Protestos contra governo se alastram em Israel

Praça central de Tel Aviv

Quase meio milhão se manifestam em todo o país.

Israelenses estão descontentes com política de Benjamin Netanyahu, e bradam contra alto custo de vida e distorções nos sistemas de ensino e de saúde. Contudo, equilíbrio dentro da coalizão em Tel Aviv também é instável.

Na noite deste sábado (03/09), cerca de 450 mil pessoas manifestaram-se na capital e em outras cidades israelenses contra a política do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Elas exigem reformas fundamentais em quase todos os setores da política.

Aquilo que, há poucas semanas, eram apenas algumas barracas no centro de Tel Aviv, tornou-se um protesto de nível nacional. O governo de Israel prometeu que nomeará uma comissão para estudar as queixas, porém não haverá nenhuma reforma de fundo.

Chefe de governo israelense Benjamin Netanjahu.

Custo de vida excessivo

Um dos tópicos de protesto é o preço exorbitante das moradias construídas em Israel nos últimos 20 anos. O resultado dessa política falha são aluguéis excessivos, que levaram aos primeiros protestos, em julho, em Tel Aviv. A partir daí, ergueu-se o clamor pela redução dos impostos, assim como por mudança da política de educação e do sistema de saúde.

Acumulam-se os protestos contra os altos preços nas cadeias de supermercados, as quais se encontram nas mãos de alguns poucos monopolistas, os quais usam sua posição de poder para especular. O protesto contra os magnatas da economia conta com o apoio de especialistas como o professor Michael Beenstock, da Hebrew-University. Segundo ele, “seria bom fomentar a concorrência”.

Segundo o governo de Israel, a situação da política de segurança no Oriente Médio exige elevados gastos armamentistas. Atualmente, o país emprega 7% do Produto Interno Bruto no orçamento de defesa. Somente o sistema antimísseis Iron Dome custa cerca de 1 bilhão de dólares. Em comparação: a Alemanha investe 1,5% do PIB em gastos militares, os Estados Unidos, 4%.

Jogo de interesses

Por outro lado, no tocante às questões orçamentárias, as mãos do premiê Netanyahu estão atadas: por consideração a seus parceiros de coalizão, ele está impossibilitado de remanejar os gastos públicos. Assim, é difícil reduzir os subsídios estatais ao sistema de ensino ortodoxo, por exemplo, ou cortar o apoio financeiro aos assentamentos na Cisjordânia sem colocar em perigo a existência da coalizão.

Além do Partido Trabalhista, de Ehud Barak, e do nacionalista Israel Beitenu do ministro de Exterior, Avigor Liebermann, o partido ortodoxo Shas também participa do governo. Qualquer reforma orçamentária que atinja a sua clientela representa uma ameaça à estabilidade em Tel Aviv.

Assim, cabe a uma comissão de especialistas avaliar as exigências dos manifestantes e apresentar propostas de solução. Até o momento, sua eficácia é questionável. Mesmo assim, não estão programadas outras grandes manifestações nas próximas semanas.

Na opinião do historiador Dani Gutwein, da Universidade de Haifa, o movimento de protesto “assumirá novas formas, mas não desaparecerá”. Essas formas serão determinadas, em parte, pelas propostas de solução que a comissão do governo deverá apresentar no final de setembro.

AV/dpa/dapd/rtr/afp
Revisão: Francis França

Fonte: DW-WORLD.DE

13 Comentários

  1. Embreve veremos o mais lindo evento e muito mais importante que a queda do muro de Berlim,os Iraelenses derrubarem os muros da separação e intolerancia sairem correndo para abraçarem seus irmãos Palestinos e todos dançarem juntos e o governo Israelense e o Hamas com caras de tacho.

  2. O problema é que Israel tá sozinho naquele meio de malucos e isso aí pode enfraquecê-los. É como a Grécia antiga que com as disputas internas deram espaço para Alexandre O Grande invadí-los!

  3. A criação do Israel não tem nada a ver com judaismo, a Torah proibe existência de qualquer estado judeu. Ver infinitos reclamos dos rabinos na internet.
    http://www.youtube.com/watch?v=9oeB3QhX2RI
    .
    Acorda 1maluquinho, Israel é uma criação dos angloamericanos.
    .
    Os cidadãos que moram ali são imigrantes como os hispânicos nos EUA, foram por conveniência económica. Muitos hispânicos até ganham um “passeio” por Iraque, e os judeus pelos guetos palestinos.
    .
    Nunca verás uma revolução em Israel, é um “país” de fantasia, uma fachada para o intervencionismo americano na região.
    É claro, com o tempo vai chegar a ser mesmo um país, talvez passando outros 60 anos.

  4. Toda população que tem a seu dispor a mídia ocidental não quer mais saber de ser pobre(ou empobrecer) e também ser explorada desavergonhadamente.
    E sabedor disso o governo totalitário chinês treme na base com essa história de internet livre para o seu povão.
    Mas falando de nosso Brasil – Por que as pilhas alcalinas (entre outras coisas)sobem de preço sem parar no nosso comércio??

  5. Como é a religião proibe a existência de Israel e porque lutaram tanto para ter um país, quero mais informações.

  6. ISRAEL: 450,000 Árabes e Judeus marcham juntos, pedindo justiça social e paz.
    http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://engforum.pravda.ru/index.php%3F/topic/239246-israel-450000-arabs-and-jews-march-together-calling-for-social-justice-and-peace-september-2011/&ei=cTpkTuKnGsbh0QHPvpWjCg&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CD0Q7gEwAA&prev=/search%3Fq%3Dhttp://engforum.pravda.ru/index.php%253F/topic/239246-israel-450000-arabs-and-jews-march-together-calling-for-social-justice-and-peace-september-2011/%26hl%3Dpt-BR%26biw%3D1280%26bih%3D630%26prmd%3Divns

  7. JUSTIÇA SOCIAL e PAZ para árabes e judeus:
    GUARDIAN UK:tradução google: “Enquanto isso, em Israel, Harriet Sherwood escreveu uma peça para o Guardian na maior manifestação do país que nunca, que teve lugar na noite de sábado. De acordo com dados da polícia 430 mil pessoas tomaram as ruas para exigir justiça social. Os manifestantes estavam pedindo tanto uma queda no custo de vida e uma clara resposta do governo aos interesses de uma classe média cada vez mais espremido.

    A maior marcha foi em Tel Aviv, onde até 300 mil participaram. Houve um protesto 50000-forte sem precedentes em Jerusalém, e 40.000 marcharam em Haifa. Houve protestos menores em dezenas de outras cidades. Que tinha sido anunciado como a “Marcha do Milhão”, mas os organizadores disseram que uma afluência de correspondência as manifestações 300.000-forte há quatro semanas seria um triunfo. População de Israel é de 7,7 milhões.

    Manifestações de sábado seguida 50 dias de protestos que sacudiu os líderes políticos e comentaristas e analistas levou a perguntar se um novo movimento social poderia transformar a política interna de Israel para a próxima geração. O movimento, que tem o apoio de cerca de 90% da população de acordo com pesquisas de opinião, começou quando um pequeno grupo de ativistas ergueram tendas na próspera Tel Aviv Rothschild Boulevard, em protesto contra altos aluguéis e os preços das casas.

    Cidades de tendas multiplicaram por todo o país e os manifestantes se reuniram atrás do slogan: “O povo exigir justiça social.” Entre as questões levantadas foram o custo da habitação, transporte, acolhimento de crianças, comida e combustível, os baixos salários pagos aos muitos profissionais, incluindo médicos e professores, a reforma fiscal e pagamentos de assistência social. O governo criou uma comissão liderada pelo professor de economia Manuel Trajtenberg para examinar as exigências dos manifestantes, que deve apresentar um relatório no final deste mês …

    Em um comício em Haifa, Shahin Nasser, um árabe-israelense, disse: “Hoje estamos mudando as regras do jogo não mais com base na coexistência hummus e feijão fava que está acontecendo aqui é a coexistência verdade, quando os árabes e judeus marcha.. juntos, ombro a ombro chamando por justiça social e paz. Nós tivemos isso. “

  8. “Israhell” é um Estado sem pé nem cabeça. Não conquistou nada, comprou, subornou, invadiu, expulsou e matou, fez o seu holocaustozinho particular.
    No geral, o povo palestino é um povo pacífico e que não gosta de conflitos armados. Os poucos homens bomba e terroristas da Palestina não passam de pessoas massacradas por Israel, pessoas que não tem nada a perder e apelaram para o extremismo.

  9. Sei não!A lógica do interesses lá, bem como a experiencia histórica, leva-me a crêr em conflitos terriveis de aniquilação!Acho que é isso que veremos…

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