Eles se autointitularam os Mata Zetas e dizem ser o “braço armado do povo”. Para alguns, no entanto, eles representam a chegada ao México de um temido fantasma: os paramilitares.
O grupo ganhou destaque no último dia 24 de setembro, após divulgar um vídeo onde seus membros aparecerem encapuzados, prometendo acabar com o cartel de drogas Los Zetas, do estado de Veracruz.
Para o governo, trata-se de mais um grupo criminoso entre tantos outros que se multiplicam pelo México. O vídeo, no entanto, fez muitos mexicanos temerem o início de uma nova fase de violência no país, com o enfrentamento entre carteis e paramilitares.
O vídeo foi divulgado quatro dias após a aparição de 35 corpos, amarrados e com marcas de tortura, em uma rua da cidade de Boca del Rio, no estado de Veracruz.
Até o momento, não há consenso entre especialistas de segurança sobre a existência de paramilitares no país.
Edgardo Buscaglia, professor de direito do Instituto Tecnológico Autónomo de México (ITAM) diz que existem hoje cerca de 167 grupos paramilitares no México. A contagem foi feita a partir de notícias na imprensa, pesquisa de campo e informações de suas fontes, diz.
“Existem casos de policiais que fazem o trabalho sujo de grupos criminosos, limpando algumas regiões de grupos adversários. Isso ocorre em todo o país. Ele são extensão do estado, policiais que usam veículos ou recursos do Estado para desempenhar essa tarefa”, diz.
Em 2010, o Senado pediu ao governo informações sobre a atuação de paramilitares. A resposta oficial foi a de que eles não existiam.
Fenômeno novo
Não é a primeira vez que um grupo armado mexicano divulga mensagens de vídeo pela internet. Mas nunca antes uma organização disse estar “ao lado dos mais desprotegidos”, prometendo respeitas as Forças Armadas e “não extorquir ou roubar” a população, como fizeram o Mata Zetas nesta semana.
Buscaglia insiste que o grupo se encaixa na definição clássica do paramilitarismo, ao dizer que não vai fazer contrabando de armas e drogas e que irá limpar Veracruz dos criminosos.
Para o general da reserva e fundador do Centro de Investigación y Seguridad Nacional (CISEN), Jorge Carrillo, o México está “diante de algo diferente, que não sabemos exatamente o que é”.
“É um grupo que se parece muito mais preparado que outros grupos criminosos, mas não significa que sejam paramilitares”.
Modelo colombiano?
A penetração de paramilitares nas instituições do Estado é uma realidade na Colômbia, onde políticos frequentemente são acusados de ligações com esses grupos.
Os especialistas apontam uma diferença essencial, no entanto, entre o contexto de violência do México e o da Colômbia, que é a existência, no último país, de uma guerrilha que enfrenta o Estado, no caso as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Mundo Eric Olson, especialista do Instituto México do Centro Woodrow Wilson, diz que na Colômbia os paramilitares “surgiram como uma guarda dos fazendeiros para enfrentar as Farc ou o M-19”.
“Eles acabaram se convertendo em um corpo irregular das Forças Amradas, com organização militar e comandos coordenados com batalhões do Estado. Até agora não vimos isso no México”, diz.
Gustavo Duncan, pesquisador da Universidade dos Andes, de Bogotá, reconhece as peculiaridades dos dois países mas ressalta uma semelhança.
“Os Mata Zetas lembram os chamados Pepes da Colômbia, perseguidos por Pablo Escobar, um grupo paramilitar que também se dedicava ao narcotráfico e que reunia os prejudicados pelo cartel de Medelín (comandado por Escobar)”, diz.
Governo frágil
Para o general Carrillo Olea, o surgimento do Mata Zetas é um reflexo da debilidade do governo do presidente Felipe Calderón em garantir a segurança de um país onde a violência já matou mais de 40 mil pessoas nos últimos seis anos.
“Não podemos falar de paramilitares, mas o que está, sim, ocorrendo é que pequenos e médios empresários estão recorrendo à proteção privada. Existem grupos se organizando à margem da lei, sem permissão para usar armas”, adverte.
“O México permitiu o surgimento de empresa ilícitas de proteção, que durante o dia cuidam de um supermercado e de noite fazem travessuras. E o governo não sabe onde estão nem quanto são”, diz.
Investigação
A Procuradoria Geral da República do México está investigando o vídeo dos Mata Zetas e diz que irá perseguí-los como qualquer outra “organização criminal”.
Esta semana, o governo anunciou o envio de mais forças federais ao Estado de Veracruz, investimentos em inteligência e uma “depuração” na polícia local.
A estratégia é a mesma já adotada nos Estados de Tamaulipas e Nuevo León. A questão é se isso irá prevenir a aparição dos paramilitares.
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sonho com um grupo paramilitar anti corruptos no BR… com apoio indireto de membros das FA,PF,empreXarios… CHUPA POLITICOS FDPs TRAIDORES…
O México está uma zona (prostíbulo). Solução: Regime de Força + Pena de Morte para assassinos e narcotraficantes. Democracia é para quem pode. Depois do México entrar na linha,Democracia, mas jamais com o voto populista. Implantem o Parlamentarismo que eu bolei. Querem saber como ?
onde sera que eles conseguem tantas armas ? no norte ?
O Mexico esta morto.
Dandolo com suas soluções magicas o problema do mexico e estar do lado do maior xerador do mundo os EUA onde os narcotraficantes vendem suas drogas e lavam seus dinheiros no bancos podres americanos e trazem com facilidade armas e mais armas pra guerra algo parecido aqui com o brasil onde eles compram os fuzis ali no paraguai e os nossos politicos que fugiram da escola que nao itendem de economia segurança e etc resolvem desarmar o povo que male male pode compra um resorve….
O problema do México se chama CIA que usa as drogas pra financiar suas operações “negras”.
O vento q venta lá poderá ventar tbm aki; culpa da pobreza e dos ianks ,os consumidores natural das drogas e exploradores…Sds.