Exército americano usa carro-robô no Afeganistão

Ainda que os carros que se dirigem sozinhos não estejam prontos para andar pelas ruas, eles já são vistos como uma opção interessante para uso no campo de batalha. O exército americano está despachando quatro desses veículos robóticos para o Afeganistão, num primeiro teste do gênero numa zona de conflito.

Fabricado pela Lockheed Martin, o Squad Mission Support System (SMSS), que será usado pelo exército, é um veículo de transporte com 3,4 metros de comprimento. Ele é capaz de carregar meia tonelada de carga. Servirá para abastecimento de tropas, transporte de feridos e movimentação de cargas em geral. Também vai funcionar como gerador de energia, recarregando baterias de equipamentos usados pelos militares. Um dos objetivos é aliviar o peso transportado pelos soldados, que passa, com frequência, de 45 quilos.

O SMSS pode ser controlado de quatro maneiras. A primeira é o carro simplesmente seguir um soldado que anda à sua frente. Segundo a Lockheed Martin, isso é feito sem que o militar precise transportar um transmissor de rádio ativo – algo que poderia denunciar sua localização ao inimigo. Para isso, o carro-robô possui sensores que captam uma imagem tridimensional do soldado, mantendo-o em foco. O veículo também pode ser teleguiado ou dirigido manualmente. Pode, ainda, seguir uma trilha previamente programada usando o GPS.

Por enquanto, o SMSS opera desarmado. Aparentemente, na avaliação dos militares, ainda não chegou a hora de confiar num robô portando armas. Mas essa hora vai chegar. A visão de longo prazo da Lockheed Martin inclui modelos armados, que já estão em desenvolvimento. Para que sejam aprovados para uso prático, a empresa trabalha no aperfeiçoamento de sistemas de vigilância e reconhecimento de alvos. Afinal, um robô atirando nas pessoas erradas seria a materialização dos piores pesadelos sobre essas máquinas.

Fonte: Exame

14 Comentários

  1. Um assunto fora de tópico , mas nem tanto, é que os EUA pretende reduzir ou mesmo prescindir do GPS antes da metade da década.
    Sistemas de navegação inercial de alta precisão, com capacidade de rivalizar ou mesmo sobrepujar a precisão do sistema GPS baseado na constelação de satélites NAVSTAR, estão sendo desenvolvidos.
    Os mesmos são baseados em tecnologia quântica, usando átomos ultracongelados que apresentam características que possibilita que alterações mínimas de posição sejam registradas pelo uso de interferômetros.

  2. Skynet is born.
    Ainda confiamos nos Vants armados porque ainda os controlamos.
    Parece que o “bichinho” ai acima e muito autonomo para estar portando uma M-4.
    Na selva ja era.

  3. .
    .
    Eu vi o documentário a respeito desse carrinhos uns 2-3 anos atras, é mais coisa de automação para a logística, esses ai não são para combate, mas são ainda muito importantes!
    .

  4. “Skynet is born”… esse é o meu medo, caro Nelore… esse dia, sim, pode chegar e nos supreender a todos… podemos estar abrindo a caixa de pandora… saudações…

  5. @Bosco
    Gostaria de saber onde você consegue essas informações para aprender também.
    Muito interessante a técnica.
    PS. Não vale dizer que foi na internet blz?

  6. Felipe,
    Hoje em dia não tem como não ser na internet.
    Esse comentário que eu citei sobre o desenvolvimento de sistemas inerciais de alta precisão está disponível no site da DARPA.
    É porque eu me interesso por muitos assuntos ligados à tecnologia bélica, aeroespacial, etc, e uma informação puxa outra.
    Existem muito boas fontes de informação na internet que não são os lugares comuns mais visitados e que contêm muita informação. É só procurar.
    Um abraço.

  7. Gente, desculpem a minha ignorância mas, quase toda a totalidade das forças americanas é baseadas em UAV’s, robos de transporte, miras que necessitam de baterias, visão noturna, termica, e é capaz do soldado americano carregar mais bateria que armamamento. Toda essa capacidade não pode ser perdida se for lançado um EMP ( que frita eletronicos, acho que este é o nome) no campo de batalha? Respondam-me essa duvida que me atormenta faz tempo.

  8. Porque para mim, parece ser irracional uma força toda equipada de aparatos de ultima tecnologia ser barrada por um EMP, A não ser que um dispositivo desse seja caro o bastante ou ineficiente em larga escala o bastante para justificar o risco

  9. Brasil,
    A constatação de que é fácil se proteger dos efeitos EMP fez até as forças armadas americanas deixar de investir em armas geradoras de EMP e HPM, pelo menos como prioridade, sendo melhor investir na forma de blindar contra esses mesmos pulsos.
    Mesmo que os “gadgets” de um soldado sejam neutralizadas, o fuzil, a faca, a granada, a pistola, o binóculo, etc, continuariam a funcionar.
    A alta tecnologia que envolve um soldado funciona como multiplicador de força, mas ele subsiste sem ela.
    Por outro lado, o uso de armas nucleares somente para gerar um EMP é questionado como prático, já que elevaria a escala de um conflito a níveis fora do controle.
    Usar armas geradoras de EMP convencionais seria um risco, porque um exército não pode confiar no efeito de uma armas dessas, onde não há como quem lançou averiguar se houve sucesso e se houve, qual a porcentagem de sucesso.
    Bombas EMP convencionais devem existir, notadamente nos EUA, e há quem afirme que já foi usada, mas só é interessante de se usar de forma estratégica, contra uma cidade por exemplo, ou contra um complexo industrial, porto, etc.
    Jamais seria usada taticamente contra um exército em movimento, ou se for, pode se mostrar ineficaz.

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