‘A Boeing é maior que as duas outras concorrentes juntas’, diz diretor

Flávia Salme, iG Rio de Janeiro

Fabricante americana diz que com a presidenta Dilma voltou a concorrer “em pé de igualdade” na disputa pelos caças

Diferentemente das concorrentes que participam da disputa pela venda dos 36 caças que irão renovar a frota da FAB – a sueca Saab e o consórcio francês Rafale Internacional – os americanos da Boeing não mantêm escritórios no Brasil nem fecharam parcerias com empresas e universidades brasileiras. Enquanto os rivais europeus selam acordos com empresários no interior de São Paulo e de Minas Gerias, os executivos da Boeing afirmam seguir na disputa com mais tranquilidade: “Os outros concorrentes não têm como alcançar o mesmo nível de qualidade que o nosso”, afirma Thomas C. DeWald, diretor regional da fabricante para América Latina.

A preferência declarada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao francês Rafale também não preocupa a empresa, afirma o americano. “Com a chegada da presidenta Dilma, e essa disposição dela de rever todos os processos, achamos que o jogo começou de novo. Está todo mundo competindo em pé de igualdade”, diz enquanto a decisão não sai.

Mas tanta “tranquilidade” não significa inércia. Diante das investidas rivais em busca do contrato para fornecer os caças ao programa F-X2, os executivos da empresa reagiram. Recentemente propôs à Embraer 100 mil horas de trabalho de engenharia em conjunto “para trabalhar a capacidade de desenvolver novas configurações e usos para o avião”.

Saiba mais sobre o que diz Thomas C. DeWald sobre a proposta do F-18 Super Hornet.

iG: Até o fim da gestão do ex-presidente Lula, o governo brasileiro manifestou predileção pelo caça francês Rafale. Porém, há informações de que no relatório da FAB, os militares brasileiros teriam afirmado preferir o sueco Gripen. Como a Boeing se vê nessa disputa?
Thomas C. DeWald:
Claramente, no final do governo Lula, havia inclinação para a escolha do Rafale, muito em decorrência da relação do Lula com o Sarcozy. Mas com a chegada da presidenta Dilma, e essa disposição dela de rever todos os processos, achamos que o jogo começou de novo. Está todo mundo competindo em pé de igualdade. Estou certo de que a proposta da Boeing é a mais consistente não só pela capacidade da própria Boeing e do F-18 Super Hornet, mas pela tecnologia e pelo valor econômico. Ampliar a capacidade de desenvolvimento na área aeroespacial é de muito interesse do governo brasileiro.

iG: Qual o diferencial do F-18 Super Hornet em relação aos outros dois concorrentes?
DeWald:
O Super Hornet sempre foi a melhor aeronave para o governo brasileiro, se considerar custo-benefício. A principal vantagem é que o Super Hornet é bastante conhecido e tem diversas experiências em situações de combate, além de grande capacidade de produção e manutenção. Além disso, conta com todo apoio e infraestrutura da própria Boeing, que é uma empresa maior que as outras duas concorrentes juntas. É um caça que tem muito mais unidades produzidas que os outros dois. E a capacidade operacional da Boeing é sempre ressaltada, especialmente se comparada aos dois concorrentes.

iG: O senhor afirma que a proposta do F-18 Super Hornet é melhor sobretudo pelo custo-benefício? Qual o valor de venda do caça e o custo de operação por hora de voo?
DeWald:
Preço de venda do caça é uma questão estratégica na competição. Tenho certeza de que a nossa proposta é a mais consistente e a melhor. O custo de operação do Super Hornet é de US$ 3.200 incluindo combustível e manutenção. É um custo bastante baixo. E é o único comprovado, não é estimativa. O Gripen sequer foi construído e o Rafale está experimentando situações de combate pela primeira vez agora, na Líbia. O F-18 tem milhares de horas de voo e milhares de unidades produzidas.

iG: Em relação à transferência e ao compartilhamento de tecnologia, a proposta americana é integral?
DeWald:
A transferência de tecnologia foi completamente aprovada pelo governo norte-americano, tem apoio do presidente Barack Obama, do Congresso e do Departamento de Defesa. Nós oferecemos à Embraer a possibilidade de fazer a montagem final no Brasil, além de uma série de transferências tecnológicas dentro da área de engenharia e montagem e manutenção. A Boeing também propôs à Embraer 100 mil horas de trabalho de engenharia em conjunto para trabalhar a capacidade de desenvolver novas configurações e usos para o avião. O Brasil é totalmente capaz de desenvolver novas características para esse.

iG: O consórcio Rafale afirma que tem o caça mais moderno nesta competição e os suecos defendem que o Gripen NG, que eles propõem desenvolver conjuntamente com o Brasil, será mais barato e melhor que os adversários. Como o senhor avalia as afirmações dos concorrentes?
DeWald:
Quando você olha para todo o pacote que a Boeing tem para oferecer ao governo brasileiro, inclusive na área de defesa, e, economicamente falando, os outros concorrentes não tem como alcançar o mesmo nível de qualidade. Se for analisar a avaliação de risco, o Super Hornet é comprovadamente o que mais foi testado e o que tem mais unidades produzidas. Os EUA vão usar essa aeronave até 2035, são pelo menos mais 20 anos de produção contínua de peças, que vai acompanhar o pacote que envolve o avião. Dependendo da demanda e de novas ameaças que possam vir a surgir, há espaço para inovações tecnológicas.

iG: O presidente Barack Obama visitou há pouco o Brasil. Houve algum indicativo sobre a decisão final da compra sobre o F-X2?
DeWald:
O governo tem nos dito que a decisão será tomada até o fim deste ano, mas não haverá pagamento até 2012. Encaramos essa fase atual como uma boa oportunidade para estreitar os laços com parceiros anteriores ao processo e para conhecer melhor o mercado brasileiro sua capacidade produtiva e de manutenção. Podem surgir oportunidades de parcerias. Há diversos contatos com universidades brasileiras, por meio de uma unidade chamada Boeing Research Tecnology (Boeing Pesquisa e Tecnologia). Há conversas bastante adiantadas na área de biocombustível.

Fonte: Último Segundo

24 Comentários

  1. Contos de Fadas da Boeing
    A transferência de tecnologia foi completamente aprovada pelo governo norte-americano, tem apoio do presidente Barack Obama, do Congresso e do Departamento de Defesa. Nós oferecemos
    ——————————————————–
    Ate que um senador la diga nao
    quanto o Dino ser melhor e mais testado ,Se for por ese criterio o Rafale deu um Show Na Libia com uma Aviacao que nem subiu da pista sem falar no Iron Eagle
    se Boeing conseguiu o trunfo dela em cima dos fracos e despreparados ok . mais isso nao siguinifica que eles sao os melhores
    se eles ganharem ,f x -2 o din din desa compra vai ser para ajudar fazer o jato de 6 geracao deles que vai ser pra uso deles
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    Os EUA vão usar essa aeronave até 2035, são pelo menos mais 20 anos
    ———————————————————-
    ok se o DINO F 18 e tao bom e vai dura tanto pra que entao os trouxas tao se mantado em fazer o F 35 JACALY
    se tao bom a sim
    no sense

  2. e Israel , Japao , UK .pq nunca poderao ter esa tecnologia?
    muito papo furado
    nem Turkia que faz o F 16 DINO tem esa liberdade eo Japao tbm
    MUITA MENTIRA pra manter a COLONIA
    quem acredita nisso vive na DISNEY DA INLUSAO COM PATETA E O DONALD PARCEIRO 🙂

  3. Entre os três, o único caça que realmente interessa ao Brasil é aquele que ajudar a suprir deficiências, os ‘gaps tecnológicos’que o Brasil tem , que impulsione a construção do futuro caça brasileiro.
    .
    E neste quesito, até pelo histórico estadunidense, como citou o KLM,
    a Boeing perde feio…

  4. Recentemente na LAAD os executivos americanos da Boeing responderam a uma pergunta de um jornalista que qualquer UPgrade feito no “Vovô” F-18 DEVERÁ ser feito nos EUA,NÃO dando a opção para nós de aproveitarmos nossa ótima parceria com os Israelenses.Sem contar a velha história de os mísseis Chilenos sob custódia numa base da USAF.
    Ou seja em qualquer emergência temos que pedir a Benção para o tio san.
    Esse caça virá gaga cego(radar “míope”) e sem dentes(mísseis).Simplemente patético.Eles só levarão esta concorrência no grito,assim como levarão o SIVAM.
    Não são confiáveis e ainda por cima jogão sujo.

  5. Temos que sair fora desses americanos ou estadunidenses!Fazer com eles o que fizeram com os alemães, tirar a tecnologia e dar uma banana pra eles!

  6. Alguns dados passados por esse diretor da Boeing, são extremamente imprecisos.

    US$3200 hora de voo?? HAHAHAHAHAHHA piada.

    Milhares de unidades produzidos? Em abril chegaram no 500, é um número expressivo, mas longe dos “milhares”

    Sobre o risco, tenho de concordar. Já é um caça amadurecido, e mais do que provado, com qualidades e defeitos. Se considerarmos apenas como uma compra de prateleira, talvez seja a melhor opção.

    Politicamente falando, os 3 são caças ocidentais e compartilham de equipamentos de origem ou fabricação americana.

    Portanto se o discurso for da “Independência duz Americanu” nenhum dos 3 sequer deveria ser considerado.

    Agora se entendermos que o mundo evoluiu, onde até a Russia faz parcerias com países da OTAN, não vejo tanto problema nessa questão.

    []’s

  7. Senhor Diretor da Boeing,não estamos preocupados com o tamanho da sua empresa ou se o Presidente Barack OBAMA nos deu a honra da sua presença,estamos preocupados com a transferencia de TT,se os senhores desejam vencer essa concorrencia aconselho a melhorar a proposta,principalmente na área de software,vcs vão ou não passar os CÓDIGOS FONTES DO SISTEMA,só isso,pelo menos pra mim o tamanho da sua empresa não é tão importante.

  8. Nisso eles estão certos e falando à verdade, só q ñ transferem tecnológia dos seus f18, e já são de meia idade , + novos q os n F5M..isso eu já sei…Melhor são os rafales q tem + possibilidade de crescerem e ficarem ainda bem melhor do q já são.Sds.

  9. A história ta aí pra quem quiser vê os EUA não são nem um pouco confiáveis, o pior foi aquela história de um chip rastreador dentro do F-16 da Turquia… quem imaginaria que eles chegariam a tanto, juro que eu não pensei que seriam tão atrevidos e safados.
    Aí vem um e outro e diz que somos anti-americanos, meu não dá, saiu outro dia uma ótima reportagem aqui no Plano Brasil dizendo que eles estavam relutantes em repassar os códigos fonte dos SH e agora vem com essa historinha. E quem se lembra da proposta dos mísseis AIM-120 onde nós pagávamos e eles ficavam com os mísseis para darem quando acharem conveniência, o SH até pode se um bom avião, mas quem agüenta tanta sacanagem?
    sds

  10. AJ,
    .
    este é um critério estabelecido pela END,
    como espectador de fora do processo, não sei dizer se o Gripen ou Rafale atendem aos requisitos de ToT, más pelo que posso perceber, me parece evidente que o F-18 Super Hornet não cumpre…
    .
    Espero que as autoridades competentes, militares e civis, não alterem e mantenham estes critérios e que também, não confundam produção sob licença com ToT…
    .
    Por mim , o correto seria que já em 1991, ano do primeiro vôo oficial do AMX, incorporado à FAB,no embalo tivesse sido dado a largada do desenvolvimento de um caça multirole 4G no Brasil.
    .
    Más isto são águas passadas e não vale a pena chorar o leite derramado, más aprender com os erros sim…

  11. carl94fn disse:
    28/07/2011 às 17:27
    vc falo tudo
    ————————————————————
    Ser Anti Americano no meu ver e Ser PATRIOTA

  12. É né ta todo mundo competindo de pé de igualdade né Mr.Chessburger rsrs rsrs Então saiba que ela disse aos Russos que nada estava decidido e isso refere-se inclusive a eles e que Medvedev saiu dando pulinhos gritinhos entre esquisofrenicos sorrisos a chapar na manguaça Vodka com Putin.

  13. Maluquinho vc resumiu bem,e em poucas palavras a sua frase demonstra tudo,deveria explicar o significado dessa frase a esse Diretor da Boeing….srssr.

  14. Enntaum ja que eles preferem de os rafales para a MB e EB e para a aFAB a m. do gripne que nao e uma me muiot bom rsrsrs

  15. Comentário Excuído
    E.M.Pinto

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  16. A Boeing fala muito,um dia que os EUA transferir tecnologia de ponta para o Brasil mudo meu nome! Se o F-18 ganhar e espero que não ganhe seria um tiro no pé! A FAB deveria fazer igual a Índia não depender de um só fornecedor. A FAB poderia substituir nossos três velhos caças por três novos caças seria dessa forma:

    RAFALE no lugar do M-2000
    GRIPEN NG no lugar do F-5EM
    SUKHOI SU-30/35 no lugar do A-1M
    numa quantidade de 40 unidades de cada caça.
    Sei que isso é um sonho inpossível mais não custa nada sonhar.

  17. Márcio se for o Sukhoi com Gripen já seria uma boa configuração, porem sabemos que aqui tudo é difícil e o EUA tem grande poder de persuação e barganha ainda.

  18. Também acho que seria muito bom um misto de caças, mas nada com o Gripen.
    Talvez Su-35 ou F-15 + Rafale ou EF-2000 (para uma qualidade extraordinária)
    Talvez Su-30 + F-16 (bom preço e uma força considerável)
    Talvez F-15 + J-10 (não seria ruim também)

    Acho que o ideal era ter dois caças de duas nações independentes para não ficar nas mãos de ninguém assim como faz a Índia e os Emirados Árabes Unidos entre outros que tem mais de um fornecedor, mas o Gripen não merece está disputando um lugar entre os caças futuros do Brasil se o negocio é preço existe o F-16 e o J-10 que são mais baratos se o negocio é desempenho o Rafale, EF-2000, Su-30/35 e o F-15 são estrategicamente superiores devido a sua autonomia e capacidade de carregar mais peso. Seja por qualidade ou preço o Gripen estaria fora de uma lista minha… (é só minha opinião, mas eu não dou as cartas e os fãs do Gripen não precisam ficar com raiva)
    sds

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