País retoma parceria com a Ucrânia para lançar satélites

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Por CLAUDIO ANGELO

O Brasil resolveu tirar da geladeira a Alcântara Cyclone Space, empresa criada com a Ucrânia para lançar satélites comerciais a partir da base de Alcântara (MA).

O governo deve liberar no mês que vem R$ 50 milhões para a capitalização da empresa. A AEB (Agência Espacial Brasileira) já pediu mais R$ 111 milhões para este ano.

A verba havia sido sustada pelo Brasil no início do ano. Como a Ucrânia, arrasada pela crise econômica, ainda não dera contrapartida no capital da empresa, o país condicionou novos pagamentos a um aporte do sócio europeu.

E o aporte foi anunciado: até o dia 10, o governo ucraniano prometeu injetar US$ 180 milhões (R$ 320 milhões) na ACS. “Isso vira o jogo”, disse à Folha o presidente da AEB, Marco Antonio Raupp.

O objetivo inicial da agência de lançar um foguete ucraniano Cyclone-4 em 2012 não será atingido. Raupp diz que o lançamento inaugural pode ser feito em 2013. “É só uma questão financeira.”

O Brasil já pôs R$ 219 milhões na empreitada, que tem custo estimado em R$ 1 bilhão para criar um sítio de lançamento do Cyclone dentro da base de Alcântara.

Além de dinheiro, a ACS vai ganhar um novo diretor. O ministro Aloizio Mercadante (Ciência, Tecnologia e Inovação) nomeou para a parte brasileira da empresa o brigadeiro Reginaldo dos Santos, reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Mercadante justificou a escolha pelo perfil técnico do brigadeiro. “É o aluno que teve as melhores notas na história do ITA.” Mas o convite sinaliza sobretudo uma aproximação com a Aeronáutica, que nunca engoliu a ACS.

COMPETIÇÃO

Os militares veem no projeto com a Ucrânia uma dupla intromissão: primeiro, o Cyclone competia com o programa VLS, da Aeronáutica, para produzir um lançador de satélites nacional.

A ACS foi criada pelo ex-ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, vice-presidente do PSB. Como o ministério esteve nas mãos do partido durante o governo Lula, Amaral -que dirigiu a parte brasileira até ser demitido por Mercadante, em março- trabalhou para direcionar o programa espacial em favor da empresa.

A segunda intromissão foi ver o sítio de lançamento do Cyclone ser construído na base de Alcântara, depois que a ACS perdeu a disputa com quilombolas para erguê-lo em uma área vizinha à base.

A ACS também enfrenta oposição do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que quer ver o gasto com a empresa aplicado em seu programa de satélites.

Seu diretor, Gilberto Câmara, diz que a empresa não terá sucesso no mercado de lançamentos de satélite, porque o Brasil não tem um acordo de proteção de tecnologia com os EUA. Quase todos os satélites têm peças americanas e não podem ser lançados de países sem o acordo.

A volta da ACS foi um dos motivos que levaram Câmara a pedir para sair do cargo no fim de 2011, dois anos antes do fim de seu mandato.

Fonte: Folha de S.Paulo

16 Comentários

  1. Risivel a posição do antigo diretor que indiretamente propôe que o Brasil assine “um acordo de proteção de tecnologia com os EUA”, ora se assinarmos tal tratado seremos subalternos e colonizados.

  2. Seu diretor, Gilberto Câmara, diz que a empresa não terá sucesso no mercado de lançamentos de satélite, porque o Brasil não tem um acordo de proteção de tecnologia com os EUA. Quase todos os satélites têm peças americanas e não podem ser lançados de países sem o acordo.’

    ATE QUANDO MEU BRASIL?

    Nois nao precizamos passar por isso .Esa vida de Sim e naos nunca vaia caba???????????. sera Posivel que vamos Inguinora o desevolvimento rapido e com uma boa aparceria

    com os Russos .tudo pq os Yankes vao axar RUIN?,se um dia vamos ser Um pais presizamos para de ter medo do Yankes e fazer novas parcerias. Chinas ja forao no Espaco, a India

    daqui um tempo vai tbm, eo Brasil vivendo melhor faze da vida e ainda com comportamento de COLONIA

    e por isso DINO F 18 E JACALYYY DO F 35 NUNCA SERAO BONS PRO NOSSO AVANCO TECNOLOGICO.

    POVO QUE DISCORDA QUE VA ENCHER PACIENCIA DO PATENTA QUE PELO VISTO E O UNICO QUE ENTEDE ELES

    E POR ISSO QUE DINSEY DA INLUSAO E LUGAR DELES

  3. Nossa esse embrolho só terá solução no dia em que recussitarmos Stalin e colocarmos ele como gerente de projeto,ai essa droga sai,me lembrei da história do TU-4(TUPOLEV),no qual Stalin mandou Andrei Tupolev copiar o B-29…RSRS,FOI TÃO PERFEITA A COPIA,e no tempo menor que o próprio Tuplolev pediu para fazer a Cópia,Tupolev pediu um tempo e Stalin deu o seu que era de 3 meses a menos.

  4. O Mercadante está realmente disposto a fazer sua parte, primeiro deu uma geral nesse projeto que estava totalmente infiltrato por políticos, trocou o comando por um cidadão sério e injetou dinheiro.
    Espero que esses “mísseis” fiquem prontos logo, dentro do prazo esperado.

  5. Aviso de utilidade publica aos esquerdopatas!
    Até a Russia tem um acordo de salvaguarda tecnológica com os gringos.

  6. INFANTILIDADE, INCOMPETÊNCIA E INDOLÊNCIA TUDO JUNTO, DÁ ISSO AI!
    O BRASIL SOFRE PELA CEGUEIRA IDEOLÓGICA E IGNORANTE DE POUCOS
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    -“Os militares veem no projeto com a Ucrânia uma dupla intromissão”;
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    -“A ACS também enfrenta oposição do Inpe”

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    É tudo ciumes….ciumeira pura….coisa de infantil que atrapalha e embola o meu do campo.
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    “(…)Seu diretor, Gilberto Câmara, diz que a empresa não terá sucesso no mercado de lançamentos de satélite, porque o Brasil não tem um acordo de proteção de tecnologia com os EUA. Quase todos os satélites têm peças americanas e não podem ser lançados de países sem o acordo.(…)”
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    Seguindo o raciocino do diretor,então a Russia,China,Irã,Coreia do Norte, Índia,França;toda essa rapaziada seguem ou tem um contrato m os EUA para usarem peças made USA?
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    Não é de admirar que esse programa se arrasta por décadas.
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    Se não é por negligencia do governo é por incompetência e indolência dos diretores.
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    sem falar do doentio e patético ufanismo americano.
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    Com certeza esse diretor,na visão míope e obtusa dele, só existe produto made USA no planeta,só se for na Marvilândia….Hahahaha…..!

  7. tomara mesmo que a aeb se torne uma estatal estrategica seria, e não mais um cabidão de empregos para fucionarios publicos batetores de carimbo, ja passou da hora,e quanto assinar acordo com os eua hãã, os vira- latas não querem largar o osso mesmo, não entendem q sua hera esta passando , lentamente mas passando,ainda sonham com projetos entreguistas e em viver a tão sonhada e colonizada americanlive !!!

  8. Devemos procurar novas parcerias com paises que dominam esse tipo de tecnologia para sair Tao somente da dependência americana. Nao podemos deixar nossos projetos “irem pro espaço” por causa disso. Se Nao procurarmos novas parcerias NUNCA seremos independentes na área pois americanos Nao transferem tecnologia enquanto podemos Adquirir mais conhecimentos com paises como a Russia por exemplo que cada vez mais se aproxima do Brasil em diversas áreas inclusive na de Defesa.

  9. Não precisa assinar acordo com os EUA,tenho certeza que outros países como Russia,China,Japão,França fabricam satelites sem peças americanas,más acho que não foi bom o acordo com os ucranianos pois com esse dinheiro o VLS nacional saia do chão,espero que eu me engane e no futuro seje uma coisa boa esse acordo,porém acho que não foi por outros fatores e não por causa dos EUA.

  10. PQP… até que enfim o governo acordou: “O ministro Aloizio Mercadante (Ciência, Tecnologia e Inovação) nomeou para a parte brasileira da empresa o brigadeiro Reginaldo dos Santos, reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).”… PODE SER que agora as coisas mudem… assim como fizeram no ministerio dos transportes, depois que a turba politica ladra limpou os cofres pubricos, puseram um militar para “restaurar a ordem” na roubalheira… politico em cargos de gerencia é só para roubar… TUDO LADRÃO… agora a coisa vai andar… TOMARA…

  11. É isso ai KLM… solta a lingua… NÃO discordo do seu discurso… só não fique batendo na mesma tecla que “enche o saco”… mas é isso mesmo que vc colocou… saudações…

  12. Pensei qui estava de pé este acordo ,desde a explosão do nosso foguete .Bom os caras tem misseis pra dar e vender tudo da antiga União Soviética .

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