Defesa & Geopolítica

Operação Fênix: treinamento de Tiro Antiaéreo

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Prontos para defender o País

Por André Zenobini

Defender e guardar a soberania Nacional. Essa é uma das atividades das Forças Armadas brasileiras, que, na manhã de hoje, 28, se utilizou da praia do Cassino para um exercício um tanto incomum. Em um cenário montado para proteger o País em caso de ataque aéreo, através da Operação Fênix, o Exército Brasileiro treinou seus soldados para uso de canhões e metralhadoras com munição real.

A Operação Fênix é um exercício de tiro antiaéreo, conduzido pela Artilharia Divisionária da 6ª Divisão de Exército da cidade de Porto Alegre. Pelo período do treinamento, o espaço aéreo, terrestre e marítimo da praia estava fechado e sob controle das forças armadas para garantir a segurança do processo. Participaram do exercício a 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (Uruguaiana), a 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (Bagé), a 6ª Brigada de Infantaria Blindada (Santa Maria) e o 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (Caxias do Sul). Para realizar as atividades, foram usados oito canhões antiaéreos e 14 equipes de metralhadoras.

As metralhadoras fazem parte da autodefesa antiaérea e participaram o 9º Batalhão de Infantaria Motorizado, 19º Batalhão de Infantaria Motorizado, 6º Grupo de Artilharia de Campanha, 13º Grupo de Artilharia de Campanha, 16º Grupo de Artilharia de Campanha AP, 25º Grupo de Artilharia de Campanha e 8º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado. Para que o exercício possa atingir o seu objetivo, é preciso o emprego de toda organização militar para proporcionar o suporte logístico e técnico à operação.

Segundo o general de Brigada Juan Carlos Orozo, a operação Fênix acontece todo o ano. “É quando todo o sistema de defesa antiaérea é treinado”, completa ele. O general explica que o alvo não são os aviões e sim placas chamadas birutas. Os aeromodelos carregam as birutas em um cabo de 50 metros de comprimento.

Tiro histórico

“Esse é um momento histórico, pois três baterias irão atirar pela última vez com esses canhões”, conta o general Orozo. Os canhões C60 40mm possuem um alcance máximo de tiro de 4.800 metros. A cadência de disparos é de 120 a 140 tiros por minuto. Foram usados seis desses modelos na operação. A partir de agora, esses modelos devem ser recolhidos e devem ficar fora do uso militar. “Alguns deles devem ser enviados para museus e, outros, o Exército deverá estudar a sua destinação”, conclui o general.
Resultado do exercício

Participaram da operação, um efetivo de 500 homens, 85 viaturas operacionais, navio patrulha tripulado, helicóptero, canhões, metralhadoras e outros materiais de uso militar. A estrutura montada na região da Fazenda Obelar retratava a importância do momento. “O exercício foi muito bom, as guarnições puderam coroar o ano de treinamento com esse momento. Esse coroamento é o tiro de verdade”, afirma o general.

Os militares treinam os movimentos, técnicas durante o ano inteiro, mas é somente durante a Operação Fênix que utilizam munição verdadeira. Isso acontece, pois é preciso de uma área segura para realizar o tiro. “Como é para treinar o espaço aéreo, a praia do Cassino favorece essa segurança já que, com a ajuda da Marinha, conseguimos essa tranquilidade”, conclui.

Fonte: Jornal Agora

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