O projeto do primeiro satélite conjunto de Brasil, Índia e África do Sul deve ser reabilitado na próxima semana, durante o encontro do Ibas (cúpula que reúne os três países), em Pretória.
Proposto há dois anos pelo Brasil, o projeto compreende dois microssatélites, um para o estudo do clima espacial, outro para observação da Terra.
O de clima espacial, dedicado ao estudo de fenômenos como tempestades solares, deverá ser o primeiro da parceria. No Brasil, a coordenação do projeto será do Inpe.
De acordo com os negociadores brasileiros, o custo total deve ficar em torno de US$ 10 milhões, além de cerca de US$ 7 milhões gastos para o lançamento do satélite. O custo é considerado relativamente baixo.
A África do Sul desenvolveria o chamado controle de atitude do satélite, o conjunto de instrumentos de posicionamento da máquina. O Brasil seria responsável pelos sensores de coleta de dados e caberia à Índia o lançamento da sonda.
Especialistas da área espacial ouvidos pela Folha afirmam, porém, que o gigante asiático está reticente em relação à parceria trilateral.
A Índia, afinal, é uma potência espacial emergente, que recentemente lançou uma sonda na superfície da Lua e não tem interesse em um projeto tecnologicamente mais elementar. O maior interesse indiano seria o de vender a tecnologia.
No encontro da próxima semana, que terá a presença da presidente brasileira, Dilma Rousseff, do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, brasileiros e sul-africanos irão pressionar politicamente os colegas asiáticos para embarcar no projeto.
O satélite era visto com entusiasmo no governo Lula, por dar “materialidade” ao grupo de países do hemisfério Sul. “Tem um aspecto positivo de cooperação tecnológica sul-sul”, diz o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.
A Índia, entretanto, é essencial para o projeto, porque o custo de lançamento de um microssatélite por quilo é mais elevado do que o de um satélite de 5 toneladas.
Além disso, como a ideia é cobrir tanto o Brasil quanto a África do Sul, a nave teria de ser lançada numa órbita oblíqua.
Ou seja, nem circulando os polos, como a maioria dos satélites de sensoriamento remoto, nem equatorial, como os satélites geoestacionários.
Para isso, seria necessário embarcar o microssatélite de “carona” com algum outro satélite num foguete indiano. “A Índia explora esse tipo de órbita”, diz Câmara.
A África do Sul e o Brasil têm interesse em cooperação tecnológica, já que já são parceiros diplomáticos nos fóruns internacionais sobre uso pacífico do espaço. A África do Sul também abriga a primeira estação de recepção de imagens do satélite sino-brasileiro CBERS, que distribui imagens para a África.
O país africano tem, ainda, capacidade tecnológica “ociosa” nessa área, resquícios de um programa de cooperação nuclear com Israel durante o regime do apartheid (1948-1994).
foi oq eu disse. os Sinos se tornaram um parceiro muito importante para as parcas ambições espaciais do brasil. pouco dinheiro+pouca capacidade tecnica do inpe/aeb/dcta mas a burrocracia brasileira.
oq fazer? ora…vamos conseguir parceiros de um nivel menor…lembrando q os lançadores indianos, inclusive este q mandou a sonda pra lua, s bem m lembro, contava com motores russos…
quem sabe nao decola? abraços.
Boa notícia.
Seria interessante uma parceria de criarem um sistema semelhante os GPS americano ou o GLOSNASS russo.
[]’s
Estamos pagando caro por anos de omissão para com a nação brasileira,mandamos um homem passear no espaço para nada,gastamos dinheiro com coisas desnecessárias e no fim ficamos piores que estávamos!
PRECISAMOS TER SERIEDADE E COMPROMISSO COM O BRASIL,CASO CONTRÁRIO IREMOS CONTINUAR NO SUBDESENVOLVIMENTO !
A parceria com a China, apesar dos bons resultados até agora, é uma parceria desigual para nós. A China exige que o Brasil assuma 50% do projeto CBERS, tem termos de desenvolvimento tecnológico, o que não somos capazes de fazer.
A parceria entre os países do Ibas é mais equilibrada. Ainda acho que está faltando um país nessa parceria: Israel.
Se a Índia não quiser participar, que pelo menos concorde em fazer o lançamento dos satélites, o que já estaria bom demais.
É o tipo de parceria que poderá dar certo. Com a Africa do Sul já temos o A-Darte, mas precisamos avançar mais. E com a India? Vejamos se conseguimos obter algo tecnologicamente interessante com eles.
Sds.
parcerias militares com a africa do sul e sempre um otimo negocio, temos muita coisa em comum !!!
US$ 10 milhões???? Acho que o Sarney o Romário e o Tiririca custam mais que isso ao contribuinte!! Toma vergonha na cara Brasil! E faz logo esse satélite!! Que absurdo isso…
Nobru, o satélite é irrisório. É um microsatélite.
Mas sabe o verdadeiro problema? O custo de lançamento.
HA tempos atrás custava US$100mil o kilo. Há tempos…
Por isso não temos satélites de comunicação, que são gigantes…
E só de pensar que vendemos o niobio a preço de nada para o mundo vangloriar de sua tecnologia de ponta chega dá raiva!.. ¬¬ Me faz pensar no ideal de um governo verdadeiramente nacionalista.
Microsatélite, e depois não querem que chame a AEB de piada ahahahaha
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Lança um balão ou dirigível que é mais eficaz ahahaha
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Quando o brasil pensar em lançar toneladas e não kilos, até o paraguai estará se aventurando nessa area ahahah