Pepe Escobar, Asia Times Online
Observando a Líbia devastada, num gabinete aconchegante recheado de televisões de plasma mais fininhas que panqueca, num palácio em Pyongyang, o Amado Líder da República Popular Democrática da Coreia, Kim Jong-il, balançava a cabeça, pensando no suplício do coronel Muammar Gaddafi.
“Grande tolo”, murmura o Amado Líder. Claro. Ele sabe que o Grande Gaddafi assinou virtualmente a própria sentença de morte, num dia em 2003, quando aceitou a sugestão daquela sua lamentável prole – arrogantemente europeizados –, para que cancelasse seu programa de armas de destruição em massa e quando, no mesmo ato, pôs o futuro de seu governo nas mãos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Sim. Saif al-Islam, Mutassim, Khamis e o resto do clã Gaddafi ainda não conheciam a diferença entre detonar em farra barra-pesadíssima em St. Tropez e ser detonado por Mirages e Rafales. O Grande Gaddafi, esteja onde estiver, em Sirte, no deserto central ou numa silenciosa caravana para a Argélia, com certeza os está amaldiçoando para toda a eternidade.
Gaddafi supunha que fosse parceiro da OTAN. Agora, a OTAN quer arrancar-lhe a cabeça. Que parceria é essa?
O monarca sunita ditador permanece no Bahrain; nada de bombas “humanitárias” sobre Manama, nada de recompensa por sua cabeça. O clube de ditadores da Casa de Saud permanece; nada de bombas “humanitárias” sobre Riad, Dubai ou Doha – nada de recompensa por aquelas cabeças coroadas apaixonadas pelo ocidente. Estão pegando bem leve até com o ditador sírio – pelo menos por enquanto.
Portanto, a pergunta, levantada por vários leitores de Asia Times Online, é inevitável: qual a linha vermelha crucial que Gaddafi transgrediu, transgressão que lhe valeu o cartão vermelho?
‘Revolução’ made in France
Há tantas linhas vermelhas transgredidas pelo Grande Gaddafi – e tantos cartões vermelhos – que a tela do computador acabaria tingida de vermelho sangue.
Comecemos pelo básico. É coisa dos franceses. Vale a pena repetir: a guerra na Líbia é guerra francesa. Os americanos nem chamam a guerra na Líbia, de guerra: é só “ação cinética”, ou coisa que o valha. O Conselho Nacional de Transição ‘rebelde’ é invenção francesa.
E, sim, sim – sobretudo é guerra do neonapoleônico presidente Nicolas Sarkozy. Sarkozy é o George Clooney do filme (coitado do Clooney). Todos os demais, de David das Arábias Cameron, ao ganhador do Prêmio Nobel da Paz e inventador emérito de guerras Barack Obama, são coadjuvantes.
Como o Asia Times Online noticiou, a guerra da Líbia começou em outubro de 2010, quando o chefe de protocolo de Gaddafi, Nuri Mesmari, desertou e voou para Paris. Ali foi contatado pela inteligência francesa e, para todas as finalidades práticas, construíram um coup d’état militar, envolvendo desertores na Cyrenaica.
Sarkô tem uma mala de motivos para desejar vingar-se do Grande Gaddafi.
Bancos franceses contaram-lhe que Gaddafi preparava-se para transferir seus bilhões de euros para bancos chineses. E Gaddafi não podia, de modo algum, servir de exemplo para outras nações ou fundos soberanos árabes.
Empresas francesas contaram a Sarkô que Gaddafi decidira não comprar aviões Rafale e não contratar franceses para construírem uma usina nuclear; preferia investir em serviços sociais.
A gigante francesa de energia Total queria fatia maior do bolo energético líbio – que estava sendo devorado, do lado europeu, pela italiana ENI, sobretudo porque o premiê Silvio “bunga bunga” Berlusconi, fã de carteirinha do Grande Gaddafi, já tinha acertado negócio complexo com Gaddafi.
Assim, o golpe militar foi aperfeiçoado em Paris, até dezembro; as primeiras manifestações populares na Cyrenaica em fevereiro – instigadas em larga medida pelos golpistas – foram capturadas. O filósofo da autopromoção Bernard Henri-Levy meteu num avião para Benghazi a sua camisa branca aberta no peito e foi encontrar-se com os “rebeldes”, de onde telefonou para Sarkozy e virtualmente ordenou que reconhecesse os tais “rebeldes”, já no início de março, como ‘governo legítimo’ (como se Sarkô carecesse de estímulos).
O Conselho Nacional de Transição foi inventado em Paris, mas a ONU também providenciou para inflá-lo como “legítimo” governo da Líbia. E a OTAN, que não tinha mandado da ONU para converter uma zona aérea de exclusão em bombardeio “humanitário” indiscriminado. Tudo isso culmina hoje no cerco da cidade de Sirte.
Os franceses e os britânicos redigiram o que viria a ser a Resolução n. 1.973 da ONU. Washington uniu-se alegremente ao convescote. O Departamento de Estado dos EUA combinou um negócio com a Casa de Saud, pelo qual os sauditas assegurariam um voto da Liga Árabe, como prelúdio à resolução da ONU; em troca, os sauditas seriam deixados em paz para reprimir qualquer protesto pró-democracia no Golfo Persa – o que os sauditas fizeram, com selvageria, no Bahrain.
O Conselho de Cooperação do Golfo (então convertido em Clube Contrarrevolucionário do Golfo) também tinha toneladas de razões para querer livrar-se de Gaddafi. Os sauditas adorarão acomodar um emirado amigo no norte da África, sobretudo se, simultaneamente, se livrarem da furiosa animosidade que separa Gaddafi e o rei Abdullah. Os Emirados querem novo local para investir e “desenvolver”. O Qatar, muito íntimo de Sarkô, queria fazer dinheiro – gerindo os novos negócios de venda de petróleo dos “legítimos” ‘rebeldes’.
A secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton pode até ser muito amiga da Casa de Saud ou dos al-Khalifas assassinos no Bahrain. Mas o Departamento de Estado também vergastou Gaddafi pesadamente por suas “políticas cada vez mais nacionalistas no setor energético”; e, também, por estar “libianizando” a economia.
O Grande Gaddafi, jogador esperto, deveria ter visto o escrito no muro. Desde que o primeiro-ministro Mohammad Mossadegh foi deposto essencialmente pela CIA no Irã em 1953, a regra é que ninguém se mete a antagonizar o Big Oil globalizado. Para nem falar de antagonizar o sistema financeiro/banqueiro internacional – promovendo ideias subversivas como usar a economia nacional em benefício da população local.
Quem seja pró-o-próprio-país é automaticamente inimigo dos que mandam – bancos ocidentais, megacorporações, “investidores” nebulosos à caça de lucrar com qualquer coisa que cada país produza.
Gaddafi não só atropelou todos esses limites como também tentou escapar do petrodólar: tentou vender à África a ideia de uma moeda unificada, o dinar de ouro (foi apoiado por muitos países africanos); investiu num projeto multibilionário – o Grande Rio Feito pelo Homem, uma rede de dutos que bombeiam água potável do deserto para a costa mediterrânea –, sem, para isso, ter de ajoelhar ante o altar do Banco Mundial; investiu em programas sociais nos países subsaharianos mais pobres; financiou o Banco da África, com o que tornou possível, para muitos países, também escapar das garras do Banco Mundial e, principalmente, do Fundo Monetário Internacional; financiou um sistema de telecomunicações para todo o continente africano, graças ao qual escapou das redes ocidentais de telecomunicações; e ofereceu aos líbios excelente padrão de vida. A lista dos pecados de Gaddafi é infinita.
Por que não telefono para Pyongyang
E há ainda o ângulo militar crucialmente importante do Pentágono/Africom/OTAN. Nenhum país africano quis receber uma base do Comando Africano (Africom) do Pentágono. O Africom foi inventado no governo George W Bush, como meio para controlar de perto a África e para combater, escondido, os avanços comerciais da China.
Dado que ninguém quis acolher o Africom na África, o Africom escolheu local super africano: Stuttgart, na Alemanha.
A tinta em que se escreveu a Resolução n. 1.973 ainda nem secara, e o Africom, de fato, já estava bombardeando a Líbia com mais de 150 Tomahawks – antes de o comando das operações ser transferido para a OTAN. Foi a primeira guerra africana do Africom, e prelúdio do que virá. Fixar uma base permanente na Líbia é negócio já praticamente resolvido – parte da militarização neocolonial, não só do norte da África mas de todo o continente.
A agenda da OTAN para dominar todo o Mediterrâneo e convertê-lo em lago da OTAN, é tão definida quando a agenda do Africom para converter-se em Robocop da África. Os únicos pontos difíceis eram a Líbia, a Síria e o Líbano – três países que não são membros da OTAN nem ligados à OTAN por qualquer tipo de “parceria”.
Para compreender o papel de Robocop global que a OTAN aspira a desempenhar – legitimado pela ONU –, basta prestar atenção à boca dura do secretário-geral da OTAN general Anders Fogh Rasmussen. Trípoli ainda estava sendo bombardeada, quando ele disse que “Quem não consiga manter tropas além das próprias fronteiras não terá influência internacional, e o vácuo será ocupado por potências emergentes que não necessariamente partilham nosso pensamento e nossos valores”.[1]
Portanto aí está, tudo dito. A OTAN é uma milícia high-tech ocidental para defender interesses dos EUA e de países europeus e isolar os BRICS emergentes e outros, e para manter curvados os “nativos”, sejam africanos ou asiáticos. O negócio fica mais fácil, porque a coisa está fantasiada de R2P – “responsabilidade de proteger”, não os civis, mas o saque subsequente.
Jogando contra todas essas forças, não surpreende que o Grande Gaddafi tenha recebido cartão vermelho, expulso do jogo para sempre.
Poucas horas antes de o Grande Gaddafi ter de começar a lutar pela própria vida, o Amado Líder bebericava champanhe russa com o presidente Dmitry Medvedev, trocando ideias sobre o gambito em curso no Oleodutostão. Lembrou, por acaso, que gostaria de conversar sobre seu arsenal nuclear ainda ativo.
Aí está o motivo pelo qual o Amado Líder sobe, enquanto o Grande Gaddafi despenca.
[1] Wall Street Journal, 24/8/2011, em http://online.wsj.com/article/SB10001424053111903461304576524503625829970.html
Execelente Artigo
Pra muitos que pensavao que foi por causa da LIBERDADE E
PAZ.Entendao o pq , ou Continue na Disney da Inlusao
OPS ops .Nao axo que BBC (BRITANICA) concorda com artigo mais tudo bem
🙂
psiu,psiu…fala bem baixinho que é para os chupa-cabras não escutarem….vamos produzir na encolha aquela w-87 que o nosso grande ciêntista Dalton Ellery Girão Barroso desvendou e que deixou os Yanks de cabelo em pé.
aproveita e fala baixinho para dona Dilma ejatar o fx-2 e fechar um largo acordo com os cossacos para um amplo sistema de defesa antiaérea que seja capaz de neutralizar os Tomahawks.e só pra finalizar aproveitem e digam para os “coçassacos” e $angue$$uga$ do congre$$o para mudarem a constituição para que a marinha opere caças em bases terrestres e comprem 36 SU-34.
ACORDA BRASIL!!!!!!!
o texto disse toda a verdade.
so espero que daqui pra frente,com tantos exemplos de paises fracos militarmenten sendo invadidos os nossos governantes deixem de serem imbecis e “pacifistas” e ACORDEM PRA VIDA!
Eu fui contra desde o início dessa operação.
Acho melhor a ditadura do Gadafi ao caos que deverá reinar.
Agora, uma coisa não tem como negar. O cara era um ditador da pior espécie, do tipo que acha que só ele e seus descendentes possuem o direito divino ou a capacidade intelectual de governar e o resto são apenas súditos debiloides e incompetentes.
Mas ainda prefiro ele ao que virá.
E também não adianta culpar as potências ocidentais não.
O texto é tendencioso e peca por achar que todos são inimputáveis e ingênuas marionetes nas mãos dos capitalistas.
Mentira! A culpa das desgraças que caem sobre cada povo em geral está no seio da própria comunidade e da ganância interna e do jogo de poder doméstico.
As potências capitalistas podem até colocar lenha na fogueira e caírem na carniça, mas não podemos ser hipócritas em ficar culpando banqueiros e tiro o “seu” da reta.
Dai a César o que é de César.
O tempo da inocência acabou!
mas tem uma coisa pessaol o IDH apesar de eu achar que ñ tem nada haver é + desenvolvido que o nosso,por tanto a qualidade de vida é melhor em alguns aspectos ex: quendo um casal casa recebe 50.000 dolares parece ñ me recordo qual é o moeda,outro ex: o governo investe em estudantes pra que estudem em paiese da europa, e é uma coisa que 3 semanas atraz falaram que iam fazer no BRASIL ou só em são paulo tb ñ me recordo, ñ sei quando é a taxa de imposto na libia mas mesmo assim tem muitas qualidades que nos ñ temos, apesar de viverem um uma ditadura o povo pare ter melhor condição,então vai a pergunta é melhor viver uma falsa democrcia ou um ditadura que vc tem saude educação, segurança de nivel alto???? bem acho que é melhor o povo se revoltar e pedir a democracia e qualidade de vida claro,mas quis jogar a ideia,mas pra mim e pra quase todos esta claro que é a otam é muito perversa, sendo que com seus ataques aereos já mataram muitos civis então.. e ai??? a desculpa dos ataques esra vendo feita do mesmo jeito mas por mãos diferentes , se alguem ]ñ gostar do que eu escrevi me perdoe mas é uma ideia que joguei flws … pessoal.
Acho que o Conselho Nacional de Transição líbio está fazendo a coisa certa para evitar uma guerra civil, o desarmamento da população civil de forma organizada, além de tudo me passou muita confiança os lideres desse conselho. Posso estar errado mais acredito que se o povo líbio aceitar esses como seus lideres, mesmo que seja por um curto período de tempo, eles terão triunfado.
Mais um texto a demonstrar a incrível frustração de Pepe Escobar com a queda de mais um dos seus tiranos preferidos…e como sempre o referido articulista não perde a chance de atacar os EUA e a Monarquia Saudita, demonstrando de forma inequívoca que sua pena encontra-se a serviço do fascismo islâmico iraniano e do totalitarismo chinês…
Bosco concordo em grande parte com vc,o Kadaffi era um tirano mas a coisa vai ficar pior sem ele,pois temos que analizar a situação da Líbia pelo aspecto Tribal,seria algo como se o brasil tivesse a Trido do Sudeste,do Sul,Nordeste,e essas tribos lutassem entre si,a coisa se não for resolvida dentro de no máximo 6 meses,vai começar a desandar o caldo,quanto ao texto há coisas meio loucas mas tb há alguns fatos que merecem ser destacados e muitas delas são verdadeiras,essa suposta CNT nada mais é que uma cria da frança,a BBC fez a reportagem sobre as armas achadas no deposito,e as armas francesas e inglesas distribuidas aos rebeldes,essa luta tem haver com lutas tribais,algo muito parecido com o Colonialismo Europeu de séculos atrás,todos nós sabemos que já há um desenho de uma nova guerra fria,e é algo comprenesível pois existe novas potencias surgindo e outras que estão decaindo e querem manter seu Status,me lembro de quando os emergentes era Japão,Estados Unidos e Alemanha que eram os emergentes de ontem,eu vejo algo parecido hoje,espero que não haja o mesmo quebra Pau,a China está comendo pelas beradas,o cerco é em recursos Minerais,a china dominando grandes reservas de recursos minerais pode controlar o crescimento das nações europeias e até dos E.U.A,já o Brasil é um país chave pois por enquanto a china depende do Brasil para alimentar seu povo com a nossa soja e do minerio para sua industria,o custo para obtenção dessas duas commotides é baixo eles só precisam comprar,não tem aquele custo de ficanciar guerras ou apoiar ditaduras,eu chamo isso de energia cara,se o Brasil hoje chegasse para os E.U.A e oferecesse uma parceiria energetica da qual eu defendo e pedisse para os E.U.A mantivesse o barril a um preço fixo de 100 doláres e que 40% de todo o petroleo fosse beneficiado aqui,eles aceitaria rindo,pois não teriam um custo de risco das fontes do oriente médio,o Brasil é sim um alvo em potencial num futuro próximo,por isso temos realmente que nos armarmos,RECURSOS muito do programa de Mísseis irianianos foi financiado a juros altos por bancos ocidentais,o dinheiro sujo das ditaduras e do trafico de drogas é altissimo em bancos ocidentais,veja o caso do Chavez 30 bilhoes em bancos europeus americanos,nesse ponto esse texto tem razão na parte dos bancos e em outros pontos na minha humilde visão.
Esse texto merece ser analisado com uma certa lupa.
parabens pelo texto é por ai mesmo ,agora é o brasil pegar esses exemplos e investir nas suas forças armadas porque voçes viram o cadafi adiantou o lado da africa mas quando precisou cade os irmaozinhos sumiu entao o brasil tem que se ligar que é só nós por nós mesmo.Os gringos nao iram usar mais a ideia de ditadura ou democracia no brasil eles iram falar de ecologia e povos indigenas . tomara que o brasil aprenda com os erros dos outros
Comentário do Coronel Fregapani , que não pode ser acusado de esquerdista ou “ressentido” (ex SNI, na época da ditadura).
———————————
Tudo indica estar no final a resistência da Líbia. Demorou muito; um país quase deserto sem indústrias, sem amigos na fronteira por onde pudessem receber armas e munições, dividido entre tribos e facções hostis, com rebeldes armados e treinados pelas melhores Forças Especiais e bombardeado continuamente pelas mais poderosas Forças Aéreas do mundo sem a menor possibilidade de revidar, julgamos que durou muito.
.
Agora é esperar a prisão, um julgamento de mentirinha, o enforcamento e a ocupação por forças da ONU/OTAN sob o título de Força de Paz..
.
Estes tristes episódios podem servir de alerta a países detentores de matérias primas, em especial petróleo ou outros recursos naturais escassos. Primeiro foi o Iraque, sob o pretexto de possuir armas de destruição em massa, sem contar o Afeganistão e agora a Líbia, sob a desculpa de proteção à população civil. Acredita-se que a próxima seja a Síria, não pelo petróleo, mas por ser o caminho para o Irã, que seria o objetivo principal.
Na continuação do mesmo artigo, o Coronel Fregapani cita:
…………………….
O texto abaixo, “ Algumas das razões do ataque à Líbia” foi baseado em artigo do Dr. Adriano Benayon.
.
.
1) Kadafi converteu em ouro os dólares das reservas líbias, colocou-o a salvo de banqueiros estadunidenses e propôs realizar transações internacionais através de moeda própria, a ser criada regionalmente na África, acentuando a não aceitação do dólar;
.
2) ter a Líbia sido considerada presa fácil do ponto de vista militar, e que as divisões tribais facilitariam o êxito uma subversão financiada, apoiada por tropas especiais da OTAN. Não contavam que houvesse grande resistência.
.
3) ter Kadafi incentivado o ataque ao fazer concessões pensando em aliviar pressões. Isso acentuou a fraqueza da vítima, como aconteceu também no caso do Iraque.
.
4) Ser um bom ponto de partida para guerra mais ampla, como solução da crise financeira e válvula de escape, face a insatisfação interna.
.
5) testar a China e a Rússia vendo se poderão avançar sem risco.
.
6) privilegiar as companhias do cartel anglo-americano e afastar as chinesas, russas e indianas e até brasileiras,do petróleo líbio.
.
7) No caso da França, foi facilitar a privatização das águas do projeto “Grande Rio” em benefício da companhia Suez e outras francesas.
.
8) É sob o impacto de tantas e tão contundentes demonstrações de indecência, que se aproxima o décimo aniversário, em 11 de setembro, de outra conspiração criminosa: a implosão, planejada por eles mesmos,das Torres Gêmeas de Nova York, para, junto com outras mentiras, aterrorizar as pessoas e condicioná-las a ver os “islâmicos” como inimigos e causadores do terror.
…………………
* – Adriano Benayon é Doutor em Economia, talvez o mais lúcido deles. É Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”, editora Escrituras.
.
E mail: abenayon@brturbo.com.br
.
Conclusão
.
Grandes acontecimentos nos aguardam. O mundo está em véspera de uma escalada guerreira. Não vamos dispor da bomba em tempo necessário, mas se nos prepararmos para uma guerrilha, sem fim, seremos respeitados e poderemos negociar em posição de força.
.
Que Deus guarde a todos nós
.
Gelio Fregapani
como eu disse latrocidas = ladrões que matam para roubar, vale qualquer desculpa para os latrocidas a de hoje na libia foi proteger os civis de seu proprio dinheiro, ha e enquanto ao sr Gadafi bonga bonga o seu amigão silvio enfiou o seu bonga bonga no orificio inferior a seco, como diz a canção dos mamonas assassinas Ui como doi! que sirve de lição para o gigante adormecido, acorda e rapito enquanto ha tempo. um abraço amigos
HMS TIRELESS, você é ALERDADO das idéias???? Ou é só um simpatizante lambe-botas dos PIRATAS de Miami???
E agora eles vão pagar o preço por isso, vão poder escolher a marca, ou seja, vão viver sobre a graça do capitalismo yankee! VIVA! Pobre povo líbio!
E pensar que muitos criticava o Brasil por não ter entrado no bonde do mal.
.
Más também serve de alerta para o Brasil,com o seu pré-sal,amazônia;visto que no congresso nacional,os especuladores imobiliário já deram o seu preço aos gafanhotos do Norte.
.
TE CUIDA MEU BRASIL! ,corre o risco de ser uma dessas bola-da-vez.
.
OBS:
.
Já estou temeroso com esse acordo entre o Brasil com o Sarkosi,eu não imagina que o cara era tão “fuleiro”.
E uns babacas brasileiros ainda assinaram acordo de não produção de artefatos de destruição em massa.
Deveriam por na forca! Estes sabotadores.
Pepe Escobar explicou o que aconteceu na Líbia, que serve de lição para todos os demais países.
O HMS TIRELESS e tal de Dandolo são legitimos trolls, em todos os tópicos eles causam uma polêmica ao tentar defender o indefensável.
O Brasil não é bobo quando se opoe a essas operações militares do Clube do Norte.. Sabe que por traz da farça de impor a democracia a esses paises tem sempre interesses obscuros por traz.
China, India e Russia se armando até os dentes e Brasil aqui na sua velha burocracia… sempre atrasado…
Acorda Brasil, quando acabar o Petrolio será a vez da Água doce.. e isso nós temos muito… Qual será o pretexto para invasão do brasil.. Proteger a Amazonia ???
Só o futuro dirá….
Abs
Enquanto isso nos corredores do Pentágono e da OTAN: Vamos ver Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria?Quem sabe.. , Irã? (Não esse aí tem “Bomba” vamos ficar só gritando de longe mesmo..). Vamos ver onde mais tem petróleo desprotegido? Ahhh sim; Brasil! Na costa do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. E olha que beleza, eles tem muito ferro, urânio, nióbio, etc e ainda tem a maior reserva de água doce do mundo..Hehe são uns bundões que só pensam em futebol,carnaval, bunda e festa…E se acham suuuperrr aliados da gente..kkkkkkkk. ACORDA BRASIL!!!!
.
> Ou faz logo essa Bomba W87 ou em 10 ou 15 anos vamos perder parte do território e ter grande sofrimento para nosso povo. Acabou a época das conversinhas e mundinho colorido! País desarmado ou abaixa as calças; ou é invadido e estuprado na marra!! Nem força aérea nós temos…é brincadeira esse governo.
So uma mente, maquiavelica como o maquiavel teria total conhecimento sobre isso pensar exclusivamente na guerra, pois sem armas não há como se defender é se não há como se defender não há como se protejer então somos vulneraveis, a medida que ficamos desarmados somos pressas faceis para os lobos, pais forte é bem armado mais soberano é protegido ele é!!!( Adolfo Hitler)
“HMS TIRELESS, você é ALERDADO das idéias???? Ou é só um simpatizante lambe-botas dos PIRATAS de Miami???”
.
Alerdado das idéias é você eu caro esquerdalha! Tanto o é que é incapaz de ler um texto sem senso crítico para perceber a extrema parcialidade de Pepe Escobar!
Pq se desarmou, desfez seu projeto nuclear é se achou o tal, então se fritou,só isso,sds.
os marxistas de tudo mundo sempre tiveram um grande amor pela França, talvez por isso o autor não entenda que a França foi empurrada a participar pelos EUA, que a França não passa de um pião dos EUA como Israel.
.
O autor chega a concluir que não é uma guerra dos EUA, kkk, que é uma guerra da França, rsrs.
.
Mais esquisito ainda é o cara esquecer o apoio de fato(abstenção e depois declarações sem importância) da China e da Russia à invasão da Líbia.
Se o regime Líbio era tão bom, por que a mãe Russia o entregou aos americanos?
.
Ou não era tão bom como o presenta o autor, ou o autor está ocultando o ok russo.
Não é a primeira vez que critico essa omissão do autor aqui no blog, o cara insiste em ser omisso a respeito da abstenção russa.
.
França e Alemanha não são países independentes, eles estão sob o guarda-chuva americano. Na Europa os EUA fazem o que nem fazem nos EUA, os europeus ficam caladinhos.
Os europeístas não gostam disso, mas é assim.
———
O autor AGORA critica que Kadaffi não tem BOMBA ATÓMICA, que seja sério que diga quando ele tomou posição ao respeito, porque falar agora é fácil.
O mesmo acontece no Brasil, de ser invadidos, milhares de “intelectuais” vão dizer que precisávamos da BOMBA, mas hoje esses “intelectuais” calam.
Milton Brás Cabral, interessante seus argumentos, mas não é tão simples assim não, a Europa (e a França) não é um simples pau mandato dos EUA, eles são sim aliados deste o fim da SGM para combater um inimigo em comum (ou muitos atualmente. Nesse ponto a França, e a Europa, tem sim muitos interesses na Líbia, os EUA está em dois atoleiros no Iraque e no Afeganistão (mais um para os EUA seria o FIM). A França tem muitos mais interesses na Líbia do que os EUA, tem muita coisa por debaixo do panos que o Sarko não quer explicar, sem falar que o Sarko tem a intenção de fortalecer a França a faze-la voltar aos velhos tempos de país colonizador.
Enquanto a Rússia, acho que a questão não é se o regime de Kadaffi é bom ou ruim (era ditadura, então era ruim), a questão é que se não atrapalha os interseres da OTAN/EUA, Rússia, China, etc. não importa se era ruim. A Rússia, assim como EUA/China/Europa, não tem condições de falar quem é ruim ou bom, a Rússia e a China simplesmente venderam a Líbia para a OTAN em troca de algo que ainda não foi esclarecido, simples, seja lá o que for.
Se já não bastasse a percepção que todos os países do Terceiro Mundo são peões dos EUA, agora também a França.
Todos ingênuos e inimputáveis à mando do Grande Satã do Norte, sempre onipresente, onisciente e onipotente.
É muito confortável essa postura.
Somos todos vítimas indefesas, marionetes, nas mãos do único mal encarnado sobre a Terra que é o Tio Sam.
Todos somos bonzinhos e ingênuos.
Tá bom!!!
Os americanos na invasão ao Iraque usaram Europa como se fosse território americano, eu já avisei, tem pessoal que gostaria ver Europa como foi a França do deGaulle.
Europa continental não tem futuro, está de joelhos perante ao poder americano.
É claro que a Europa tem interesses na Líbia, mas caro Paulo olha as declarações dos americanos, elas falam claramente dos reclamos do tio Sam, da omissão dos europeus nos seus “deveres”,kkk.
.
Iraque Afg etc, não são atoleiros, a política americana é a destruição de outros países, então, é simplesmente a execução de uma política planejada.
.
Não dou opinião sobre se era ruim o regime Kadafi, quem fala isso é o autor da nota, um cara que nunca contribue com nada novo.
O cara pode ser marxista e contribuir, mas neste caso (e na grande maioria dos marxistas) não é assim.
.
“A França tem muitos mais interesses na Líbia do que os EUA”, isso não quer dizer que a França tenha uma política própria, simplesmente foi o que obrigou aos americanos a exigir dos franceses se ocupar do asunto.
.
A Rússia vende suas abstenções.
.
Caro Bosco não sou antiamericano, acho que os americanos serão nossos aliados [*] durante grande parte deste século, mas a verdade está á vista, eles[**] são o problema da humanidade.
.
[*]se progredimos militarmente, porque se não seremos um México da vida.
[**]em segundo lugar vêm os chineses, pela cobiça, por serem viciados em dólares rsrs.
Pepe Escobar é um cara que precisa estar mais presente no site, jornalistas com opiniões são raros no sec.XXI, parabens ao editor do site!
ONU OTAN CS EUA são siglas que visam somente o controle mundial e concordo que o porblem do Kaddaf foi a sua prole europenizada.
Pagaram com a vida por isso tamben.