Brasil: Fora de órbita

http://www.concursospublicosonline.com/images/stories/Logo_Orgaos_Publicos/logomarca_orgaos_publicos_aeb_agencia_espacial_brasileira.pngRisco de terceirização e privatização do Programa Espacial Brasileiro ameaça a soberania nacional e completa quadro de desmonte do setor sofrido na década de 1990.

Por Tatiana Merlino

A condução do Programa Espacial Brasileiro está ameaçada de terceirização e privatização. Após duas décadas de esvaziamento dos órgãos ligados ao setor, com poucas contratações e salários defasados, agora o governo brasileiro vem estudando a inclusão do setor privado na execução e gerenciamento do programa espacial, hoje sob responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto de Aeronáutica e Espaço – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (IEA-DCTA).

O primeiro é vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia e encarregado de conceber satélites nacionais, enquanto o segundo, responsável pelos veículos lançadores, é subordinado ao Comando da Aeronáutica, do Ministério da Defesa.

Embora ainda não esteja definido oficialmente quais seriam as empresas e o papel desempenhado por elas, o Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) – documento que define as diretrizes do setor – está em fase de revisão pelo governo federal, e nele deve ser incluído a participação da indústria privada.

É isso que vem sendo sinalizado por Marco Antonio Raupp desde que assumiu a presidência da Agência Espacial Brasileira (AEB), em março deste ano. As decisões referentes ao Pnae, que é atualizado a cada cinco anos, serão incluídas no Plano Plurianual (PPA 2012-2015) – plano que estabelece as medidas, gastos e objetivos a serem seguidos pelo governo federal ao longo de um período de quatro anos.

Entre as mudanças que Raupp vem defendendo está a que permite que empresas possam ser prime contractors, exercendo a função integradora dos projetos de satélites e lançadores, hoje a cargo do Inpe e DCTA. Prime contractor ou main contractor são os nomes dados à instituição executora responsável pelo projeto da missão espacial, que pode ser um órgão público ou uma empresa privada.

“Ele [o prime contractor] faz a concepção, todos os planos de desenvolvimento e contrata a indústria para fazer aquilo que ele deseja, da maneira que ele deseja, fiscalizado da maneira que ele deseja”, explica Amauri Silva Montes, gerente de projeto do Inpe e há mais de 40 anos no instituto.

Empresa integradora

Em artigo, Raupp defendeu a constituição de “uma empresa integradora, capaz de fornecer sistemas espaciais completos (satélites, foguetes e sistemas de solo) que favoreça a organização de uma cadeia produtiva de fornecedores e serviços do setor espacial, orientada para os mercados interno e externo”. A ênfase à participação do setor privado não implicará, porém, em privatização do Inpe ou do CTA, declarou Raupp.

Defendeu, também, que a Embraer – fabricante de aviões privatizada durante o governo Itamar Franco – seja o main-contractor do programa espacial brasileiro, durante reunião realizada em São José dos Campos, em maio, com empresários do setor aeroespacial e a própria Embraer. A Caros Amigos procurou o presidente da AEB para comentar a possível privatização do programa espacial, mas, por meio de sua assessoria, Marco Antonio Raupp disse que não poderia dar entrevistas antes do final da revisão do Pnae, que está sendo realizada juntamente com o Ministério da Ciência e Tecnologia, que tem Aloizio Mercadante à frente da pasta.

No final de 2008, o governo brasileiro divulgou a sua Estratégia Nacional de Defesa. Entre outros pontos, o documento menciona “a reorganização da indústria nacional de defesa, para assegurar que o atendimento das necessidades de equipamentos das Forças Armadas apoie-se em tecnologias sob o domínio nacional”. No texto, o setor espacial aparece como ponto estratégico, com prioridades a serem seguidas. “Teremos uma estratégia de defesa nacional que incluirá a área espacial. Ainda não tive informações seguras, mas parece que vai haver uma quantidade grande de recursos na área de defesa”, diz Montes.

Fonte: CarosAmigos via Terra

14 Comentários

  1. Terceirizar o q ainda ñ deu certo, achando q será + barato e resolveremos os prolblemas c mt menos dinheiro? Realmente são mt “distraidos ” mentalmente falando….ñ são p serem levados a sérios. Pobre do meu país c esse “lideres”.Daqui a pouco uma empresa militar ianks, se apresenta p “gerir” o n programa espacial..falr + o quê? sds.

  2. Antes que as Dondoquinhas comecem a descabelarem-se lembre-se que dar de mão beijada é filosofia de sistema dessa REPUBLICA DE RATAZANAS.Lembram-se o Brail criou a Embraer para suprir a FAB.A Petrobras foi criada para termos o monopolio do nosso petroleo.E hoje o que essas empresas estatais se tornaram?Empresas de capital aberto com alto indice de acionarios extrangeiros.E nem citei a Vale né!O atual sistema Brasileiro alem de ineficaz e obsoleto é corrupto e prostituido.A titulo de viabilizarem loteiam e roubam.O setor Aeroespacial assim como o setor Atomico e tambem o setor de defesa esse ultimo em menor grau envolvem segurança nacional no tocante a tecnologia sensivel.Se na esfera militar ja se é milindroso controlar a segurança,como sera com a participação privada onde o aliciamento e ate mesmo a espionagem podem mais facilmente adrentrar.Mas tudo nesse pais inclusive no tocante a assuntos de estado é resolvido por aqueles que não entendem de segurança e prevenção.Politicos alem de politicos são estrategistas e experts em segurança da informação.Tudo o que fazem,o que pensam fazer,sempre tem um ideal,o que eles poderão ganhar ou desviar.Nada nesse pais se faz que se efetive em resultados.Ou se perde pelo caminho no superfaturamento e roubo sendo deixado ao acaso do abandono ou funciona de forma precaria e enganosa…Brasil maravilhoso,Brasileiro vergonha.

  3. Não me recordo se foi no 1º ou 2º mandato do Sr. FHC, mas foi autorizado o pouso de um avião da USAF em Fortaleza, ao qual foi proibido o acesso a qualquer um que não fosse da tripulação estadunidense. O que eles vieram pesquisar em território Brasileiro?
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    Também durante o mesmo governo, um ministro de FHC, acho que o Sr. Lamprea, em uma nota discreta na seção de política do jornal Estadão, declarava: O Brasil tem que abandonar a idéia de ser potência mundial.
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    Busquem entrevistas do Sr. José Goldenberg, que faz parte do mesmo grupo de “socialistas fabianos” e vejam como ele menosprezava o esforço de proteger a tecnologia brasileira das centrífugas, lá em Aramar.
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    Em tempo, o cumpanhero Lula tem histórico semelhante. Lembram-se a desculpa para detonar o F-X1 em 2003?
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    Turma! Perdemos a guerra. Não foi a batalha. FOI A GUERRA!
    E os TR…AS e CA….AS aprontaram isso sem dó e nem piedade.

  4. Falta consciência nacional aos nossos dirigentes?Ou são doentes da cabeça?Falta-lhes altruísmo em prol de uma causa maior, a nossa pátria, ao nosso povo brasileiro maravilhoso que é!Vamos esperar e ver o que vai sair dessa maluquice!Mas a nossa governanta também nessa área não tem projetos ou meta alguma, está pensando como economista, reavaliando, reanalizando e com isso o tempo passa, seu governo também, e no final, ela não fará nada, como os outros não fizeram!De todo modo vamos esperar é o que nos resta!!

  5. 1maluquinho, voce tem razão, esse é o projeto de sempre da nossa corte presidencial, em todos os governos, tirar vantagem!

  6. ISSO AI É A FALÊNCIA DE NOSSAS INSTITUIÇÕES, ROUBADAS PELA COMPANHEIRADA! ESSE GOVERNO ENTREGUISTA QUE AI ESTÁ, É PIOR DO QUE EU PENSEI! ESSA FLOR ESTRAGADA É INCAPAZ DE PERCEBER QUANTOS PERIGOS HÁ EM UM PAIS RICO EM RIQUEZAS NATURAIS DESARMADO! ACORDA PARTIDO DOS TROUXAS OU HAVERÁ REVOLUÇÃO CIVIL, O POVO NÃO AGUENTA MAIS, TOMEM CUIDADO COMPANHEIRADA OU ESSA ENTREGUISTA NÃO VAI TERMINAR O SEU DESGOVERNO.

  7. mas será que as empresas privadas só se restringe de bandeira brasileira ou poderão entrar a iniciativa privada estrangeira? isso que me preocupa, já que tudo nesse país e privado. e o Brasil não tem controle em nada.

  8. Esse tipo de privatização pode ser boa ou ruim para o Brasil dependendo de como vai ser conduzida. O Brasil tenta há várias décadas lançar um simples VLS nacional, se isso fosse de interesse de uma empresa privada e desse lucro, esse VLS saíria em tempo recorde.

  9. esta dilma não esta com nadAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA NUCA MAIS EU VOTO PRA MULHERES QUE (( decepção )) MULHERES na previdencia não ta com nada mesmo

  10. O modelo parace ser parecido com o Americano e que dá exelentes resultados, o f 35 e o f22 senão me engano são produzidos pela LM, a Boing tem tb grande participação na industria bélica americana e por ai vai. Aqui no Brasil já estamos vivenciando o mesmo, Embraer privada com ST e KC, Odebrech com o estaleiro dos subs, estas mesmas empresas estão adquirindo empresas como a mectron, orbisat e talvez a avibras. Como observamos , as áreas de defesa aérea e marítima já tem parceiros privados, então nada mais natural que o setor aereo espacial tb tenha, é como diz o David queiroz, vai trazer muitos recursos se forem de interesse da iniciativa privada, só tem que ser bem regulamentada.

  11. Não vai privatizar nada, o governo só quer trazer as empresas privadas a se qualificarem a produzir os produtos que o programa venha precisar. A politica para a área continuará a ser levada a cabo pelo estado, nada mais nada menos que isso. O estado não pode fazer td. Com a NASA ocorre a mesma coisa, a cadeia produtiva tem a participação da indústria privada, nada mais natural. O programa não pode continuar como está. Que mal tem se as empresas nacionais adquirirem tecnologia para construir foguetes, naves espaciais. Estão esquecendo que em breve haverá voos espaciais voltado para o turismo, pq a Embraer, por exemplo, não pode integrar nesse nicho de mercado? Pensem e não engulam td que leem. Papel aceita td.Sds,

  12. Aquarela do Brasil
    Ary Barroso
    .
    .

    Brasil, meu Brasil Brasileiro
    Meu mulato inzoneiro
    Vou cantar-te nos meus versos
    Ô Brasil, samba que dá
    Bamboleio, que faz gingá
    Ô Brasil do meu amor
    Terra de Nosso Senhor
    Brasil, Brasil, prá mim, prá mim…
    Ô abre a cortina do passado
    Tira a mãe preta do serrado
    Bota o rei congo no congado
    Brasil, Brasil! deixa cantar de novo o trovador
    A merencória luz da lua
    Toda cação do meu amor…
    Quero ver a Sá Dona caminhando
    Pelos salões arrastando
    O seu vestido rendado
    Brasil!… Brasil! Prá mim … Prá mim!
    Brasil, terra boa e gostosa
    Da moreninha sestrosa
    De olhar indiferente
    Ô Brasil, verde que dá
    Para o mundo admirá
    Ô Brasil, do meu amor
    Terra de Nosso Senhor
    Brasil,…Brasil! prá mim!… prá mim
    Ô, esse coqueiro que dá coco
    Oi onde eu armo a minha rede
    Nas noites claras de luar, Brasil… Brasil,
    Ô oi estas fontes murmurantes
    Oi onde eu mato a minha cede
    E onde a lua vem brincá
    Ôi, esse Brasil lindo e trigueiro
    É o meu Brasil Brasileiro
    Terra de samba e pandeiro,
    Brasil!… Brasil!

    .
    .
    Hahahaha….

  13. Matemática estranha essa ai. Durante Itamar, FHC foi um entregismo só. Lula e a “cumpanhairada” e partidos aliados de ambos (FHC e LULA), como o Partido do Meio Dollar Barato arrebentaram com nossas economias. Isto mesmo. Antes na era de FHC o rombo seria externo (dívida externa), agora o rombo e interno (dívida interna). Fazendo o balanço temos que ficar positivos ou quase e o que é preciso para isto? Vender patrimônio. O que temos na prateleira senhores? Pois isto será vendido, quer queiram, ou não. Falta isto aí: as ultra-centrifugas, Alcantara e outras coisinhas… Digo que o Brasil tem solução: I – acabar com o Senado (gasta-se menos dinheiro e as Leis tramitam mais rápido e os deputados têm que assumir aquilo que votam, caso contrário continua um empurrando a culpa no outro: foi o Senado, não, foi a Câmara…titititi); II – Educação (assim como um bom Mercado Consumidor precisa de população, nação rica é aquela que é culta); III – Sacudir o Judiciário (Para assumir o Supremo só Juiz de carreira que entrou por concurso público e passou pelo balcão de atendimento (Juiz de 1° Grau). Depois deixa passar 40 anos e fizemos alguns retoques. Com isto esta garantido o futuro.

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