Segundo ele, “a celebração do “bom senso” neoliberal contra a “falácia da compaixão”, como a descreveu alguém, significa mais um triunfo reacionário na velha guerra”.
Sugestão: Gérsio Mutti
Goethe teve um romance passageiro com a Revolução Francesa, que liberou mais demônios do que ele estava disposto a aceitar. Vem daí sua famosa declaração de que preferia a injustiça à desordem. Goya foi um entusiasta de primeira hora de Napoleão, mas horrorizou-se com as atrocidades da guerra na Espanha, que retratou com ácido e asco na sua série de gravuras “Desastres de la Guerra”. Acabou desencantado também.
Mas o desencanto de Goethe e Goya não é o mesmo dos que lamentaram o fim da velha ordem, para os quais a Revolução Francesa significou não a derrota do despotismo e da injustiça, mas um crime contra a natureza do homem. Confundir ordem e normalidade com seus próprios privilégios é um velho hábito de castas dominantes. Na literatura da contrarrevolução, tão vasta e influente quanto a literatura da revolução, o que aconteceu na França dos Bourbon foi uma segunda Queda do Homem, uma segunda perda do Paraíso. Só quem tinha vivido antes da revolução – outra frase famosa – conhecia as delícias da vida. Delícias que incluíam não apenas os privilégios do absolutismo, mas do mundo como ele devia ser, com todas as suas injustiças naturais.
A Revolução Russa também provocou dois tipos de reação, a do desencanto com seus excessos e descaminhos depois da empolgação inicial, como o de Goethe e Goya com aRevolução Francesa, e a dos que a condenaram desde o princípio como antinatural. E também provocou dois tipos de literatura. Se todos os que acham que liberdade, fraternidade e igualdade é um slogan ainda aproveitável são filhos da antiga retórica da revolução, os reacionários de hoje são filhos da antiga retórica da restauração, mesmo que o vocabulário tenha mudado. Para estes, o fracasso do comunismo soviético na prática representou o fim do ideal iluminista e a recuperação do homem natural.
A celebração do “bom senso” neoliberal contra a “falácia da compaixão”, como a descreveu alguém, significa mais um triunfo reacionário na velha guerra. E estamos de volta ao delicioso paraíso do egoísmo sem culpa e das injustiças naturais sem remédio. E estamos de volta ao delicioso paraíso do egoísmo sem culpa e das injustiças naturais sem remédio.
a humanidade esta percorrendo uma estrada sem volta… a caminho do fim!!!
O Brasil precisa acabar com a corrupção em todos os níveis, e com a impunidade dos engravatados (políticos) e tubarões (grandes empresários). Os banqueiros também são uma desgraça. A Bolsa de Valores,é outra desgraça. Toda especulação financeira é uma desgraça. A virtude está no meio. Nem capitalismo selvagem, e nem o comunismo radial. Aliás, no mundo inteiro já é assim.
Nunca uma boa intensao matou tanta gente como o comunismo no seculo 20 foram 100.000.000 de vitimas , Deus nos livre destes bem intencionados Verissimos e mal trovatos
Estamos crescendo materialmente e perdendo a “Humanidade”, mt triste.Sds.
Garupa, uma lucida constatação… oxala tivessemos lutado com inteligencia contra o leviatã vermelho… agora temo ser tarde demais… esta tudo infiltrado pela lógica materialista deturpada pela corrupção estatal e para-estatal… temos que começar tudo outra vez… pensadores bem formados e avessos ao conformismo e ilusionismo materialista podem ter uma chance de vitoria… deixem a lenha seca queimar… os que ainda teem vida, o madeiro verde, se salvará… quem tem ouvidos para ouvir que entenda…