Delegação acadêmica japonesa discute micro/nanosatélite com a AEB

http://portal.andina.com.pe/EDPFotografia/Thumbnail/2009%5C03%5C30%5C000091083T.jpgUma delegação japonesa composta por representantes da embaixada, do setor acadêmico e de pesquisa foi recebida, ontem (21/09), na Agência Espacial Brasileira (AEB), pelo diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento (Dsad), Thyrso Villela, e o chefe da Assessoria de Cooperação Internacional (ACI), José Monserrat Filho. O tema principal do encontro foi a possibilidade de desenvolvimento conjunto de micro/nanosatélites.

Segundo a comitiva japonesa a miniaturização de satélites já é uma tendência mundial por dois aspectos. O primeiro deles é o baixo custo de fabricação. Enquanto os de médio-grande porte podem custar algo em torno de US$ 200 a US$ 500 milhões, os de pequeno porte estão na faixa de US$ 2 a US$ 5 milhões, o que representa um centésimo do preço.

Outra vantagem é o tempo de desenvolvimento e fabricação dessa classe de satélite. Eles levam cerca de um ano e meio a dois anos para serem concluídos, algo em torno de um quinto do necessário para a finalização dos de médio porte.

Para a delegação, com estas vantagens, será possível lançar uma quantidade maior de satélites com custo reduzido, conformando uma rede de satélites que monitore determinada aérea em tempo real em caráter quase que permanente. O grupo também acredita que esse programa permitirá a capacitação de recursos humanos para o setor espacial.

O programa de satélites de pequeno porte contemplaria áreas como agricultura, monitoramento florestal e monitoramento de desatres naturais. O desenvolvimento conjunto não se restringeria aos artefatos, mas abrangeria todos os sistemas envolvidos no seu emprego como: recepção e análise de imagens.

Durante a reunião, também foi discutida a possibilidade de uma cooperação sul-sul visando a montagem de uma rede de cooperação na área de micro/nanosatélites para emprego em diversas áreas. Essa rede global de monitoramento, que deverá cobrir a América Latina e outros países tropicais, contará não somente com satélites de pequeno porte, mas também com os de médio porte (portadores de radares), como o Asnaro e o ALOS2.

A comitiva fez, ainda, um convite ao Brasil para participar do projeto Uniform, que consiste em um programa de universidades japonesas para a capacitação de jovens engenheiros de outros países.

A visita da delegação já estava prevista em conformidade com as prioridades para cooperação entre os dois países, assinada em 2010, durante a III Reunião da Comissão Mista Japão-Brasil de Cooperação em Ciência e Tecnologia, realizada em Brasília.

Participaram do encontro o representante da Universidade de Wakayama, Hiroaki Akiyama e o representante da Next Generation Space System Technology Research Association, Yuki Saito.

Fonte: AEB

11 Comentários

  1. Please, por favor, arigatô(como que pede por favor em japones?)abraça essa chance brasil.
    Cara satélites menores, de órbita mais baixa, com câmeras e sensores mais potentes e menores, jesuis cristo, é o que o brasil está precisando pra cuidarmos de nossas fronteiras. do nosso pré sal e amazônia.

    O japão foi trucidado pelos eua durante a guerra, a china ta sempre causando encrenca, a india? vai saber. os únicos aliados confiáveis para os japoneses podem estar localizados na américa do sul.
    Se eles forem inteligentes, e se nós não peidarmos na farofa, levarão esse projeto a sério e não precisaremos nos preocupacor com gigantesos VLS`s.
    Satélites já temos algum know how, mas leva-los a orbita ainda não dominamos.
    Eu so ateu, mas se alguem aí é religioso faz uma oração pra que isso aconteca

  2. E se um deste “micro satélites” despencar de sua orbita não tem problema, porque a reentrada o vai consumir por inteiro.
    Ao contrário do monstrengo estadunidense de 6 toneladas, que está por cair não se sabe aonde…
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    É uma evolução, com a miniaturização dos componentes eletrônicos, os novos satélites serão menores.

  3. Gustavo G, os japoneses é que não podem peidar na farofa, alias a farofa, é Americana, então companheiro desse mato não sai nada, que não for da vontade do Big brother do norte. Lamentável meu amigo, mas é a verdade.

  4. Eu só vou opinar sobre esse tema depois de ouvir o nosso óraculo tecnologico,personificado no nosso amigo Dandolo,cadê o mestre para dar a sua opinião!

  5. Toda tecnologia de ponta, deve ter prioridade número 1 para nós. Temos que ter bons engenheiros para recepcionar essa tecnologia, mas o IME, ITA e Universidade Naval formam poucos engenheiros, não sei qual motivo. Tinha que formar 10 x mais, mas não engenheiros de construção, pois essa área não é crítica. O Japão sempre gostou e precisa do Brasil; só não se aproximou antes, devido a nossa corrupção política e violência social, que são astronômicas. Um assassino aqui só fica 4, 5 ou 6 anos preso, e no Japão tem Pena de Morte. Lá, mal é mal,e bem é bem. O bem tem que vencer sempre. No Brasil, o Grande Satã domina a nossa sociedade, pois o mau prevalece sobre o bem. Todo mundo sabe disso … Vamos ser amigos dos japoneses, pois eles têm muito a nos oferecer.

  6. O PROMISSO PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO

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    O governo atual está trilhando e pavimentando a nossa política espacial para ela tem um dinamismo próprio e com certeza o Brasil será um ótimo mercado para satélites no futuro bem próximo,como é o mercado chinês,americano e o europeu.
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    Seja bem vindos os japas,que se somam com os outros países que acreditam no nosso potencial e promissor mercado e o povo brasileiro.
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    BRASIL,avante para o espaço e além!

  7. Carlos Augusto:
    O Japão é um país soberano. Duvido que exista alguma tecnologia comprada nesses satélites, ou mesmo se existisse alguma pressão política para coibir esse possível acordo.

  8. Ponderação perfeita do Dandolo.
    Miniaturização, robótica, eletrônica temos muito a ganhar com essa parceria.
    Bem vido sejam esses filhos do Sol Nascente.

  9. Senta a Pua, você acredita mesmo no que você esta escrevendo? O Japão é um país soberano? As bases americanas que estão lá é algum tratado de amizade? Você acha que não existe pressão nenhuma que possa coibir esse possível acordo? Se você continuar assim tão convicto, eu vou acabar acreditando em duende e papai Noel. Uma parceria dessa serviria para o EUA, saber até a onde o Brasil pretende ir na área espacial, se somente nos satélites ou mísseis de longo alcance, ai talvez o interesse nesta parceria por parte dos EUA, e os seus mandados nipônicos. Mas pra quem quer acreditar em outras coisas, o pensamento é livre, mas o resultado final é pra daqui mais algum tempo, e dificilmente eu vou estar errado. Parceria no momento somente com a China ou Índia, nem mesmo com a Rússia eu acredito.

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