Presidente da Eletronuclear diz que programa brasileiro não pode ficar "refém" de ONGs

Sugestão: Lucena

Governo descartou suspender usinas mesmo após o acidente nuclear de Fukushima, no Japão

Da Agência Brasil

O programa nuclear brasileiro passa por uma reavaliação, sem prazo de definição. O processo revisará custos, tecnologia e impacto ambiental das quatro usinas previstas para serem construídas no Nordeste até 2030, afirmou nesta quinta-feira (28) o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro.

– Avaliaremos tudo de acordo com as demandas sociais, sem ficar reféns de nenhum grupo [fazendo referência às ONGs ligadas ao meio ambiente].

O presidente da subsidiária descartou suspender o programa nuclear, como fizeram a Alemanha e a Itália, depois do acidente com a Usina Nuclear de Fukushima, no Japão. Na Itália, o programa foi rejeitado em plebiscito e na Alemanha, o governo decidiu desativar todas as usinas nucleares responsáveis por 26% da geração de energia naquele país até 2022.

– A revisão [do programa brasileiro] indicará que precisaremos de alguma coisa. A percentagem [de energia gerada por usinas nucleares] é pequena [3,19% da matriz energética], mas é a segunda fonte de energia no país. A contribuição é importante para o equilíbrio do sistema.

Pinheiro informou também que o edital de montagem da parte elétrica e mecânica da Usina Nuclear Angra 3 deve ser lançado para construtoras brasileiras na próxima semana. As obras incluirão itens que vão desde a instalação de tubulação no reator, excluindo a construção civil, e custarão cerca de R$ 2 bilhões.

O presidente da Eletronuclear disse que as obras da usina estão dentro do prazo previsto para estar concluída até março de 2012. Ele explicou que o edital previsto para 2010 sofreu atrasos devido à sobrecarga na área de contratações.

Fonte: R7

15 Comentários

  1. Tem de ter um estatutu federal pra essas ONGs atuarem no Brasil se não vai ficar essas farras das ONGs sempre…

  2. Isso mesmo mande essas ONGs para outro lugar bem longe de preferência um lugar supostamente quente com aroma de enxofre.
    O país tem que conseguir a energia elétrica que precisa antecipar o limite das hidroelétricas é uma das poucas coisas que demonstra alguma visão do governo.

  3. Amigos, um pais desenvolvido msm sem querer tende dominar todo o tipo de tecnologia. Mas nao podemos esquecer do planeta. Olhem o japao, e claroque aqui nao brasil nao da um desses, mas… Podemos por exemplo no nordeste fazer energia eolica que geraria muito tambem nao causando nenhum tipo de poluica, alem da visual e sonora. Ou porqual motivo tambem nao colocamos no mar, emcima de pequenas plataformas… So basta ter capacidade mental para pensar… Mas as nucleares tambem sao otimas e nao devem ser destruidas por ONG’s , mas e claro que temos que respeitar o planeta, nao e assim tambem

  4. Tema 1 – sobre competência
    É interessante que não importando o conteúdo do que é postado, sempre há os que concordam.
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    Possuo uma leitura um pouco mais crítica. Tecnocratas recebem altos salários e fazem o que reza a missa, não importando se seja botar fogo ao mundo.
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    O Brasil carece de competência em muitas áreas, basta apenas considerar o que acontece no programa espacial brasileiro, onde ainda hoje não conseguimos colocar em órbita qualquer artefato, embora países uma longa lista de países, incluindo alguns miseráveis e furrecas já o tenham feito. A lista compreende Ucrânia, Estados Unidos, países europeus, Rússia, China, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Japão, Paquistão, Irã, e Índia.
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    Acho que a decisão do uso de energia nuclear é algo seríssimo e deveria ser tomada em conjunto com a sociedade e não através de tecnocratas e políticos que atuam visando propinas de empresas fornecedoras.
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    Vale lembrar que o que recentemente ocorreu no Japão, onde o completo nuclear de Fukushima-Daiichi teve fusão parcial de núcleos, liberação de material radioativo na atmosfera, subsolo e oceano. Como resultado, uma área de exclusão de dezenas de quilômetros por décadas por vir.

    Tema 2 – sobre ONGs
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    Organização Não Governamental é uma pessoa jurídica formada por cidadãos visando um fim proveitoso, que pode ser social, educacional, ambiental, etc… Eu faço parte de uma ong que ao longo dos anos elaborou importantíssimos projetos ligados a meio ambiente e educação e que jamais receberam apoio governamental, pois quase todo o dinheiro público existe para ser desviado pela classe política, além do fato que projetos não são apoiados com o propósito explícito de evitar o empoderamento da sociedade civil.
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    Acho que os leitores necessitam sair do senso comum, aumentarem o seu espectro cultural e se tornarem mais críticos. A demonização das ongs é uma das estratégias mais comuns por parte daqueles que buscam auferir ganhos econômicos, às expensas do bem público. Neste caso, alguém vai ganhar muito dinheiro com a implantação das usinas nucleares, mas se houver algum desastre, o meio ambiente saudável torna-se história.
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    É comum também o discurso de que ongs entravam o desenvolvimento. – Que desenvolvimento? Desenvolvimento do quê e para quem? Será do Brasil que com toda sua riqueza possui uma das piores divisões de renda do mundo? Um país rico com milhões de miseráveis… Ongs, como parte da sociedade civil organizada, tem prestado um inestimável serviço ao Brasil, pois suas denúncias tem motivado a ação do Ministério Público, isso quando não se fazem representar diretamente junto aos tribunais.

  5. A opção pela energia nuclear é politica e estratégica, em um mundo sem lei, onde a ONU nunca teve real poder e agora para completar, não possui mais sequer credibilidade é cada um por si…
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    Basta ver as inumeráveis resoluções emitidas pela ONU sobre a questão israelo/palestina, que Israel jamais cumpriu, sem nenhuma consequência… E comparar com outras resoluções como a que foi emitida sobre a Líbia, que foi imediatamente implementada, pela força das armas!
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    É obrigação do governo tomar
    as medidas necessárias, que garantam as condições de manutenção da soberania do Brasil sobre seu próprio território no futuro.
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    Quanto as ONGs, sim existem as que são independentes e idôneas, o que não quer dizer que sirvam ao bem público ou que representem o mesmo…
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    Embora possam servir como forma de organização do poder civil , devem ser controladas para que não extrapolem suas funções, como o fazem algumas ( muito bem financiadas e organizadas), efetuando ingerências indevidas em questões de interesse estratégico nacional, servindo conscientemente ou não, de instrumento para grupos de interesses privados e governamentais estrangeiros.
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    Quando há interesse destes grupos, mobilizam a mídia, sobre a qual tem controle… e instrumentalizam a ação destas ONGs à favor dos seus objetivos.

  6. E falando em energia e ONGs espúrias, depois da batalha de Belo Monte, que começou a 30 anos! Lá no período do regime militar…
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    Agora é a vez da “Batalha do Tapajós”:
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    Depois de Belo Monte, a vez do complexo Tapajós na Amazônia
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    julho 27, 2011

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    É animador que, desatados os nós que entravavam o início das obras da Usina de Belo Monte, o governo já se concentre no setor elétrico na construção de quatro hidrelétricas projetadas para o rio Tapajós (Amazonas/Pará).
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    Para agilizar o empreendimento, nessa 3ª feira, o governo assinou norma enquadrando-o como projeto estratégico, de interesse público e estruturante, o que lhe confere caráter prioritário e facilidades em termos de licitação e implantação.
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    Com o enquadramento o governo espera concluir, o quanto antes, o lote de usinas que livra o país de problemas energéticos. As outras usinas estratégicas na Amazônia são: Belo Monte, no rio Xingu (PA); Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (RO); e Teles Pires, no rio Teles Pires (MT). Juntas, elas terão uma capacidade instalada de cerca de 25,6mil MW (megawatts).
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    Só o complexo do Tapajós com suas quatro usinas – São Luiz, Jatobá, Jardim do Ouro e Chacorão – terá potência instalada de mais de 6.000 MW (megawatts). A previsão de conclusão do complexo é para a partir de 2015.
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    A licitação do complexo do Tapajós – considerada como uma sequência natural da usina de Belo Monte – deve concluir o ciclo de concorrências relativas a grandes usinas hidrelétricas no país e dos vultosos empreendimentos do PAC.
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    Além dessas gigantes, o governo projeta construir usinas menores, auxiliares, que aproveitarão o linhão de transmissão entre os quatro núcleos produtores no Pará, Amazonas e Mato Grosso.
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    www*minutonoticias*com*br/depois-de-belo-monte-a-vez-do-complexo-tapajos-na-amazonia

  7. Wi, Valeu.
    Apoio as ONGs realmente idôneas. E estou inteiramente de acordo e compartilho os seus entendimentos quanto ao assunto.

  8. É só prender, interrogar td e qlq ONG’s q se oponha ao efetivo poder soberano do BRASIL, se Brasuca deve ser tbm interrogado e ele poderá recorrer a justiça p determinar quem está certo na demanda. Estrangeiros tem de ser presos e expulsos sumáriamente. P Ontem.

  9. Quando eu observo os passos que o Brasil vem dando para construir um VLT eu penso duas coisas:
    1) Tá demorando realmente.
    2) Mas os passos dados até aqui foram praticamente sozinhos, o que nos dá uma condição única quando atingirmos nosso objetivo, qual seja, dominio completo com tecnologia absolutamente nacional.
    Ao contrário, países como paquistão , coreia do norte, Irã e muitos da Europa, apesar de já terem seus lançadores, o fizeram com ajuda de terceiros, o que faz com que estejam um passo atrás. Vejam o caso do Irã, lançam satélites, mas não conseguem fazer um missil balistico que tenha precisão em seus alvos.

  10. A unica finalidade indispensavel destas usinas e´dar uma justificativa ao nosso programa nuclear,sem elas seria uma peleja para convenser os caras deque nosso programa e´pacifico,nossa matris energetica nao depende de fusao nuclear.(contei um segredo)

  11. Programa brasileiro não pode ficar “refém” de ONGs, em outras palavras, de interesses internacionais como o acordo adicional da TNP. Energia nuclear é interesse estratégico para o Brasil, não apenas para geração de energia mas para domínio da tecnologia atômica e seu consequente status frente a outras nações. Energia hidrelétrica e nuclear são conquistas muito importantes para que sejam abandondas por questões que não afetam nossa condição natural em mantê-las.

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