OrbiSat, da Embraer, desenvolve radar para avião não tripulado

http://www.orbisat.com.br/novo/imgs/img_sensor_terreno.jpgImagem extraída de um Radar de Bada P

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A OrbiSat, empresa de alta tecnologia aeroespacial, está lançando no Salão de Aeronáutica de Le Bourget, em Paris, o primeiro radar de sensoriamento remoto embarcado em um veículo aéreo não tripulado (Vant) de pequeno porte.

Segundo o presidente da OrbiSat, Maurício Aveiro, o sistema é o primeiro do mercado internacional a operar na banda P – isso significa que, em voo sobre áreas de mata fechada, o equipamento “enxerga” eletronicamente debaixo da copa das árvores. Assim, a leitura permite saber a altura da cobertura vegetal, o desenho do relevo e a constituição do solo. O mapeamento envolve a coleta de outras informações, como o perfil geológico e do microclima.

A empresa vai oferecer inicialmente apenas os serviços, usando um Vant, turboélice, construído pela Aeroalcool, de Franca, a 400 km de São Paulo. O conjunto aviônico é da AGX, de São Carlos, 233 km distante da capital. A OrbiSat faz parte da Embraer Defesa e Segurança.

Maurício Aveiro estima o mercado interno imediato em cerca de R$ 25 milhões. “A demanda externa, todavia, é bem maior, pode chegar a R$ 100 milhões”, afirma. Ainda assim, a operação é de baixo custo, “significativamente inferior à contratação do mesmo levantamento por meio de satélites especializados”, sustenta Aveiro.

De olho na selva. A empresa está acumulando experiência na operação por sensoriamento remoto. Contratada pelo Comando do Exército, executa o projeto Cartografia da Amazônia, que implica na produção de imagens e dados em uma área equivalente à da Europa Ocidental.

O conjunto do Sarvant vai trabalhar em espaços menores – fazendas, hidrelétricas, reservatórios, reservas ambientais, glebas agrícolas, campos de mineração, plataformas de petróleo e pontos de interesse estratégico para a Defesa. “Em outro viés, o radar será útil em missões pontuais de patrulha, ou ainda, de busca e salvamento em florestas”, diz.

A aeronave tem autonomia de 10 horas e pode mapear 500 km², na escala 1:5.000, em um só voo.

O Sarvant, pronto para decolagem, pesa pouco mais de 140 quilos. A fuselagem, compacta, não passa de 3,2 metros de comprimento. A asa é extensa, tem seis metros de envergadura. Velocidade: 200 km/hora.

Embraer no comando. A Embraer Defesa e Segurança assumiu, em março, o controle da OrbiSat da Amazônia S/A. Pagou R$ 28,5 milhões por 64,7% do capital social da divisão de radares da companhia, que tem previsão de faturamento estimada em R$ 50 milhões até dezembro, acredita Luis Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa. Criada em 1998, a OrbiSat mantém instalações em Manaus, São José dos Campos e Campinas. No total, as fábricas nas três praças empregam 250 técnicos.

A organização desenvolveu e está construindo para o Exército nove radares digitais de campo M60 Saber. O Comando da Aeronáutica está estudando a aquisição de mais quatro. O equipamento permite detectar e seguir, simultaneamente, 40 alvos aéreos em um raio de 60 quilômetros, na altitude de até 5,2 mil metros. Cheio de possibilidades, o M60 é capaz de apontar helicópteros pairando no ar , caças em voo rasante e objetos em deslocamento lento, na faixa de 32 km/ hora.

O radar pode trabalhar integrado a uma rede de 12 diferentes armas. Exigência do projeto, o Saber precisa de três soldados para ser montado e de 15 minutos para entrar em operação.

Funciona assim: identificados os alvos, as informações são levadas por um programa do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro, o Sisdabra. Os dados, transmitidos em tempo real, abrangem a localização dos veículos aéreos inimigos, diferenciados por tipo – helicópteros, aviões, mísseis ou foguetes. Da mesma família, a OrbiSat projeta o M200, com alcance de 200 km.R

Fonte: Estadão

14 Comentários

  1. essa imagem em 3d ficou muito massa esse radar podia fazer uma planta de toda a floresta amazônica assim saberíamos exatamente o relevo e o ambiente de cada área podendo assim desenvolver “explorar” de forma coerente e sustentável… desenvolver a floresta e a forma de protege-la e preserva-la…

  2. GENIAL…..isso mostra a capacidade tecnoligica brasileira se adaptando ao nosso território, imagino que se esse radar for usado para fins militares, será extremamente eficiente.

  3. Muito boa notícia mesmo , basta agora terminar o desenvolvimento & fabricação do M-200 , e posterior utilização de outras ” BANDAS ” de frequência nesses radares , para operações diversas . Vou além , poderia haver uma integração entre AVIBRÀS / ORBISAT , para utilização desses radar no FALCÃO da Avibrás , com uma banda mais apropriada para fusão de imagens ( IR /RADAR ), o mesmo radar poderá ser utilizado no futuro avião de inteligência e reconhecimento da FAB.

  4. Isso aí é um pitaco do que vem pela frente. A Embraer está fazendo o dever de casa! Como eu já disse aqui, a embraer está jogando pra ganhar, e não duvido que dentro de algum tempo teremos uma excelente surpresa, um caça de 5° geração ou 6°! Sim, nós podemos!

  5. Duas empresas que trabalhando juntas poderiam dar ao brasil e exclusivamente a ele um caca de 5G, seria otimo a todos nos.

  6. Que estranho… Ainda não vi niguém dizer que “é nacional então não presta” como eu sempre vejo por aqui!

  7. Ótima tecnologia, mas nas mãos de um país atacante em terras tupinikins seria mortal para a nossa defesa …naum axam?

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