Egito e Israel buscam volta ao normal após ataque a embaixada
Os Estados Unidos pediram ao Egito que protejam a missão israelense no país. Washington deu bilhões de dólares em ajuda militar e de outros tipos à nação desde 1979, quando o Egito se tornou o primeiro Estado árabe a assinar um acordo de paz com Israel.
Os israelenses disseram que estão negociando a volta do embaixador Yitzhak Levanon e seus funcionários, mas quer garantias de segurança.
“A segurança em frente à embaixada foi elevada,” afirmou à Reuters o porta-voz do gabinete egípcio, Mohamed Higazy. “Voltar à normalidade é o objetivo de ambos os lados.”
Cerca de 16 caminhões cheios de policiais e seguranças, três ônibus da polícia militar, dois veículos blindados e outros carros foram estacionados próximos à embaixada neste domingo.
Manifestantes fizeram uma passeata até a embaixada na sexta-feira, no segundo grande protesto desde as mortes na fronteira.
Primeiro, eles derrubaram um muro erguido para proteger a embaixada. Depois, invadiram o edifício e entraram em conflito com a polícia durante a noite.
“Aqueles que rasgaram bandeiras… eles estão negando a paz e o país,” afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a seu gabinete, acrescentando que vai manter o acordo de paz.
“Estou contente de que a há forças no Egito, incluindo o governo egípcio, que estão interessadas em avançar na paz.”
Vídeo:
Forças egípcias invadem escritório de afiliada da Al Jazeera
Membros das forças de segurança do Egito invadiram neste domingo o escritório de uma emissora afiliada à rede de televisão Al Jazeera no Cairo e prenderam um de seus funcionários.
O diretor do escritório, Ahmed Zin, denunciou em entrevista ao vivo à emissora que soldados entraram no local “sem autorização judicial” e considerou que as razões da Polícia para executar a operação “não são suficientes”.
Os membros das forças de segurança justificaram a intervenção dizendo que “os vizinhos do edifício estão prejudicados pela presença da Al Jazeera, explicou Zin, que disse suspeitar que as autoridades egípcias “têm a intenção de fechar o escritório”.
Zin ressaltou que os agentes confiscaram “sem autorização” alguns equipamentos para transmissão ao vivo e detiveram o técnico responsável por seu uso, Ahmed al Banna.
A Al Jazeera destacou que a intervenção da Polícia ocorreu poucos dias depois de a emissora começar a fazer transmissões ao vivo a partir de seus estúdios no Egito. A rede informou sobre o julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e de homens acusados pela morte de centenas de manifestantes durante a Revolução de 25 de Janeiro, que terminou com a derrocada do governante.
O canal também informou sobre os distúrbios deste fim de semana na embaixada israelense no Cairo.
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