China vai investir US$ 1,5 bi para produzir alimentos na Argentina

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Projeto será na província de Río Negro, em área de 330 mil hectares; soja deve ter prioridade
Chineses vão financiar a irrigação das terras, a construção de uma fábrica de azeite e a reforma de porto

LUCAS FERRAZ
SYLVIA COLOMBO

Maior importador mundial de soja, a China anunciou um bilionário investimento na Argentina para produzir alimentos, sobretudo soja, em uma área de 330 mil hectares -equivalente a duas cidades de São Paulo.
A produção, assim como o fornecimento de toda a tecnologia, ficará a cargo da estatal chinesa Heilongjiang, que investirá US$ 1,5 bilhão no empreendimento, que conta com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
O acordo firmado com a província de Río Negro, na patagônia argentina, prevê que a companhia chinesa tenha exclusividade na compra da produção local por um prazo de 20 anos.
A estatal vai financiar a irrigação das terras, a construção de uma fábrica de azeite e ainda vai bancar a reforma de um porto local.
Em contrapartida, a empresa deverá usar mão de obra local -estima-se a criação de 100 mil postos de trabalho- e cooperativas de produtores regionais.
Preocupados em garantir alimentos para sua gigantesca população, a China, após grandes investimentos na soja brasileira, começa a plantar raízes na Argentina. A presença da Heilongjiang em Río Negro é o maior investimento chinês em soja no país.
Na área explorada pelos chineses no sul da Argentina será possível produzir cerca de 700 mil toneladas, segundo estimativa do analista Gustavo López, da consultoria AgroTrend. O montante equivale a quase 10% do total exportado pela Argentina para a China.
Técnicos chineses já estão na região realizando estudos técnicos. Não há data para o início da produção.
Segundo dados do Crea (Consórcios Regionais de Experimentação Agrícola), entidade que acompanha o setor agrícola, o país asiático foi o destino de 75% dos 10 milhões de toneladas de grãos de soja exportados pela Argentina no ano passado -a produção total no país superou 50 milhões de toneladas.
Mas segundo Ernesto Fernandez Taboada, diretor-executivo da Câmara de Comércio Argentina-China, os chineses também vão produzir frutas em Río Negro. “Estamos aumentando nossa dependência da China, mas não há como lutar contra moinhos de vento.”
Taboada lembra que as terras da província de Río Negro são improdutivas, e o acordo com os chineses vai proporcionar à região novas tecnologias para irrigação do solo, além de empregos.
Mas a presença da estatal chinesa causa polêmica. Mesmo com a aprovação da Presidência argentina, o ministro da Agricultura, Julián Domínguez, disse que será “complexo conviver com um Estado soberano dentro do nosso”.
A ONG Uñopatum foi à Justiça contra o governo de Río Negro. “Esse é um acordo muito obscuro”, diz o presidente da organização, Elvio Mendioroz.
“O governo de Río Negro foi o intermediário de um negócio que vai permitir que um Estado soberano compre as terras de outro Estado”.
O governador da província, Miguel Saiz, ressalta que as terras não serão vendidas, mas arrendadas.

Fonte: Folha São Paulo via Resenha

19 Comentários

  1. Só mesmo um governo entreguista como o Sr.a Kirshner para fazer esse tipo de atitude lesa pátria. Patricamente abdicar de sua soberania para aceitar esmola dos chineses. E ainda tem gente que defende a perua…

  2. começou o jogo chinês .. eai quem é q vai mandar quando a china produzir tudo q existe no mundo menos comida? uma hora a exportação do custo de produção feita pelos administradores atuais vai causar uma reviravolta mundia e sua marca de nome forte mas sem industria será só mais 1 nome falido

    cuidado com o dragão chines q quer nos engolir

  3. Os argentinos não possuem políticos corruptos e impunidade como nós. Somos os recordistas mundiais nesse aspecto. O povo brasileiro está sofrendo demais com isso. Um assassino no Brasil fica 4, 5 ou 6 anos preso, e depois livre para continuar matando mais pessoas de bem. O Brasil é o Mal na Terra, pois nenhum país do mundo beneficia criminosos desse jeito. O Grande Satã é brasileiro. Os chineses atualmente, encontraram o ponto de equilíbrio ideal de ética e de justiça. Eles eliminam assassinos e políticos corruptos com muita eficiência, prestigiam as suas Forças Armadas e praticam os bons hábitos na sociedade. Parabéns aos chineses e argentinos.

  4. Estou achando que o investimento foi muito alto para quem vai apenas plantar, colher soja e fazer azeite. A reforma do porto pode dar algumas outras pistas.
    Aos poucos a América do Sul vai sendo invadida e o Brasil sendo cercado nas suas fronteiras.

  5. Alimentos mesmo! Com uma população de mais de 1 bilhão de pessoas e com um grande deserto no meio do país que dificulta a produção de alimentos, se não tem como produzir em casa produzem fora, se não em engano eles tem algo parecido em alguns países africanos.

  6. Sera que o povo Argentino ficara contente em deixarem de produzirem muitas outras coisas para seus sustentos e suas vendas para produzirem soja para a China?Sera que a produção de soja em terras geladas é rentavel?Sabem o que eu penso o que sempre falei,a China tem o ponto fraco no estomago.O poderoso Dragão Chines sera abatido pela fome.Uma vez na historia deles tiveram uma catastrofe de fome que morreu milhões e milhões de pessoas e escorpiões passaram a serem petiscos.O mesmo deve ter havido a milenios na America Central que levou a Astecas e Maias a comerem insetos e larvas.A China tem grandes areas de terras mas a grande maioria de seu territorio é inapropriada para um grande cultivo diversificado mesmo com grandes implementos de correções e fertilizações num sofisticado programa agronomo pois se fosse viavel o estariam fazendo.Ate mesmo na Africa para terem um ponto logistico estrategico de abastecimento requer um gigantesco projeto de correções e fertilizações variadas para se ter uma diversificação de alimentos,ou seja TA NA PISTA RASPUTIM…O sonho de consumo deles é as vastas terras ferteis Brasileiras.A China assim como a India são os maiores produtores de frutas do mundo mas a China não produz alimentos suficientes para seu astronomico povo.Em pensarmos que o Brasil utiliza somente 30% de suas terras ferteis para plantarmos imaginem quando dobrarmos para 60%a quantidade de generos que poderemos produzirmos.A China esta fadada a ter diversos pontos logisticos de abastecimento distantes do mercado consumidor o que em um conflito de grandes proporções seria impossivel manter essa linha de abastecimento e serviria eles para alimentarem as tropas dos outros rsrs rsrs A China em um evento belico de grandes proporções tem apenas uma unica chance de sair-se vitoriosa,um ataque massiço surpresa contra os EUA.Fora isso serão eternos resmungões a rosnarem e rosnarem e no fim de tudo buscarem acordos.Hoje apenas existem duas nações capazes de proporcionarem duas rações essenciais diarias para suas tropas e seus póvos,EUA e Brasil e mais ninguem.Parece besteira mas se não tem alimentos não tem quem aperte do botão do missel e nem quem pilote os caças.

  7. É ridiculo, os chineses não estão comprando terras na Argentina, e sim comprando a exclusividade da soja e com isso fazendo um investimento pesado, e não venham me dizer que o exercito chines vai invadir a America do Sul para tomar nossas terras, tenho mais receio daqueles que se dizem amigo e não compram e sim roubam.

  8. São muitas bocas para ser alimentadas,já os indianos darão as caras por aqui,afinal nos tornamos os celeiros de alimento e água para o mundo.
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    Devemos aproveitar aquilo que a mãe natureza nos deus com muita generosidade.

  9. Muito bom para a ARGENTINA, 1,5 em investimentos e 100mil empregos pelo arrendamento de terras inutilizadas por 20 anos. A rússia tem condições de manter duas refeições ou mais para suas tropas e população num conflito tranquilamente, faltou incluí-la.

  10. EUA e BRASIL serão as únicas SuperPotências do sXXI
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    Concordo com você Alexandre: a Rússia é um país rico, tem petróleo e outros minerais e não consome tanto porque não tem tanta população.
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    O que eu comentei faz tempo citando duas fontes, é o fato dos EUA e o Brasil serem os únicos com condições de se manter ou chegar a SUPER-POTÊNCIAS neste século XXI.
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    Nesse análise se conclui que o crescimento chinês será detido pelos americanos mediante o controle do acesso aos recursos naturais estrangeiros. Hoje todos festejamos o surgimento da China, mas pronto se verão as fraquezas principalmente o fator populacional.
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    Embora a China não tenha o sucesso esperado, e -contrariamente ao que falam- Taiwan continue ianque pelo restante do século, o Brasil tem que continuar apostando aos Brics, um dos grandes acertos do torneiro.

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