O Instituto de Estudos Avançados dá o primeiro passo para substituir rebites na montagem de estruturas, com tecnologia nacional
O Instituto de Estudos Avançados (IEAV), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), dá o primeiro passo na direção de substituir rebites na montagem de estruturas de aeronaves com tecnologia nacional. O estudo inédito no Brasil sobre “Soldagem de alumínio estrutural aeronáutico utilizando laser a fibra de alta potência” foi apresentado (21/9) no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em São José dos Campos (SP). A tese de doutorado foi defendida por Aline Capela de Oliveira sob orientação dos pesquisadores doutores Rudimar Riva e Milton Sérgio Fernandes Lima, do IEAV. Esta é a primeira vez que um laser a fibra de alta potência é utilizado neste tipo específico de aplicação.
O trabalho tem o objetivo de reduzir o peso, aumentar a resistência estrutural e proporcionar maior flexibilidade em projetos aeronáuticos. Uma estimativa inicial indica que numa aeronave como o modelo RJ-145 somente a retirada dos rebites representaria redução em torno de 600kg. “Isso significa que o avião pode carregar mais carga ou mais combustível”, exemplifica o professor Nicolau André Silveira Rodrigues, doutor em física e pesquisador titular do IEAV que participou da banca de avaliação da tese. “É uma grande conquista para a tecnologia nacional”, avalia o professor orientador da pesquisa Rudimar Riva, especialista em laser e materiais.
O estudo evidenciou várias vantagens na utilização do laser a fibra sobre os lasers tradicionalmente utilizados em soldas de chapas metálicas. As principais são a possibilidade de soldar chapas mais espessas e obter cordões menores. “Esta pesquisa mostra o potencial para redução do peso do avião sem perdas estruturais”, avalia o co-orientador da pesquisa Milton Sérgio Fernandes Lima, doutor em engenharia e especialista em metalurgia física.
Próximos passos
Segundo o professor Milton Lima, poucos países no mundo dominam tecnologia semelhante. “Esta é uma tecnologia de futuro, um diferencial na fabricação de aeronaves”, ressalta ao abordar a capacidade nacional para a indústria aeronáutica.
O projeto terá continuidade com o objetivo de produzir painéis soldados para testes de resistência e fadiga em estruturas completas. “A segunda parte do projeto é mais ambiciosa”, diz Riva sobre o desafios para a montagem de um painel estrutural completo. A tecnologia de soldagem com laser a fibra também pode ser utilizada na indústria automobilística, substituindo processos convencionais de soldagem.
Parceria
O trabalho é consequência da parceria estabelecida entre o IEAV e a EMBRAER, financiada pela FINEP, através do projeto PROLASER, e pela FAPESP.
Gosteii da apresentadoraa heim 😛
Parabéns,esse é o principio de uma nova revolução nacional aero-espacial, + econômia nos consumo de combutivel, + transporte de peso, e uma estrutura + leve e superresitente.Ótimo.
capacidade temos obvio q temos, so nos falta uma politica de estado corajosa e indempendente, parabens ITA o melhor do brasil !!!
Alumínio não: Fibra de carbono.
O caminho é por ae. O que tem de ser feito é aumentar ainda mais a capacidade de pesquisa de órgãos como o IEAV.
[]’s
Pra quê investir em defesa?. O quanto que é transferido de resultado disto ou não para a tecnologia civil é gerenciado pela gestão pública!.. Que é civil! Sabem porque não ocorre? Justamente!.. Por interesses do setor de industria privado!.. que manda e desmanda na gestão pública.. e é pau-mandado dos conglomerados estrangeiros.