Brasileiro chefiará investigações da ONU na Síria

Entidade acredita que diplomacia brasileira seja um dos poucos canais ainda abertos com Bashar al-Assad

O brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro foi escolhido nesta segunda-feira, 12, pela Organização das Nações Unidas (ONU), para chefiar um grupo de especialistas que investigará as violações de direitos humanos na repressão conduzida pelo governo da Síria contra os manifestantes pró-democracia no país.

O grupo investigará supostos abusos cometidos pelo governo do presidente Bashar al-Assad, que enfrenta desde março uma revolta contra seu regime autocrático, o que inclui possíveis crimes contra a humanidade, como execuções e uso excessivo de força. As conclusões deverão ser entregues à ONU no fim de novembro e será elaborado também pelo turco Yakin Erturk e pela americana Karen Abu Zeid.

A esperança da ONU é que, com um brasileiro liderando o processo, o governo sírio finalmente abra as portas do país para a entidade, que até hoje foi impedida de entrar na Síria.

Papel de mediador

O Brasil tenta desempenhar um papel de mediador para uma solução negociada para a crise na Síria. O país se recusa a votar sanções e diplomatas brasileiros chegaram a ser recebidos por Assad há poucas semanas. No encontro, o Brasil insistiu sobre a necessidade de receber a missão da ONU, o que Damasco rejeitava por argumentar que se tratava de um conflito interno.

Por ter um acesso relativamente garantido com Assad, a diplomacia brasileira é considerada como um dos poucos canais ainda abertos com o regime sírio. A escolha de Pinheiro para liderar a missão, portanto, não ocorre por acaso. Fontes na entidade disseram ao estadão.com.br que a decisão foi tomada justamente pensando na boa relação entre Brasil e Síria.

Pinheiro havia sido ministro de Direitos Humanos do governo de Fernando Henrique Cardoso, liderou por anos os trabalhos da ONU sobre Mianmar e hoje é um dos que defende uma comissão da Verdade no Brasil.

Essa é a segunda vez que a ONU cria uma comissão de inquérito sobre a Síria. Na primeira ocasião, em março, o grupo concluiu que 2,6 mil pessoas haviam sido vitimas da violência. Mas a comissão jamais foi autorizada a entrar no país.

Fonte: Estadão

11 Comentários

  1. A esperança da ONU é que, com um brasileiro liderando o processo, o governo sírio finalmente abra as portas do país para a entidade, que até hoje foi impedida de entrar na Síria.

    Papel de mediador
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    ONU e uma ferramenta na mao dos Yankes e da OTAN.

    Que o Brasil se obistenha de suja sua mao em sangue

    Inocente como foi a Libia. Eles vem com velho papo preucupacao com os direitos humanos .No miolo da AFRICA tem muita carnificina pq o povo nao vai la ?

    se pelos direitos humanos? . Eles nao vao la pq la nao tem nada pra ser saqueado,A posto que o Pato Donald acredita que e pela paz e liberdade

    que eles tao preucupado kkkkkkkkkk

    Brasil quantos mais longe dos YANKES MELHOR

  2. Era só o que faltava, os poderosos querem agora o aval da diplomacia brasileira para invadirem a Síria. É mole? se for desse jeito é melhor esquecer o assento no CSU, se concordarmos com esse abuso logo estaremos endossando a propalada invasão das Amazônias, além de importarmos a ira muçulmana para o nosso território e contra o nosso povo. Calma, muita calma nessas horas!

  3. Se depender da China e dos Rússos nada vai acontecer ao regime Sirio,e quem fica + feliz são os judeuSS com o seu + fiel e previsível inimigo o Assado, + golan será o seu próximo objetivo p se limpar diante dos seus patricios…Quem viver verá.

  4. KLM preferia que o Kadafhi bombardeasse a população com aviões,e não digam que ele não fazia isso porque ouve até desertores da força aérea Líbia,e mercenários eram pagos para pilotar e matar civis,se houvesse um massacre a ONU e a OTAN eram criticados por não fazerem nada, eles fazem também criticam,eu sei que ouve baixas civis nos bombardeiros da OTAN mas aposto que haverias muitas mais baixas se não fizessem nada

  5. ..e se possível, q esse novo inquisidor dos direitops humanos da ONU ,olhasse p o BRASIL, e sua politíca de exterminio nos grd centro urbanos, o famos “auto de resistência”.

  6. ESSA HISTÓRIA ME LEMBRA MUITO UMA PUNHALADA NAS COSTAS, TE CUIDA MEU BRASIL DIPLOMÁTICO!
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    Espero que não aconteça novamente, o Brasil consegue um acordo, nos moldes da ONU e aí os frustrados, os “bambans” em assuntos internacionais, os não ingênuos, com despeito do meu amado Brasil,por conseguir aquilo que eles não conseguiram,vão por traz e dão-lhe uma tremenda apunhalada nas costa, sabotando o trabalho diplomático; como aconteceu com o Irã.
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    Aí existe um ingrediente novo, a Rússia esta mais “comprometida”, o preço para a sua punhalada será muito alto para os cossacos, o valor para a sua trairagem deve ser cobrado muito alto, não sei se uma cadeira na OMC, prometida pelos americanos no caso daquela apunhalada nos iranianos seria tão valoroso para eles.

  7. Vai chegar a hora que a diplomacia brasileira vai ter que descer do muro. Assad de um lado os deixa entrar no pais, mas jamais quer perder seu governo. Do outro estao os ocidentais a fim de por fim ao Assad. No meio do gilo mal feito esta o Brasil, reconhecidissimo mundialmente como “fence sitters”. Ate acho que a ONU, por meios machiavelicos, estao empurrando o Brasil a sair do muro. Pode ate ser que Obama e Hillary estao usando a ONU como uma ponta de lanca. Entrega a responsabilidade ao Brasil para negociar quando na realidade nao existe negociata aceitavel ao ocidente que nao seja a retirada do Assad.
    Very careful meu Brasil. Estao te armando uma arapuca. Qualquer ‘bondade’ da ONU na chefia de missoes e de orelha em pe.

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