Iniciativa brasileira de lançar um veículo lunar. Uma pretensão brasileira que vai para o espaço?

Por Duda Falção

É com muito orgulho que observamos a participação da SpaceMETA nesse prêmio Google Lunar X-Prize. Entretanto, com a proximidade do prazo estabelecido pela própria equipe, começa nos preocupar se será realmente possível cumprir a meta estabelecida, devido à falta de maiores informações de como a equipe brasileira pretende enviar seu robô para o satélite natural da Terra.

Numa época em que o Programa Espacial oficial do país não consegue apresentar qualquer novidade há décadas, a notícia de que uma equipe brasileira pretende enviar um robô a Lua, chegou como uma bomba, gerando uma grande expectativa em todos (principalmente após a confirmação da participação da INTEL e da Petrobrás no projeto), que como nós, sonhamos em ver a nossa bandeira tremulando no espaço.  Porém, com a proximidade do prazo, não observamos ainda no país a tecnologia de lançador necessária para cumprir está missão, mesmo que este veículo seja lançado de um balão ou de um avião em vôo.

A notícia de que esse veículo lançador brasileiro terá como combustível o Ethanol, nos leva acreditar que, ou a SpaceMETA está em negociações com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) ou com o grupo “Edge of Space”, já que são as únicas instituições do País que desenvolvem foguetes baseados neste combustível verde. O IAE desenvolve atualmente a tecnologia para o foguete VS-15 em parceria com a Orbital Engenharia (previsto para fazer seu primeiro vôo em 2013), mas que é um foguete de sondagem, ou seja, sem a capacidade satelitizadora. Já o grupo paulista “Edge Of Space”, poderia ser essa opção, caso tivesse os recursos disponíveis em tempo para desenvolver esse foguete. Talvez também exista a possibilidade do IAE montar um foguete numa concepção de envolva estágios com os motores L15 e L5 de tal forma que, lançado de um balão ou de um avião em vôo, o mesmo conseguisse colocar o robô da equipe em trajetória lunar.

Entretanto, seja qual for dessas soluções a que será utilizada pela SpaceMETA, não me parece haver tempo hábil para que a missão seja cumprida no prazo divulgado (2012). Isso nos leva a crer que, o mais provável é que a equipe acabe optando por lançar seu robô lunar através de uma opção estrangeira, caso queira cumprir o prazo divulgado, o que também inviabilizaria o lançamento do Brasil.

Em nossa opinião, mesmo que isso venha ocorrer, não diminuirá o feito do senhor Sérgio Cavalcanti e de sua equipe, pois o mesmo estaria demonstrando a capacidade da tecnologia robótica brasileira. Vamos aguardar e torcer que todas essas dúvidas possam ser esclarecidas o mais rápido possível, evitando assim que a equipe corra o risco de cair no mesmo erro da falta de comprometimento com prazos do “Programa Espacial Brasileiro”, e assim aumentar sua credibilidade junto à opinião pública do país. Avante SpaceMETA.

Fonte: BrazilianSpace

23 Comentários

  1. O Brasil não consegue nem terminar o VLS , vai enviar sonda lunar ?

    O primeiro passo para o desenvolvimento total do Brasil , é desenvolver secretamente mísseis de longo alcance e a bomba atômica !

    Aí podería-mos fazer tudo o que fosse necessário ao desenvolvimento do país e dos cidadãos brasileiros !

    E pra isso também é necessário acabar com todos os políticos pilantras que são corruptos e se vendem em detrimento dos interesses nacionais brasileiros !

    E a prisão perpétua seria uma otima medida pra resolver esse problema !

  2. Se o BRASIL que é uma das dez economias do mundo, e o um dos países que mais cobram impostos no planeta,não tem COMPETÊNCIA para fazer um VLS que funcione,acho impossível essa empresa realizar esse feito !
    E se porventura isso acontecer,teremos que fechar as portas do Programa Espacial brasileiro e mandar todo mundo embora !

  3. O prêmio do Google Lunar X-Prize é dado para a equipe que colocar um rover(veículo explorador) na Lua através de ***FINANCIAMENTO PRIVADO***, isto é, nada de $$$ do governo.

    Se o Rover sobreviver a noite lunar ou se encontrar lugares históricos na Lua e enviar imagens à Terra (local de pouso das missões americanas e soviéticas) a equipe irá ganhar alguns bônus ($$$).

    É completamente possível terceirizar o lançamento do foguete. É o que muitas equipes andam pensando em fazer…

    O primeiro rover explorador controlado remotamente foi o soviético Lunokhod em 1970, já que falharam miseravelmente em seu projeto de exploração ‘tripulada’… foi enviado à Lua e cumpriu com sucesso sua missão.

    27 anos depois, os americanos enviaram um rover para Marte, o Sojourner.

    Quem repetir o feito soviético ganha o prêmio. Fácil né?

    O governo russo, indiano e chinês têm planos de colocar novos rovers na Lua. Enquanto isso os americanos seguem explorando Marte com novos rovers, cada vez mais sofisticados.

    []s

  4. Acho possível. O conceito é inovador, tem parceiros de risco importantes como google e intel. Equipe empreendedora. E, acima de tudo, não tem o governo para cortar o orçamento quando preciso nem político como chefe da empresa.

  5. Acho bem possível, e nossas instituições de ensino poderiam abraçar a causa, apoiando e formando grupos nas universidades.
    Afinal, tudo que se refere ao espaço começou com sonhos visionários e malucos de alguns poucos…
    O caminhar muitas vezes se aprende e reaprende na própria caminhada, e uma jornada começa com o primeiro passo…
    Parabéns ao que estão caminhando nisso, que continuem.
    Quanto aos lançadores, o foco é ,claramente, a capacitação para mísseis de longo alcance. Apenas para colocar satélites e aproveitar economicamente nossas bases privilegiadas de lançamento, acredito que acordos do tipo ‘aluguel’ de Alcântara seriam suficientes.

  6. O Brasil vive de pretensões: Quer ser um país de primeiro mundo, tendo uma das maiores cargas tributárias do planeta e ainda uma grande desigualdade social; Quer um assento no CS da ONU, mas tem suas FFAA com armamentos sucateados, sendo que os cortes do orçamento/contigenciamento sempre tem a maior porcentagem sobre o MD, apesar da END.
    Agora essa de veículo lunar, sendo que o programa espacial teve inúmeros atrasos, seja por falta de verba ou pelo impasse com os quilombolas em Alcântara.
    Tenha dó.

  7. Verdadeiramente,as pretenções do Brasil mandar um veiculo lunar para o espaço, foi pro espaço literalmente Rsssss.Esse país jamais sairá desse chove não molha, pois não tem credibilidade no que se destina a fazer, não por falta de conhecimento mas por falta de vontade politica e muita vergonha na cara.Ah deixa pra lá se não tenho um infarto de tanta bronca.

  8. Isso aí é uma competição da Google, a SpaceMETA tá sozinha nessa jogada, então alguns aí céticos desinformados, parem de jogar praga!

  9. Kaio:

    A SpaceMETA está sozinha no desenvolvimento do robô; se o governo brasileiro, mesmo com a cooperação da Ucrânia não consegue lançar um foguete para botar um satélite em órbita, imagine um para colocar um robô na lua, que em tese é muito mais complexo. Se fazemos satélites, um robô não é assim tão espetacular como diz a matéria; o ceticismo está no Programa Espacial, que não decola. Se uma empresa privada nacional conseguir lançar um foguete, como disse o César Pereira: Mostrará toda a incopetência do pessoal do Programna Espacial em Alcântara.

  10. Senta a Púa! Ainda acredita que o homem foi à lua?.. O computador da suposta nave na época era mais fraco que qualquer calculadora atual.
    Os astronautas ficaram em orbita 8 dias, e a experiência hollywoodiana tomou conta do resto!

  11. Senta a Púa,

    Para mim a incompetência pertenceu e ainda pertence à classe política, que aprova o orçamento ou que deve saber se o espaço é ou não prioridade. Em princípio não dá voto. No dia que der vai encher de político defendendo e metendo a mão. A equipe técnica já fez muito, mas sem apoio não dá. A diferença é que esse empreendimento tem o apoio da google e da intel, talvez nem dê para falar em empreendimento 100% nacional, mas é melhor do que a palhaçada do apoio ao programa espacial oficial.

  12. Jose Gustavo:
    O que quis dizer é que se hipoteticamente uma empresa privada conseguir lançar uma nave espacial, com menos ou igual investimento feito até agora no Programa Espacial Brasileiro, devemos encerrar esse Programa, o que não deverá ocorrer, será mais fácil mandar o tal veículo lunar por algum país com know-how (EUA, Rússia).
    Está mais que comprovado que o atraso tecnológico/científico do Brasil é a falta de Programas de Estado, veja o caso do submarino com propulsão nuclear, há quase 30 anos em desenvolvimento, somente agora engrenou, e, pasmem, durante um governo de esquerda (nem tanto da esquerda assim…)
    O que realmente falta é investimento na educação de qualidade, mas falar disso sairia do tópico.

  13. Senta a Púa,

    Tudo bem contigo?
    Concordo com a ideia em geral, só que eles não vão desenvolver o lançador, o escopo do programa espacial do Brasil é bem mais amplo que o projeto citado. A SpaceMeta está criando um conceito novo de sonda lunar, utilizando parceiros de risco. Ouvi dizer que eles podem usar um foguete com balão, talvez da EdgeOfSpace ou um lançador estrangeiro, é o que li. O nosso programa envolve criar uma missão espacial completa, do foguete ao satélite, que deve desenvolver foguetes, motores, tanques resistentes, desenvolvimento de diversas áreas em química, óptica, eletrônica, física, redes elétricas, controle de atitude, satélites, controles inerciais de órbita etc, e muito disso já é tecnologia agregada. O que falta, ainda, é lançar o nosso VLS com sucesso. Fato é que ouve, no decorrer dos anos diversos contingenciamentos, por razões políticas até. A melhor fase foi no fim dos anos 80 e início dos anos 90, depois foi à base do orçamento vaga-lume. Para ter toda essa tecnologia o país desenvolveu muita coisa. Por exemplo: giroscópios inerciais, ninguém libera essa tecnologia, pois pode ser usados em mísseis intercontinentais. Isso leva tempo e muito investimento. O IAE criou uma versão nativa, a base de fibra ótica que funciona bem e vai ser integrado em futuros veículos desenvolvidos por aqui.
    Outro fator, que a meu ver foi péssimo ao nosso programa, e não é uma opinião só minha, foi o acordo Brasil-Ucrânia, o Brasil entra com o dinheiro, a base de lançamento e os ucranianos entram com o lançador. Detalhe o ex-presidente dessa empresa era chefe de partido político e ex-ministro… pode até ser ótimo financeiramente mas não como agregador de tecnologia.
    A questão de investimento em educação é pertinente. Acho que não faltou às equipes que desenvolvem essa tecnologia (IAE, IAEv) mas pode vir a faltar no futuro.
    http://www.ieav.cta.br/

    Obrigado!

    José Gustavo

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