O primeiro-ministro chinês está de visita à Europa pela segunda vez em menos de nove meses.
Uma ronda de cinco dias, iniciada ontem na Hungria e que prossegue no Reino Unido, Alemanha e Bélgica, para mostrar os sucessos do modelo chinês a uma Europa abalada pela crise.
Wen Jiabao, que aterrou esta manhã em Londres, vai reunir-se na segunda-feira com o primeiro-ministro David Cameron numa cimeira dedicada ao reforço do comércio bilateral.
Esta tarde, visitou uma fábrica da marca de automóveis MG, adquirida à Rover, então à beira da falência, pela Shangay Automotive, a maior construtora chinesa.
Ontem em Budapeste, Wen, tinha prometido ajudar os países europeus a recuperarem da crise, comprometendo-se a adquirir parte das obrigações da dívida húngara, à semelhança do que tinha afirmado no ano passado em Atenas, Lisboa e Madrid.
Uma operação de charme de um dos maiores parceiros comerciais da União, precedida pela libertação de dois dissidentes chineses, para contornar as críticas dos defensores dos direitos humanos na Europa.
Pequim anunciara ontem a libertação do ativista Hu Jia, ao final de três anos de prisão por alegadas operações subversivas.
Na quarta-feira a China tinha feito um primeiro gesto, ao anunciar a libertação do artista Ai Weiwei, também ele acusado de conspiração.
Os dois dissidentes teriam sido aconselhados a limitar as suas declarações aos media, e as respetivas famílias temem que sejam mantidos em prisão domiciliária.
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