Jim Lobe (*) – IPS
Tradução: Katarina Peixoto
Enquanto a Somália sofre sua pior fome em seis décadas e o Iêmen caminha para uma guerra civil, o governo dos Estados Unidos expande sua rede de bases para realizar ataques com aviões não tripulados contra suspeitos de terrorismo em ambos os países. Baseando-se em parte em novas mensagens diplomáticas estadunidenses publicadas pelo grupo Wikileaks, o jornal The Washington Post informou que as forças dos EUA lançaram ataques com aviões não tripulados nestes dois países a partir de uma instalação militar em Djibouti e planejam construir uma segunda base na Etiópia.
O The Washington Post e o The Wall Street Journal também informaram que uma base em Seychelles, que os EUA utilizaram para enviar aviões de vigilância, agora contaria com naves armadas capazes de levar sua carga mortal ao longo dos mais de 1.500 quilômetros que separam essa ilha do Oceano Índico do Chifre da África, e regressar. A nova “constelação” de bases de aviões não tripulados também incluirá uma da CIA na Península Arábica, conforme anunciado pelo governo no início deste ano. Essa instalação seria construída na Arábia Saudita, segundo um “alto funcionário militar estadunidense”, citado em um informe da cadeia Fox News.
“As operações na Arábia Saudita são a única nova expansão deste plano”, disse a fonte. “O resto está funcionando há mais de um ano, quando nos demos conta do perigo que representava a AQPA (Al Qaeda na Península Arábica)”, acrescentou. A AQPA é uma célula terrorista do Iêmen que teria consolidado seus vínculos com o grupo radical islâmico da Somália Al Shabaab. A IPS entrou em contato com o Departamento de Defesa dos EUA para confirmar se uma nova base seria instalada na Arábia Saudita, mas não obteve resposta.
No entanto, Chas Freeman, ex-embaixador do EUA em Riad, que mantém bons vínculos com o governo saudita, disse que a versão era “altamente plausível” dada a “estreita e robusta” cooperação contraterrorista entre os dois países e a proximidade geográfica da Arábia Saudita com o Iêmen.
Segundo um dos autores do informe do The Washington Post, a expansão da rede de bases aéreas teria o objetivo de “evitar os erros do passado”. “Quando a Al Qaeda fugiu do Afeganistão para o Paquistão em 2001 e 2002, passaram-se anos antes que a CIA pudesse armar um programa de aviões não tripulados capaz de colocar sob pressão a rede terrorista”, escreveu Greg Miller no site do jornal. “Essa demora, junto com os difíceis acordos para ter acesso a bases aéreas em países vizinhos, permitiu o florescimento da Al Qaeda”.
Os informes chegaram em meio a uma considerável polêmica sobre o crescente uso pelo governo Barack Obama de aviões não tripulados, que segundo seu alcance, podem levar o sinistro nome de Predator ou Reaper.
No Paquistão, onde a CIA aumentou drasticamente os ataques com aviões não tripulados (quase 200) contra objetivos de “alto valor” da Al Qaeda, a estratégia contribuiu para um aumento do sentimento anti-EUA junto à população local. Uma esmagadora maioria de 97% dos consultados em uma pesquisa do Centro Pew de Investigação realizada recentemente no Paquistão expressou uma opinião negativa em relação aos ataques com aviões não tripulados.
De fato, nada menos que o ex-comandante da inteligência do governo dos EUA, Dennis Blair, disse em uma reunião com especialistas em políticas externa e segurança nacional, em julho, que era um erro deixar que a campanha militar dominasse as relações com Paquistão, Iêmen e Somália. “Estamos alienando os países envolvidos porque os tratamos só como lugares onde vamos atacar grupos que nos ameaçam, porque estamos arriscando as perspectivas de uma reforma de longo prazo”, assinalou. Além disso, sustentou que essas operações bélicas deveriam contar o consentimento das autoridades dos países onde elas são realizadas.
Mas o novo chefe do Pentágono e ex-diretor da CIA, Leon Panetta, rechaçou essas críticas, insistindo que a estratégia tem sido e continuará sendo “efetiva para atingir a Al Qaeda e sua capacidade para planejar ataques contra os Estados Unidos”. Panetta e o Pentágono também estariam liderando um debate em Washington para ampliar a atual lista de alvos, até agora integrada só por altos líderes das redes terroristas, e que passariam a incluir também combatentes em solo.
Os aviões não tripulados se converteram na principal arma dos EUA em seus esforços para derrotar a Al Qaeda e seus aliados, ainda que tenha sido usada com menos frequência no Iêmen e na Somália que no Afeganistão, Paquistão e Iraque. Ao menos seis ataques foram perpetrados com aviões não tripulados contra supostos combatentes islâmicos no Iêmen em 2010 e em 2011, mas esse número pode ter crescido nos últimos meses devido ao colapso da autoridade do governo em várias partes desse país. Combatentes islâmicos que Washington acredita estarem ligados com a AQPA tomaram o controle de cidades perto do Golfo de Aden.
A máquina ainda não pode soprepor o homem. Mas o fato de poder rastrear, localizar, e destruir sem colocar em risco nenhum vida(do seu exercito) é uma capacidade que os EUA estão mais desenvolvidos.
Magina uns diavbinho desse com camera de calor sobrevoando a amazonia… credo.. quero nem pensar
Projeto de reestruturação da economia começando a investir pela infraestrutura eles não fazem né ?
só tenho uma palavra para o governo dos estados unidos (COVARDE)
o governo americano continua cometendo o ero de tratar o mundo como quintal dos fundos, seria bom eles darem uma pesquisada na historia de roma para ver como isso acaba, eles ficam fazendo pouco da soberania ate de aliados historicos, vide varios casos de violação do espaço aereo paquistanes, estão prantando vento, um dia terão que colher a tempestade !!!
Estes aviões armados não tripulados são fábricas de terroristas! O inimigo que o cara no deserto vê: A tecnologia! americana.. Em seguida vê completa impessoalidade em uma máquina explodir um vilarejo com dezenas de pessoas.. O elemento será muito mais frio!.. e perigoso!.. Vai querer pegar o primeiro americano que tiver na frente. Perpetuando todo o ciclo!
agora que o reaper, e o predador são maquinas fantasticas de guerra isso são, alias essa semana passou o filme controle abssoluto na tv, eu e minha esposa estavamos assistindo, passou as cenas em q aparece o reaper foi um custo faze-la acreditar q aquilo existia mesmo rsrsr
o governo americano fica invadindo o espaço aereo de outros paises sem mais nem menos, ai quando um retardado qualquer resolve se jogar com um avião em solo americano reclamam, e o clube do bolinha chamado onu , que so serve para juntar burocratas inuteis betedores de carimbo não da um piu, alias a onu não tem moral nenhuma desde a guerra inutil do iraque!!!
E vcs acham que não estão testando estas máquinas na amazônia?????…….ali na fronteira com a Colômbia?????…..
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O Brasil terá a sua vez, é só uma questão de tempo….”um tigre ferido fica ainda mais perigoso…”***
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*** tradução: Os USA, agora que estão perdendo o controle sobre o mundo, podem se tornar muito perigosos, inclusive para seus aliados, (inclui-se o Brasil….)
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Antes que alguém me chame de esquerdalha, saibam que votei no Serra e FHC, e meu Pai é presidente do DEM em minha Cidade……
*(revolução já)
Já era para estarmos operando um vant caça vante, pq td essa demora?Sds.
Imagina o numero de inocentes que os EUA mataram nessas operações com VANT’s,definitivamente não acredito que seja a melhor ferramenta para combater terroristas.Más quem disse que os EUA tem escrupulos.
Isso é mais propaganda.
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Se esse tipo de arma fosse tão eficiente, não haveriam 10.000 mortos no Iraque e Afeganistão, e todas essas baixas causadas por insurgentes que lutam de sandálias.
O que podemos ver aqui e que a idéia de “pais soberano” e pura ideologia sendo que Nao existe respeito pelos americanos. Temos que aprender que “Nação Soberana” só existe quando se há capacidade de se defender de possíveis agressores. Num pais soberano esses tipos de incursões de caráter militar sem o consentimento do governo local e um ato de agressão gravíssimo que inevitavelmente seriam interpretados como ato de guerra. Mas o que podem dizer essas nações a uma grande potência militar como os EUA? Numa situação semelhante, o que NOS poderíamos fazer? chegou a hora do Brasil começar a investir mais em nossas FA para que possamos dizer NAO qdo quisermos e ser uma verdadeira NAÇÃO SOBERANA!
Os E.U.A está literalmente fora de controle,eles deveria se preocupar com sua economia com os indices de desemprego,mas a alta classe política dos E.U.A está surtada,a Somália está numa crise danada ainda vem sofrendo ataques,realmente a ONU não presta,qual é pior o Kadafi ou o Obama que ordena ataques contra populações indefesas e famintas.
Capa Preta,
Sem querer dar uma de advogado do diabo, já que eu também não concordo com essa atitude dos EUA, mas o uso de aviões não tripulados sobre o territórios dos países citados é com a autorização dos governos locais.
Caso contrário haveria o rompimento de tratados internacionais que regulam a soberania dos países junto a órgãos supranacionais e estaria estabelecido uma condição que poderia inclusive ficar configurado uma condição jurídica que justifica um estado de guerra entre os dois países.
Não parece ser esse o caso.
Os EUA não precisam colocar toda a opinião pública internacional e os tribunais internacionais contra eles mais do que já estão.
Kaio,
Os EUA cuidam dos seus interesses.
Não é obrigação dos EUA investir ou melhorar as condições de vida dos somalis ou dos iemenitas.
No máximo os EUA acordou alguma vantagem para os respectivos governos dos respectivos países autorizarem o sobrevôo e operações de combate sobre os seus territórios em áreas específicas.
“Piloto = Ah, tanto faz, vou jogar a bomba aqui mesmo, são todos terroristas.”
O problema é que o título da matéria já induz o leitor a achar que as ações dos aviões não tripulados é à revelia da soberania dos países citados já que os colocam como “alvos”.
O título mais correto para o entendimento e para mostrar a imparcialidade, que pelo menos em tese, deve prevalecer nos meios informativos deveria ser: Aviões não tripulados do EUA atacam alvos na Somália e no Iêmen.
Desde o 11/09 os EUA estabeleceu acordos na área de contraterrorismo com uma série de países e o uso do espaço aéreo de um país soberano só pode ser feito com a autorização deste, se não, deve haver a autorização da ONU, ou se de forma unilateral, estaria configurado um estado de guerra entre nações soberanas com todas as implicações decorrentes do fato.
bem expricado bosco, acompanho seus comentarios faz tempo e como sempre são embasados em informações precisas e dados tecnicos, respeito sempre seu ponto de vista, porem devo resaltar que se tais tratados fosem seguidos a risca o paquistão não estaria chiando tanto, devo dizer q não sou anti-americano,pelo contrario ate aprecio muito da cultura deles, musica (adoro metalica) filmes e uso nike tambem rsrsrs, se bem q prefiro olimpikus, porem sou primeiramente brasileiro, juramentado perante a bandeira como a maioria, e primeiro os intereces da minha patria, depois o resto, abçs
Capa Preta,
Sem dúvida os americanos extrapolam e abusam dos tratados e dos acordos e conseguem ver brechas para proveito próprio.
É uma pena que isso ocorra e que não exista organismos internacionais fortes e imparciais pra coibi-los.
Mas assim como nós, o povo brasileiro, somos culpados de termos os políticos que temos, os países são culpados por terem a ONU que têm, inclusive o Brasil.
Ficamos cobrando um assento no CS e ficamos querendo que a ONU seja reorganizada e que não reflita mais os interesses das potências vencedoras da SGM, mas por outro lado não fazemos nada para merecermos respeito e ficamos só mesmo no gogô.
Outros países posam de melhores que os americanos mas no fundo aproveitam a petulância e a ingerência americana mundo afora.
China e Rússia são bons exemplos de países que posam de boa gente, reclamam, jogam pra galera, mas na hora H se borram e deixam as coisas acontecerem.
Ou seja, quem tem poder pra mudar as coisas nas relações internacionais não faz nada, a não ser um votinho contra aqui, uma nota mais salgada ali, mas no fundo o trenzinho da alegria continua funcionando a todo vapor e os Marines mantém as rotas de comércio abertas pra todo mundo se esbaldar. Nunca houve tanto comércio entre os países como agora e todo mundo da aproveitando o neo capitalismo.
Tudo bem que os EUA não ajudam países na miséria, onde não possuem interesse, mas também não vejo a China e nem a Rússia ou mesmo o Brasil se moverem para preencherem essa lacuna de poder.
Um abraço.
tem toda razão bosco, preciso como sempre!!!