Brasil não poderá vender Vants a Venezuela

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Acordo com Israel prevê transferência de tecnologia para produção de avião não tripulado, mas veta exportação Governo israelense teme que venezuelanos repassem o know-how para a fabricação de Vants ao governo do Irã

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Por PATRÍCIA CAMPOS MELLO

Acordos firmados pelo Brasil com Israel para produzir veículos não tripulados no país impedem que os aparelhos sejam exportados para a Venezuela e a Bolívia.

A estatal israelense IAI vendeu dois Vants Heron à Polícia Federal para missões de controle de tráfico de drogas nas fronteiras e negocia outros -um negócio que deve chegar a US$ 350 milhões.

A Elbit Systems vendeu dois Vants Hermes 450 para a Força Aérea Brasileira, para monitoração da Amazônia, e deve ampliar o contrato. O governo brasileiro exigiu que as empresas israelenses transferissem tecnologia.

Assim, o Brasil poderá produzir seus próprios Vants e, eventualmente, exportar.

Mas Israel vai bloquear licenças de exportação, como fizeram os EUA, que vetaram a venda de SuperTucanos da Embraer à Venezuela.

A presidente Dilma Rousseff disse em 2010 que pretendia adquirir mais 10 Vants para as fronteiras. O Heron da IAI é o mesmo Vant usado no Afeganistão por Alemanha, Canadá e Inglaterra.

“Em três ou quatro anos, teremos a capacidade de estar produzindo nossos Vants no Brasil”, disse Miki Bar, assessor da presidência da IAI, que tem uma joint venture com a empresa brasileira Synergy para fabricar Vants.

Mas para exportar os Vants produzidos em solo brasileiro é preciso ter autorização do governo israelense, o que não ocorreria com vendas para Venezuela, diz Bar.

Israel também não permitiria que o Brasil vendesse Vants à Bolívia. Venezuela e Bolívia romperam relações diplomáticas com Israel em 2009, em protesto pela ofensiva israelense em Gaza.

Israel encara Bolívia e Venezuela com desconfiança, devido à proximidade desses países com o governo do Irã.

O medo é que a tecnologia dos Vants, usados em operações antiterror em Israel, pare nas mãos dos iranianos.

CLÁUSULA

“O Brasil, a exemplo dos demais países, respeita as chamadas cláusulas de “end user”, pelas quais o país comprador de material militar se compromete a ser usuário final e, portanto, a não repassar a tecnologia adquirida a terceiros sem autorização do país vendedor”, disse o Ministério da Defesa em nota.

As empresas querem multiplicar suas vendas no Brasil, de olho no patrulhamento do pré-sal, Olimpíada e Copa do Mundo. A Elbit comprou a empresa brasileira Aeroeletrônica, no RS, e pretende começar a fabricar os Vants em solo brasileiro em dois anos. Para isso, negocia joint venture com a Embraer.

Joseph Ackerman, president da Elbit, vê no Brasil um cenário semelhante ao americano: “Lá nos EUA, 30% das missões Aéreas já são feitas com aviões sem piloto”.

Segundo Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, as questões de tecnologia são muito sensíveis e “obviamente não poderemos transferir para alguns países. Mas nosso alvo inicial na joint venture com a Elbit é produzir Vants para o mercado brasileiro e queremos desenvolver tecnologia nacional”.

Segundo o Ministério da Defesa, o Brasil tem seu próprio programa de Vants, para desenvolver tecnologias que não são repassadas por outros países -sistemas de navegação, pouso e decolagem.

“A aquisição eventual de Vants pelo Brasil não prejudica o desenvolvimento dessa tecnologia no país, pois os propósitos de uma operação e outra são distintos”, diz o Ministério da Defesa. A compra destina-se a suprir a carência imediata de veículos, enquanto o investimento em tecnologia permitirá produzir industrialmente os Vants.

FRASES

“Em três ou quatro anos teremos a capacidade de produzir nossos Vants no Brasil”
MIKI BAR
assessor da presidência da IAI

“Nosso alvo inicial na joint venture com a Elbit é produzir Vants para o mercado brasileiro”
LUIZ CARLOS AGUIAR
presidente da Embraer Defesa e Segurança

Fonte: Folha de S.Paulo via Notimp

28 Comentários

  1. sem comentarios. e o pais do futuro todos os verbos são conugados no futuro vamos fazer, vamos ter, vamos adquerir, sempre pensando no futuro daqui a tres ou quatro anos, da qui a trinta ou quarenta anos, e sempre assim. um abraço amigos

  2. “(…)O medo é que a tecnologia dos Vants, usados em operações antiterror em Israel, pare nas mãos dos iranianos(…)”
    .
    .
    Está certo……não é deles,é pega ou larga!
    .
    Aceita se quiser,não é forçado assim também o outro não está sendo forçado a vender e nós comprar.
    .
    FAZ PARTE DO NEGÓCIO!
    .
    Se quer coisa diferente,faz um diferente,construa uma VANTE,empresa brasileira capacitada é que não falta.
    .
    .
    “(…) Brasil, Brasil! deixa cantar de novo o trovador
    A merencória luz da lua
    Toda cação do meu amor…
    Quero ver a Sá Dona caminhando
    Pelos salões arrastando
    O seu vestido rendado (…)”

    .
    Heheheh…..

  3. Que bom! Pelo menos dessa vez não vamos pagar fortunas para adquirir tecnologias e repassar de graça para os outros países sul-americanos.

  4. Hahaha, 😀

    Para aqueles que criticam a coleira americana, francesa, apresentamos a nova coleira, a Israelense!!

    Sem INVESTIMENTOS em PESQUISA E TECNOLOGIA INTERNOS, não existe SAÍDA para isso. AUTONOMIA se conquista INTERNAMENTE!!!

    []’s

  5. Fazem muito bem os Israelenses afinal não gastaram rios de dinheiro desenvolvendo tecnologia para que a mesma venha a cair nas mãos dos fascistas iranianos via Idi Amin Chávez, que já comprovou por a+b pertencer à escória do mundo.

  6. Isso parece normal. Acho que também o Brasil não aceitaria que se repassasse tecnologia para ‘vizinhos’ dos quais de suspeita das intenções (NÃO estou julgando Israel ou seus ‘vizinhos’, que fique bem claro)…
    O que não pode acontecer é abandonar a busca de capacitação tecnológica na industria bélica ( ou de ‘defesa’, um termo mais palatável…).
    Já houve o caso dos ST para a mesma Venezuela, e o que não pode acontecer é deixar de tentar evoluir, pois a prioridade para o país é ter seu próprio equipamento. Exportar é importantíssimo, mas o principal é ter capacidade de produzir aqui se for necessário, além de se buscar a evolução na capacidade daquilo que se adquire (falando nisso, cadê a ‘evolução’ ST ? vamos ficar só nos caças da 2 GG ?até quando?).

  7. Sabia que trariam algo sobre esta restrição como pretexto ao negócio, mas mostra duas coisas:
    -o momento político mais definido do Brasil diante do seu compromisso às demandas da ONU e seu papel de cooperador, e não de nação hostil a democracia.

    -condição adversa da Venezuela face ao seu flerte além do comercial aos intentos da república do Irã, e do progmatísmo em hostilizar a Israel. Vendo assim, tem claramente uma região multipolar com momentos polícos bem adversos na Am.Latina; tem-se países depurando o seu processo democrático eem consolidação, e outros sendo guiados por rompantes de seus líderes, que muito difere sequer do que sua pobre população tenderia a se coadunar eapoiar, e sendo de tabela alvos de desconfiança clara e bem presumida!

  8. acreditar em israel puxa saco de gringo e a mesma coisa que acreditar em coelhinho da pascoa ,nao vendam para seus aliados e quando voçes precisarem tambem nos deletamos via satelite

  9. Tem pessoas que a submissão está tão entranha nos seus poros e na mente que qualquer molde como esse,é vista como uma coleira e submissão;
    Até onde eu sei,essa atitude do governo israelenses se resume a um contrato que não transcende a quebra de soberania brasileira,e sim a sua preocupação para com um regime adversário ao seu,só isso.
    .
    De longe nem se compara com os “contratos” do governo americano,francês, chinês,…etc
    .
    Depois eu é que sou o radical por aqui,…se buscar bem, vamos encontrar muitos,…realmente muitos por aqui.
    .
    Deve ser a falta se sangue no celebro devido à coleira tricolor….está apertadíssima é?Hahahah….!
    .
    .
    Para melhorá um pouquinho essa pobre condição;mando-lhes uma canção_Heheheh….lá vai,seguuuura!.
    .
    “(…) Ô abre a cortina do passado
    Tira a mãe preta do serrado
    Bota o rei congo no congado
    Brasil, Brasil! deixa cantar de novo o trovador
    A merencória luz da lua
    Toda cação do meu amor…
    Quero ver a Sá Dona caminhando
    Pelos salões arrastando
    O seu vestido rendado
    Brasil!… Brasil! Prá mim … Prá mim! (…)”

  10. Deve ser a falta se sangue no celebro devido à coleira tricolor….está apertadíssima é?Hahahah….!
    .
    .
    Olha só,até eu estou com pouco sangue também no cérebro.
    .
    Deve ser a gravata que está apertada_Rsrss…

  11. Independente das razões israelenses,eu não acho nada d+ essa exigencia deles,é algo normal,colocado em contrato,o ruim é vc firmar um contrato e no meio dele uma das parte colocar clausulas,em ser as originas,e se com essa compra que é pequena a transferencia nos possibilitar produzir um vant,eu agradeço aos israelenses por nos passar a tecnologia por uma quantidade tão pequena de veículos comprados.

  12. Salva Guardas tecnológicas são assinados em todos e quaisquer contratos militares e principalmente os que envolvem ToT.
    A preocupação de Israel não é só com o Irã como alguns cornetam por ai. Há competição ferrenha entre os seus concorrentes nos países aliados, Inglaterra, Alemanha, França e EUA inclusive, pra não citar a Rússia e a China.
    Obviamente que no caso do Chaveco é compreensível o fato de sua aproximação com o Irã, mas a preocupação não se resume única e exclusivamente a eles.
    Quanto a ELBIT está certíssima, para quem não sabe a venda dos 8 tucanos a Black Waters também envolve um acordo de salvaguardas, os MAR 1 do Pakistão também, como disse, todo e qualquer acordo têm cláusulas de salvaguardas.
    Quanto a AEL ELBIT é o que você disse Barca, cumpriram o acordo com uma quantidade mínima e até onde sabemos o suficiente para capacitar o desenvolvimento e produção de um modleo nacional.
    Certo o MD, certa a FAB certa a ELBIT, esperemos que os demais acordos vigentes também sigam este exemplo.
    SDS
    E.M.Pinto

  13. Israel é nosso parceiro militar,e talvez seja o maior.
    Vamos cumprir as salvaguardas contratuais à risca.
    Claro que a China e a Rússia irão desenvolver Vants altamente sofisticados e venderem para a Venezuela e Irã, mas isso não é da nossa conta.

  14. não da nd a Venezuela .. ainda temos a Argentina e países latino para vender… tbm o Brasil adquiriu essa tecnologia para poder usar naum para vender…. a venda vem e 2 lugar….
    e tbm a tecnologia e israelense eles pesquisaram se quiser-mos impor algo temos que fazer o msmo ou calar a boca coo sempre fizemos…..

  15. Bobagem de Israel, o Brasil já domina a tecnologia de VANTS, a marinha já usa um modelo, e tem algumas empresas brasileiras que tb estão fazendo as suas, o que o Brasil quer na verdade é uma compra de prateleira mas com TT, nunca é demais a transferencia e serve para compararmos com as nossas e ao mesmo tempo prencher uma lacuna nas nossoa fronteiras enquanto nossas VANTS 100% nacionais não estão em estado de arte. Depois faz uma alteração e vende para a Venezuela dizendo ser nossa. A China faz assim.Rsss

  16. Para que comprarmos esses monstros se temos o nosso, se isso e so para espionar basta os nossos, aff. Mas se isso lancar umas bombas ou misseis da mectron…

  17. Cara que se dane a IAI, Elbit, Rafael e outras empresas israelenses.

    Era só o que faltava. A Elbit adquire nossas empresas estratégicas e ainda decidem para quem vamos vender produtos que não são de empresas pertencentes a eles.
    Por favor…
    Não é só a AEL que produz VANT’s…

  18. bem isso é um contrato, se o brasil aceitou entao que cumpra o contrato.(nao vejo nada de errado nisso).

  19. SantaCatarinaBR,

    Isso ae, tomara que o Falcão se torne um VANT, e posteriormente um VANT-C. Que o Hermes seja apenas um Gap Filler até termos um com tecnologia nacional.

    []’s

  20. Grande soberania esse país detém.
    Isso é o q dá ficar esperando por transferência de tecnologia no lugar de desenvolver.
    O Irã está a um século na nossa frente, em termo de desenvolvimento de tecnologia militar.
    O Brasil gasta uma fábula para manter um monte de instituição militar de engenharia no qual se produz muito pouco.

  21. Os Iranianos ja fazem Drones encima de tecnologia reversa dos UAVs Americanos que eles abateram e lhes garanto que são bem mais modernos que essa tecnologia que Israel nos repassara.Quanto a restrição de vendermos é normal,nem mesmo a Russia e a China repassam tecnologias e nem determinados armamentos a paises instaveis e eles todos estão certos.Se o Brasil continuar com a ampla parceria que temos com Israel mesmo eles sabendo nosso posicionamento diplomatico na questão Palestina tudo vai bem.

  22. Quer dizer qu na visão de muitos de voces porque temos parcerias e contratos de serviços e pagamos pelos mesmos isso nos dá direito de podermos fazer o que quisermos não é???É o mesmo pensamento daquele que por pagar seus impostos acha que pode queimar um fuminho ou papar uma novinha de 14 faminta e desassistida e ainda achar que lhe esta fazendo bem por matar sua fome ao saciar-se em seus carinhos rsrs rsrs.A visão não é a de se esse ou aquele pais é ou não aliado e sim a de que esse ou aquele pais representa uma ameaça.As grandes nações nenhuma delas atualmente repassa nada a nenhum pais que seja instavel ou extremista e nessa visão todos eles estão certos pois alem de evitarem que o conhecimento de suas tecnologias possam ser usados por lunaticos não correm o risco de terem-se envolvidos em aventuras estapafurdias de loucos e de covardes.Hoje Israel tem mais intercambio e projetos de defesa com o Brasil do que com os EUA pois os mesmos não permitem a eles acesso irrestrito.Temos ganhado muito com as parcerias com os Israelenses e eles ja aceitam nossos posicionamentos diplomaticos muitas vezes diferentes dos deles então para a perfeita manutenção dessa reciprocidade é coerente que se respeitem regras ou então busquemos as parcerias e acessos ao que precisamos com Caracas ou Teerã.

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