O diretor da Dassault Internacional do Brasil Jean-Marc Merialdo defendeu nesta quinta-feira a revisão da proposta entregue pela empresa francesa para participar da disputa para a venda de 36 aviões-caças ao Brasil.
Em audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado Merialdo afirmou que a atual condição econômica do Brasil é diferente de quando a proposta foi apresentada em 2009.
Na avaliação do diretor, essa medida vai permitir, por exemplo, rediscutir as taxas de juros do financiamento. “O Brasil melhorou, o que vai gerar possibilidade de melhores taxas de juros. Não podemos contar com o financiamento estabelecido dois anos atrás para combinar com a realidade de hoje.”
E completou: “Não é recomeçar do zero. A proposta permanece vigente, mas a partir do momento que o governo anunciar que vai entrar em negociações com um dos concorrentes, ele vai delinear no primeiro momento a parte técnica e na sequência o momento de tratar de financiamento”.
Na reunião, o representante da Dassault, responsável pelo caça Rafale, não respondeu aos questionamentos dos senadores sobre o preço do pacote que o Brasil está negociando.
Merialdo disse que ainda não conversou com o ministro Celso Amorim, que assumiu no mês passado a Defesa.
A concorrência era tratada pelo ex-ministro Nelson Jobim. Também participam da concorrência iniciada no governo Lula o F -18 Super Hornet da americana Boeing e o Gripen NG, da sueca Saab.
O diretor aproveitou para fazer lobby a favor do Rafale e sustentou que ele é o mais completo.
“Os militares são desenvolvidos uma missão principal. Ao contrario dos outros, o Rafale foi desenvolvido para cumprir todos os leques de missões de um avião de combate. Ele pode desempenhar combate a outros aviões, reconhecimento tático, combate ao solo, além de atuar em diversas condições climáticas.”
30 Comments