Centro 2011: fotos e vídeos do novo sistema Iskander-M e Tornado

Informações e imagens: Rustam: Moscow Rússia para o Plano Brasil

Texto E.M.Pinto

Durante o exercício militar russo, Centro 2011, a 26ª brigada  Nemam, “bandeira vermelha” estacionada em Luga (arredores de Leningrado) efetuou com sucesso disparos reais com os sistemas lançadores autonomos 9P78-1 e sistema de mísseis 9K720 “Iskander-M”. Como parte do programa de reaparelhemaneto das forças armadas russas, a 26ª passa agora por um programa de recebimento de novos sistemas de armas, anteriormente operando sistemas de saturação de foguetes, a 26ª recebe agora os novos sistemas lançadores de mísseis táticos 9K720 Iskander-M. Segundo a fonte do Plano Brasil, a brigadarecebeu seus últimos sistemas de mísseis em Julho de 2011.

O Iskander é uma tática muito valiosa para o exército Russo, ela faz parte do conjunto de armas estratégicas cuja aoperação é limitada por acordos entre a OTAN e Rússia as quais limitam a sua proximidade as fronteiras, devido ao seus potenciais. O Míssil pode carregar entre outras armas, ogivas nucleares. Recentemente devido ao conflitante sistema de defesa de mísseis que os EUA pretendem instalar na Europa nas proximidades da fronteira Russa, o governo Russo ameaçou romper o acordo de instalção destas armas alegando não cumprimento do mesmo pelas partes ocidentais. Após a ameaça de instalação de baterias de mísseis táticos no enclave de Kaliningrad, Russos e Americanos retornaram a mesa de negociação.

A nova versão do Skander possui novas habilidades e sistemas de guiagem que tornam o míssil mais eficaz e mortífero, com um menor CEP e maior resistência a contra medidas eletronicas e defensivas.

Durante a operação Centro 201, um grupamento da 26ª efetuou o lançamento simultâneo dos mísseis Iskander-M e de sistemas de saturação, MLRS “Tornado”, os disparos foram efetuados em 22.09.2011 em Yar Kapustin, na região de Astrakhan. As imagens apresentadas pelo Plano Brasil, foram captadas por várias câmeras posicionadas no chão e um em aeronaves não tripuladas.

11 Comentários



  1. será que lançam em tempo hábil … ante uma incursão de F22.. disparando seus misseis a mais de 100km do alvo ???

  2. discordo, o ISkander não é a única arma de que dispõe a Rússia para se defender.
    Aliás probabilidade 0 de um raptor ser usado para esta missão, para isto seriam utilizados os B 2 ou mesmo os mísseis Tomohawk.
    Porém te digo, nãos e engane, eles são detectados rastreados e jameados também, lembra da embaixada chinesa atingida no iraq? o alvo ficava a 40 km, providencial o alvo não?
    de qualquer forma, a briga é feia.
    Sds
    E.M.Pinto

  3. Com a introdução de radares de abertura sintética (e similares) e modo GMTI (indicador de alvos móveis no solo) em vários radares aerotransportados, tanto em aeronaves específicas para reconhecimento quanto por caças e até VANTs, cada vez mais ficam mais vulneráveis alvos móveis no solo, a distâncias maiores.
    Sem falar na possibilidade do uso de VANTs de reconhecimento stealths, trabalhando em rede dentro do território inimigo.
    Se na década de 80 um alvo tático móvel só era engajado a partir de alguns quilômetros porque se fazia obrigatório que o mesmo fosse descoberto visualmente ou pelo sistema optrônico da aeronave, hoje esses alvos podem ser engajados de dezenas e até, centenas, de quilômetros.
    A tática pra se contrapor a essa capacidade é incrementar e sofisticar as técnicas de camuflagem, a mobilidade e adotar mísseis sup-ar de grande alcance que impeçam a operação de aviões radares (Ex: E-8 JSTAR ou R-99B) capazes de detectar e identificar alvos bem dentro do território inimigo de modo a que sejam atacados por armas de precisão de longo alcance.
    Como há o uso maciço de aviões dotados de radares avançados do lado da OTAN, varrendo o campo de batalha e o território inimigo pelo menos uns 400 km fronteira adentro, os russos responderam com mísseis sup-ar com grande alcance (e energia cinética), como o sistema S-400, que tentam negar o espaço aéreo para aviões de reconhecimento e impedir o ataque de longa distância.
    Enquanto um Maverick D precisa se aproximar a uns 7 ou 8 km para ser lançado contra um lançador de foguetes, um carro de combate ou uma bateria antiaérea, uma “chuva” de SDBs guiadas por GPS podem ser lançadas de mais de 100 km contra um alvo móvel descoberto por um radar avançado, só pra citar um exemplo.
    Fato é que cada vez mais o ataque contra alvos móveis está se dando de distâncias maiores, o que irá redundar na obsolência em massa de vários sistemas de armas ar-sup de menor alcance e menos avançados, salvo se tiverem capacidade “anti-munição”, com capacidade de interceptarem as bombas e os mísseis ar-sup lançados de grandes distâncias.
    Como resposta a essa nova família de mísseis sup-ar já se nota a tendência das próprias armas aerolançadas serem “furtivas”, dificultando sua detecção e sua interceptação.
    A tecnologia de radares com capacidade de reconhecimento terrestre e a tecnologia de fusão de dados, associada as armas guiadas por GPS/INS e a cabeças de busca avançadas revolucionou a guerra ar-sup.

  4. Os armamentos de lado a lado são orientados pela doutrina de cada um.
    Claro que russos (só pra citar um exemplo) também possuem radares com capacidade semelhante de reconhecimento, e têm como resposta a intenção da OTAN/EUA estabelecer a superioridade aérea, negando o espaço aéreo da mesma forma que os russos tentam fazê-lo com mísseis sup-ar.
    Os russos, além do S-400, possuem mísseis “anti-AWACS”, com mais de 300 km de alcance, que também seriam usados para tentar reduzir ou eliminar a capacidade multiplicadora de força fornecida por aeronaves de reconhecimento sem que as aeronaves russas precisem adentrar em demasia a área guarnecida pela OTAN.
    Ou seja, a guerra simétrica é um balé fantástico onde cada um tenta tirar vantagem de suas capacidades e das fragilidades do inimigo.

  5. Um bom exemplo dessas novas capacidade é a dupla R-99B/ASTROS II.
    Com a aeronave R-99B descobrindo alvos móveis com seu radar de abertura sintética(SAR) bem dentro do território inimigo, o exército poderia atacar alvos móveis, macios, de área, a 80 km de distância.
    Claro que estamos longe de ter a capacidade stand-off de países mais desenvolvidos no quesito “defesa”, tanto de armas ar-sup quanto sup-sup, mas ainda assim não estamos parados e pelo menos em tese temos capacidade de atacar alvos móveis a partir de grandes distâncias, além do alcance visual e fora da linha de visada.
    Com a introdução das bombas guiadas por GPS daremos enorme passo tanto doutrinário quanto tecnológico, e o uso delas em combinação com o R-99B nos proporcionará capacidade de atacar alvos táticos a 30 km da aeronave lançadora, bem além das armas de que dispomos hoje, guiadas à laser.

  6. Afonso,
    O Astros 2020 tem como diferencial a capacidade de lançar o míssil de cruzeiro AV-TM que ninguém ainda sabe como é de verdade, salvo ter 300 km de alcance.
    Claro que com esse míssil será possível incrementar a capacidade de atacar alvos distantes, sejam alvos fixos ou móveis, desde que tenha ogivas adequadas.
    Um míssil cruise para atacar alvos móveis de preferencia deve contar com um ogiva com submunições, e parece que o AV-TM terá.
    Carlos,
    Os russos costumam ter maior variedade de mísseis sup-sup táticos que os americanos, mesmo porque fazem fronteira com potenciais inimigos.
    Eles também possuem boa capacidade de detectar alvos distantes no solo usando radares aerotransportados.
    Tanto é assim que os americanos e a OTAN se esmeram em desenvolver sistemas ATBM que visam interceptar mísseis balísticos táticos.
    Os americanos e vários países da OTAN possuem o ATACMS, que é um míssil semibalístico tático equivalente ao Iskander, em que pese o míssil russo ser maior, com maior alcance e com maior carga útil.
    O míssil americano tem 300 km de alcance e o míssil russo, 400 km.
    Acho que de modo geral a OTAN tem um sistema de reconhecimento mais consistente que o dos russos, que não deixa de ser eficiente, mas é difícil fazer uma análise mais aprofundada das capacidades de ambos sem uma pesquisa mais aprofundada.
    Saudações aos dois.

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