Nasa retoma design de 1969 em substituta de ônibus espacial

Por MARIANA PASTORE

A Nasa finalmente anunciou o substituto de sua frota de ônibus espaciais, que será “aposentada” no dia 20 de julho, quando o Atlantis retorna à Terra.

O chamado MPCV (do inglês Multi-Purpose Crew Vehicle, ou Veículo Multifuncional Tripulado) é a nave do futuro da agência e a aposta para exploração além da órbita baixa da Terra.

No entanto, seu design é uma releitura da nave Apollo, que levou os primeiros homens à Lua em 1969, remetendo ao passado.

Ao contrário dos ônibus espaciais, que chegavam no máximo até o telescópio Hubble, a 600 km da superfície terrestre, o veículo fará viagens de exploração do espaço profundo, podendo chegar até a Marte, de acordo com Dan Huot, porta-voz da Nasa.

“O design externo é muito semelhante ao do Apollo, uma vez que sua cápsula é a melhor forma de reentrar na atmosfera da Terra em alta velocidade.”

O porta-voz explica que o interior aproveita os últimos 40 anos de avanços tecnológicos em aviação, computação, segurança e proteção térmica, e que os procedimentos de subida e reentrada serão dez vezes mais seguros do que nos ônibus espaciais.

Com um volume total de aproximadamente 20 metros cúbicos e área disponível para habitação de 9 metros cúbicos, o MPCV deverá ser lançado das bases atuais da agência e poderá pousar no oceano Pacífico, na costa do Estado da Califórnia.

“É muito maior do que o Apollo, com um diâmetro de cerca de 5 m -em comparação aos 3,65 m da nave que levou o homem à Lua”, afirmou Huot.

O MPCV carregará até quatro astronautas em viagens com autonomia de até 21 dias.

De acordo com a Nasa, os testes com o novo veículo já começaram. “Já está em fase de teste há algum tempo e continuará com voos em órbita não tripulados até 2013”, informou o porta-voz.

Um dos mais significativos ocorreu em maio, quando as funções do sistema de escape da tripulação durante o lançamento foram examinadas durante um voo real.

Mas os testes com tripulação em órbita não devem acontecer antes de 2016, segundo a agência espacial.

Após essa fase, as missões serão planejadas para 2019 ou 2020, mas ainda não há uma data definida para o MPCV entrar em operação.

A nave vai responder aos anseios do programa espacial dos Estados Unidos, que nesse intervalo de tempo vai depender de “caronas” da nave espacial russa Soyuz para levar e buscar os seus astronautas na ISS (Estação Espacial Internacional).

Mas por pouco tempo, segundo o porta-voz.

“No futuro, nosso principal transporte para a ISS e operações em órbita baixa terrestre será feito por meio de parceiros comerciais, que estão desenvolvendo seus próprios sistemas de lançamento e naves espaciais.”

Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: Folha de S.Paulo

11 Comentários

  1. Eles estão seguindo os passos dos russos que ainda estão com as naves soyuz deles, aliado ao fato de que vão utilizar uma tecnologia mais do experimentada e de sucesso, com custos menores que as naves resgatáveis!O problema americano não é de tecnolgia, como nós aqui sabemos, mas de reestruturação de custos; o Brasil como fizeram os Chineses deveria comprar a tecnologia russa de lançamento que resolveria nosso problema nesse departamento…

  2. Se o governo brasileiro fosse inteligente já teria adquirido essa tecnologia do projeto apolo que estão disponiveis nas bibliotecas das universidades americanas; mandem a ABIN lá, ou, os nossos estudantes de intercambio que se encontram por lá…

  3. É triste ver os Onibus Espaciais sendo susbtituídos por… cápsulas. Onde foi parar os X-33??? E o X-47???

    []’s

  4. Regivaldo disse:
    05/07/2011 às 15:23

    Eles estão seguindo os passos dos russos que ainda estão com as naves soyuz deles, aliado ao fato de que vão utilizar uma tecnologia mais do experimentada e de sucesso, com custos menores que as naves resgatáveis!O problema americano não é de tecnolgia, como nós aqui sabemos, mas de reestruturação de custos; o Brasil como fizeram os Chineses deveria comprar a tecnologia russa de lançamento que resolveria nosso problema nesse departamento…

    Bom raciocinio seu mas o brasil e ridiculo para pensar grande lembrese do circo fx2

  5. nao vejo como atraso, retrocesso, nada disso. e concordo com o regivaldo, é falta de saber como utilizar os bilhões. outra coisa, o onibus espacial simplesmente nao podia sair da orbita terrestre. o unico ponto q acho ruim desse mpcv — q é a sobra do programa constellation — é a pouca capacidade de carga da capsula. 4 astronautas é pouco demais. a apolo levava 3. a novo soyuz — ninguem sabe quando ficara pronto — levara 6. sem contar q outra vez, os usa nao colocaram um modulo orbital — a parte redonda da soyuz — na sua capsula. quanta cagada em nasa?
    abraços e sorte ao novo Apollo, digo, constelatiion, digo, sopa de letrinhas. rs

  6. Se os mesmo me apresentassem o veículo MCP anexo a uma nave como o ônibus espacial, eu diria q era um avanço, fora daí e o mt do mesmo antigo, estão caido na situação do BRASIL,e sem ninguém sabota-los.mt bom.

  7. Lockheed??? Superfaturado,atrasado, e cheio de problemas e ‘computer malfunctions”

    Space X faz melhor, mais barato e no tempo certo

  8. carlus argus, no começo de 2004 ate meiados de 2007 a russia projetou, fez um mock-up real, de uma nave com essas especificações q vc falou. s trata do kliper. pena a russia nao ter dinheiro. a nave é de uma simplicidade genial. [http://news.bbc.co.uk/2/hi/sci/tech/4286086.stm] e aq [http://www.russianspaceweb.com/kliper.html]. acho q para o espaço profundo o kliper teria de ser modificado, mas apenas acho. e nao, continuo achando q nao s trata de um retrocesso. abraços!

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