Naomi Klein: Ocupa Wall Street é o movimento mais importante do mundo hoje

http://www.cartamaior.com.br/arquivosCartaMaior/FOTO/74/foto_mat_30657.jpg“Por que eles estão protestando?”, perguntam-se os confusos comentaristas da TV. Enquanto isso, o mundo pergunta: “por que vocês demoraram tanto? A gente estava querendo saber quando vocês iam aparecer.” E, acima de tudo, o mundo diz: “bem-vindos”. Dez anos depois, parece que já não há países ricos. Só há um bando de gente rica. Gente que ficou rica saqueando a riqueza pública e esgotando os recursos naturais ao redor do mundo. Leia o pronunciamento de Naomi Klein em Nova York.

Sugestão Lucena

Naomi Klein – Commondreams


Foi uma honra, para mim, ter sido convidada a falar em Occupy Wall Street na 5ª-feira à noite. Dado que os amplificadores estão (infelizmente) proibidos, e o que eu disser terá de ser repetido por centenas de pessoas, para que outros possam ouvir (o chamado “microfone humano”), o que vou dizer na Praça Liberty Plaza terá de ser bem curto. Sabendo disso, distribuo aqui a versão completa, mais longa, sem cortes, da minha fala.

Occupy Wall Street é a coisa mais importante do mundo hoje[1]

Eu amo vocês.

E eu não digo isso só para que centenas de pessoas gritem de volta “eu também te amo”, apesar de que isso é, obviamente, um bônus do microfone humano. Diga aos outros o que você gostaria que eles dissessem a você, só que bem mais alto.

Ontem, um dos oradores na manifestação dos trabalhadores disse: “Nós nos encontramos uns aos outros”. Esse sentimento captura a beleza do que está sendo criado aqui. Um espaço aberto (e uma ideia tão grande que não pode ser contida por espaço nenhum) para que todas as pessoas que querem um mundo melhor se encontrem umas às outras. Sentimos muita gratidão.

Se há uma coisa que sei, é que o 1% adora uma crise. Quando as pessoas estão desesperadas e em pânico, e ninguém parece saber o que fazer: eis aí o momento ideal para nos empurrar goela abaixo a lista de políticas pró-corporações: privatizar a educação e a seguridade social, cortar os serviços públicos, livrar-se dos últimos controles sobre o poder corporativo. Com a crise econômica, isso está acontecendo no mundo todo.

Só existe uma coisa que pode bloquear essa tática e, felizmente, é algo bastante grande: os 99%. Esses 99% estão tomando as ruas, de Madison a Madri, para dizer: “Não. Nós não vamos pagar pela sua crise”.

Esse slogan começou na Itália em 2008. Ricocheteou para Grécia, França, Irlanda e finalmente chegou a esta milha quadrada onde a crise começou.

“Por que eles estão protestando?”, perguntam-se os confusos comentaristas da TV. Enquanto isso, o mundo pergunta: “por que vocês demoraram tanto? A gente estava querendo saber quando vocês iam aparecer.” E, acima de tudo, o mundo diz: “bem-vindos”.

Muitos já estabeleceram paralelos entre o Ocupar Wall Street e os assim chamados protestos anti-globalização que conquistaram a atenção do mundo em Seattle, em 1999. Foi a última vez que um movimento descentralizado, global e juvenil fez mira direta no poder das corporações. Tenho orgulho de ter sido parte do que chamamos “o movimento dos movimentos”.

Mas também há diferenças importantes. Por exemplo, nós escolhemos as cúpulas como alvos: a Organização Mundial do Comércio, o Fundo Monetário Internacional, o G-8. As cúpulas são transitórias por natureza, só duram uma semana. Isso fazia com que nós fôssemos transitórios também. Aparecíamos, éramos manchete no mundo todo, depois desaparecíamos. E na histeria hiper-patriótica e nacionalista que se seguiu aos ataques de 11 de setembro, foi fácil nos varrer completamente, pelo menos na América do Norte.

O Ocupa Wall Street, por outro lado, escolheu um alvo fixo. E vocês não estabeleceram nenhuma data final para sua presença aqui. Isso é sábio. Só quando permanecemos podemos assentar raízes. Isso é fundamental. É um fato da era da informação que muitos movimentos surgem como lindas flores e morrem rapidamente. E isso ocorre porque eles não têm raízes. Não têm planos de longo prazo para se sustentar. Quando vem a tempestade, eles são alagados.

Ser horizontal e democrático é maravilhoso. Mas esses princípios são compatíveis com o trabalho duro de construir e instituições que sejam sólidas o suficiente para aguentar as tempestades que virão. Tenho muita fé que isso acontecerá.

Há outra coisa que este movimento está fazendo certo. Vocês se comprometeram com a não-violência. Vocês se recusaram a entregar à mídia as imagens de vitrines quebradas e brigas de rua que ela, mídia, tão desesperadamente deseja. E essa tremenda disciplina significou, uma e outra vez, que a história foi a brutalidade desgraçada e gratuita da polícia, da qual vimos mais exemplos na noite passada. Enquanto isso, o apoio a este movimento só cresce. Mais sabedoria.

Mas a grande diferença que uma década faz é que, em 1999, encarávamos o capitalismo no cume de um boom econômico alucinado. O desemprego era baixo, as ações subiam. A mídia estava bêbada com o dinheiro fácil. Naquela época, tudo era empreendimento, não fechamento.

Nós apontávamos que a desregulamentação por trás da loucura cobraria um preço. Que ela danificava os padrões laborais. Que ela danificava os padrões ambientais. Que as corporações eram mais fortes que os governos e que isso danificava nossas democracias. Mas, para ser honesta com vocês, enquanto os bons tempos estavam rolando, a luta contra um sistema econômico baseado na ganância era algo difícil de se vender, pelo menos nos países ricos.

Dez anos depois, parece que já não há países ricos. Só há um bando de gente rica. Gente que ficou rica saqueando a riqueza pública e esgotando os recursos naturais ao redor do mundo.

A questão é que hoje todos são capazes de ver que o sistema é profundamente injusto e está cada vez mais fora de controle. A cobiça sem limites detona a economia global. E está detonando o mundo natural também. Estamos sobrepescando nos nossos oceanos, poluindo nossas águas com fraturas hidráulicas e perfuração profunda, adotando as formas mais sujas de energia do planeta, como as areias betuminosas de Alberta. A atmosfera não dá conta de absorver a quantidade de carbono que lançamos nela, o que cria um aquecimento perigoso. A nova normalidade são os desastres em série: econômicos e ecológicos.

Estes são os fatos da realidade. Eles são tão nítidos, tão óbvios, que é muito mais fácil conectar-se com o público agora do que era em 1999, e daí construir o movimento rapidamente.

Sabemos, ou pelo menos pressentimos, que o mundo está de cabeça para baixo: nós nos comportamos como se o finito – os combustíveis fósseis e o espaço atmosférico que absorve suas emissões – não tivesse fim. E nos comportamos como se existissem limites inamovíveis e estritos para o que é, na realidade, abundante – os recursos financeiros para construir o tipo de sociedade de que precisamos.

A tarefa de nosso tempo é dar a volta nesse parafuso: apresentar o desafio à falsa tese da escassez. Insistir que temos como construir uma sociedade decente, inclusiva – e ao mesmo tempo respeitar os limites do que a Terra consegue aguentar.

A mudança climática significa que temos um prazo para fazer isso. Desta vez nosso movimento não pode se distrair, se dividir, se queimar ou ser levado pelos acontecimentos. Desta vez temos que dar certo. E não estou falando de regular os bancos e taxar os ricos, embora isso seja importante.

Estou falando de mudar os valores que governam nossa sociedade. Essa mudança é difícil de encaixar numa única reivindicação digerível para a mídia, e é difícil descobrir como realizá-la. Mas ela não é menos urgente por ser difícil.

É isso o que vejo acontecendo nesta praça. Na forma em que vocês se alimentam uns aos outros, se aquecem uns aos outros, compartilham informação livremente e fornecem assistência médica, aulas de meditação e treinamento na militância. O meu cartaz favorito aqui é o que diz “eu me importo com você”. Numa cultura que treina as pessoas para que evitem o olhar das outras, para dizer “deixe que morram”, esse cartaz é uma afirmação profundamente radical.

Algumas ideias finais. Nesta grande luta, eis aqui algumas coisas que não importam:

Nossas roupas.

Se apertamos as mãos ou fazemos sinais de paz.

Se podemos encaixar nossos sonhos de um mundo melhor numa manchete da mídia.

E eis aqui algumas coisas que, sim, importam:

Nossa coragem.

Nossa bússola moral.

Como tratamos uns aos outros.

Estamos encarando uma luta contra as forças econômicas e políticas mais poderosas do planeta. Isso é assustador. E na medida em que este movimento crescer, de força em força, ficará mais assustador. Estejam sempre conscientes de que haverá a tentação de adotar alvos menores – como, digamos, a pessoa sentada ao seu lado nesta reunião. Afinal de contas, essa será uma batalha mais fácil de ser vencida.

Não cedam a essa tentação. Não estou dizendo que vocês não devam apontar quando o outro fizer algo errado. Mas, desta vez, vamos nos tratar uns aos outros como pessoas que planejam trabalhar lado a lado durante muitos anos. Porque a tarefa que se apresenta para nós exige nada menos que isso.

Tratemos este momento lindo como a coisa mais importante do mundo. Porque ela é. De verdade, ela é. Mesmo.

[1] Discurso originalmente publicado no The Nation, em http://www.thenation.com/article/163844/occupy-wall-street-most-important-thing-world-now. Tradução para o português do Brasil, de Idelber Alvelar, da Revista Fórum, em http://www.revistaforum.com.br/conteudo/detalhe_noticia.php?codNoticia=9518/a-coisa-mais-importante-do-mundo-.

Fonte: Common Dreams via Carta Maior

31 Comentários

  1. Parabens Lucena pela Sugestao .
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    ESE E O CAPITALISMO.= sonho americano kkkkkkkk
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    Yankes ja ven o fim dos anos dourados,.
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  2. muito bom, pessoas como essa moça nos faz ter esperança em novas mentes q possam nos levar para frente, evoluir como sociedade, e não ficar pressos em baboseiras do seculo passado de direita e esquerda, mentalidades atrasadas de viuvas do muro de berlin !!!

  3. Mais uma vermelhuxa manipuladora financiada por Wall Street para fazer de conta que quer um mundo mais justo… ainda tem otarios que acreditam em fadas e duendes verdes bossais… dai os vermelhuxos imbecis uteis saem das passeatas dizendo: “viu como estão tremendo os burgueses… vencemos mais uma…”… patético, se não fosse tragico…

  4. se enganam que acha que o dominio americano no mundo atual se da por meios militares, não!!! o poderio militar americano serve para subjugação e pronta resposta, o dominio de corações e mentes se da por meio de cultura e contracultura, ex. musica, lingua, series de tv, cinema,internet ( criada por eles) entre outros,a questão e: como absolver o q e bom desta cultura sem diminuir nossa propria cultura, nos anularmos como povo e sem nos tornarmos vira-latas abanadores de rabo !!!

  5. estas manifestações em frente a cafetinagem financeira de wall street( assim como os cassinos q são as bolsas de valores no mundo, não da para entender como um pequeno grupo pode movimentar bilhões num dia sem rpoduzir uma folha de papel, um lapis sequer )as manifestações são validas, mas infelismente não refretem o pensamento do americano medio !!!

  6. eu tenho contato com varios amigos brasileiros q moram ou moraram nos estados unidos, e o testemunho deles e que os americanos são capitalistas selvagens por natureza cultural, tem um ditado americano q diz ” não existe almoço gratis” na mentalidade do americano pobreza não e sinal de compaixão mas sim sinal de falta de capacidade, eles são totalmente contra o assistencialismo, para americano se voce dempender de escola pub. saude pub. voce tem mais e que se fo… mesmo, para eles admistração publica serve para manter a lei e a ordem e como marco regulatorio, e não para dar assistencia a ninguem, um americano quando faz 18 anos e praticamente expulso de casa para q se vire, portanto crise no setor financeiro para eles e “businnes” e se voce for prejudicado por ela e porque não e forte o bastante para aguentar o tranco !!!

  7. e como remedio para a crise vão continuar fazendo o que fazem, imprimir dolar e repassar os efeitos para a europa ( antes eles ) e que se dane, para estadunidense o mundo se resume aos eua, o resto e quintal !!

  8. Direita e esquerda não são baboseiras do século passado. Esta divisão surgiu na Revolução Francesa. Os que estavam à direita do rei apoiavam a monarquia absolutista francesa. Os que estavam à esquerda apoiavam os movimentos populares e não populares (girondinos e jacobinos). Esta divisão ocorre nas sociedades onde uma minoria detém o poder econômico e político em detrimento da maioria pobre e não representada. Infelizmente o conservadorismo, terrorismo político/social e o fanatismo religioso têm sido instrumento de manipulação para mover uma massa popular no eixo político da esquerda para direita. A final quem crer que há um deus para te dar um futuro melhor (caso não consigas tu és pecador e não merece o bem estar, às vezes perguntas por que eu não mereço isso!) não precisa lutar para conquistar uma condição de vida melhor; e quem é rico tem acesso aos representantes de deus para pedir perdão (indulgência) e conquistar um lugar no paraíso.

  9. Amon disse:
    meu caro compatriota, admiro o seu conhecimento historico, não e minha intenção desmerecer posições ideologicas de ninguem( des-de q não sejam possições extremistas reacionarias,o q pelo bom nivel seu comentario, felismente percebo que não e o caso)o que eu defendo e que fatos historicos devem ser levados em consideração para aprendermos com eles, mas não devemos ficar presos ao passado, devemos evoluir para algo melhor sempre, um patrão não precisa se um carrasco explorador; pode ser um empreededor justo, que gera emprego e renda, um empregado não precisa se um cidadão explorado submiso, pode ser alguem capacitado que usa do fruto do seu trabalho para crecer, ter boas condições de vida para si e a familia, tudo que o BRASIL não precisa e de uma guerra de classes neste momento, devemos nos unir para fazer nossa nação crecer e ser justa.
    a revolução françesa foi um dos fatos mais importantes da historia humana, e quando me refiro a baboseiras de esquerda e direita, não me refiro a ela, mas sim a mentes q teimam em ainda viverem no tempo da guerra fria, viuvas do muro e berlim, meus respeitos compatriota, abços!!!

  10. Gostei, bússula moral.
    Vou projetar um prototipo, mandar fazer milhares e distribuir gratuitamente. Serpente venenosa/gulosa, engoliu o proprio rabo, estar em apuros. Isso não vai terminar bem, movimentos só irão aumentar o desespero, quem se habilitar a ajudar?????

  11. Capital Social a gente ensina gringo. A gente mostra como se faz a paz, como não se rouba a riqueza dos outros.

  12. Mais uma vigaristazinha querendo se passar por anjo. Enquanto os milhonários eram Europeus e americanos,tudo bem, agora que os milhonários aparecem em países do terceiro mundo, temos que combater os destruidores das riquesas do mundo. Os EUA e Europa vão fazer de tudo para acabar com a subida rápida e triunfal dos emergente, nem que seja a base de muita guerra. São os verdadeiros terroristas mostrando as garras, são comandados diretamente do mundo das trevas…que Deus nos proteja.

  13. Desde quando que movimento organizado por organizacoes como o CANVAS OPTOR, Centro para estrategia e acao nao violenta aplicada, dirigida por agente da Cia como Ivan Marivic, ligada ao NED, National for Edowment for Democracy, criada por gente com vinculo com a Cia e o Pentagono pode ser progressista eu nao consigo perceber. Quem le ingles procure o Global Research, e leiam o artigo de Michel Chossudovsky, Ocupe Wall Street e o outono Americano. Creio que eventualmente sera publicado em portugues. Como Seattle em 1999 creio ser um movimento criado justamente como valvula de escape. Abrir a valvula para reduzir uma pressao que pode explodir todo o sistema. Naomi e parte desses grupos de academicos bem pagos por sinal que faz da arte de criar valvula de escape da pressao social sua profissao. Creio que se o grupo permanece preso ao tipo de ideologia que move os organizadores desse protestos nada de produtivo ocorrera mas criara mais cinismos e desesperancas nos participantes. Outro ponto, nao e o mundo fazer pergunta aos participantes do protestos, ate quem enfim voces decidiram agir, Nao, se o “mundo” quer mudar o mundo, o mundo tem que se mover nao esperar por outros que se mova por ele. Concordo com Fernando Gonzales e mulher e uma vigarista.

  14. Fernando Gonzales, fostes ácido… mas lúcido.

    Quanto aos manifestantes estão se achando, pois estão numa das vitrines do mundo. Têm a cara de pau de proferir novidades (kkkkk!!!) que abalarão o mundo, só na cabeça deles mesmo.

    Aqui no Brasil, mesmo, estamos cheios de movimentos, paz e amor, porém não na vitrine novaiorquina. rsrsrs!

    Lembram das vassouras, varais, pombas etc, espetadas nas prais do Rio? Ou o movimento, de alguns anos atrás, CANSEI?

    E na Argentina o comovente protesto (de longos anos) das mães da Praça de Maio? Ou das Tricoteiras (precatórios) em Porto Alegre?

    Esses gringos sempre achando que o que eles fazem é inédito e a oitava maravilha do mundo. KKKKKKKKKK!!!!!!!!!!!!!!

    Capa Preta, as Bolsas não são cassinos. Caso vc tenha uma empresa e precise capitalizar, para crescimento e mais produção e empregos, a Bolsa será uma fonte de recursos sério e honesto. As crises econômicas têm origens em alavancagens insustentáveis e não no mercado de ações. Há uma confusão aí, que a imprensa sensacionalista adora.
    E alavancagens, especuladores fraudulentos, agências de classificação vigaristas, governos cúmplices ou omissos são uma coisa, Bolsas são outra. Se não fosse a capitalização democrática promovida pelas Bolsas, com toda certeza esse progresso da civilização atual não existiria. E as monarquias ainda estariam por toda parte cultivando um mundo com muito mais exclusão social.

    Mas que a imprensa adorou a antiga fala do Sapo Barbudo, adorou!!!

    Se os manifestantes de Wall Street fossem sérios, eles deveriam ir acampar era na frente do Tesouro Americano. Mas claro que os verdadeiros interessados nessa manifestação de confetes não vão deixar.

    Sds!!!

  15. “Invadir países para apoderar-se de seus recursos naturais é ilegal, segundo a Convenção de Genebra. Isto significa que a gigantesca tarefa de reconstruir a infra-estrutura do Iraque é responsabilidade financeira dos invasores. Em vez disso, o Iraque está obrigado a vender 75% de seu patrimônio nacional para pagar as contas de sua própria invasão e ocupação ilegais. Os capitalistas do desastre têm estado ocupados.”

    (Naomi Klein)
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    O movimento “Ocupa Wall Street” não é contra o capitalismo produtivo… É contra a degeneração do capitalismo naquilo que conhecemos como neoliberalismo, que é bárbaro, criminoso e corrupto…
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    Naomi klein tem um trabalho muito interessante e útil para compreender alguns dos métodos de dominação neoliberal empregados pelo 1%, para melhor explorar os 99%…
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    http://www.youtube.com/watch?v=jKU3jm4sjZE
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    http://www.youtube.com/watch?v=NBfzp74FDAU

  16. é, é de rir pra não chorar, esses caras são perigosos (digo os americanos), muitos brasileiros adoram os EUA, vão pra lá pra aprenderem a pratica do capitalismo deles; agora que a coisa tá indo pra m., tão querendo culpar o boi que eles sempre adoraram e idolatraram mundo a fora, muita hipocrisia!

  17. Ele parece ser bem honesta em sua posições, Vamos acompanhar-la e saberemos se é verdade, e se a mesma vai melhorar as coisa por lá, e por tabela as econômias do planeta. sds.

  18. Blue Eyes, Fernando Gonzales, Jojo, ViventBr.

    Vocês estão completamente alienados. Eu duvido muito que exista um representante que foi assim escolhido por todos os que comparecem no Occupy Wall Street.

    Vocês tem a cabeça travada e só enxergam conspirações políticas e esquecem completamente o cunho social de todos os movimentos que estão tomando forma no mundo.

    Os EUA são só mais um dos países que irão experimentar protestos devido ao colapso do sistema atual. Esses protestos podem resolver, ou não resolver nada, nenhum protesto em particular já nasce fadado ao desastre ou o sucesso, tudo depende de como a coisa vai repercutir ao longo do tempo e que atitudes serão levadas a cabo.

    Não existe saída para essa crise que seja política, não existe saída unilateral, não existe medida cambial que mudará o rumo das coisas, esse processo é muito maior e envolve todas as pessoas do mundo.

    Eu não sei o dia de amanhã, vocês também não e acredito que ninguém saiba. Entenderam? Esse é um capítulo novo na história, então podem jogar toda a parafernália do passado fora.

  19. Tudo isso é conversa: Precisamos de uma moeda única mundial, caso contrário os americanos e europeus vão continuar emitindo moeda para comprar as riquezas dos países em desenvolvimento e do BRICS. Somos muito ingênuos. Vamos acabar com a especulação financeira, inclusive com as Bolsas de Valores. Todos os bancos devem ser estatizados, pois eles desequilibram as economias dos países. Não produzem,só especulam.

  20. Concordo com aqueles que julgam Naomi Klein ser uma vigarista. Um daqueles professores universitarios que recebem alto salarios para criar ilusoes naqueles que nao estao satisfeito com o seu lote no sistema capitalista e precuram alternativas. Ela e seu tipo tenta criar ilusoes de que e possivel fazer o sistema capitalista mais humano, sem exploracao etc, de que e possivel reforma-lo. CAPA PRETA, patrao que nao e explorador nao existe e aquele que quer realmente tratar seus empregados com um pouco de dignidade, vai a falencia. O patrao, como explorador do trabalho alheio, vive melhor que seu empregado, mas tampouco ele e uma pessoa livre, Esta subordinado as leis de expansao do Capital que exige sob a ameaca da falencia, qie ele seja implacavel na exploracao de seus empregados e na competicao com outros capitalistas. E lei da selva sim, la no sistema de mercado. Europa e Estados Unidos que se declinam precisamente porque la a classe capitalistas perderam confianca neles mesmos e tentam evitar os conflitos sociais. Essa e a essencia do Estado do Bem Social, criados apos a segunda guerra Mundial. Medo de revolucao nada mais, ainda que os sindicatos operarios e partidos socialistas e comunistas tem mais medo de revolucao operaria do que os proprios capitalistas!Porque China vai ser a primeira potencia economica mundial nos proximos 10 anos? Porque la trabalhadores que consegue emprego sao explorados no maximo. Uma vasta massa de 800 milhoes de chineses estao esperando sua vez de conseguir emprego cujo salario minimo e bem menos que o salario minimo pago no Brasil VIVENTT BR Eu digo bolsas sao cassino sim. Onde operam os bancos e outras instituicoes financeiras que inventaramo chamado Mercados de Derivativos. Tal mercado que operam com um vasto capital ficticio em termos de quadrilhoes de dolares, e considerados por muito economistas como sendo a causa direta da crise financeira que rebentou em 2007/8. E tais economistas dizem que o que vimos ate agora e uma mostra palida dos primeiros estagio de uma grande catastrofe financeira. O pior esta para vir. E cassino sim, e a economia capitalista se transformou em cassino ja na decada de 1980. LYSERGIC, diz que nao ha solucao politica para essa crise. Que me perdoe a linguagem, mas isto e asneira. A economia nao existe separado da politica.Uma informa a outra. Acrescento que a guerra como dizia o velho Clausewitz tambem e politica.A saida para essa crise e inteiramente politica. a questao e qual a politica. O que posso dizer e que nao ha crise insoluvel para o capitalismo, desde que as massas estao disposta a pagar para solucao dessa crise dentro do sistema capitalista.Os criadores da doutrina economica neo liberalismo sonhavam em levar o mundo de volta na historia, aos tempos de Adam Smith. Esqueceram eles que aquela epoca que produziu a chamada economica politica classica, o liberalismo economico, tambem produziu um alemao judeu chamado Carlos e seu amigo alemao, o industrialista Frederico!

  21. BRILHANTE tatuka!!!… poucas vezes vi alguem dizer tanto em tão poucas linhas… pensamento claro e incisivo… sem volteios… é exatamente como vc colocou… enquanto isso, os iludidos e ilusionistas caminham no jardim do quintal… saudações…

  22. Uma vez falei a um colega americano. Vocês criaram um monstro e agora não sabem como lidar com ele, estava me referindo a China e a orda de produtos chingling (Apple, Bose, Nike, auto peças, máquinas e equipamentos) que tirariam os empregos dos americanos cedo ou tarde, isso há uns 9 anos atrás.
    Agora, pergunto, porque os caras desta passeata não fazem um downgrade no seu consumo desenfreado de coisas artificialmente baratas vindas da China? Porque continuam a consumir V8? Porque continuam a apoiar as Guerras super espendiosas americanas mundo a fora? Quantas bases americanas existem no Mundo? Quanto custa para se manter um porta-aviões? Quanto custa ser a Polícia do Mundo?

  23. Daqui a pouco um cara vai perguntar ao Forest Gump, porque vc está correndo? e dai ele para e volta pra casa…
    Estes caras são os mesmos jovens que vi em Paris distribuindo panfletos do greenpeace e ao mesmo tempo fumando Marlboro e bebendo coca-cola, são uns caras que não têm o porque protestar. Somos contra o mercado financeiro, somos a favor da paz, somos a favor de energia renováveis, somos contra a pesca da baleia, somos contra as guerras no mundo, somos contra a destruição do meio ambiente, etc. O mesmo discurso do Papa e com os mesmos efeitos. Nenhum. Se desejam mover o mundo, ou modificá-lo, primeiramente, um pouco de foco é aconselhável… Querem protestar por protestar… Isso virou moda. No Chile os caras querem melhores escolas. Bom! Nos países Árabes querem liberdade e democracia, que será criada por um bando de militares 😀 Na Europa, bem na Europa eles desejam o fim da Europa e no Brasil, queremos o que? menos corrupção, paz e amor… Porque não reinvidicar pena dobrada a quem em cargo público (policial, deputado, vereador, ou presidente) cometer crime, seja este qual for????? e claro perda dos direitos civis. Porque não condenar com mais rigor os corruptores, empresários maldidos que sangram a Nação com suas propostas indecorosas a políticos de pouca fé? Porque não prestar assistência educacional/saúde e previdenciaria a quem e somente a quem provar ter contribuido com um mínimo de impostos… A maioria não paga nada e quer tudo… Voto distrital, diminuição do tamanho do estado e dos representados por este, metas e meritrocracia nas promoções e cargos do estado, técnicos no comando das Estatais e não políticos que fazem visitas a quartos suspeitos de Hotéis e a oposição é tão ingênua que não se utiliza de nada disso nas campanhas…Fechem Wall Street… vamos ver até quando estes caras vão ficar lá reivindicando sei lá o que????

  24. FAÇO AS TUAS PALAVRAS AS MINHAS,PAUL!
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    “(….)Na realidade, quanto mais razoável e moderado soa um crítico, mas urgentemente ele ou ela precisa ser demonizado. É a razão do frenesi em denegrir Elizabeth Warren.
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    Quem, então, está realmente sendo antiamericano aqui? Não os manifestantes, que estão simplesmente tentando fazer-se ouvir. Não, os verdadeiros extremistas aqui são os oligarcas da América, que querem sufocar qualquer crítica às fontes de sua riqueza.
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    Paul Krugman, 57, é prêmio Nobel de Economia (2008), colunista do “The New York Times” e professor na Universidade Princeton (EUA). Um dos mais renomados economistas da atualidade, é autor ou editor de 20 livros e tem mais de 200 artigos científicos publicados em jornais especializados. Escreve às segundas e sextas-feiras.

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    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/paulkrugman/988435-panico-dos-plutocratas.shtml

  25. Seria dois pesos e duas medidas,ou pimenta nos olhos dos outros é refresco?
    Quando existe protestos no oriente médio eles arranjam um nome pomposo como a PRIMAVERA ARABE, que é o desabrochar da democracia.
    -Vamos ajudar(Financiar) os “Rebeldes” a depor ditadores sanguinarios.
    -Oh!!! Kadafi merece ser deposto.
    -Bashar esta reprimindo “manifestantes”
    Agora quando o problema e em casa vem a midia dizer que que os manifestantes sao um bando de desocupados,ou que o movimento esta sendo financiado de fora.Va entender!!!

    Ps: desculpem a falta de acentos,meu teclado e americano.

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