Prêmios Nobel vão pesquisar no Brasil

http://static.freepik.com/fotos-gratis/quimica-laboratorio-tubos-de-ensaio-na-mao-maos_3315480.jpgPor Alexandre Gonçalves

Dois ganhadores do prêmio Nobel de Química serão os primeiros pesquisadores de prestígio internacional a ingressar no Programa Ciência Sem Fronteiras do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A israelense Ada Yonath – premiada em 2009 – e o suíço Kurt Wüthrich – laureado em 2002 – deverão passar um trimestre por ano, ao longo dos próximos três anos, em um laboratório do País.

“Queremos tornar nossa ciência mais internacional”, afirma o ministro Aloizio Mercadante. Os pesquisadores receberão R$ 14 mil como remuneração para cada trimestre que permanecerem no Brasil. Além disso, terão direito a uma verba de R$ 87 mil para equipar o laboratório que ocuparão em alguma instituição de pesquisa no País. Também poderão trazer um pós-doutorando estrangeiro para o Brasil e levar um pós-doutorando brasileiro para trabalhar em seus laboratórios no exterior.

Ada, do Instituto de Pesquisa Weizmann, de Israel, reconhecida por suas pesquisas sobre a estrutura do ribossomo, deverá trabalhar na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e no Laboratório Nacional de Luz Síncroton, vinculado ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM/MCTI).

Wüthrich desenvolveu um método para determinar a estrutura tridimensional de proteínas utilizando ressonância magnética nuclear. O cientista deverá colaborar com estudos na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Cerca de 360 pesquisadores de alto nível do exterior terão bolsas do Programa Ciência Sem Fronteiras, até 2014. “Queremos atrair cientistas de ponta para que façam estudos em temas de nosso interesse. Além disso, por meio do programa, queremos repatriar nossos cientistas que estão lá for[NO EXTERIOR]a”, afirma o ministro.

O programa também inclui bolsas de estudos para graduação no exterior na modalidade sanduíche – um ano em outro País durante a faculdade. Na terça-feira, foram anunciadas as primeiras 2 mil bolsas.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pretende oferecer 35 mil bolsas até 2014. Informações sobre o programa podem ser obtidas no site cienciasemfronteiras.cnpq.br.

Fonte: Estadão

8 Comentários

  1. Uma ideia simples, barata e creio que muito eficaz.
    O Brasil devia ter feito isso quando da queda da URSS, e trazido algumas centenas de pesquisadores de lá.
    Mas antes tarde do que nunca.

  2. Quando aqui cheguei aos EUA para estudar em 76 a grande maioria dos estudantes de engenharia eram Venezuelanos e todos os paises arabes encheram as universidades americanas de estudantes. Quase sem excessao estudavam engenharia.
    Com a alta do Petroleo naquela epoca do primeiro choque, logo de cara os governos destes paises decobriram que nao tinham mao de obra especializada na industria petroleira e petroquimica. O Brasil tinha 2 ou 3 estudantes esparramados aqui e ali mais nada. Nao vim aqui com bolsa de ninguen mas bolso de familia mesmo.
    Essa visao interna do Brasil jogou o pais ao atraso na decada de 80 e 90 e somente agora estao abrindo os olhos.

  3. Parabéns ao MCT, estou gostando das iniciativas. Essas bolsas além de baratas tem retorno incalculável para o desenvolvimento do País.

  4. Edson, tem uma vidente pegando carona no seu site, Gabriela do inferno, ve-se da pra despachar essa filha das trevas. Ela já detonou um computador meu, olha o meu pedido com atenção e livra o pessoal aqui deste incômodo. Desde já te agradeço.

  5. Tem uma historinha curiosa, que eu gostaria de expor e evidencia o que o país tem que aprender com estas culturas de prêmios nobel, apesar do potencial brasileiro. Se encaixando com o que o grande Dandolo expõe algumas vezes.

    Um cientista brasileiro uma vez foi para os EUA, MIT fazer suas pesquisas de doutorado. Não mencionarei a universidade de origem. Chegando lá o mesmo expos que ficou surpreso com os laboratórios! de lá. Dizendo que na sua universidade de origem os laboratórios eram muito mais avançados! Depois disto o cientista americano respondeu: Quantos prêmios nobel vocês tem? Quantos nós temos? Então nosso laboratório é melhor. Conclusão: Mesmo o povo brasileiro sendo criativo. A conduta das pesquisas não forçam-os a “se virar”, mesmo com recursos excassos. Isto está mudando! Mas falta muito ainda! Aliar a teoria à prática em qualquer ambiente que seja.

Comentários não permitidos.