais capazes de discernir uma ogiva verdadeira de uma falsa.
    Também, os mísseis interceptores exoatmosféricos estão sendo dotados de veículos de interceptação múltiplos.
    Ou seja, a tática de se usar MIRVs para saturar o sistema defensivo já não será mais tão eficiente.
    Sem falar que o objetivo dos sistema defensivos é atingir o míssil atacante na fase de ascensão, com o motor foguete ligado. Nessa fase, não importa quantas ogivas e quantos PENAIDs (iscas) o míssil transporta, já que ele será interceptado antes de lançá-los.
    Pelo que se sabe os EUA ainda não têm capacidade de fazer isso, mas logo terá, contra países como a Coréia do Norte e Irã, já que novas versões do SM-3 terão capacidade de interceptar mísseis na fase de ascensão, logo acima da atmosfera, além do uso do sistema YAL-1 e do míssil NCADE.
    Num futuro mais longínquo terão também contra a Rússia e China usando sistemas antimísseis baseados no espaço, já que é inviável atingir mísseis balísticos na fase primária lançados dentro de territórios extensos com armas baseadas em terra ou aéreas.

  4. Acredito que o Cálculo ai deve ser feito em termos dos números de ogivas, mas também do custo das baterias de defesa. Quem ataca precisa de apenas 1 ICBM para causar pânico, quem se defende precisa ter inúmeras baterias espalhadas para se defender, pois não sabe onde será o ataque. O que talvez seja ai a razão dos custos mencionados pelos autores.

    Acho que os autores devem estar se reportando a isto, ai sim concordo, porém, o inverso é verdadeiro, os adversários também necessitam possuir sistemas defensivos, apesar de que neste hipotético cenário, Rússia e China necessitem de muito menos baterias que os EUA pois só fora do território Americano os Estados Unidos Possuem 800 bases o que exige um volume gigantesco de sistemas defensivos.
    Sds
    E.M.Pinto

  5. Existe nos bastidores uma sangrenta guerra sendo travada! Os pais tidos como desenvolvidos, agora falidos e caidos, sua população começa espernear para todos os lados, faltando td. Eles se voltarão contra outros paises especialmente paises sem defesa como o nosso, q é rico mas ao mesmo gtmepo muito pobre pq não pode se defender. E os politicos petistas otários estão ai querendo aparecer, não tem dinheiro para equipar nossas forças desarmadas, porém, TEM DINHEIRO PARA EMPRESTAR AOS FALIDOS CAMBALEANTES EUROPEUS ARROGANTES SEM NENHUMA GARANTIA D RETORNO. QUE ELES VENDA SUAS FÁBRICAS PARA PAGAREMS SUAS DIVIDAS, SUAS CASAS.

  6. E claro, é uma ingenuidade pensar que os EUA irão abrir mão de seu arsenal nuclear dentro de um período previsível. Isso até pode acontecer quando e se eles vierem a desenvolver armas ofensivas não nucleares tão ou mais efetivas que essas (hipersônicas, baseadas no espaço, etc)
    O que os americanos querem é ter capacidade de se defenderem de um primeiro ataque nuclear. O “segundo” não ocorreria já que o país atacante seria contra atacado antes de implementar uma segunda onda de ataque.
    Hoje, mesmo havendo alerta antecipada, não há nada que os EUA conseguiriam fazer para se defenderem no caso de um ataque maciço por parte da Rússia, salvo contra-atacar, e contra-atacar não é propriamente uma maneira de se defender.
    A possibilidade de contra atacar garante que não haja guerra, mas se houver, não ajuda em nada o país atacado. Seria um nocaute duplo.
    Havendo possibilidade de se defender e sobreviver a um primeiro ataque, a balança da política MAD (destruição mútua assegurada) estaria em frangalhos já que um dos países não teria sua destruição assegurada no caso de um duelo nuclear, e poderia sobreviver sem danos ou com danos mínimos, mas no entanto iria arrasar o agressor.
    Por outro lado só haverá sentido em se desenvolver um escudo antimíssil que seja eficaz contra a Rússia se os americanos desenvolverem armas de contra-ataque não nucleares, caso contrário, para o mundo e para os próprios americanos, as consequências de um contra ataque nuclear de grande extensão dentro do território russo iria cobrar um alto preço político, ambiental e humanitário
    Mas os russos estão certos em temer o escudo antimíssil. Se os americanos se sentirem seguros em seu território poderão elevar o tom no caso de uma possível crise e a escalada poderiam mais facilmente redundar num primeiro ataque russo ou num ataque preventivo americano.
    A única maneira para resolver o impasse seria se sistemas antimísseis fossem desenvolvidos em conjunto e fossem implementados em ambos os países (?????).
    Uma coisa é certa, nenhum sistema de armas fica para sempre “intocável”. Tão certo como 2 e 2 são 4 os meios de tornarem os mísseis balísticos mais vulneráveis já existem e serão mais efetivos no futuro.
    E com certeza, mais cedo ou mais tarde, não só americanos, mas também russos, chineses, franceses, etc, os terão.

  7. E.M.Pinto,
    Os americanos não têm nenhum sistema antimíssil capaz de deter um ataque russo.
    Seus mísseis antibalísticos baseados na Califórnia e no Alaska são apropriados para interceptar mísseis chineses e norte-coreanos.
    Mesmo que fossem posicionados de modo a cobrir um ataque russo, não conseguiriam fazer frente a um ataque maciço.
    Contra a Rússia a única forma de defesa ainda é a política MAD.
    Quando e se os americanos conseguirem um meio eficaz de defesa contra a capacidade ofensiva russa com certeza será baseado no espaço e terá como objetivo a interceptação dos mísseis na fase inicial, antes da liberação das ogivas.
    Realmente, se fossem usados mísseis antibalísticos baseado em terra contra a capacidade ofensiva russa, aí realmente seria um caos para os defensores, por isso, os EUA nem cogita de fazê-lo.

  8. Misseis Balisticos se tornarão inúteis quando armas de alta energia trackeados por sistemas de detecção e travamento avançados estiverem disponíveis em grandes quantidades, e mais efetivos ainda quando estiverem operando em órbita. 🙂

    []’s

  9. Não sei quem escreveu essa matéria, mas com certeza é uma pessoa desprovida de discernimento – o que tem haver ter mais mísseis de ataque em vez de um de defesa?É caro defender seu povo? Não sei quanto aos amigos leitores, mas em caso de guerra prefiro ficar nos EUA, pois lá tem míssil de defesa.
    Abraço a todos!!!

  10. A Rússia devia atacar com tudo agora, se a Rússia conseguir extermina os estadunidenses farão um grande favor ao mundo mesmo que isso custe a vida de todos os russos. E melhor atacar hoje e morre junto com inimigo do que espera ser cercado. e foda-se o inverno nuclear vai sobra humanos isso eu garanto.

  11. Eu prefiro ficar no Brasil que não tem rusga com ninguém, quando alguma nação resolver jogar nukes aqui o resto do mundo já não existe mais. Com relação a capacidade de defesa antinuclear de qualquer nação, eu digo que não existe hoje e nem existirá nunca, simplesmente pela evolução de quem ataca na mesma proporção da evolução de quem se defende, junte a isso o fato de que se todas as ogivas disponiveis hoje forem lançadas, independente de onde sejam detonadas, seja no CEP ou no caminho, já estará determinada a destruição da humanidade, o passivo radioativo será brutal. Abcs.

  12. A única defesa contra ICBM/SLBM é atacar na fase inicial de lançamento, pois é impossível destruir mirvs com suas várias ogivas e iscas como é o caso de icbm/slbm usados pela russia por exemplo.
    .
    Mas para isso é preciso ter algum sistema já pesquisado na época da guerra nas estrelas em sua maioria baseados em lasers de alta potência, algo que não veremos tão sedo pois não há tecnologia pra isso, laser dessa magnitude consome muita energia, não há de onde um satélite tirar essa energia e atacar o missil na fase inicial antes de lançar suas ogivas.
    .
    Existe uma fonte interessante também dessa época de corrida espacial, que era o laser disparado em terra em direção a espelhos orbitais que apontariam o icbm, é a mais viável das defesas na minha opinião, mas não sei porque não vingou, ou se vingou não se tornou público né lol ahahahahahha

  13. por isso q gosto desse site…aprendo mais com os comentarios,como esses q o bosco fez,do q com as noticias em si…..claro q tirando a parte dos inumeros comentaristas mirabolantes q viajam na maionese…rsrs esses eu me racho de rir kkk parabens ao site e sua equipe;;;

  14. Galileu,
    Os novos sistemas conseguem distinguir uma isca de uma ogiva falsa.
    Há algumas características detectadas por radares em terra e pelo sistema de orientação por imagem térmica dos “veículos de destruição cinética” lançados pelos mísseis interceptadores exoatmosféricos que junto aos algorítmos adequados conseguem diferenciar uma ogiva verdadeira de uma falsa ogiva.
    Por exemplo, a falsa ogiva perde calor para o espaço mais rapidamente (decaimento térmico) que a ogiva verdadeira, que é maciça, e essa característica é percebida pelos sistemas de imagem térmica.
    Também há sutis diferenças cinéticas entre as ogivas verdadeiras e as falsas quando na sua trajetória balística.
    Também se uma ogiva for do tipo manobrável, que possa alterar sua trajetória no espaço, ela seria “desmascarada”, já que a “isca” seguiria uma trajetória balística previsível.
    Quando da reentrada, as iscas queimam e se desintegram logo nas camadas superiores da atmosfera devido ao atrito, dando chance à interceptação endoatmosférica, já que as ogivas verdadeiras se revelam.
    Mas você está certo. Tudo parece indicar que a arma mais adequada contra ICBMs/SLBMs será baseada no espaço e muito provavelmente contará com um laser de alta potência para inteceptar os mísseis na fase de combustão, ainda sobre o território do agressor.
    O problema é que, no caso de um escudo antimíssil americano que dê conta de um ataque russo, deverão existir em grande quantidade de modo a que o território russo fique coberto 24 horas por dia.
    Se um dia for construído, tal escudo terá um custo e uma complexidade fenomenal.
    Muito provavelmente, ainda mais nessa época de crise, a defesa contra um ataque russo continuará a ser a política da “destruição mútua assegurada”, que foi eficaz até hoje.
    Mas se isso acontecer,não será por deficiência tecnológica e sim por falta de grana.
    A corrida, hoje como antes, vai ser de quem consegue vencer no campo econômico e não no tecnológico. Antes, a corrida foi ganha pelos EUA e perdida pelos soviéticos, que abriram o bico e até impôs a queda da URSS.

    Alexandre,
    Há limites para que um sistema possa evoluir e continuar reconhecido como tal.
    Por exemplo, mísseis balísticos sempre precisarão ser lançados por um motor foguete que expele gases, fumaça, calor, etc.
    Isso nunca terá como mudar, a menos que o dito cujo deixe de ser um míssil balístico.
    Essa característica do míssil balístico o faz até mais fácil de interceptar que um míssil cruise e não tem como mudar.
    Se e quando desenvolverem armas que interceptem mísseis na fase inicial, propulsada, será muito difícil para o atacante se evadir.
    Mas claro, tudo pode acontecer e você pode estar certo e talvez os engenheiros cheguem à conclusão que não compensa o custo de se desenvolver um sistema antimíssil pela complexidade da empreitada versus a eficiência do sistema depois de pronto.

    Kalchicov,
    Obrigado pela referência.

    Um abraço aos três.

  15. Os russos estão muito temerosos que as novas versões do Standard SM-3 lançadas de terra que serão instalados na Polônia (além de outros países e navios ao redor da Rússia) dentro de alguns anos possam ter condição de interceptar mísseis ICBMs lançados do coração da Rússia.
    A desculpa americana é que eles serão lá instalados para fazer frente a um ataque de ICBMs vindos do Irã, mas muito provavelmente eles poderão cobrir o território russo se não totalmente, parcialmente, e poderão neutralizar um ataque russo de baixa escala, o que tira muito da flexibilidade do arsenal russo, afetando a estratégia de dissuasão implementada hoje, já que eles não poderão contar com uma política de “escalada” de eventos ou de “resposta gradual”, ficando literalmente de mãos engessadas.
    Ou seja, na prática, se for possível mísseis defensivos da OTAN em território polonês neutralizar um ataque em baixa escala, só restará aos russos a opção de um ataque em larga escala, que é completamente “impensável” do ponto de vista tático, já que redundaria em sua própria destruição (além da destruição dos EUA e provavelmente do resto do mundo).
    Por isso os russos estão “p” da vida.

  16. A Rússia tem que atacar e fim de papo. se eu fosse o Putin atacava hoje, cade o espirito russo, todos morrer um dia, melhor fazer algo grande antes de morre. e sem esse papo que o mundo vai acabar isso e besteira.

  17. Concordo Bosco, vc sempre perfeito em seus comentários, só acho que para cada ação de defesa vai surgir outra de ataque que a supere, por exemplo, um ataque convencional em larga escala as baterias de defesa instaladas na polônia ou em navios, dificilmente a OTAN poderia se defender pois a proximidade com a Russia favorece logisticamente a mesma, isso num cenário atual, num cenário futuro só deus sabe o que eles estão desenvolvendo.

  18. Os russos deveriam prepara seus misseis para proximo da interceptação , explodissem espalhando radiação. Assim nã seriam perdas totais, se fossem interceptados sobre a europa ou sobre o marem que haja correntes maritimas ou de ar que leve a radição até proximo do alvo.
    não causa muita destruição, mas poem pedras no caminho do inimigo.
    E o Irã deveria mirar seus “misseis” não para Europa e sim para as areas petroliferas do oriente médio. Areasp petroliferas radioativas aumentam bastante o preço do óleo…

  19. Fério disse: 17/10/2011 às 14:01 A Rússia devia atacar com tudo agora, se a Rússia conseguir extermina os estadunidenses farão um grande favor ao mundo mesmo que isso custe a vida de todos os russos. E melhor atacar hoje e morre junto com inimigo do que espera ser cercado. e foda-se o inverno nuclear vai sobra humanos isso eu garanto.
    Fério disse:
    17/10/2011 às 18:30 A Rússia tem que atacar e fim de papo. se eu fosse o Putin atacava hoje, cade o espirito russo, todos morrer um dia, melhor fazer algo grande antes de morre. e sem esse papo que o mundo vai acabar isso e besteira.
    *************************************************************
    EIS A MENTALIDADE TACANHA REVOLUCIONARIA… “QUE SE DANE O MUNDO… MORRO, MAS LEVOS TODOS COMIGO…”… QUE BOSSALIDADE… ESSE TEM QUE IR PARA UM GULAG NO POLO NORTE…

  20. Isso e o certo a se fazer, os estadunidenses que começa a briga a Rússia vai ter que invadir a polônia muito em breve, acho melhor usar tudo agora e pronto.
    __________________________________________________________
    Os estadunidenses acha que são muito espertos levado a guerra para perto da Rússia, mais quero ver quando nova york e Los Angeles sumirem do mapas se eles não vão aprender a ser gente. as tropas russo convencional não esta preparado para uma guerra em larga escalar mais um guerra nuclear eles estão no estado da arte, então deve usar tudo, se o Putin for patriota ele manda atacar.

  21. para falar a verdade nao botei fé em nenhum comentario uns pagando demeais e outros de menos ate parece que em uma guerra nuclear entre os gringos e os russos iria ficar um de pe que papo furado e é justamente isso que faz com que os dois so discutam nunca vao as vias de fato

  22. Bosco,

    A idéia do Anti-ballistic missile é antiga, mas ou menos da nossa idade, por volta de meio século… he he he.

    Era jovem e já lia uma ou outra nota sobre o ABM-1 Galosh que deveria defender Moscow ou ainda dos americanos Nike Ajax, Nike Hercules, Nike Zeus e Spartan (LIM-49A).

    Na época (anos 60 e 70) a intenção era ter alguma defesa em pontos críticos, como as capitais nacionais das duas superpotências opostas e seus principais silos de ICBM.

    Desconfio que se usados provocariam uma catástrofe radioativa que eliminaria toda a vida na terra.

    Entretanto hoje em dia acredito que os novos sistemas de armas anti-mísseis balísticos tem como primeiro objetivo criar uma alternativa de defesa ou contenção aos sócios minoritários do fechado clube nuclear.

    Nenhum sistema anti-míssil balístico seria capaz de deter um ataque generalizado norte-americano, russo ou até mesmo chinês (de curto alcance contra Japão, Taiwan ou Coreia do Sul).

    Mas a probabilidade destas superpotências nucleares realizarem um devastador ataque nuclear é mínimia, pois bem sabem que as nuvens radiotivas criariam destruição bem além dos alvos atingidos. Possivelmente seria o que alguns chamam de extinction-level event (ELE).

    Assim sendo, os alvos prioritários são os sócios minoritórios, mais instáveis, que venham a sair do controle por vários motivos. Fanatismo religioso ou uma liderânça déspota e sem juízo pode provocar uma ação de pequena escala para desestabilizar a região ou o mundo.

    Nós já vimos guerras criadas para desviar a atenção do povo para os problemas internos.
    Porque não uma nuclear?

    Por esta razão acredito que os sistemas anti-mísseis balísticos continuarão a ser desenvolvidos e implantados.
    E não apenas para defender Washington e Moscow, mas também Tóquio, Seul, Pequim, Taipé/Nanquim, Telaviv/Jerusalém e quem sabe a Europa Central.

    Na minha visão um ataque nuclear limitado, com poucos vetores, partindo de um sócio minoritário, é mais provável que um ataque partindo das grandes potências nucleares (democráticas ou não). Este pequenos atores atômicos é que devem ser contidos.

    Sds,
    Ivan, do Recife.

  23. Fério, vc é doido ou o que, vc acha que é fácil assim começar uma guerra nuclear? Que somente russos e americanos iriam sofrer com o apocalipse nuclear? Ou sera que vc não sabe que a radiação não fica só num lugar, ela é transportada pelo vendo e água? Vc já ou falar do assidente de Chernobyl? Aquela usina nuclear de Chernobyl que fica na Ucrânia, depois do acidente, foi emitido tamanha radiação que se espalhou por uma área muito grande, chegando até na Suécia.

    Se a Russia atacasse os EUA, não seriam só os americanos vão sofrer com a radiação, meu amigo, com um ataque nuclear a radiação seria tamanha que chegaria fácil a Cuba, Caribe, México e America Central, não duvido que chegasse até na Venezuela. Isso sem olhar os estragos que aconteceriam na Europa e Asia, com um ataque americano na Russia.

    Portanto Fério, acho melhor vc pesquisar e pensar antes de escrever qualquer besteria, sem essa de “se a Rússia conseguir extermina os estadunidenses farão um grande favor ao mundo mesmo que isso custe a vida de todos os russos”, ou “Putin for patriota ele manda atacar”. Não sei se o Putin é patriota, mas com certeza não é burro de começar o apocalipse. É muito fácil falar que a Russia deveria atacar os EUA, quando se está sossegado numa cadeira em frente a um computador no Brasil.

  24. Ivan,
    Você está certo e é com esse argumento que os americanos se defendem da sua intenção de colocarem mísseis na Polônia, que seria para se defenderem e defenderem a Europa Ocidental do Irã.
    Só que os russos não pensam assim e estão atentos aos novos desenvolvimentos. O SM-3 naval, terá novas versões lançadas de terra com novas capacidades e que poderia, de acordo com os russos, deter inclusive um ataque russo limitado.
    Sem dúvida deter um ataque em larga escala está fora do atual nível tecnológico.
    Os sistemas citados por você, com a sua idade, rsrsr, eram sistemas de interceptação endoatmosférica que tinham alcance limitado. Hoje, a ênfase na defesa contra ICBMs/SLBMs é a interceptação exoatmosférica.
    Ela permite cobrir vastos territórios. Por exemplo, os mísseis GBI (Interceptores baseados em terra) instalados no Alaska e na Califórnia podem interceptar qualquer míssil ICBM lançado da China ou da Coréia do Norte contra todo o território americano.
    Já o THAAD, interceptor endoatmosférico, poderia ser usado como uma segunda linha de defesa e interceptar ogivas que por ventura tenham passado pelos veículos de destruição cinética (KKV).
    Esse sim, têm alcance limitado (250 km) e teria que estar posicionado perto dos locais que iria defender, a exemplo dos Spartan e Sprint da década de 60, com a diferença de não serem nucleares.
    De qualquer forma, os THAAD não estão planejados para serem usados nessa situação dentro do território continental americano e sim para serem usados na Europa, OM e Ásia, contra mísseis de médio e curto alcance.
    Agora, para os russos e americanos as novas capacidades antimísseis vão se tornar um problema.
    Se um ataque limitado russo puder ser neutralizado, eles ficariam sem uma carta na manga no caso de terem que sentar numa mesa de negociação em caso de alguma crise, e só restaria a eles um ataque em larga escala, desproporcional, que teria como resposta um contra-ataque tão ou mais violento contra território russo. Ou seja, os russos têm que ter certeza da intenção dos americanos senão o caldo pode engrossar por aquelas bandas.
    Um abraço.

  25. Sim Bosco vence que tem a melhor economia, na G.Fria o tio san mandou um de seus melhores espião por alguns meses la pra russia (não me recordo o nome do falecido) e esse disse que a russia só podia ser vencida no campo econômico.
    .
    Qualquer sistema de defesa espacial é caríssimo, como a GFria acabou e não há inimigo em potencial, a velha MAD ainda se vale.lol
    .
    Bosco essa nova versão do SM3 é a que destruiu o satélite americano desativado a alguns anos atrás?
    Acho que esse novo SM3 é bem capaz mas acho que ha brechas mesmo num ataque singular, a velocidade do SM3, será que tenham aumentado nessa nova versão?….
    abraço

  26. Galileu,
    Há diversas novas versões que serão postas em operação nesta década.
    O míssil que atingiu o satélite, salvo engano, foi da versão Block I. Já estão operacionais as versões Block IA e Block IB.
    Em 2015 entrará em operação a versão Block II que têm como diferencial um motor do segundo estágio de maior diâmetro/massa, que o fará ter capacidade anti ICBM limitada, inclusive com capacidade de interceptação na fase de impulsão (inicial).
    Há alguns anos os americanos estavam desenvolvendo um míssil designado de KEI (interceptor de energia cinética). Ele teria capacidade de interceptar até ICBMs lançados do coração da Rússia ou da China, na fase inicial.
    Ele foi cancelado mas em compensação o SM-3 Block II promete oferecer aos americanos capacidade similar, sendo bem menor e mais barato.
    Não sei se já tinha ouvido falar do KEI, mas vai aí um vídeo que mostra como funciona um míssil que intercepta na fase inicial, no caso o KEI.
    http://www.youtube.com/watch?v=UTY-pCkL-QE
    Também tem esse vídeo interessante que mostra um sistema de múltiplos veículos de destruição cinética exoatmosféricas (MKV).
    Esses MKVs poderão ser instalados nos atuais mísseis GBI e em futuras versões do SM-3 Block II e THAAD. Dezenas poderão ser levados pelo GBI (Interceptador baseado em terra) e provavelmente 8 no SM-3 e 3 no THAAD.
    Alguns desses KKVs pesam menos de 10 kg e destroem o alvo por energia cinética.
    Como foram lançados pelo foguete e estão no espaço numa trajetória balística, não precisam de combustível extra.
    Na verdade não passam de sensores dotados de mini foguetes para controle de atitude.
    http://www.youtube.com/watch?v=hsPKYDcfw4k&feature=related
    Um abraço.

  27. conheço sim Bosco, na verdade acho que acho que o SM3 com essas 2 tecnologias podem existir tranquilamente, veículos multiplos e singulares cinéticos o preço também faria diferença.
    .
    Interessante como o sistema da raytheon é bem mais compacto que o da Northrop, é uma baita diferença, eu conhecia a tecnologia mas o sistema em si da Northrop não conhecia, só tinha visto o da raytheon.
    .
    Eu tenho esse vídeo aqui, mas o que você linko é mais completo.
    http://www.youtube.com/watch?v=ZiVfC41URls&feature=results_video&playnext=1&list=PL83CCB3BE063B9D68
    .
    Esse sistema perdurará por um bom tempo, mas sei lá acho que num futuro próximo quando descobrirem de onde tirar tanta energia pra manter um feixe de laser suficiente, teremos os laser orbitais, mas tem um longo caminho pra isso…..
    abraço

  28. Fério disse:
    17/10/2011 às 18:30
    ———-

    Cara, vc so pode estar de brincadeira…nao existe vencedor em uma guerra nuclear. ( E vai sobrar radiacao para o mundo todo..). Me diz ai; onde vc pretende se esconder na hora dos ataques?

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