Quarta geração verde-oliva
O Exército, que ainda usa tecnologia digital de segunda geração (2G), com transmissão analógica de voz e dados, prepara-se para iniciar testes com 4G. Em parceria com a Motorola Solutions, que instalou a nova tecnologia na segurança pública de São Francisco, nos EUA, os militares brasileiros fazem seus planos. O general Santos Guerra, comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (Ccomgex), afirma que a adoção do 4G será um marco no País. “No Morro do Alemão, por exemplo, poderemos coordenar as ações com imagens em tempo real, num carro em movimento”, avalia o general.
Collor quer que Exército receba recursos do gás e do petróleo
Para reforço de ações de segurança nacional, o Exército pode contar com receitas da exploração de recursos naturais, como o petróleo e o gás natural. O dinheiro iria para o Fundo do Exército, segundo projeto (PLS 62/08) de Fernando Collor (PTB-AL).
A proposta recebeu voto favorável do relator, Roberto Requião (PMDB-PR), e será examinada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) amanhã.
Pelo projeto, as alíquotas sobre as compensações financeiras pagas à União pela utilização econômica de riquezas naturais serão aumentadas e a diferença será repassada para o Fundo do Exército.
Sobre a exploração do petróleo e do gás natural, por exemplo, haverá aumento de 5% tanto na alíquota das participações especiais quanto sobre os royalties.
Na utilização de recursos hídricos para a geração de energia elétrica, o texto prevê que a alíquota a título de compensação suba de 6,75% para 7%. Na exploração de recursos minerais, a alíquota subirá 0,5 ponto percentual.
A proposta, que chegou à CAE com parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), receberá decisão terminativa. Aprovada, poderá seguir diretamente para exame na Câmara dos Deputados.
Ao propor o projeto, Collor argumentou que o Exército não vem contando com recursos suficientes para cumprir suas atribuições.
O senador destacou que, das três Forças Armadas, o Exército é a única que só conta com recursos fiscais para fazer frente às suas obrigações, sem verbas extraorçamentárias (que não dependem de aprovação dentro do Orçamento de cada exercício). A Marinha, por exemplo, recebe royalties do petróleo e do gás natural.
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