UFC produz radar com Estados Unidos

Projeto da antena (Foto: Antoninho Perri)

Sugestão: Wi

Chefe de pesquisas da Força Aérea Americana, Brett Pokines, visita laboratório da Universidade Federal

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Publicado em 6 de agosto de 2011
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Locem está produzindo um novo radar, de nova geometria, que pode suportar altas temperaturas

A parceria entre o Laboratório de Telecomunicações e Ciência e Engenharia de Materiais (Locem), da Universidade Federal do Ceará (UFC), e a Força Aérea Americana (Usaf) vem rendendo pesquisas importantes na área de tecnologia de micro-ondas. Devido aos grandes resultados o chefe de pesquisas da Usaf, Brett Pokines, visitou, ontem, as instalações da Universidade e anunciou a renovação do contrato da parceria por mais três anos.
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Durante a visita, Pokines proferiu palestra, no auditório do Locem, sobre as atividades do Departamento da Usaf para Pesquisa Científica e também apresentou as principais linhas de pesquisa que interessam a Força Aérea Americana.
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Além disso, ele, como responsável pelas pesquisas da Usaf, procurou saber sobre o andamento dos trabalhos realizados em parceria com a UFC. “Nosso objetivo é financiar grandes ideias, mesmo que sejam fora dos Estados Unidos”, disse.
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Pokines destacou os excelentes resultados obtidos nos seis anos de pesquisas em parceria com o Locem, pois até agora todos as metas foram alcançadas. “Já fechamos muitos desenvolvimentos. Agora, nosso objetivo é finalizar um grande projeto”, explicou.
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Para o coordenador e pesquisador do Locem, Antonio Sergio Bezerra Sombra, a visita do chefe de pesquisas da Usaf é importante pois eles podem acompanhar de perto as formas de trabalho dos americanos. “A renovação do contrato demonstra que o nosso trabalho está sendo muito bem feito”.
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Hoje, a principal pesquisa feita pela parceria é a continuação de um radar com nova geometria, que poderá acompanhar alvos e será para uso das forças armadas.
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Segundo o coordenador e pesquisador do Locem, o radar com nova geometria pode suportar altas temperaturas, pois é feita com cerâmica e por isso é perfeito para ser utilizado em foguetes, diferente dos radares feitos de metal. “Aqui no laboratório, nós fabricamos, testamos e também fornecemos as antenas”, comentou.
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O Locem é o único local no Brasil a fabricar esse tipo de cerâmica. Ao todo, um grupo de 35 estudantes de Doutorado e Mestrado fazem as pesquisas de criação do novo tipo de radar.
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Complementando a matéria
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Os pesquisadores que desenvolveram a antena, dispositivo complexo e fundamental do radar Saber M60, são do grupo do professor Hugo Enrique Hernández Figueroa, do Departamento de Microondas e Óptica (DMO) da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC).
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O professor acrescenta que o projeto da Orbisat já envolve grupos de pesquisa de outras instituições, como na fabricação de filtros com o uso de materiais desenvolvidos pelo grupo do professor Sérgio Sombra, da Universidade Federal do Ceará. “São cerâmicas de alta permissividade e baixas perdas que permitem a miniaturização de alguns dispositivos, além de serem materiais extremamente estratégicos em termos comerciais e com várias vantagens tecnológicas”.
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Salvação – O engenheiro João Moreira afirma que filtros produzidos com esta cerâmica representam uma solução de vida ou morte para a empresa. “Nós compramos filtros dos Estados Unidos, mas eles proíbem sua utilização para fins de defesa. Concordaram em nos fornecer para fins experimentais, mas deverão suspender a autorização para exportação no futuro próximo, quando nossos radares forem produzidos em escala”.
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A cerâmica do Ceará, acrescenta Moreira, apresenta uma perda de 15% a 20% no sinal, quando na americana ela chega a 50%, o que implica diretamente na potência do transmissor. “Vamos conseguir um filtro leve, muito melhor e duas ordens de grandeza mais barato: a caixa de filtros importados custa 30 mil reais e podemos obtê-la por 300 ou 400 reais”.
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O professor Hugo Figueroa adianta que o seu departamento e a Orbisat mantêm conversações para que a parceria se estenda à divisão de engenharia de eletrônica de consumo. “Podemos encontrar soluções nacionais também para este setor.”

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Fonte: Unicamp

17 Comentários

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    Será que existe alguma clausula de segredo da UFC com a USAF sobre esse radar, será que o Brasil vai poder fabricar livremente esse radar ou a patente dele além de secreta será restrita?
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    Bem… é uma universidade publica federal, sob hierarquia direta do Ministério da Educação, então espero que o Brasil possa sim ter acesso à essa tecnologia desenvolvida aqui mas financiada pelos Yankees, vamos ver.
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    Uma boa coisa desde que possamos usar também essa tecnologia desenvolvida por aqui… que não fique no sistema: Pagamos – Levamos!
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    Valeu!

  2. Mt bom, ótimo, é isso aí, congratulações,e td essas coisas; mas, pq ainda ñ temos um monte de radares embarcados e em dirigiveis p ajudar na vigilância na r.norte do país, nacional e até em 3 D? P Ontem.

  3. Mesmo com todos problemas e descasos em meio a este povo existem milhares de genios e pessoas comprometidas com o futuro Nacional.

  4. Também gostaria de saber como fica esta questão das patentes, más uma coisa é certa:
    “Projetos estratégicos como este, deveriam ter financiamento nacional prioritário, tanto governamental, como de investidores privados . Porque capacidade e inventividade os pesquisadores tem, sempre o que falta em países sem visão de futuro é o financiamento…”
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    “Pelo menos vamos usar o nióbio nacional em uma utilização nacional de alta tecnologia, ele entra neste tipo de cerâmica supercondutora da antena deste radar”
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    De toda maneira, além da USAF, o LOCEM (Laboratório de Telecomunicações e Ciência e Engenharia de Materiais- Departamento de Física – UFC) tem parcerias com o Exército Brasileiro, IAE , CTA e com empresas privadas nacionais, como a ORBISAT (agora da Embraer) e de outros países.
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  5. “Este ‘Dr. Brett Pokines’ já veio varias vezes ao Brasil, em julho ele estava no Porto Digital da UFPE, conhecendo os projetos, inclusive proferindo palestras muito concorridas, ele é o responsavel pelo SOARD (southern office of aeroespace research and development), orgão gerencial e principalmente de FINANCIAMENTO do AFSR (air force scientific research), cuja missão é servir de elo de ligação entre a USAF (United states air force) com as comunidades de ciências aeroespaciais, cybertecnologia e engenharia nas Americas do Sul e Central, com o apoio sinérgico ao AFRL (air force reseach laboratory – USAF Academy – Colorado), tocando programas multinacionais, em parcerias abertas e de risco.”
    (Comentário no site do Nassif)
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    O mercado de tecnologia é canibal, programas como este da USAF mostram esta face , um garimpar ao redor do globo por cérebros e pesquisas em que tenham interesse, financiar estes cérebros e pesquisas e depois colher os frutos e patentes…

  6. Tecnologia nacional dando um banho na americana! Creio que a USAF deva ter algum poder para impedir a exportação desta tecnologia, mas não vão poder impedir no uso aqui no Brasil para as nossas forças armadas!

  7. PQP, pelo que entendir os FDP, veem aqui ver nossos progressos é ainda diz, que so fornece filtros para nos somente para pesquisa, é nosso material local chega de 10 a 20% da americana, é como manda o lobo vigiar as ovelhas todo nosso progresso tecnologico é supervisionado é ainda é restrengido isso é ipugnidade a fronta a nosso soberania tecnologica devemos obter nossas tecnologia para o povo brasileiro é não um expeculador vim aqui é diz que viu progresso em nossos pesquisas vc ainda verão os gringos restrigindo nossas tecnologias assim como eles nos boicotam quando usamos seus materias para fins militares.
    http://www.youtube.com/watch?v=GURWeWJsyR8

  8. O mais importante de tudo, será que a UFC está patenteando suas descobertas ? será que alguns pesquisadores formarão uma indústria ou empresa de alta técnologia para fabricação e venda desses produtos ?
    com a resposta o reitor da UFC !

  9. Darth Sidious, é pra quem pode! Veja o que investem em tecnologia e pesquisa e veja o que nós investimos durante a história. É coisa de compromisso nacional deles. Igual os japoneses, no que tange às baterias elétricas para veículos.. o governo do japão decidiu vencer os coreanos e chineses nisto agora de uma vez por todas. Uniu nada mais nada menos que empresas concorrentes do ramo no país, em pró de troca de informações e pesquisas conjuntas, afim de pela a coletividade, todos ganharem! mais do que antes, já que abririam para o mundo! os seus mercados como as melhores baterias elétricas do mundo para carros elétricos. Já estão conseguindo fazer baterias com eletrodos de 2 mícrons! de espessura, muito mais leves, e que podem injetar energia rápida como se fosse um carro esporte movido a combustivel.

  10. Quando fazia física na UFC,havia muitos trabalhos para a força aérea americana,bem como para o inpe.
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    O grande foco dos laboratório da UFC,em física é eletrônica e filmes para energia solar.
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    Contudo há muito que melhorar em termo de material,pois o humano é excelente,embora as greves que são todo ano estraga os estudos e as pesquisas,afinal estamos falando de uma Universidade Federal.
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    Imaginem se as nossas faculdades fossem levada a sério pelos governantes do meu amado Brasil?

  11. Saudações Lucena, pelo que percebo vc é Cearense, estão de parabéns, fico feliz com o desenvolvimento tecnológico observado no Nordeste, já temos centros de referência mundial em robótica no Rio Grande do Norte, informática e computação em Pernambuco e Paraiba, Física em Alagoas e Neurologia na Bahia, sem contar o Maranhão com o centro de lançamento de Alcantara, é o nordeste contribuindo com o desenvolvimento brasileiro. Abcs.

  12. colega Alexandre,quem está de parabéns é todos nós brasileiros;dos quatro quantos desse imenso Brasil; contribuindo com a nossa sofrida e aguerrida sociedade para ter um futuro gloriosos,pois nós todos brasileiros, merecemos.
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    abraços.

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