Otan descarta intervenção militar na Síria ou em outro país árabe

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, descartou nesta sexta-feira, 30, uma intervenção militar da Aliança Atlântica “na Síria ou em qualquer outro país” da região com as mesmas características da levada a cabo na Líbia.

Secretário geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen

“Não temos a intenção de intervir na Síria ou em outro país” do Oriente Médio, assinalou Rasmussen durante uma conferência em Bruxelas.

O secretário-geral argumentou que, ao contrário da operação que a Aliança ainda desempenha na Líbia, e que ajudou a derrubar o regime de Muammar Kadafi, a Otan não conta “com o mandato das Nações Unidas”.
Além disso, destacou que, no caso da Líbia, a Otan também contava com o respaldo de outros países árabes – Jordânia, Catar e Emirados Árabes Unidos, por exemplo -, algo que não ocorre em outros casos.
Neste sentido, segundo Rasmussen, as condições produzidas na Líbia “não se dão em nenhum outro caso”, pelo que a Aliança não tem nenhum plano para agir na Síria ou no Iêmen, outro país árabe com conflitos entre o Governo e a população.
Desde o início das manifestações, em fevereiro deste ano, o presidente sírio, Bashar al Assad, exerce brutal repressão sobre a população, que exige a queda de seu regime e reformas democráticas.
A ONU estima que cerca de 2.700 civis já morreram até o momento por causa da repressão do Governo sírio.
No Iêmen, o presidente Ali Abdullah Saleh também atacou a sua própria população a fim de deter os protestos contra seu Governo que acontecem desde o princípio do ano.
Os membros europeus e norte-americanos da Otan não querem intervir nem na Síria nem no Iêmen, entre outros fatores, devido às reservas da maioria dos países do Oriente Médio quanto a uma operação armada.
“Todos os aliados estivemos de acordo em que (intervir na Líbia) era o correto. Já agimos na Líbia, no Afeganistão e no Kosovo”, afirmou Rasmussen, que acrescentou que por enquanto estas serão as únicas operações militares da Aliança Atlântica.
Sobre a relação da Otan com os países árabes, Rasmussen indicou que fortalecer os laços com o sul do Mediterrâneo será um dos principais objetivos da próxima cúpula de chefes de Estado e de Governo da Aliança, que será realizada em maio.
Segundo sua opinião, existem “interesses compartilhados” entre esta região e os membros da Otan, que, garantiu, está comprometida em fomentar a democracia nesta região.
Rasmussen indicou que os outros três objetivos básicos para a próxima reunião serão Afeganistão, a cooperação com a Rússia no desenvolvimento de escudos antimísseis e a manutenção da capacidade militar da Aliança em uma época de cortes orçamentários em muitos países-membros.

11 Comentários

  1. Ué os meninos indolentes ficaram bonzinhos ou a impetuosidade com vacas magras e o puxãozinho de orelha Russo fez os meninos refletirem pois os desesperados queriam saciarsem dos nutrientes dos fracos.Euqueria que continuassem com as arrogancias,ameaças e os genocidios pois ja esta na portinha com a pontinha entrando o sacode que iam levar e ate perderiam o rumo de casa.Mais cedo ou mais tarde o velho Continente maldito ardera em escombros.Deus odeia o Soberbo.

  2. Vai saber, descontrair o inimigo e exencial para uma invasao, ja que parte do territorio ja esta em seu comando (OTAN, Colinas de Gola) Seria bem facil acabar com a Siria. Nao tanto, eles tem 350.000 homens, armas quimicas e mais, mas… Nao creio que baste para parar a OTAN, quando o assunto e petroleo, rsrrsrs a parada e invadida antes que pisquemos

  3. O pior de tudo é que quando falo sobre o perigo dos predadores do norte, algumas pessoas acham que estou ficando doido….dizem que eles são “amigos”…..

  4. Rasmussen é um COVARDE, saqueou a LÌBIA porque o Kadafi estava desarmado!!

    No Bahreim, os IANQUES não DEIXAM…

    Na Arábia MALdita, os IANQUES não APROVAM…

    No Iémen, os IANQUES não QUEREM…

    Na Síria, os RUSSOS NÃO GOSTARIAM…

    No Irã, “ELES” não se ATREVERIAM…

  5. Interessante como o discurso e o tom da matéria, levam a achar natural que a OTAN tem direito de intervir, se quiser, em qualquer lugar, substituindo a ONU…

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