O Exército de Israel prepara-se para um possível confronto armado com a Síria em setembro, informou nesta quinta-feira (11) o diário israelense Haaretz.
Segundo o Haaretz, a atual tensão na Síria, com protestos populares que o Exército reprime com violência há cinco meses, pode levar Assad a buscar um enfrentamento fronteiriço para distrair a atenção interna e as críticas internacionais.
A IDF (Força de Defesa de Israel, na sigla em inglês) informaram que se, em setembro, palestinos da Síria tentarem entrar no território ocupado por Israel nas Colinas de Golã (norte), o presidente sírio, Bashar al Assad, pode enviar tropas à região.
No domingo (7), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, afirmou que o governo israelense deveria romper todas as relações com a ANP (Autoridade Nacional Palestina). Segundo o jornal Haaretz, ele disse que os palestinos planejam “um derramamento de sangue sem precedentes” para setembro.
A Autoridade Palestina está aumentando seus esforços para denunciar judicialmente oficiais israelenses na Corte Internacional de Justiça, em Haia. Vou pedir a ruptura de todas as relações: envolvendo funcionários do Tesouro, a Autoridade de Água e o Ministério das Relações Exteriores
O Exército israelense treina para a possibilidade de grandes protestos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental no próximo mês. Os militares israelenses se preparam para usar principalmente armas não letais de controle de massas, e consideram que, se houver violência na Cisjordânia, não será necessário enviar tanques, uma vez que já não existem as redes terroristas e as armas que havia na região durante a Segunda Intifada.
O Exército também considera a possibilidade de confrontos nas fronteiras com o Líbano e a faixa de Gaza.
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