Cientistas japoneses sugerem prospecção do fundo do mar; Brasil tem situação “interessante”
Alegando preocupações com o meio ambiente, o governo chinês determinou o fechamento temporário da maior parte de sua indústria de terras raras, denominação que engloba um grupo de 17 elementos químicos essenciais para aplicações de alta tecnologia, como componentes de computadores, turbinas de geração de energia eólica e lâmpadas fluorescentes compactas.
Embora as terras raras existam em diversas partes do globo, as maiores reservas mundiais estimadas, de acordo com Mineral Commodity Summary 2011 do US Geological Survey (USGS), publicado em janeiro deste ano, encontram-se na China (55 milhões de toneladas) e em países da ex-União Soviética (19 milhões de toneladas), seguidos por Estados Unidos (13 milhões) e Austrália (1,6 milhão). Atualmente, a China controla de 95% a 97% da produção mundial.
O Brasil aparece como fonte significativa, mas com reservas de apenas 48 mil toneladas.
Mas a situação desses minerais no Brasil é “interessante”, como escreveu o pesquisador chinês Chen Zhanheng, da Sociedade Chinesa de Terras Raras, em artigo sobre o futuro da indústria mundial do setor, publicado também em janeiro de 2011, no periódico especializado Journal of Rare Earths.
Isso porque um trabalho da própria USGS, publicado em novembro do ano passado sob o título The Principal Rare Earth Elements Deposits of the United States—A Summary of Domestic Deposits and a Global Perspective aponta o Brasil como possível detentor de uma das maiores reservas de terras raras do planeta, com mais de 52 milhões de toneladas. Mas essa riqueza toda aparece sob a rubrica “Unclassified Resources” que, os autores explicam, refere-se a “um saco sortido de recursos conhecidos que provavelmente não serão explorados”, seja por questões ambientais ou falta de viabildade econômica.
A USGS tradicionalmente distingue “reservas” – concentrações de um mineral aptas a exploração comercial – e “depósitos”, onde o material está presente, mas de onde a extração pode não ser viável. Nesse critério, o que a documentação produzida pela USGS parece indicar é que o Brasil conta com volumosos “depósitos” que, por algum motivo, não se consolidam em “reservas”.
Outros países citados como possuidores de bom potencial para explorar terras raras são Canadá, Índia, Malawi e Dinamarca (mais especificamente, o território dinamarquês da Groenlândia).
Aperto chinês
O governo da China já vinha exercendo há tempos um rígido controle sobre suas exportações de terras raras. De acordo com o jornal The New York Times, nos últimos anos as manobras chinesas já causaram elevações de preço que chegaram, em alguns casos, a 40 vezes.
A agência de notícias financeiras Bloomberg registrou que, em apenas duas semanas do mês de junho deste ano, o preço do óxido de disprósio, usado na produção de lasers e magnetos, saltou de US$ 740 para US$ 1.470 o quilo.
Nota da General Electric, empresa que usa terras raras na produção de lâmpadas, diz que “se a taxa de inflação do óxido de európio nos últimos 12 meses fosse aplicada a um cafezinho de US$ 2,00, o novo preço seria US$ 24,55”.
Em 15 de setembro, o New York Times noticiou que a maior parte da produção chinesa encontrava-se parada desde o início de agosto, devendo permanecer assim até outubro.
As autoridades chinesas mencionam preocupação com “poluição do ar, poluição da água e resíduos radioativos da indústria de terras raras”, principalmente por causa de pequenas empresas que operam no setor sem obter as licenças necessárias. Embora as terras raras não sejam radioativas, elas são encontradas em minérios que contêm o elemento radioativo tório.
Pequim está criando um grande monopólio estatal, a Bao Gang Terra Rara, para consolidar toda a produção no norte do país, região responsável por mais de 60% desses elementos extraídos na China.
No sul, onde ocorre o restante da produção, a atividade será consolidada nas mãos de três estatais que, ao longo dos próximos dois anos, deverão responder por 80% da extração na área. Essas empresas são antigos ministérios do governo chinês, convertidos em corporações.
Os fortes controles impostos pelo governo da China às exportações de terras raras têm induzido empresas que dependem desses materiais a abrir instalações em solo chinês, onde o acesso ao insumo sofre menos embaraços por parte das autoridades.
Essa estratégia de controle e de restrição às exportações deve ser contestada na Organização Mundial do Comércio (OMC) por Estados Unidos e União Europeia, diz o NY Times, ressalvando que a consolidação do setor num monopólio estatal poderá dificultar o andamento do processo.
Resto do mundo
O domínio chinês e a alta de preços têm levado a um interesse pela extração de terras raras em outras partes do mundo. Estados Unidos e Austrália têm projetos em andamento para explorar suas reservas, mas estima-se que não estarão em condições de superar a capacidade de produção da China antes de 2013, de acordo com nota da Bloomberg.
A busca por fontes alternativas está levando a prospecção de terras raras até mesmo para o fundo do mar. Em julho, a revista Nature Geoscience publicou artigo de pesquisadores japoneses sugerindo que o leito do Oceano Pacífico é rico nesses minerais: os pesquisadores afirmam que “uma área de apenas um quilômetro quadrado (…) poderia suprir até um quinto do consumo mundial atual desses elementos”.
Os autores dizem que a extração de terras raras da lama submarina é um processo simples, e concluem com a sugestão de que “a lama do fundo do mar constitui uma fonte enorme e altamente promissora para esses elementos”.
Brasil
No Brasil, o relatório de novembro de 2010 da USGS, com os números sobre o potencial do país no setor, provocou alguma movimentação, como indicou artigo do diretor de Inovação do IPT, Fernando Landgraf, publicado em abril deste ano no jornal Valor Econômico.
Em maio, a Inovação Unicamp noticiou que a Fundação Certi, de Santa Catarina, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, e Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), do Rio de Janeiro estavam se articulando para dar apoio à iniciativa privada, caso o empresariado nacional optasse por explorar esses recursos. E em julho, a Agência Estado divulgou a notícia de que a Vale Rio Rio Doce realizava um estudo, com prazo de conclusão de seis meses, sobre a viabilidade de produção de metais de terras raras no Brasil.
Além disso, a estatal CPRM, ou Serviço Geológico do Brasil, tem um programa de pesquisa de áreas potenciais para a mineração de terras raras. O projeto conta com um investimento de R$ 18,5 milhões e prazo de três anos. Em 2011, estão sendo aplicados R$ 2,3 milhões.
O que me irrita é os chineses em cima do nosso nióbio e ninguém faz nada!!!
Todos no mundo estão encima do nosso nióbio! Grande Kaio.
E concordo. NINGUÉM FAZ NADA.
Enéas tentava falar, mas não tinha mídia que deixasse.
http://www.youtube.com/results?search_query=niobio&aq=f
eee sera que vamos so trocar de senhores novamente, o apetite do dragão e voraz, devemos abrir o olho, pois logo aparecem vira – latas entreguistas defendendo a presença incondicional chinesa em solo brasileiro ( logico que disfaçadamente ) em troca de algum empregueco de administração de embromeichom em alguma multinacional chinesa !!!
Chineses, americanos, franceses, ingleses, russos e praticamente todo o resto do mundo em cima do nosso nióbio, no qual somos monopólio e não nos aproveitamos nisso, lamentável.
O engraçado é que esse Marco Regulatório da Mineração não anda.
Por mim, não saia mais 1 grama de NIÓBIO enquanto TODOS os CONTRATOS não fossem REVISTOS.
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CONCLUSÃO:
1- A China é inteligente.
2- No Brasil alguém está levando $$$ e muito com estes minerais, provavelmente em forma de suborno.
3- Não existe a OPEP?, façamos uma organização nestes moldes com a China E RÚSSIA.
4- Nem uma palavra sobre o nióbio…..
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*(o Brasil está parecendo aqueles gigantões com mais de 2,15m de altura que não têm coordenação motora…faz um milagre aí meu DEUS….faça com que amanhã a DILMA acorde de MENTE ABERTA….não existe no mundo inteiro um País com tantas riquezas como o BRASIL….)
(REVOLUÇÃO JÁ)…
Temos que prospectar o fundo do oceano, através de robôs.
Q aumentemos os preços do nióbio, + sendo a china vão procurar alternativas, se fosse o BRASIL ,possivelente cogitariam um ataque militar p demover a n posição,por questão de segurança nacional deles, ñ temos armas p responder a essa atrocidade, p nos defende. Cadê os n caças novos?.Estamos pior a a Líbia e aArgentina..nê dona dilma?!?!
O Nióbio não interessa, não vale nada.O importante é termos grandes jogadores de futebol, a seleção de futebol é a melhor do mundo e é isso que importa!!!!!
O que os chineses estão fazendo é criar um modelo protecionista em torno de um mercado estratégico no qual eles são soberanos e praticamente independentes.
A atitude por eles adotada põe toda a cadeia produtiva e que depende desses minerais, refém das suas políticas de mercado. Nós podemos tirar alguma lições e conclusões muito importantes nesse momento, afinal de contas os chineses não tem tudo o que necessitam para viver.
Pode-se pensar em criar uma espécie de bolsa de mercadorias (minérios) de valor estratégico, onde os produtos relacionados e incluídos nessa categoria passariam a ter os seus valores cotados de forma proporcional e equiparados, dentre outras variáveis que deveriam ser consideradas, em razão das necessidades industriais e da sua importância para o mercado global.
Estamos perdendo muitas divisas e alguém está ganhando muito com a nossa “ingenuidade política” nessa área.
Os Ministérios das Minas e Energia, junto com o da Indústria e Comércio, do Planejamento e o do Interior, poderiam se articular, estudar, planejar e lançar um plano nesse sentido, fortalecendo o mercado nacional de commodities e apresentando as opções necessárias para equilibrar e expandir o nosso crescimento nesse cenário.
Devemos virar a balança a nosso favor. Não se trata de fazer reserva de mercado, mas de equilibrar o pêndulo da balança, proporcionando a auto-suficiência no setor e de quebra, ainda, gerar novos e importantes empregos e qualificar mão de obra numa área até então pouco explorada e divulgada.
Eu já venho falando isso a tempos,o brasil pode dar uma pernanda linda na china e se tornar um centro de fabricação de componentes eletronicos,basta para isso explorar sas reservas de terras raras,a china ameaçou cortar o fornecimento de terras raras caso i incidente com o navio pesqueiro proseguisse,o japão engoliu a seco,caso o brasil atinja um nível de extração alto e sendo uma fonte segura a industria eletronica viria em peso para o brasil,mas infelizmente o brasil tem uma mentalidade de colonizado,vendemos apenas matéria prima,a empresa que domina a extração de niobio parace que foi vendida.
CAMBADA DE CARREIRISTAS! INCLUO TAMBEM OS COMANDANTES DAS FORÇAS ARMADAS.
Como é que pode permitirem acontecer o espólio da sociedade.
Cambada de medrosos!!.. Cadê o exércio de osório!.. e tantos outros verdadeiros guerreiros!..
E esquecem de Roraima, que para muitos geólogos e especialistas é a maior jazida mineral do mundo !
Ouro, diamante, nióbio, urânio, tântalo e vários outros tipos de minerais raros.
Outro problema a ser debatido: esses depósitos de minérios localizados no Pacífico estão em águas internacionais. Logo todo e qualquer país ou instituição que quiser explorar aquela região poderá fazê-lo sem restrições ou leis. E nós devemos aproveitar esta oportunidade.
EU QUERIA QUE O BRASI SE PARECESSE COM A CHINA NESSES CASOS
Hahahah. Perceberam a diferença? Quanto são eles que possuem algo, eles dão valor, não vendem a troco de banana. Exemplo: Brasil possui o maior rebanho bovino para abate do mundo e consequência é o maior produtor de couro. Vende couro Wet-Blue que não é acabado principalmente para China, mais barato que para o calçadista nacional. E aí? Poderia ser taxado nas “grimpa” a vende de couro sem valor agregado e isto iria favorecer em muito empresário nacional de calçados, cujo setor que emprega milhares de mão-de-obra e que esta quase instinto devido aos fatos acima. Mas vamos continuar vender minério de ferro e outras (Nióbio)… quem sabe a gente pede umas caixas de laranja a mais em troca…hehehehe