Argentina suspende o projeto Potássio Rio Colorado, da Vale, o maior empreendimento privado na História da Argentina, US$ 4,6 bilhões

http://www.webtranspo.com.br/midias/fotos/2010/10-outubro/vale_mineracao_luiz-claudio-marigo.jpgPor Ariel Palacios

http://exame.abril.com.br/assets/pictures/24222/size_590_05-vale.jpg?1297971436O governo da província de Mendoza anunciou ontem a suspensão do projeto Potássio Rio Colorado, empreendimento da Vale que é considerado o maior investimento do setor privado na História da Argentina, de US$ 4,6 bilhões.

O anúncio da suspensão foi feito pelo secretário de Ambiente da província de Mendoza, Paulo Gudiño. Ele afirmou que “a decisão do governo é a de paralisar as obras na jazida”, localizada em Malargüe, no sul da província.

De acordo com o secretário, a suspensão se deve à falta de cumprimento do “Compre Mendocino” por parte da Vale.

O “Compre Mendocino” é um programa provincial, assinado pelas empresas que investem em Mendoza, que implica na prioridade dos fornecedores locais e da contratação de pelo menos 75% de mão de obra da província.

No entanto, ontem à noite a empresa brasileira emitiu um comunicado no qual indica que, “perante a resolução do governo da província de Mendoza de suspender as obras do projeto Potássio Rio Colorado em Malargüe, a Vale faz pública sua permanente vontade de colaborar com as autoridades locais em prol do crescimento e desenvolvimento econômico e social da província no marco das normas vigentes”.

Compromisso. A Vale nega as acusações de falta de cumprimento do acordo e afirma que se compromete a apresentar “todas as informações requeridas e necessárias para comprovar o cumprimento do compromisso” assinado com o governo de Mendoza, relativo ao “Compre Mendocino” e à contratação de mão de obra local.

Desde o início do ano o projeto da Vale foi alvo de uma saraivada de pressões por parte dos governos das províncias argentinas de Mendoza e Neuquén, além de empresários locais, que operariam como fornecedores. De quebra, os sindicatos de trabalhadores da área de construção civil e mineração também pressionaram a empresa com um amplo leque de exigências.

Em abril o governo de Mendoza acusou a Vale de não cumprir as normas que obrigam a empresa a contratar pelo menos 75% de trabalhadores mendocinos.

Na época Walter Vázquez, subsecretário de hidrocarbonetos da província, afirmou que a empresa teria contratado uma proporção menor de operários locais, ao redor de 60%. Além disso, o governo de Mendoza ameaçou que poderia cassar a concessão que a empresa recebeu para a exploração da mina de potássio.

Além dos problemas que enfrenta na província, a Vale também se tornou o alvo de reclamações da vizinha Neuquén (ao sul de Mendoza), onde o governador local, Jorge Sapag pretendia que a empresa contrate trabalhadores neuquinos.

Sapag argumenta que várias empresas brasileiras que fazem trabalhos para a Vale nesta empreitada instalaram-se na cidade neuquina de Rincón de los Sauces. “O projeto de Rio Colorado não é mendocino, mas sim, regional”, alega Sapag.

 O governo da província de Mendoza anunciou ontem a suspensão do projeto Potássio Rio Colorado, empreendimento da Vale que é considerado o maior investimento do setor privado na História da Argentina, de US$ 4,6 bilhões.

O anúncio da suspensão foi feito pelo secretário de Ambiente da província de Mendoza, Paulo Gudiño. Ele afirmou que “a decisão do governo é a de paralisar as obras na jazida”, localizada em Malargüe, no sul da província.

De acordo com o secretário, a suspensão se deve à falta de cumprimento do “Compre Mendocino” por parte da Vale.

O “Compre Mendocino” é um programa provincial, assinado pelas empresas que investem em Mendoza, que implica na prioridade dos fornecedores locais e da contratação de pelo menos 75% de mão de obra da província.

No entanto, ontem à noite a empresa brasileira emitiu um comunicado no qual indica que, “perante a resolução do governo da província de Mendoza de suspender as obras do projeto Potássio Rio Colorado em Malargüe, a Vale faz pública sua permanente vontade de colaborar com as autoridades locais em prol do crescimento e desenvolvimento econômico e social da província no marco das normas vigentes”.

Compromisso. A Vale nega as acusações de falta de cumprimento do acordo e afirma que se compromete a apresentar “todas as informações requeridas e necessárias para comprovar o cumprimento do compromisso” assinado com o governo de Mendoza, relativo ao “Compre Mendocino” e à contratação de mão de obra local.

Desde o início do ano o projeto da Vale foi alvo de uma saraivada de pressões por parte dos governos das províncias argentinas de Mendoza e Neuquén, além de empresários locais, que operariam como fornecedores. De quebra, os sindicatos de trabalhadores da área de construção civil e mineração também pressionaram a empresa com um amplo leque de exigências.

Em abril o governo de Mendoza acusou a Vale de não cumprir as normas que obrigam a empresa a contratar pelo menos 75% de trabalhadores mendocinos.

Na época Walter Vázquez, subsecretário de hidrocarbonetos da província, afirmou que a empresa teria contratado uma proporção menor de operários locais, ao redor de 60%. Além disso, o governo de Mendoza ameaçou que poderia cassar a concessão que a empresa recebeu para a exploração da mina de potássio.

Além dos problemas que enfrenta na província, a Vale também se tornou o alvo de reclamações da vizinha Neuquén (ao sul de Mendoza), onde o governador local, Jorge Sapag pretendia que a empresa contrate trabalhadores neuquinos.

Sapag argumenta que várias empresas brasileiras que fazem trabalhos para a Vale nesta empreitada instalaram-se na cidade neuquina de Rincón de los Sauces. “O projeto de Rio Colorado não é mendocino, mas sim, regional”, alega Sapag.

Fonte: O Estado de S.Paulo

28 Comentários

  1. Isso deveria acontecer aqui em Minas Gerais,
    Estamos sendo saqueados, literalmente roubados,
    As nossas jasidas foram praticamente doadas pelo nosso ex-governador,(Aécio Neves). entregou quase tudo aos chineses… Empresas que antes era símbolus de orgulho em Minas, agora são quase todas Chinq-Linq…
    É Lamentável

  2. Que esparro esse “Compre Mendocino”!
    Com isso, a empresa fica refém, sem poder comprar ou contratar o que lhe convém.
    E ainda por cima, encontra um populista para administrar um contrato desse quilate, que não percebe o tiro no pé que está dando.
    Parar o maior projeto privado da Argentina, não por causas mais sérias, mas sim por causa de um contrato demagógico, sem perceber a chance que tem em suas mãos.

  3. Tenho sempre dito, colocar dinheiro ou investimento nesses paises é colocar raposa para vigiar galinheiro, não é preconceito, mas “hermanos” não são confiáveis, eles sempre vão querer dar o chapéu no Brasil,porém, desta vez não estou ligando muito não, afinal a maior parte da Vale já pertence mesmo aos gringos.
    Alguém aí sabe informar se tem dinheiro do BNDS enfiado lá, porque se tiver, o prejuízo será dividido entre todos nós brasileiros. – – –

  4. O erro é da Vale que vai operar em outro país e tem que se adapatar as leis de lá, isso não só na Argentina há outros empreendimentos.
    Erro é aqui que a China e outros estão comprando terras, arrebentando meio ambiente e nimguém fala nada.

  5. todos temos que lutar por aquilo que achamos correto,mas a ganancia dos homes traz muita iniquidade e prejuizo,é um jogo duro,mas o governo local tem o direito de parar a obra se as coisas não estão saindo da forma correta,depois que retirarem tudo não adianta chorar.

  6. Os argentinos estão pedindo o normal, contratar 75% de mão de obra local não é loucura.
    Aí parece existir um problema entre províncias(estados), a Vale pelo que diz a notícia contratou terceirizados de uma outra província Neuquen. Se o empreendimento está em Mendoza tem que contratar pessoal de Mendoza, o reclamo dos caras parece justo.
    Imagina um investimento no estado de RJ, prometer dar emprego no RJ, e depois passar a contratar terceirizados de MG.
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    Outra coisa foi o do Ecuador, parece aí foi um abuso do Correa o mesmo as refinarias onde Evo mandou o Exército, acho isso deixou Bolívia fora do grupo de ‘países amigos’ por um bom tempo. Bolívia pagou o que negociou com a Petrobrás, acho foram us$ 210 milhões, um guarismo parecido ao pedido pela empresa.
    No caso do Chaves, o fato dele não pagar sua parte na refinaria Abreu-e-Lima, não gera prejuício, simplesmente a refinaria vai ser totalmente brasileira. Ser dono da mitade da refinaria era um benefício que o Brasil dava pra a Venezuela considerando que vai processar petróleo deles.
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    Governo: se aqui governaram os Kirshner teriamos o botijão de gás a 20 reais por exemplo ou talvez menos, os caras controlam os preços. Ainda assim prefiro ter a Dilma e não bolivarianos, mas a Dilma deveria controlar alguns preços, o botijão mesmo o Lula tinha pedido pra Petrobrás baixar pra 15 reais, eu pago aqui no ABC 42 reais.
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    Algum dia o pessoal vai fazer as contas: eletricidade 50 reais(mínimo), água 26(mínimo), internet e telefone dos mais caros, metrô 2,90, no maior exportador de carne o povo tem que racionar o consumo e se o PT não mudar sua política vai ganhar protestos como acontece noutros países.

  7. Patriota, desculpe, mas você está muito desinformado.

    A VALE é mais brasileira do que você imagina…e pior…quem hoje detém a maior parte dela é o próprio governo, mas como participação privada.

    Os fundos de pensão – Previ (BB), Petros (PetroBras), FunCEF (CEF) e FunCESP (CESP) – reunidos na holding Litel, e a União, via BNDES, atingiram 60,5% do capital votante e 67,5% do capital total da VALEpar, que é a entidade controladora da VALE.

    Infelizmente, a segunda maior mineiradora do planeta, está voltando para as garras do governo…..e a merda piorou tanto que até o atual presidente Agnelli tá caindo fora.

    Pior que sou acionista da Vale =/

  8. Queria que nossos governantes tivessem essa nossão de patriotismo… e defendesse nosso país como os Argentinos estão fazendo com o próprio.

    Não critico eles por isso não.

    Critico o nosso que deixa a bandalheira correr solta!

  9. A Argentina com a dor de cotovelo que tem do Brasil com essas atitudes demonstra que não é um parceiro sério e confiável!O Brasil deveria deixá-los de lado!Investir em outros vizinhos que a menos nos respeitem…

  10. O pior de tudo é que ainda tem gente aqui no Brasil, que acha maravilhoso acordos, tratados, “parcerias” com essa gente, dizendo que “temos mesmo que unir..” blá,blá, blá…
    Esse povinho argentino definitivamente não é de confiança, já mostraram isso inumeras vezes, só não vê quem não quer.
    Acorda Brasil!

  11. Caro Rafael-JF!!! sou mineiro e vejo com muita tristeza a forma que governos neo-liberais tratan as riquezas do meu estado.Tenho um irmão que trabalha em uma jazida de minerio de ferro no vale do aço,controlada pela multinacional Anglo-america.pelos dados que ele me passou; a previsao de exploraçao da jazida é de 400 anos.Contudo tal projeto consiste em um minerioduto para exportar o minerio até o litoral,nao gerando uma quantidada minima de empregos apos a sua execussao.Foi postado na blogosfera que a vale estava devendo royaltes ao governo de minas relativa a exploraçao,e que o pagamento foi negligenciado pelo ex.governador aecio neves durante o final do seu mandato.Conven lembrar senhores que a mesma vale do rio doce que sangra o subsolo do estado mineiro e paga uma esmola em royaltes patrocinou a candidatura do nosso ilustre ex.governador e agora senador.Para politicos como aecio neves e administradores entreguistas como Roger Agnelli o brasil é só um buraco a ser cavado !!!!!!!

  12. Nick, o nível ai não é muito diferente, a turma do Chaves e os hermanos me parecem que são farinha do mesmo saco. Simplificando para o seu entendimento, B…a.

  13. Disto tudo se tira uma lição. Os “hermanos” fazem cumprir a Lei e colocam seus interesses acima dos estrangeiros. Olha no Rio Grande do Sul, 40 postos de pedágio, tem pedágio a R$ 6,00 em 30 Km. Na argentina você viaja por 120 Km e paga R$0,60. Dureza, e nós sempre pagando a conta. “ALL” que pegou os trilhos ja fez um prejuízo de mais de 4 bilhões a rede ferrea e levou uma multa de 12 milhões (ainda cabe recurso) e mesmo que se tiver que pagar a multa a diferença é de 3 bilhões e 988 milhões, bela diferença. Melhor pagar a multinha.

  14. Falou e disse, Nick. O Chavito tem se comportado melhor nas suas relações comerciais com o Brasil do que a Argentina.
    Volta e meia, los hermanos criam umas pendengas sem quê nem por quê.
    Quero ver com o KC390.

  15. Ao invez de raciocinarem besteiras voces acham que os Chineses trazem trabalhadores da China para trabalharem em suas empresas no Brasil e que a Vale leva trabalhadores Brasileiros para trabalharem na Argentina??????????????Todo contrato de conseção de exploração tem normas.Nenhum pais entrega suas riquesas a outro.Ou voces acham que empresas multinacionais exploram extraindo minerios e energeticos que são repassados diretamente a seus paises?Cresçam intelectualmente antes de raciocinarem besteiras…..Uma realidade é o alto protecionismo de algumas nações que a pretesto de proteger o que é nacional desmerece o que é extrangeiro.Protecionismo em essenciais e estrategicos sim mas no demais é um mecanismo segregacional de mercado….Um cientista politico estrangeiro amigo a uns anos atraz me disse uma frase que sempre me recordo “ARGENTINOS SÃO ITALIANOS QUE SE COMPORTAM CO FRANCESES MAS QUE NO FUNDO QUERIAM SER INGLESES”.Eles sempre foram melhores do que nós em tudo não somente economicamente mas como sociedade mais evoluida e requintada ate a ditadura deles falir a propria nação e aqui foi o inverso com a nossa ditadura tão odiada e acusada por todos mas que forjou o alicerce do desenvolvimento tecnologico e cientifico que veio a impulsionar em desenvolvimento em nossas industrias,empresas,mercado e economia que veio a rafletir em nossa sociedade.Tudo a seguir foi uma consequencia de uma causa e hoje vejo muitos que chegaram depois querendo os louros da fama,quando ele cabe a todos nós os Brasileiros que com nosso trabalho avançamos cada vez mais.Infelizmente a sociedade Argentina é e sempre foi altamente protecionista e segregacional.Da decada de 70 ate nossos dias eles cada vez mais se afundaram em crises economicas.Quem não se lembra de Argentinos esmolando nas ruas e ate mesmo morendo de fome e o mundo pouco se importava com isso devido a arrogancia e a falta de credibilidade.Perguntam aos Latinos da AS se gostam deles!O Brasil sempre lhes estendeu as mãos e sempre eles ganharam mais com a gente do que nós com eles.A balança comercial sempre lhes foi favoravel e de nosso lado não havia reclamações,retaliações e ameaças,mas bastou o quadro se inverter e a balança tender para o lado do Brasil que eles mudaram o jogo.Eu sinceramente não tenho nada contra nenhum povo da Terra e sou contra segregações mas sou Brasileiro e em primeiro lugar sempre defendo a soberania e o interesse do meu pais e do meu povo.Hoje o maior investidor na Argentina é o Brasil.Eles ficam felizes por terem trabalho mas morrem de inveja e raiva ao verem produtos Brasileiros de melhor qualidade do que o deles serem produzidos e mais vendidos em seu proprio pais.Jamais em momento algum de nossa historia as nações da AS nos foram amigas com exceção do Chile que conosco não faz fronteira e comercializa direto com os EUA e a Asia.Engordar COBRAS e enriquece-las é ter a certesa que um dia cairão sobre nós pois todos eles no fundo queriam ser o Brasil e não são,nunca serão,por não terem potencial para isso….AJUDEMOS A AFRICA QUE AGONIZA FAMINTA E DOENTE E A HUMANIDADE HIPOCRITA POUCO SE IMPORTA E AS RATAZANAS CHUMBINHO NELES TODOS.

  16. Gente,
    Mineracao e’ um negocio que exige elevados investimentos, de longo prazo e de baixo risco. Sem estas condicoes nao ha negocio. Com esta cisanha dos hermanos nao vai haver investimento nenhum e quem perde sao eles…

  17. Como conhecedor dos politicos argentinos sou capaz de afirmar que a VALE nao deu a “propina tradicional” no nivel exagerado que sempre querem e dai veio a questao …

  18. meu conterrânio eder
    Compartilho com vc esse sentimos de tristeza ao ver nosso estado entregue aos estrangeiros…

    O que antes era orgulho de nos daqui de Juiz de Fora, A Grande BELGO MINEIRA, hoje é uma ching-ling que a controla,,, e os salários é uma VERGNHA,

    Por isso dou os parabéns aos Argentinos, ao defendem seus intereces, pois as empresas só querem é lucrar… e elas lucram muito sem repassar nada a população.

  19. Dhou, quem manda nos fundos de pensão mais importantes é o Governo. Daí se dizer que a Vale, que pertence aos fundos de pensão (capital votante etc.) é mandada pelo Governo. Valeu, João_Menegel.
    Milton Brás Cabral, e se não houver condição técnica de contratar 75% de mão-de-obra local? O contrato não pode ser bitolado, a esse ponto. Concordo que possa ser um problema entre provincias, mas que há uma burrice grande aí há. Para o maior projeto privado do país dessa forma é pensar muito pequeno.
    E isso tem a ver com os políticos argentinos. Como registrou o 1maluquinho, ““ARGENTINOS SÃO ITALIANOS QUE SE COMPORTAM COMO FRANCESES MAS QUE NO FUNDO QUERIAM SER INGLESES”. Eles sempre foram melhores do que nós em tudo”, mas agora a meada virou o fio.

  20. AJ eu não estou defendendo os argentinos, magina! hehe
    mas devemos ser objetivos 75% de mão de obra local é normal
    agora se não se consegue preencher essas vagas
    aí seria coisa de ver o contrato que diz.
    .
    Pelo que diz a notícia, empresas terceirizadas se localizaram na fronteira mesmo, mas do outro lado, do lado da outra província, então já não é só mão de obra local, essas empresas estão contribuindo pra a Receita da outra província, complicado.
    .
    A pergunta, para ser objetivos, é por que empresas brasileiras que foram trabalhar pra Vale se localizaram numa outra província. A Vale deberia ter pedido pra elas respeitar o combinado com a província onde está o emprendimento, acho.

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