Síria rejeita entrada de comissão da ONU liderada por brasileiro

http://i0.ig.com/bancodeimagens/1u/gd/x7/1ugdx7bul0610xu3g3fc32aa9.jpgO governo sírio rejeitou nesta sexta-feira a entrada no país da comissão organizada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU criada para investigar crimes contra a humanidade praticados pelas forças de repressão.

A Síria participou nesta sexta do Exame Periódico Universal (EPU), ao qual de submetem todos os membros da ONU desde 2006 para avaliar a situação dos direitos humanos em cada país da organização. Com o crescimento da violência na Síria, inclusive com informações sobre enfrentamentos entre as forças armadas e os desertores na fronteira com o Líbano, a expectativa para escutar o discurso do vice-ministro das Relações Exteriores da nação asiática, Faisal Mekdad, foi grande em Genebra.

O dirigente, porém, não fez nenhuma concessão. Sua exposição diante do Conselho de Direitos Humanos se concentrou em denunciar uma “conspiração internacional” após o início dos protestos contra Assad, em março. O ministro garantiu que as reformas democráticas estão em andamento e que os sírios gozam de liberdade de expressão.

Mekdad assegurou que nesses seis meses “as forças de segurança evitaram disparar contra os rebeldes para evitar a morte de civis inocentes” e qualificou as manifestações como “ataques criminosos contra a nação e o povo por parte de grupos terroristas”. Segundo o dirigente, a agitação civil é uma estratégia ocidental, liderada pelos EUA, para armar grupos oposicionistas que assassinaram civis indefesos.

O discurso do vice-ministro contou com o apoio de Cuba, Venezuela, Nicarágua, Bolívia e Rússia, que afirmaram que o Conselho está se tornando uma ferramenta dos países ocidentais para conseguir seus objetivos. Em tom enérgico, Mekdad disse não conseguir “manter a linguagem diplomática” diante do que considerou “mentiras e desinformação”. Ele argumentou que interferir nos assuntos internos de outros países é um delito contemplado no Direito Internacional.

Um dia após a ONU elevar para 2,9 mil o número de mortos pela repressão, o vice-ministro sírio afirmou que nos próximos dias Damasco apresentará sua “lista de mártires”. “Trata-se de 1,1 mil policiais e membros da força de segurança que faleceram nas mãos dos terroristas que recebem armas de países inimigos”, denunciou o representante sírio.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU realizou esse ano duas sessões especiais tendo a Síria como tema central e aprovou no mês passado o envio de uma comissão independente, liderada por um brasileiro, para investigar possíveis crimes contra a humanidade durante a repressão aos protestos, denunciados pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos.

Apesar da pressão internacional pela aprovação da entrada da comissão, Mekdad afirmou que ela só será autorizada quando “o terrorismo acabar”. Em declarações aos jornalitas, Mekdad disse que deve se reunir com os três membros da comissão, mas esclareceu que sua visita está condicionada a uma investigação prévia realizada pelo seu governo.

Fonte: IG Último Segundo

10 Comentários

  1. Quinteto vagabundo e esse aqui: “Cuba, Venezuela, Nicarágua, Bolívia e Rússia” A favor do massacre que ocorre hoje na Syria. Um mundo cruel, desde que o ocidente quer a retirada de Assad mais matanca sera necessaria, desta vez pelos propios paises que hoje pregan o massacre de Assad.

  2. O Governo da Dilma está de parabéns, em contribuir para a retirada do ditador sírio do poder. Dilma só está pisando na bola, em não tirar (e punir severamente) os políticos corruptos brasileiros do poder, e os juízes que engavetaram os processos. A Presidenta é muito fraca nesse aspecto. Vamos levantar a fortuna de todos os políticos brasileiros: Sarney, Maluf, Cesar Maia (entre outros). Por que demoraram tanto processar o Maluf ? Dilma tem que dar essa resposta para o povo, sem embromation e enrolation.



  3. rssrsrrs.. levaram uma porta na cara…Diplomatas covardes como os do Itamaraty merecem levar porrada mesmo (bem como governos e governantes covardes)

  4. Esse NELORE tá mais pra boi que pra comentarista.

    Já o Dandolo esquece o Bahreim, a Arábia MALdita e o Iémen… Que o BraZil nada fala e, ainda foi a favor do MASSACRE e o SAQUE na Líbia…

    XTREME?? Coitado…

  5. Bola da vez, a Síria agora está quase sozinha contra a comunidade internacional, dita ONU, dita OTAN.
    Xtreme, o diplomata brasileiro na ONU é diplomata da ONU, não representa o Brasil no evento, tão somente a ONU.
    A posição brasileira foi de abstenção.

  6. Quando separarmos o TSJ da política, teremos justiça contra os políticos ladroes. Enquanto isso não acontecer, dificilmente veremos um político na cadeia! Temos que por na cadeia esses juízes canalhas que pensam que são deuses junto com os políticos ladrões!

  7. CILS ZAYIT, magnífico o seu comentário, era isso que eu ia dizer para o DANDOLO, quem julga e prende é o judiciário, e não o Executivo, portanto não é a DILMA que prende políticos corruptos, no entanto a corrupção tb está nas togas, assim como foi dito por uma representante do CNJ e que causou uma revolta grande nos juizes, se sentiram ofendidos com a verdade que todo mundo sabe. Abcs,

  8. Cortina de fumaça… Primeiro: O sírio nem é louco de atacar a diplomacia brasileira, pois só conseguiria perder o freio do bonde da ONU. É graças, entre outros, ao Brasil que os EUA não passaram um rodo na Síria. As palavras ditas foram só chavões dirigidos à ONU e não ao grupo liderado pelo Brasil, que o embaixador diz liberar quando houver segurança para tanto… As coisas não devem andar tão bem lá para o regime. Estão ganhado tempo. Segundo: Assad é uma praga, sim, mas a única diferença entre ele e Obama é que o sangue dos inocentes esta nas mãos do Assad e Obama paga alguém para sujar a Assad para sujar as mãos por ele. O relacionamento entre Assad e Obama é apenas ilustrativo, para ser pessoal. Na realidade o relacionamento é americanos X ditadores(assassinos). Os americanos criaram vários deles e, depois, quando estes não mais os seguiam, arvoraram-se senhores das virtudes e invadiram os países (ou financiaram movimentos violentos de oposição) para implantar governos fantoches. E ainda tem gente que fica agitando bandeirinha americana? Acreditando no que a midia deles publica ao pé-da-letra sem dar-se ao trabalho de uma ligeira interpretação? Putz… E ainda acreditam ser pensantes… Esta é boa…

  9. Nelore eu diria que esses países votaram muito bem de acordo com os seus interesses.
    São eles justamente que poderiam, em tese, contar com a ajuda da ONU para terem seus governos derrubados.
    Portanto, eles não estão a favor de massacre nenhum, apenas a favor dos seus próprios interesses.

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