Forças Armadas entram na luta contra hackers

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Como prevenção à maior onda de ataques virtuais a portais do governo brasileiro, a Presidência da República determinou ao Ministério da Defesa a implementação de núcleos no Exército, Marinha e Aeronáutica exclusivos para segurança dos sistemas virtuais militar e civil. Em paralelo, foi destacado também um grupo dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar a ação dos hackers que, na semana passada, derrubaram mais de 14 páginas de ministérios, estatais e empresas privadas, incluindo o que teria sido uma invasão ao banco de dados do próprio Exército. Ontem, mais 15 sites foram alvos, incluindo o da Universidade de Brasília..

As três forças armadas receberam a determinação do Ministério da Defesa e estão em fase de implementação de um sistema de defesa cibernética com cerca de 100 militares focados em estratégias de guerra virtual, ferramentas de tecnologia de informação de prevenção e análise das “armas” usadas pelos piratas virtuais, com simuladores de defesa eletrônica. Haverá também um gabinete de crise. A instalação do centro que unirá o combate à ciberguerra das Forças Armadas está em fase inicial.

O processo de integração dos centros de defesa cibernéticos das três forças passa também por uma capacitação dos militares que serão destacados para o órgão. Eles receberão constantes atualizações e capacitação com cursos de extensão e pós-graduação em tecnologia da informação bancados pelo governo federal. Como o projeto está em implementação, ainda não há orçamento previsto.

Hoje, toda segurança de informação do governo federal é descentralizada. Cada pasta é responsável por sua página institucional. Os servidores das pastas são de baixa capacidade por não trazerem informações relevantes. Um dos principais bancos de dados do governo é o do Ministério da Saúde, que reúne, entre outros, o banco de preços em saúde. A infraestrutura de tecnologia da informação das pastas também é bastante precária e amadora, com sites sendo criados com ferramentas funcionais, de fácil acesso e disponíveis ao grande público. O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) é responsável pelos sites da Presidência, Fazenda e Planejamento.

O Estado de Minas mostrou na edição de sábado que as estatais deixaram de investir R$ 1 bilhão em segurança da informação, entre 2009 e 2010. Além disso, o Serpro diminuiu o ritmo de investimentos nos primeiros quatro meses deste ano em relação a igual período do ano passado: saiu de R$ 38 milhões no quadrimestre inicial de 2009 e caiu para R$ 9 milhões entre janeiro e abril deste ano. O governo, no entanto, diz não estar com tecnologia atrasada, sustenta que os ataques limitam-se a tirar do ar as páginas e garante: nenhum servidor com informações mais sensíveis foi invadido.

O governo monitora atividades anormais em seus servidores desde 16 de junho ,quando o grupo LulzSec disse ter sido responsável por derrubar o site da Agência Central de Inteligência, CIA, na sigla em inglês, do governo dos Estados Unidos. Esse grupo — que acabou se ramificando pelo Brasil e foi responsável pelos primeiros ataques contra as páginas institucionais da presidência — também atacou a base de dados da Sony, Nintendo, Senado dos EUA, FBI e o Departamento de Polícia do estado americano de Arizona. Especialistas dizem que este último é o maior invasão virtual já registrada.

Fonte: O Estado de Minas

9 Comentários

  1. NESTA GUERRA SOU MAIS “NOIS”,OS “BRAZUCAS” SÃO BONS NISSO”
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    Para a defesa deverá centralizar as contra medidas contra os futuros ataques na ciber-guerra.
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    Já para o contra-ataque,é só “bombardear” de informação as garotadas recrutadas que adoram PHuder aos PCs dos outros posto que para isso neste país não falta hacker tupiniquim.
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    Em qualquer local;escolas, aeroportos,praças,prédios públicos ou não,…etc;se pode efetuar um ataque contra qualquer sistema de computador pelo “mundo-afora”.

  2. É sempre assim, depois da porta arrombada correm para comprar cadeado. Ué, mas o Brasil não é um País pacífico que nunca será atacado, para quer ter meios de defesa né?

  3. O grupo de hackers The Lulz Security (LulzSec) anunciou ontem que estava encerrando as atividades com um último vazamento de dados, que incluiu documentos das empresas AOL e da AT&T. O LulzSec, que ficou famoso por invadir os servidores da Sony, da CIA e de uma unidade da polícia britânica, entre outros alvos, informou, segundo a agência de notícias Reuters, que havia alcançado sua missão de violar, por diversão, sistemas de empresas e governos.

    “Nossa viagem planejada de 50 dias terminou e nós precisamos agora navegar para longe, deixando para trás — nós esperamos — inspiração, medo, negação, felicidade, aprovação, desaprovação, zombaria, vergonha, consideração, ciúmes, ódio e até amor”, disse o grupo, em nota. Na última quarta-feira, o braço brasileiro da organização, conhecido por LulzSecBrazil, começou uma série de ataques a sites ligados ao governo brasileiro. Páginas da Presidência da República, Receita Federal, Petrobras, Infraero e alguns ministérios ficaram fora do ar.

    Conhecido pela irreverência e uma queda por metáforas navais, o grupo de hackers recorreu à sua conta no Twitter, onde tem mais de 277 mil seguidores, para divulgar a nota. A dissolução abrupta ocorre dias após o LulzSec ameaçar uma escalada ampla nos ataques e furtos de informações confidenciais de governos, bancos e empresas.

    No início da noite de ontem, entretanto, o braço brasileiro do LulzSecBrazil anunciou uma semana turbulenta. “Estamos a navegar e navegar para mais uma grande operação”, escreveu no Twitter um dos integrantes do grupo de hackers.

    Rescaldo
    Ontem foram registradas invasões a sites da Polícia Militar de Goiás, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de Mato Grosso. Na página da PM goiana, piratas virtuais colocaram fotos de mulheres e substituíram notícias.

    O portal da prefeitura de Belém também foi atacado. Os hackers alteraram a página principal e incluíram mensagens como: “Desculpem o transtorno, mas esse site não é confiável”; “Mais um site hackeado”; “A onda de ataques vai continuar”.

    Várias notícias foram apagadas. No lugar de uma delas, os “invasores” escreveram: “Eu posso, você pode, venha conosco, bem-vindos ao nosso mundo, um mundo de dados, um mundo de vulnerabilidades…”.

    O portal foi retirado do ar e submetido à perícia por técnicos da Companhia de Informática de Belém, ligada à administração municipal. Os peritos constataram que a ação foi restrita e os invasores não tiveram acesso aos bancos de dados. Informações pessoais de políticos e cópias de processos também foram publicadas na rede.

  4. Esses centro de defesa(e ataque) de guerra cibernética, já era para existir a uns 10 anos. Assim como a Abin, deveria ser uma verdadeira agência de inteligência a uns 20 anos..No Brasil primeiro se deixa o bandido entrar, para depois ir comprar o cadeado. Isso precisa mudar.

  5. a ta o exercito juntou o pelcom com a majoraçao e acha que evitar de ser raquetado ate parece coloca a mulecada que da mais certo

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