Processo de compra de caças completará 12 anos sem definição

Severino Motta, iG Brasília
Passados 11 anos, o governo ainda discute a compra dos caças, tendo como prazo mais próximo para uma nova definição o ano de 2012.

A ideia original era substituir a antiga frota de F-103 Mirage, que continua a ser usada em operações da Força Aérea Brasileira (FAB). A compra dos caças era parte do Programa de Fortalecimento do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, com orçamento da ordem de US$ 3,3 bilhões.

Hoje, passados onze anos, o governo ainda discute a compra dos caças, tendo como prazo mais próximo para uma nova definição o ano de 2012. Entre idas e vindas, o projeto agora se chama F-X2, prevê a compra de 36 aeronaves multiuso e tem custo entre R$ 10 bilhões e R$ 25 bilhões.

À medida que as cifras e o número de aviões subiu, cresceu também a competição entre os concorrentes. O favorito iniciante, a Rússia, perdeu espaço no páreo e ficou desclassificado perante os finalistas Dassault (da França), Saab (da Suécia) e Boeing (dos EUA).

Aliás, na Rússia, em 2002, FHC já dera o tom da disposição brasileira em comprar as aeronaves: “Nós não estamos com pressa para comprar aviões pois não há ameaça de guerra neste momento “, declarou a uma agência de notícias do país.

Anos mais tarde, a Dassault chegou a ser declarada vencedora pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conversa com o colega francês Nicolas Sarkozy. De novo, porém, não houve decisão final tomada formalmente.

No começo deste ano, era grande a expectativa de que Dilma Rousseff tomasse a decisão final sobre o caso, mas ela resolveu prorrogar qualquer nova decisão para 2012, tendo em vista a falta de clima para compras bilionárias em meio a um drástico corte de gastos do governo.

iG conversou com as três empresas finalistas nesse concorrência que se alonga por mais de uma década. Descobriu ironias, autoelogios e uma verdadeira guerra sendo travada entre as fabricantes de armas que tentam garantir a venda de suas aeronaves.

Fonte: Último Segundo

Rafale, Super Hornet e Gripen travam ‘guerra’ por venda de caças

Ironias, autoelogios e contratos paralelos são estratégias das fabricantes francesa, americana e sueca em busca de contrato bilionário com Brasil

Flávia Salme, iG Rio de Janeiro

O adiamento da decisão sobre os caças que vão reequipar a FAB (Força Aérea Brasileira) colocou as três fabricantes concorrentes em clima de vale-tudo. De ironias entre adversários a acordos antecipados com empresas brasileiras, as ações promovidas no “tempo de espera” mostram que franceses, americanos e suecos estão em “guerra” nesta disputa. Estima-se que a negociação do F-X2, programa brasileiro para a compra de 36 caças que deverão reforçar a frota da aviação de combate, movimente cifras entre R$ 10 bilhões e R$ 25 bilhões nos próximos 30 anos.

Se o governo brasileiro comprar caças prontos, o que é muito mais caro, estará fazendo um tipo de escambo”, dispara Bengt Janér, representante da sueca Saab. A empresa promete construir o Gripen NG (Nova Geração) em parceria com engenheiros da Embraer. “Estamos aumentando o alcance do caça em mais de 40%; vamos instalar novos armamentos, radares, sensores, computadores e softwares. E propomos fazer isso com a indústria brasileira”.

O F-18 (Super Hornet) e o Rafale têm capacidade operacionais parecidas, embora o Rafale leve pequena vantagem e seja mais moderno. O Gripen se compara ao nosso Mirage 2000, geração anterior de caças”, rebate Jean-Marc Merialdo, do consórcio francês. “Somos otimistas. O governo mudou, mas as propostas não mudaram. E, portanto, não mudou a avaliação que pode ser feita de cada uma delas”, gaba-se sobre a preferência ao Rafale anunciada pelo governo brasileiro até 2010.

A Boeing é uma empresa maior que as duas concorrentes juntas. Nosso preço é o mais baixo e o único comprovado. O Gripen sequer foi construído e o Rafale está experimentando situações de combate pela primeira vez agora (na Líbia)”, desdenha Thomas C. DeWald, da Boeing. “A capacidade operacional do Super Hornet é sempre ressaltada, especialmente se comparada aos dois concorrentes”, continua DeWald.

Corrida por fora

Com exceção dos americanos, os representantes do Rafale e do Gripen juram que não foram informados pelo governo brasileiro sobre o prazo para que a escolha seja anunciada. “O governo tem nos dito que a decisão será tomada até o fim deste ano, mas não haverá pagamento até 2012”, diz Thomas DeWald, antecipando-se aos rivais.

Embora mostre-se com informações privilegiadas sobre o certame, a empresa americana é a única que não possui escritório em Brasília e nem formalizou negociações paralelas com empresários brasileiros. “Aproveitamos esse período para conhecer melhor o mercado. Temos conversas bem adiantadas na área de biocombustíveis”, resume o executivo da Boeing.

Avant-garde nesta missão, franceses do consórcio Rafale (composto pela Dassault, Snecma e Thales) aproveitam o que chamam de “tempo livre” para investir junto ao empresariado brasileiro. Perguntado se a iniciativa pode garantir mais apoio à compra do Rafale, Jean-Marc Merialdo não vacila: “É possível”.

As negociações renderam até agora acordos com 42 empresas – sobretudo da região de São Bernardo do Campo (SP) –, que ganharam a garantia de serem fornecedoras do grupo caso o Rafale seja escolhido como o caça de combate da FAB.

“Aproveitamos a demora da decisão para promover uma série de seminários a fim de nos aproximar da indústria brasileira, principalmente a de menor porte”, acrescenta Merialdo. “Entre esses potenciais parceiros também destacamos as universidades e centros de treinamento, porque vamos dar apoio às nossas empresas com a formação de pessoal qualificado. Não que o Brasil não os tenha, mas a demanda é muito superior à existente.”

Em maio, a sueca Saab inaugurou o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro, também em São Bernardo. O investimento anunciado foi de R$ 50 milhões no prazo de 5 anos. Atualmente, o centro é gerido de forma independente e congrega empresas ligadas ao projeto sueco.

Já os franceses dizem que se o Rafale for eleito poderão aportar até R$ 13 bilhões no Brasil, “gerando atividades” junto às indústrias parceiras.

Fonte: Último Segundo


32 Comentários

  1. Que prato cheio para CHORAMINGÕES DE PLANTÃO HEIM rsrs rsrs Façamos um bolinho de massa bem leve porque a dor de barriga é extensa e constante rsrs rsrs A FRança ainda usa o Mirage 1.

  2. Senhor autor da materia deixe de ser tendencioso e então revele que o SU35 foi contigenciado e desclassificado por imposição Americana e que inclusive o Jobim pregava aos 4 ventos que os Russos não transfeririam nada e que muitos de voces andaram endossando tambem essas mentiras Midia afora sem falarmos no declarado Lobby pelo Rafale pelo MD-X9 Yankee e muitos de voces tambem e quando viram que melou rapidinho viraram suas buzanfas para o F18 rsrs rsrs rsrs rsrs Eita assim a fauna nacional agradece e as simpaticas e inocentes Antas não correm o risco de extinção rsrs rsrs

  3. Não olhei o infográfico, mas o autor incorreu num eero ao citar;
    “A ideia original era substituir a antiga frota de F-103 Mirage, que continua a ser usada em operações da Força Aérea Brasileira (FAB)”, pois os F103 já foram retirados, os mirages hoje em operação são os 2000 e que muito em breve também darão baixa.
    Sds
    E.M.Pinto

  4. depois de 12 anos de atraso povo asinar com a Boeing vai ser maior atraso da Hestoria da nossa aviacao ,thanks o nosso bravo Ministro Jobim se livramos do Jacaly ( f 35 ) que tao tentando empurra agora pros Indianos.Agora surge a Boeing querendo enrola pra ter din din da venda do DINO F 18 pra eles comesarem o projeto de 6 geracao pra uso deles
    . Eo povo ainda quer compra aviao a preco de Banana .Dassault e MELHOR OPICAO PRA GENTE HOJE
    Libia tai pra comprova eo IRON EAGLE muito mais ,alem da transferencia de tecnologia . perdeu esa ficamos na memsa VIDINHA DE COLONIA
    🙂

  5. Galera,não adianta chorar, o brasil nunca será potência militar ou muito menos nuclear.O brasil é por natureza submisso e servo nada vai mudar isso, além é claro uma revolta do povão,Os militares,juízes,politicos e a elite economica do país, se não forem exterminados nunca irá mudar. Agora vem livro branco defesa.
    O que é o Livro Branco de Defesa Nacional .VAMOS-LÁ

    O Livro Branco é um documento público, em forma de livro, que expõe a visão do governo sobre o tema da defesa, a ser apresentado à (comunidade nacional e internacional). O documento divulga e detalha a política e a estratégia de defesa do país, bem como os meios disponíveis e a articulação das Forças Armadas. O objetivo é constituir um instrumento gerador de confiança mútua entre os países, ao fazer uma apresentação transparente de temas sensíveis de segurança e defesa.
    OBS:comunidade nacional e internacional

  6. Vou ser otimista e acreditar que estes 12 anos foram gastos em nome de algo muito bom que ainda está por vir, por que senão …..

  7. Sabe aquela: “de mansinho vou comendo pelas beiradas”! Se não existe o ditado, acabei de inventar!O Fato é que isso de ser potência, deve ser consequência, não causa, firmada na qualidade do própro povo, não tão somente na econometria, devagarinho e sempre chegaremos lá!Não se pode alardear essa pretensão, senão as inimizades trarão obstáculos imensos, quase intransponivel!Como vizinho invejoso, sabem né? Mas essa de FX2 deixou de ser novela, virou paçoca ruim!Mas entrementes, poderemos ter uma surpressa boa o ano que vem, quem sabe?

  8. rickiz amigo por favor nao digas @, nao sabes o que fala muito menos o que escreve aqui. Voce nao sabe se temos bombas nucleares… No minimo ouve o que todos dizem e nao procura saber. uando descobrir me procure o diz o que soube…

    Quanto aos 12 anos e sim uma vergonha, ja poderiamos ter desenvolvidos os nossos, mas ja que nao fizemos, serve agora para 2012 a compra dos rafales, penso eu que 2012 seja um ano militarizado, onde se dara muito dinheiro a compra e investimento em armas. Tambem temos que ser espertos, por mim, nao precisamos de quase nd, so estas coisas por mim ja nos tornaria uma semi-potencia.

    A volta da producao e modernizacao do tanque de combate Osorio;

    Aceleramento da pesquisa e producao dos Submarinos Scorpene

    Pesquisa e producao de um proprio submarino.

    Compra do Rafale para a FAB e Eb, e a compra do Gripen da SAAB para a marinha.

    Investimento maior no blindado Guarani.

    Apenas estas sao capazes de nos tornar uma semi ou ate portenci, levando em consideracao o que o Sr. rickiz nao sabe, acredito que ja somos uma potencias. Vou mostrar a voces algumas coisas.

    Existe no interior de Sp, um centro de pesquisa um centro de pesquisa de aramar, la, seriam pesquisados nosso Submarino nuclear, ou so os testes de propulsao. E tambem nossa bomba nuclear. Como todos devem saber temos toda a tecnologia para fabricar a bomba nuclear. Olhe um pouco sobre ela:

    Conforme publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, “a arma nuclear estratégica principal do Brasil seria um artefato de 20 a 30 quilotons (quatro a seis vezes mais poderoso do que o usado em Hiroshima), feito
    com plutônio e lançado por um imenso míssil de 16 metros de altura, 40 toneladas de peso, classe MRBM (Medium Range Ballistic Missile), capaz de cobrir cerca de 3 mil quilômetros transportando uma ogiva de guerra de mais de uma tonelada. É a versão militar do VLS/Veículo Lançador de Satélite, que o Instituto de Atividades Espaciais, de São José dos Campos, prepara…”

    So isso ja mostra nosso potencial, depois ainda posso lhe informar novamente o que foi achado depois:

    Em fins de 1986, já no governo do presidente José Sarney, a imprensa novamente atacou publicando a descoberta de várias contas bancárias secretas do governo, assim como movimentações financeiras de altíssimos valores, sem registro de origem nem destino. Na mesma época, foi descoberto no sul do Pará uma base da Aeronáutica conhecida como Serra do Cachimbo, que continha perfurações de 320 metros de profundidade, revestidas de cimento, cuja finalidade nunca foi explicada de forma convincente pelos militares.Além de tudo isso, o Centro Tecnológico da Aeronáutica desenvolvia o projeto de um foguete brasileiro destinado, em princípio, a ser um veículo lançador de satélites, mas que poderia ser adaptado para carregar ogivas nucleares, partindo das já contruídas plataformas de lançamento de Natal e Alcântara.

    Bom… Parece que isso e so um pouco, e aviso, ja temos esta “arma” desde os tempos de 70 na guerra fria ainda.

  9. LUCAS tuas afirmações tem alicerce.Aviso aos navegantes ataquem a origem do descaso e do atraso Brasileiro que são os Deuses politicos que voces lambem os sacos babando seus ovos e saibam que aqueles que muitos detestam e atacam são os responsaveis que alicerçaram todo o nosso desenvolvimento industrial e tecnologico superando a tudo e a todos criando propria tecnologia que inclusive foi direcionada a area e industria civil enquanto seus Deuses politicos so degradam,vendem ou entregam de bandeja.Não subestimem a inteligencia militar Brasileira e nem a capacidade de nossos centros tecnicos.Eles trabalham ( NA SURDINA SEM ALARDE ) e agem por amor não condicionado ao Brasil e com verdadeiro patriotismo sem reconhecimento sem incentivos enquanto seus Deuses Politicos amam as riquesas do Brasil para rouba-las,para vende-las.Sorria ou alarme-se pode ter uma bomba atomica ou ate outra coisinha tambem tão estrondante guardada pertinho de voce e voce nem imagina e quando ela explodir pensaras que estas sendo arrebatado ao mais alto céu rsrs rsrs

  10. .
    .
    Não quero mais falar de FX2… mas no infográfico o alcance do F-18 não está errado???
    .
    Por todo lugar que so olha na internet ele perde autonomia devido ao grande arrasto e grande potencia das turbinas para compensar este arrasto…
    .
    Que vergonha o Gripen neste infográfico, e tinha gente falando da anemia do motor do Rafale, mas se você olha esse gráfico ai, uma única turbina do Rafale tem mais potencia que a do Gripen!
    .
    Valeu!

  11. Só tem uma palavra para definir esse atraso todo: VERGONHA

    PALHAÇADA. ABSURDO. IRRESPONSABILIDADE. MIOPIA. ATRASO. 3ºMUNDO. INCOMPETÊNCIA.

    Bom na verdade, existem muitas.

    []’s

  12. para o Brasil se tornar mais interessado no campo militar seria bom ele levar umas bofetadas na cara pra ver se acorda, semelhante a alguns paises que tem rivais, como china, taiwan, corei do sul dao importancia porque precisam desses meios e como FHC disse nao vamos ter guerra nao temos atrito bla bla entao daqui alguns anos a bomba da Venezuela explodi, mande seus T72modernizados e BMP3 e Su30 da uma surra na FAB, MB, EB ou algum outro estrangeiro entao o povo acorda.

  13. Tomara! Lucas. Dezenas de artefatos nucleares e armas desconhecidas. Um poder acima de toda esta jogatina política que só atrasa armas novas convencionais para as forças armadas. Enquanto isto, quantos bilhões sairão do país? E quantos sonhos serão destruídos?

  14. Com o adiamento o FX-2,saiu um pouco dos holofotes.Discretamente alguns parâmetros estão sendo analisados. Apesar das mil e tantas páginas do famoso relatório; a ordem é aprofundar os estudos em logistica e manutenção.Salvo fatores estranhos. O custo operacional poderá decidir o FX-2 ou a sua sorte.

  15. o lIVRO bRANCO NÉ RSRS RSRS E COM TUDO DETALHADINHO LA PARA NACIONAIS E EXTRANGEIROS ESMIUÇAREM A SEUS BEL PRAZERES NÉ RSRS RSRS cOMO VOCES SÃO TOLINHOS HEIM RSRS RSRS

  16. Eu já decidi – Vai ser o Gripen NG.

    Motivo: Caso entremos em guerra os nossos aeroportos serão devidamente destruidos. Os Suequinhos podem se esconder nas matas e utilizar as estradas como pista. Genial. Além disso, irão nos passar a tecnologia.
    Estão lembrados dos ingleses que destruiram a pista de voo dos argentinos nas Malvinas ? Avião sem pista não é nada.

  17. Para que Fx-2?
    .
    O que ninguém sabe é que nossos F-5 estão equipados com uma poderosa arma que foi enterrada com o fim da 2ª Guerra,regatada por avançadas pequisas em arqueologia, ciência e tecnologia, foi incorporada as bombas e misseis dos F5-M, tornando-os invencíveis:
    .
    www*youtube*com/watch?v=AZgQinsClLQ&NR=1
    .
    *Trocar asteriscos por ponto.

  18. na minha opiniao o brasil deveria compra os tres modelos,
    sendo 20 rafale 10 gripen e 6 f-18, estudar as 3 aeronaves e desenvolver uma nacional superior. abs.

  19. “Nós não estamos com pressa para comprar aviões pois não há ameaça de guerra neste momento“. Essa justificativa mostra a mentalidade do brasileiro em relação ao arsenal das forças armadas. Se depender de ameaça de guerra para adquirir equipamentos bélicos, ja será tarde demais. Graças a essa política de despreso ás FAs, a fragata Dodsworth (F 47) recebeu baixa com apenas 27 anos (mesma idade de cantores famosos que se foram).

  20. E aí Lucas vc foi muito feliz em seus comentários, existem , projetos ,testes , simulaçôes sendo feita pela a marinha que muitos de nós nem imaginamos !!!!

  21. Só vou acreditar qdo as mesmas forem apresentadas a nós o público q paga eles e td essas armas c n impostos. No + e conversda pra vaca dormir. Cadê o VLS? Os satélites geoestacionários?Os novos caças da FAB ?Os novos caças navalizados p a n MB? Mais 10 subs SSK’s convencionais e uns 30 lanchas rápidas de atake torpedeiras equipads c misseis + navios de superficie, serve os 26 destroyers Rússos souremenny ?!? São esses equipamentos q vão fazer um diferencial em n segurança.Podem ser td eles de origens Brasuca, melhor e significa + empregos aqui e de + maõs de obras especializadas.P Ontem.

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