Artigo original em 11-S: Análisis crítico –
Hechos y leyendas sobre el atentado que cambió el mundo
Tradução gentilmente autorizada. Colaboração de Vitor Moura
Uma pergunta que está na boca de muita gente que não acredita na versão oficial em torno do vôo 77 é: como é possível que depois de uma colisão como a que se supõe que tenha ocorrido no Pentágono não sobrassem restos visíveis do avião, como se vêem claramente em outros acidentes aéreos?
Antes de responder, analisemos o que se pode esperar de um impacto como o que se supõe ter ocorrido no Pentágono.
Um aparelho de uns 100.000 kg de massa colide a uns 850 km/h contra um muro reforçado. Podemos esperar que ele resvale e sobrem restos muito grandes e reconhecíveis espalhados ao redor do ponto de impacto? Definitivamente, não. Num experimento realizado pelos laboratórios Sandia em 1988 em que um F-4D Phantom é lançado contra um muro (o vídeo está disponível também no YouTube) a uma velocidade similar (770 km/h), vê-se como a parede “engole” o avião sem que o que sobre sejam restos reconhecíveis, exceto principalmente fragmentos de concreto e outros de pequeno tamanho (nota importante: esse avião não levava querosene; os tanques estavam cheios de água).
A parede do Pentágono não pôde resistir à tremenda energia do impacto, por isso quase todo o avião, especialmente as partes mais pesadas, atravessa o muro e fica no interior. Algumas partes do avião que cedem mais facilmente e são pouco pesadas, e quiçá algumas outras a esmo, podem resvalar para fora ou sair despedaçadas pela onda expansiva.
Uma vez penetrado o muro, o avião (ou o que resta dele) encontra-se com uma multidão de colunas em seu caminho, que vão freando muitas peças. Se alguma das peças encontra um caminho livre de colunas, ou se derruba sem dificuldade as poucas com que colide e é muito pesada, pode chegar a atravessar mais um muro, tal e como sucedeu na Torre Sul.
Agora resta saber em que medida o esperado corresponde com o observado. Havia restos de avião no Pentágono? Estavam distribuídos como se podia esperar dadas as circunstâncias?
Desde já, sim, havia restos da cobertura de fuselagem (que cede facilmente e é pouco pesada, por ser de alumínio) pelos arredores do ponto de impacto:
Fragmento de fuselagem (a versão em alta resolução está disponível na fonte original).
Observe-se também o fragmento que há à sua direita, que também parece pertencer à fuselagem ainda que não pareça ser de alumínio, e todos os fragmentos brilhantes que há em segundo plano.
Aqui uma vista do mesmo fragmento de outro ângulo, já que a imagem anterior suscitou dúvidas com respeito à cor, o que seguramente é devido à estranha iluminação produzida pela nuvem de fumaça e a contraluz. Também se vêem outros fragmentos espalhados pela grama:
Outro fragmento em segundo plano:
(fonte)
A seguinte fotografia mostra alguns destroços que são retirados, e em segundo plano o que parece o mesmo fragmento da imagem anterior:
Este disco parece pertencer a um motor. Está no exterior, mas é muito provável que fora tirado do interior do edifício durante a limpeza que a equipe de resgate precisava realizar para poder chegar aos corpos:
(fonte)
Mais sobre este disco em: O disco.
Mais restos sendo retirados:
Mais fragmentos de fuselagem dispersos:
(imagem original em alta resolução)
Observe-se como alguns destroços estão do lado oposto do local em que se produziu o acidente. Isto corroboraria as declarações de algumas testemunhas de que “choviam” fragmentos.
Outro fragmento que é retirado. Ao fundo, junto à parede, o “c” do logotipo “American” da fuselagem:
Esse “c” causou certa controvérsia porque parece ser que foi movido para lá em algum momento durante a retirada dos restos, já que não estava nos instantes posteriores ao ataque como se viu na imagem anterior. A julgar pela posição do sol e o tamanho aparente das sombras, esta última fotografia pode ter sido tirada entre as 17 e as 20 horas aproximadamente, mas não estamos seguros sequer do dia.
Um membro do NTSB (National Transportation and Safety Board, que são os encarregados de pesquisar os acidentes aéreos) examina vários fragmentos:
(Disponível em alta resolução na fonte original)
Restos variados; no primeiro se vê o logo da American Airlines:
(fonte)
Para entender algumas destas fotografias, convém saber que em muitas peças do avião, especialmente da fuselagem, costuma-se utilizar uma capa protetora de cromato de zinco, que segundo a composição exata adquire uma cor verde ou amarela características, tal como se vê aqui:
E agora vejamos que apareceu no interior. Já antecipamos a imagem de um disco provavelmente pertencente a um dos motores e que seguramente se achava dentro do edifício.
Desafortunadamente, os militares não se caracterizam precisamente por sua transparência e abertura, assim não dispomos de documentação tão abundante do que se encontrou no interior. Mas ao menos temos o seguinte (fonte):
(note-se o fragmento de cor amarela à esquerda). Esta peça parece corresponder-se à perfeição com a carcaça da câmara de combustão de um RB211-535:
Também encontramos esta peça do trem de aterrissagem:
Além disso, também há uma imagem de uma das “caixa pretas”, o gravador de dados de vôo:
No julgamento contra Zacarías Moussaoui também se mostraram como provas, além dessas, as seguintes fotografias:
Gravador de voz na cabine do vôo 77 que ficou irrecuperável.
Há umas poucas mais em uma página dedicada a expor as provas. Também há mais algumas na referência citada anteriormente.
Não sabemos exatamente o que causou o buraco de saída. Parece que o trem de aterrissagem dianteiro poderia estar relacionado, mas não dispomos de uma análise dos montões de sucata e entulhos que apareceram atrás. Sim, sabemos que ali havia fragmentos do avião, concretamente um envoltório metálico da roda do trem de aterrissagem (com um círculo vermelho na primeira imagem) e outros restos da cor verde característica (com um círculo vermelho na segunda imagem):
Detalhe da peça metálica central da roda da primeira imagem (fotograma do documentário Pentagon Under Fire):
E isto não sabemos se estava no interior e foi levado ao corredor, ou se estava fora, mas em todo caso se distingue uma protuberância do trem de aterrissagem na parte esquerda (marcado com um círculo):
Resumindo: é verdade que parte destas evidências poderiam ter sido colocadas propositalmente no lugar (não todas: havia muitas testemunhas presenciando a cena); é verdade que a origem de algumas fotografias não está clara o bastante para saber-se com certeza se procedem de onde se diz que elas procedem. Mas em qualquer caso, não há fundamentos para perguntar “onde está o avião”.
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