Deficiências no motor e no radar tiraram o MiG-35 do MMRCA

MiG-35 – Fulcrum-F na classificação OTAN

O desempenho pífio do motor e do radar foram decisivos para que o MiG-35 não fosse selecionado para short-list do MMRCA (concorrência da Força Aérea Indiana para a aquisição de novas aeronaves).

As revelações estão contidas em um feedback da Índia para empresa estatal russa responsáveis pelas exportações de armas do país, a Rosboronexport.

O radar do MiG-35, o Zhuk-MAE, um radar de varredura eletrônica ativa (AESA por sua sigla em inglês), fabricado pela empresa russa Phazotron, falhou em atender as exigência da Força Aérea Indiana de rastrear múltiplos objetivos. O motor Klimov RD-33KM, por sua vez, também ficou muito aquém dos critérios estabelecidos pela Força Aérea Indiana.

Em coletiva de imprensa em 03 de agosto, Vladimir Barkovsky, chefe do centro de engenharia da MiG, disse: “A Klimov e a d Chernyshev (fabricantes de motores russas) informou (à Índia) longamente sobre as suas capacidades e intenções de melhoramento de sua oferta, mas infelizmente seus argumentos não foram levados em conta.”

O curioso é que o mesmo motor RD-33KM atendeu os requisitos da Marinha Indiana e os poderosos MiG-29K/KUB estão sendo entregues para serem colocados no serviço ativo.

Barkovsky também defendeu o radar AESA Zhuk-MAE dizendo que em face da adaptação do protótipo do radar no caça MiG-35, o radar não atendeu as exigência da Força Aérea Indiana, especificamente em matéria de alcance.

Barkovsky disse: “Nós dissemos à comissão do concurso que essa unidade em particular (o radar) era experimental e que no futuro iremos fazer um radar com uma antena maior (capaz de ser usar a longa distância).”

Barkovsky também lembrou que o Eurofighter Typhoon ainda esta para ser equipado com um radar AESA.

“Enquanto os russos demonstram seu radar trabalhando e montado em um verdadeiro caça, a Eurofighter demonstra seu radar em um helicóptero”, disse Barkovsky.

Segundo Barkovsky, o resultado positivo na concorrência indiana fez com os russos realizassem um esforço muito grande no desenvolvimento do radar o que surpreendeu a todos, inclusive os próprios russos.

A MiG vai continuar o projeto do MiG-35, lembrou ele, e irá olhar para novos clientes.

Fonte: O Informante


19 Comentários

  1. A MIG deveria parar de insistir com esse projeto e partir para um caça furtivo, de porte menor que o PAKFA. Caças de 4.5ª geração estão com os dias contados.

    []’s

  2. Os indianos dizem que nao é tao bom e os russos bons vendedores dizem que nao é bem assim…más mesmo tendo deficiencias que se existirem concerteza seram sanadas o MIG-35 será uma caça fantastico a altura do Su-35 e outros.
    Quem dera o Brasil com uns 50 MIG-35.

  3. Eu sempre olhei o nome MIG como simbolo de excelencia e qualidade, fico me perguntando se o q ocorreu foi uma amostra de baixa qualidade ou outra coisa, a famosa teoria da conspiração…Sds.

  4. O que leva a crê que o MiG-35 seja bom quando comparado com o Mirage-2000, F-16 e outros caças de sua geração, mas não bom o suficiente para competir com EF-2000 ou o Rafale. Digo isso porque o MiG-29 será modernizado na Índia o que prova seu valor, -avião esse que pode vim a contar com boa parte dos recursos dos Mig-35.
    É para muito russofobico repensar suas teorias, me lembro claramente que muitos diziam que esse avião era superior ou equivalente ao Rafale e ao EF-2000 e no final das contas não é não.
    sds

  5. Espera aí!

    Antes de discutir sobre caças, devemos saber a gerações desses. O MiG-35 é um caça de 4,5ª geração, assim como o Rafale, o Typhoon e o Su-35BM. Portanto, ele está uma ‘meia geração’ acima de F-16, Mirage 2000 e Cia.

    Pra que a Mikoyan iria partir para um caça de quinta geração, sendo que a empresa está passando por um momento de dificuldades e está sendo quase que sempre preterida pela Sukhoi? Duvido que a Rússia tenha dois caças de quinta geração de empresas destinada em curto/médio prazo.

    É válido salientar que a Mikoyan tem um projeto de caça de quinta geração. Esse projeto rivalizou com o projeto do T-50 para o PAK-FA, esqueceram?

    A Rússia ainda engatinha no âmbito dos radares AESA, é compreensível essa deficiência, mas o que não é admissível é que um civil diga que esse problema seja facilmente contornado.

  6. Muito bem feito pros chu, de p*** do equipamento russo! Falando que eles sao a maior maravilindeza do mundo e blah blah… Chuuupa!

  7. Panzertruppe, os F18 foram tb desconsiderados por insuficiência técnica, ou seja , os chu, de p### do equipamento americano ficaram a ver navios tb.Agora, só para esclarecer um pouco, a India está participando do PAK-FA com a Rússia, militarmente falando a espinha dorsal das forças indianas são russas e francesas.

  8. Acho que estão confundindo um pouco MIG35 com SU35.
    Mesmo assim, parece-me existir uma incongruencia – se o MIG29 foi considerado bom, por que seu sucessor não o seria, apesar das melhorias. Será que o bureau MIG vacilou no up grade do MIG29 para MIG35?
    É uma pena, porque esse afastamento irá colocar um pouquinho mais de cal em cima da MIG, que já enfrenta grandes dificuldades.

    A short list ficou então com Thyphoon, Rafale e SU-35?
    Ou dá Rafale ou SU-35.

  9. .
    .
    Senhores, vamos devagar:
    .
    — Em janeiro de 2004, a Índia adquiriu por US$ 1,5 bilhões 12 MiG-29K (monoplace) e quatro MiG-29KUB (biplace, de treinamento), seu novo esquadrão de caças de nome “Black Panthers”, que serão utilizados no futuro porta-aviões indiano INS Vidramaditya, que na verdade é o antigo porta-aviões da União-Soviética Almirante Gorshkov, que está passando por um processo de atualização e modernização dos sistemas, no estaleiro de Sevmash, em Severodvinsk na Rússia.
    .
    Os primeiros MiG-29K/KUB entraram em serviço ativo na Marinha da Índia em fevereiro de 2010. Dois meses depois, o país decidiu aumentar a encomenda e adquiriu mais 29 MiG-29K, que serão entregues a partir de 2012.
    .
    Na realidade, a versão MiG-29K, é um derivado do MiG-29M, também denominado ‘Fulcrum C’, com radar e sistemas aviónicos mais recentes. Ele é bastante parecido, não diria igual, posto que é uma derivação naval, com a última versão conhecida do MiG-29, ou seja o MiG-29 ‘Fulcrum E’, também conhecido como — MiG-35, que na verdade se trata de uma nomenclatura russa para a versão de exportação.
    .
    E, como se já não fosse o suficiente, a Força Aérea da Índia entregou um contrato de US$ 900 milhões para a fabricante russa MiG para modernização de toda sua frota operacional de 69 caças Mig-29 Fulcrum.
    .
    A modernização inclui a instalação de novos avionicos, com o radar N-109 sendo substituído por um radar que é nada mais nada menos que, o — Phazatron Zhuk-MAE .
    .
    Em 2007, a Rússia também cedeu para a indiana Hindustan Aeronautics Limited (HAL) uma licença para fabricação de 120 motores que são nda mais nada menos qsue os –Klimov RD-33KM série 3 para a modernização.
    .
    As primeiras seis aeronaves foram modernizadas na Rússia enquanto as 63 remanescentes serão retrofitadas na unidade da HAL, na Índia.
    .
    Bem, diante destes fatos, sou obrigado a entender que os demais aparelhos desta disputa podem até terem sido preteridos por algum outro motivo também, mas o que os indianos buscavam mesmo desde o inicio, era os aparelhos de projetos mais recentes.
    .
    — A final, Vladimir Barkovsky, chefe do centro de engenharia da MiG, disse: “Nós dissemos à comissão do concurso que essa unidade em particular (o radar) era experimental e que no futuro iremos fazer um radar com uma antena maior (capaz de ser usar a longa distância)”.
    .
    Barkovsky também lembrou que o Eurofighter Typhoon ainda esta para ser equipado com um radar AESA.
    .
    “Enquanto os russos demonstram seu radar trabalhando e montado em um verdadeiro caça, a Eurofighter demonstra seu radar em um helicóptero”, disse Barkovsky.
    .
    Ou seja, tinha que apresentar uma justificativa para a desclassificação, aí mandaram essa, mas, decididamente este não é o real motivo.
    .
    Saudações,
    .
    Konner.

  10. Os caças de 4,5 G ainda vão voar e dominar os céus por um bom tempo, pelo menos até um de 5G ser efetivamente testado e aprovado, até então só temos cerca de 200 F22 produzidos e mesmo assim estão no chão, com uma desculpa ridícula de mau funcionamento do sistema de geração de oxigênio(manda o do F5 brasileiro pra eles), o F35 ainda não está funcional e cada vez mais caro e inviável, o PAK-FA e o chinês ainda não passaram de protótipos e o japones pior ainda. É importante dizer que a tecnologia de radares tb avança mais rápido que estes caças e que já são detectados com mais precisão, portanto, todo este investimento pode dar em nada com a evolução dos novos radares. Acho que o futuro da superioridade aérea estará nos novos radares e míssieis, mais baratos e mais furtivos em relação ao desenvolvimento de um caça.

  11. .
    .
    Alias a Índia vai modernizar os Próprios MIG-29 em breve, simplesmente porque os consideram validos para o campo de batalha!
    .
    Essa coisa ai do MMRCA foi somente pra tem mais uma variação na Força, sendo que a Índia não gosta de um fornecedor tendo preferencia em suas forças, por isso faz enorme variação!!
    .

  12. http://pt.scribd.com/doc/21520658/Mirage-2000-Vs-MiG-29-Rivals-from-the-same-team
    Interessante que no exercício aí o tiozinho claramente aponta o Mig-29 como superior ao Mirage 2000… e os custos de modernização do Mig-29 ficaram bem aquém do Mirage-2000…

    E por essa e por outras que eu fico com o pé atrás com os franceses… mas enfim, que venha o melhor para o Brasil!

    Se o Mig-35 é relativamente barato, os Mig-29 SMT então são pechinchas… resta saber se valem a pena hoje, já que os compradores preferem pagar mais pelos SU-30…

    []s

  13. Na verdade os russos ainda tem dificuldade para oferecer produtos com a mesma qualidade e eficiência dos ocidentais. O forte deles nessas concorrências geralmente é o preço mesmo.

  14. Bem, mesmo os F-22 e F-35 já estão inteligentemente sofrendo restrições (afinal qual seu custo-benefício?).

    Pois o futuro, complementando o comentário do Alexandre, além do domínio dos ares por radares e mísseis, ainda será de satélites e vants (q ainda tem muito espaço para avançar – os dispendiosos e frágeis pilotos de caças serão, para nossos filhos, lembrança do passado – porém claro que as forças aéreas terão q aceitar esse novo horizonte de cenário de guerra q já está batendo na porta).

    Pois a força G tolerada por um piloto vai torná-lo um alvo ridículo para um míssil ou vant-míssil robótico.

    Um único caça-robótico (6ºG) valerá por dezenas de caças de 4º e 5ºG.

    Espero q nossos brigadeiros estejam antenados… o verdadeiro futuro próximo dos novos vants.

    E isso sim galera é que seria um tapa com luva de pelica nos americanos, russos, chineses, suécos e franceses se o Brasil com a FAB-ITA-EMBRAER já desse início ao desenvolvimento de um míssel ou caça-robótico da 6ºG.

    O novo cenário das forças armadas (com menos soldados, marinheiros e pilotos) e de seus novos armamentos, não nucleares, daqui a trinta anos, não tem nada a ver com o q o séc 20 e início do 21 está acostumado e acha eficiente.

    E pelo jeito esses russos falastrões e seu idioma não universal se deram mal de novo.

  15. A Mikoyan está desenvolvendo um caça de 5ª geração, cuja denominação é LMFS.
    Inclusive acho que o MiG-35 seria um ótimo caça para nossa força aérea, principalmente se os russo fizerem as modificações, ditas nessa reportagem.

Comentários não permitidos.